Ray 06/09/2021
Fuga do terror comunista
Shin Dong-hyuk nasceu e cresceu no Campo 14, um dos imensos complexos destinados a presos políticos da Coreia do Norte. Seus residentes estão condenados a trabalhar até 15 horas por dia, sofrendo fome e frio, sujeitos a uma rotina de violências sumárias ? aos 13 anos, Shin assistiu à execução da mãe e do irmão mais velho por tentarem escapar. De lá, ninguém foge.
Certo dia, Shin conheceu um amigo que o fez ver que existe um mundo diferente fora dos muros e das cercas de arame farpado (e de alta tensão) do Campo 14. Num golpe de sorte, Shin conseguiu fugir. Passou por terríveis privações após sua fuga, caminhando a esmo, sem roupas, faminto, até conseguir chegar à China, onde conheceu um jornalista que o transportou até a Coreia do Sul, onde recebeu asilo político e, finalmente, se tornou ?livre?.
Porém, as cicatrizes dos terríveis abusos que sofreu na Coreia do Norte permaneceram no corpo e, principalmente, na mente de Shin, uma vez que agora que ele descobria e aprendia o que era ?ser humano?, entendia tudo o que tinha vivido e feito no campo de trabalhos forçados onde nasceu.
Apesar de todo o sofrimento que viveu (e ainda vive), ele ressignificou sua dor e, hoje, é ativista da paz, buscando levar ao mundo a necessidade urgente de defesa dos direitos humanos na Coreia do Norte. Atualmente, Shin reside nos EUA, é casado e pa