Resenhas - Rapture

Al2 16/01/2013

Rapture - Intrigante e Emocionante
Na batalha final entre o bem e o mal na arena do mundo, o Salvador Jim Heron conquistou duas vitórias contra apenas uma da Demônio Devina. Há apenas mais quatro almas a serem disputadas para que a batalha encontre seu término.

Em algum nível, Devina não podia acreditar que estava perdendo. Se Jim Heron conquistasse mais duas almas, todo o seu trabalho através dos milênios, suas posses e ela mesma seriam destruídos. E como se não fosse suficiente, ela havia sofrido uma punição do Criador. Por ter burlado as regras na segunda rodada, Matthias caminhava novamente sobre a Terra para um segundo round. Sua vitória não havia sido anulada porém, embora essa não fosse a questão. Matthias era uma de suas crianças, e uma vez que algo era dela, se lhe fosse tirado ou perdido era como se uma parte de si mesma fosse arrancada. Sentia-se completamente fora de controle e suas compulsões haviam atingido um nível crítico. Jim Heron provou ser muito mais do que um adversário digno e uma boa foda, mas ela não iria permitir que ele se mantivesse nessa posição superior por mais tempo; ela não estava apenas atrás no placar geral, mas havia perdido completamente a confiança em si mesma, sua paixão pelo inimigo havia sido sua ruína. Ela havia estado sobre a Terra desde o começo dos tempos, expondo e explorando as fraquezas dos indivíduos, e Jim Heron possuia uma fraqueza que ela tinha toda a intenção de explorar, essa era a sua natureza, se Jim não pudesse lidar com a merda, não era sua culpa ou seu problema, afinal, você só pode controlar a si mesma e a suas próprias ações.

Eddie foi uma grande perda para a equipe de Jim, particularmente para Adrian. Quando Jim era parte da Ops, ele sempre trabalhou sozinho, agora tinha parceiros; quando fora escolhido como O Salvador, muita coisa havia mudado - seu chefe, seu trabalho e os tipos de armas a serem usadas - Eddie foi aquele que lhe mostrou o caminho e que lhe ensinou tudo aquilo que ele precisava saber, ele foi a voz da razão quando tudo parecia confuso e sem sentido, ele foi o apaziguador quando os ânimos se exaltavam e ele e Adrian saiam aos socos. Ele era o melhor deles, e foi por isso que Devina o matou.

A morte de Eddie destruiu qualquer senso de responsabilidade que ainda pudesse ter sobrevivido em Adrian de viver de acordo com o seu status, nunca havia se sentido como um anjo, não realmente. Eddie sempre foi o padrão a seguir, uma espécie de bússola do que era bom e verdadeiro. No entanto, sabia que sua morte o fazia ainda mais necessário, tragicamente ele era bom na coisa do combate, não da lógica, e o Salvador precisava de mais do que um conjunto raivoso de músculos. Senpre contou com Eddie para tomar decisões e estabelecer a rota, só que era um homem adulto, anjo, o que seja, e talvez fosse a hora de fazer isso por si mesmo.

Matthias, o jogador astuto, a mente manipuladora, o sociopata violento - o velho amigo e adversário de Jim Heron - após uma crua e dolorosa estadia no inferno recebeu como indulgência uma segunda chance para tomar o caminho correto, o que para Matthias era um desperdício de bençãos. Ele praticou o mal durante toda sua vida e embora ele não soubesse que suas ações seriam apontadas e pesadas após o seu último batimento cardíaco, havia a certeza de que ainda que soubesse o que o esperava ao fim do túnel, ele não teria sido capaz de fazer nada diferente, e esse conhecimento era como uma lâmina revolvendo suas visceras. Ele nunca iria alcançar a morada das estrelas, e essa pausa em seu sofrimento, apenas aumentaria sua tortura quando tivesse que voltar, porque cedo ou tarde viriam buscá-lo de volta ao seu pesadelo, era o que ele merecia depois de uma vida de maldades. Mas enquanto isso não ocorresse, ele iria lutar - não pela esperança de escapar ou adiar o inevitável, mas simplesmente como uma funçaõ autômata do seu cérebro, ele lutava pela mesma razão pela qual ele fez o mal, essa era sua natureza.

