Duas viagens ao Brasil

Duas viagens ao Brasil Hans Staden




Resenhas - Duas Viagens ao Brasil


35 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Helio 14/02/2023

Hans Staden, duas viagens ao Brasil.
História de fé e luta pela vida, numa terra estranha. O Brasil em seu início, visto e relatado de forma detalhada, como era realmente logo após o seu descobrimento. Mais uma história que parece ficção e que vale a reflexão sobre cultura nativa e cultura europeia, sem juízo de valores.
Rodrigo 14/02/2023minha estante
Muito bem! ???


Helio 14/02/2023minha estante
Obrigado.


Cicero26 30/03/2023minha estante
Eu li recontado pelo mestre Monteiro Lobato quando era adolescente.




AleixoItalo 17/09/2022

Quantas culturas e nações não foram varridas para baixo do tapete da história, seja pelo extermínio por povos hostis, competição ou pela mais simples e singela passagem das eras? A única coisa que sobrevive às areias do tempo e tem a capacidade de registrar essas lembranças é a escrita. Muitos povos que não à dominaram, desapareceram imersos na ausência de informações e tiveram os poucos vestígios de sua memória apagados.

Porém, de vez enquanto a ação indireta de outros agentes: viajantes, exploradores, estudiosos e ironicamente os próprios conquistadores, acabam por imortalizar esses povos na memória, através de estórias, documentos e relatos.

O relato de Hans Staden é um dos mais instigantes testemunhos de um Brasil selvagem, uma nação ainda encerrada em seu embrião, onde povos ancestrais indígenas vagavam por florestas imponentes e singravam rios e mares, travando eternas batalhas para assegurar um território que estavam fadados a perder.

É um dos mais agradáveis “diários de viagem” que já tive o prazer de por as mãos. A narrativa, toda dedicada a Deus como agradecimento aos milagres “por ele concedidos”, não é uma ladainha religiosa, mas um verdadeiro retrato congelado do litoral brasileiro ancestral. Hans Staden concede vida à nossa natureza, ilustra as relações conturbadas entre os Europeus, e faz um competente ensaio etnográfico sobre os povos nativos que habitavam a região: discorre sobre sua distribuição e comportamento, suas táticas de batalha, arquitetura, relações sociais e hierarquia, religião e é um dos únicos relatos de uma testemunha ocular de um chocante ritual canibal tupinambá.

Findada a aventura, fica a tristeza deixada pelo desaparecimento de um povo e os rastros que o tempo esmaeceu. Hoje eu caminho ali pelo sertão de Mambucaba, por florestas e pastos, na presença de um povo pacato que se adapta à uma urbanização crescente, e nunca antes tinha me dado conta de sua história ancestral. Era exatamente ali que séculos antes, europeus assustados se escondiam em seus fortes, suportando o ataque feroz de índios guerreiros e onde rituais antropofágicos eram executados com toda sua sacralidade e imponência!
comentários(0)comente



Lucs 23/11/2023

Gostoso mas falta um tiquinho de sal
Achei bacana como registro histórico do Brasil colônia, no momento em que ainda estavam desbravando o exótico continente.
Mais ainda o primeiro e mais detalhado registro antropofágico.
Está dividido em duas partes a primeira com o dia a dia de Hans Staden, um mercenário alemão que fica em poder dos tupinambás e segunda que descreve costumes, locais e fauna.

Hans não era analfabeto mas não era letrado o suficiente para escrever um livro o que ficou a cargo de um tal Dr. Dryander. Então não precisa dizer tudo narrado aqui é o ponto de vista enviesado e salpicado de proselitismo religioso da época.
Gostei mesmo do posfácio de Eduardo Bueno, esse cara é uma figura.
comentários(0)comente



Amandinha 21/03/2010

Recomendo!
Começei a ler esse livro porque minha professora de história comentou sobre ele na aula e por curiosidade comprei-o.Não me arrependi, pois gostei bastante do livro, através dele podemos ter um noção de como era o Brasil na época da colonização, a relação entre "selvagem" e "cristão", a cultura de ambos e como ocorria o canibalismo entre as tribos. Um fato interessante é que segundo Eduardo Bueno esse livro inspirou nomes como Monteiro Lobato, José Alencar e Tarsila do Amaral que tiveram grande importância na cultura brasileira!
comentários(0)comente



Planells 26/10/2022

Relato angustiante em um livro incrível
O relato da experiencia vivida pelo europeu Hans Standen nas mãos de tribos indígenas é incrivelmente angustiante, intrigante e fascinante. Um livro para entender o impacto da colonização, e não para julgar costumes tribais ancestrais.
comentários(0)comente



Stefan 17/04/2020

O Brasil nu e cru
Que livro mágico, que "delicia" ler sobre o Brasil nas suas origens, como temos uma história rica, interessante, envolvente, eu poderia utilizar mais um monte de adjetivos que não conseguiria explicar o quanto o Brasil é poderoso.
As histórias narradas pelo aventureiro alemão são praticamente inacreditáveis, de tão magnificas, a forma com que são descritos os rituais de canibalismo, as guerras entre as tribos, como havia figuras impressionantes!
Vale a pena a leitura!
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Mary Jane 20/10/2020

