Vitor Hugo 03/05/2022A ditadura da Coreia do NorteA República Popular Democrática da Coreia, é um país com 25 milhões de habitantes, tendo sua economia baseada na produção nacional e suprimentos oferecidos pelo Estado. O seu lema é “Poderosa e próspera nação”. Ao ler o trecho anterior, parece um país adorável, com uma boa condição aos seus nativos e estrangeiros. Não se engane, estamos falando do país mais fechado do planeta, onde sua população sofre nas mãos de ditadores.
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Em "Fuga do Campo 14” conhecemos Shin Dong-hyuk, um norte-coreano que por ser de classe mais baixa, passou boa parte de sua vida no campo 14, famoso campo de concentração no país. No livro você vai entender o funcionamento da fechada Coreia do Norte, como é a educação, moradia, trabalho, segurança, política, dentre outros.
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Diferente do que é dito pelo atual ditador Kim Jong Un, você verá a dura realidade vivida pela população, que sofre com a escassez de alimentos, que vivem em condições subumanas, que ao “fugir das regras” são covardemente fuzilados. Enquanto na capital Pyongyang, membros da alta sociedade gozam de muito conforto. Aliás, as classes mais pobres do país, sequer sabem da existência da maravilhosa capital.
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A leitura do livro causa bastante desconforto no leitor, ao conhecer a trajetória de Shin Dong, temos empatia por ele e sabemos detalhes desse totalitarismo. Se você não se emocionar com a leitura do livro, está morto por dentro, faltando apenas enterrar. Vale deixar claro: não é uma leitura tranquila, pelo contrário, uma das leituras mais pesadas que já fiz. Leia apenas se estiver em um bom momento.
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O livro possui 230 páginas, não é longo e a leitura é bastante fluida. Escrito pelo jornalista Blaine Harden que conheceu Shin pessoalmente. É dividido em três partes: na primeira vemos como é viver na Coreia, na segunda temos a fuga do nosso protagonista Shin (eu diria que essa é a parte boa) e na terceira parte vemos a dificuldade do protagonista em conviver em um país livre e democrático, como é difícil essa adaptação na nova realidade.
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Em vários momentos durante a leitura, me lembrava do clássico “1984” de George Orwell, lido e resenhado aqui no 1porsemana.
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