Após despertar no hospital com sua memória seriamente comprometida, depois de ter sido atropelado, Matthias vai em busca de respostas sobre quem ele é e o que fazia caminhando sozinho a noite próximo aos portões do Cemitério Pine Grove na periferia de Caldwell, com a ajuda da mulher que o atropelou, a repórter Mels Carmichael.

Após descobrir a identidade da alma, depois de receber a visita de um Matthias desmemoriado, Jim Heron tenta descobrir a melhor forma de jogar esta rodada, porque embora ele saiba quem é a alma, não faz ideia de qual será a encruzilhada em que seu antigo chefe terá que fazer uma escolha para o bem ou para o mal, a encruzilhada pode ser qualquer número de coisas que exigisse uma escolha ou uma decisão que então revelaria a qualidade da alma em questão. O que ele sabia era que não podia falhar uma segunda vez com o cara e que a repórter era a chave.

Um sacrificio inesperado, um assassino à espreita e uma jogada final surpreendente tornam esse romance intrigante e emocionante.

E a pergunta que fica é: Devina aceitará a troca ou não?

Tatiane Buendía Mantovani 30/09/2012

Mais ou menos como eu já imaginava lá no final do terceiro livro, ao saber que seria o Matthias a próxima alma disputada no jogo entre o Bem e o Mal, este livro foi um pouco difícil de digerir. Tá, a Ward enfiou uma amnésia no ex-vilão, mas ainda assim, terminei o livro com a impressão de que podia ser melhor, aliás, devia ser melhor.

O clima neste Rapture é bem sombrio, Adrian está bastante deprimido com a perda do Eddie e o time dos anjos parece em franca desvantagem. A ajuda divina no caso se dá somente com duas aparições relâmpago do Nigel que aparece, fala algumas coisas enigmáticas e some, deixando-os - aparentemente - à própria sorte. Na batalha pela alma de Matthias, Devina continua trapaceando e resolve enfraquecer Jim Heron atacando seu calcanhar de Aquiles: Sissy Barten, o que faz com o anjo, mais uma vez, se entregue à maldade que traz dentro de si.

Devina está cada vez mais patética e insuportável... no primeiro e segundo livros, aqueles lances meio psicóticos dela (vide TOC e a terapia) rendiam até uma cenas engraçadas, mas neste ela está meio pastelão e a influência que ela exerce sobre o Jim (que a odeia, a abomina, quer matar, mas está 'sempre alerta' para o bom e velho in-out) dá nos nervos em mais de uma passagem.

O casal não é ruim, juro que não. Mas faltou alguma coisa... Matthias volta de sua estadia no inferno amnésico, e na noite em que ele retorna, Mels o atropela com seu carro - acidente que manda a ambos para o hospital, onde se dá o primeiro contato entre eles.

No decorrer das páginas temos que - tal qual o casal - ir garimpando por entre os flashes da memória dele, que vai voltando aos poucos. Ele é todo "Eu sei que sou mau, sei que sou perigoso, mas não sei por quê" ela é toda "eu sinto a bondade em você" após alguma investigação, com o pouco que a memória dele que vai voltando, eles chegam a Jim Heron, e juntos todos têm de lutar contra os XOps que estão a toda atrás deles, ao mesmo tempo Devina desencadeia uma nova onda de matança de mulheres - cujos corpos aparecem nas mesmas circunstâncias que o de Sissy Barten (o que põe Jim louco e a polícia confusa com a possibilidade de um copycat)... e sendo Mels a chave para a alma de Matthias, ela também é um alvo para Devina... Jim e Adrian passam por maus bocados para salvar Matthias dos XOps, Mels da Devina, trazer Matthias para o 'bright side of life' e ainda lutar contra seus próprios demônios internos... por seu lado, Mels batalha na relação difícil que tem com a mãe após a morte do pai e na vidinha mais ou menos (embora segura) que tinha antes de atropelar o perigo em pessoa.

Sobre o romance propriamente dito: é morninho. A amnésia e restrições físicas de Matthias são um impedimento durante mais da metade do livro, e quando eles conseguem chegar nos finalmentes, a memória dele volta e o lado negro da força acaba afastando os dois. Quando estão pra ficar juntos de novo, a morte se faz presente, e aí bagunça tudo de novo...

Sobre as conexões com o universo IAN: temos a coincidência de Mels acupar atualmente a posição de Beth Randall no jornal de Caldwell; temos Matthias e Jim cruzando com o bando de gigantes vestidos em couro naquele beco, cujo lider era feio pra caramba (oi, Xcor!); temos Adrian falando sobre um anjo 'bad-ass' que seria capaz de ajudar a ele e a Jim, e que até onde sabia estava no Limbo (oi, Lassiter!); temos Fritz Perlmutter - vestido de mordomo e tudo! - atendendo aos policiais que revistavam o local alugado por Jim, após a denúncia da Mels; e temos o Detetive de la Cruz bastante ocupado nas cenas de crime aqui e ali (mas infelizmente, nada do Veck!!!).

Ao menos descobrimos a que o Dog veio, finalmente. Ward já tinha dito anteriormente que ele não era 'só um cachorro', mas não tinha sido dito o que ele realmente era...

Gabi Ranna 28/09/2012

Rapture - Fallen Angels: Não valeu a espera.
Se você fuçar minha estante, ou for no www.peixinhoprateado.com vai perceber que eu sou completamente alucinada pela J.R. Ward. E vai perceber também a festa que eu estava fazendo pelo lançamento desse livro.
Bem, é o quarto volume da segunda série dela, a Fallen Angels, que é lançada entre cada volume da minha série de ficção preferida de todos os tempos, a Irmandade da Adaga Negra.
Pois bem, em março desse ano foi lançado o décimo volume da IAN, que deixou uma grande expectativa no ar pelo décimo segundo volume, que é o livro que a maioria das fãs vem esperando desde Lover Mine: a conclusão do romance entre Blay e Qhuinn. Inútil falar que eles são meus personagens prediletos e que eu estou alucinada na espera pelo seu livro.

Então, não sei se é a expectativa, se são os outros livros que eu ando lendo (que estão realmente muito suculentos) ou se o livro não é essa coca-cola toda mesmo, mas eu fiquei meio decepcionada com Rapture.

O ritmo foi muito mais lento do que os outros, muito tempo colocando as cartas na mesa e pouco jogando. Sabe quando a gente está louca pra ver uma luta de MMA e fica mais tempo esperando os comerciais do que assistindo à luta propriamente? Foi meio assim.
Tudo aconteceu nos últimos 20% do livro. E, apesar do desfecho ter sido, de alguma maneira surpreendente, muitas coisas eu fui deduzindo com o passar das páginas.

Mas o que realmente me chateou mais foi que eu não vi a descrição completa da Mels, a heroina do livro, em lugar algum! Não sei bem que cor é seu cabelo, apesar de ter a impressão de que é castanho (só dala que é escuro...). Fiquei a metade do livro achando que ela era negra, na boa (não sei por quê). Não sei a cor dos seus olhos também. Ela é alta.

Outra coisa: nem uma cena com Nigel e Colin. Em Envy eu realmente adorei o drama. Deu vida ao livro. Parecia que Colin seria aquela mãozinha extra depois da morte de Eddie. Mas não. Nigel mas deu o ar da graça e Colin sequer apareceu.

Por fim a falta de cenas sensuais. Só um cena de sexo e já lá pro fim.

O livro todo é mais emocional e tals, mas. apesar do estilo da escrita, da maneira de colocar a trama, e dos personagens serem da WARDen, não parecia um livro dela. É um bom livro, veja só, mas não é o que eu esperava de um livro da WARDen.

Enfins...
Continuo na espera, agora ainda mais angustiada, de Lover at Last.
Morrendo de medo de me decepcionar com o desfecho da estória de Blay e Qhuinn...

Resenha completa no www.peixinhoprateado.com.

Beijocas!