Nova Experiência
O livro conta a história de um alemão que vem fazer expedições no Brasil e relata como foram suas experiências com os nativos "selvagens".
Da para aprender bastante sobre um pouco da história do Brasil em detalhes como utensílios utilizados, rituais e até algumas frases em tupiguarani.
comentários(0)comente



AsereT 03/06/2022

Retrato de um europeu no Brasil
Conheci o livro pelos episódios do Geo Pizza. Um ótimo livro pra quem se encanta pela história do Brasil. Reflete a visão eurocêntrica e a justificativa religiosa na colonização da América. Staden compara por vezes as suas dificuldades com as sofridas por Jesus e apoia seus sucessos na sua fé.
comentários(0)comente



Adria Raquel 01/09/2022

Interessante!
Se não fosse por Literatura comparada, eu nunca teria o conhecido.

Hans Staden é um cronista alemão que veio ao novo mundo por duas vezes. A segunda vez que esteve em terras brasileiras, foi capturado pelos tupinambás e quase que por eles foi comido...

"Duas Viagens ao Brasil" não é apenas uma crônica histórica, é uma narrativa de aventura e também um relato etnográfico.

Ler esse livro é ler um pedacinho da história. Contada de uma visão mais específica, é verdade, mas temos que lembrar que o que aqui é narrado é através da perceção de Hans, ele tinha sua bagagem cultural e entendia as coisas de sua maneira. Muitas coisas incomodam pelo nosso conhecimento da história, pela nossa bagagem cultural e pelas lutas que travamos mas isso não tira a importância histórica que esse relato tem para a história e para a literatura.

Ps: o livro é bem descritivo mas ao mesmo tempo flui demasiadamente.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



duda medeiros 06/04/2021

De imediato, justifico que as cinco estrelas da avaliação dessa obra não são válidas devido a seu caráter histórico e, ao meu ver, não me
cabe pôr padrões contemporâneos para um documento com tamanha importância e hiato temporal.
Em resumo, iniciei a leitura movida por curiosidade e me frustei.
Eu esperava uma riqueza de detalhes maior, e minhas expectativas foram frustadas ao decorrer da obra, mas no último ?capítulo? Hans realizou uma síntese de todos os aspectos culturais e sociais dos indígenas, e ficou confuso essa organização, pq são informações que deveriam ser dadas ao decorrer da obra, para que o leitor associasse as informações ao contexto. Enfim, foi confuso, mas compreensível e ao mesmo tempo, volto a repetir, frustante.
Sobre o conteúdo em si foi MUITO interessante ver a perspectiva de Hans, mas nada surpreendente: a visão do colonizador.
O olhar discriminador, o caráter colonialista superior, os massacres, a imposição e manipulação religiosa... tudo naturalizado e romantizado, mas isso nós, que estudamos história com um olhar crítico, já sabemos
Mas é BIZARRO ler isso, é real, são sentimentos e informações a serem digeridas. bizarro.
comentários(0)comente



Dailton 24/01/2015

LIVRO HISTÓRICO IMPERDÍVEL
Este livro foi publicado pela primeira vez em 1557, na mesma época em que Gutemberg inventava a imprensa. Trata-se do primeiro livro escrito sobre nossa terra. O autor, cujo navio naufragou próximo a costa brasileira, conta em detalhes como foi o período em que esteve prisioneiro dos índios Tupinambas, os costumes indígenas (entre eles a antropofagia) e toda sua aventura para sobreviver e escapar dos indigenas. Para quem gosta de história é leitura imperdível.
comentários(0)comente



Jefferson.Garcia 04/02/2022

Que livro magnífico
O livro é muito bom, conta a saga que Hans Staden passou aqui no Brasil de 1550.
Imagine ser um cristão e ser capturado por selvagens que tem a tradição de comer o seus inimigos, imaginou? Despertou a curiosidade né?
O livro é bem curto mas bem escrito e é muito legal ver ele descrevendo os animais e costumes até então desconhecido para ele, a minha única crítica é que poderia ser maior e mais detalhado mas o Hans não quis :(
comentários(0)comente



Jaguatirica 30/12/2022

Por que choras, Robinson Crosué?
Diário de viagem muito rico em detalhes geográficos e etnohistóricos. Impossível ser estudante de História ou Antropologia sem, em algum momento deparar-se com ao menos um dos capítulos descritos por Staden. Ele próprio confessa que, para melhorar a narrativa, Dr. Johannes Dryander teve a permissão de fazer melhorias e revisões no texto, tendo em vista que Hans Staden era iletrado. Por isso, cuidado, nem toda fonte é 100% confiável, mas ainda assim nos diz muito!

Embora cite vários grupos étnicos, como Carijós, Guaianás, Maracajás e Tupiniquins, o foco de Hans é descrever sua convivência com os Tupinambás e o discurso que separa indígenas "aliados" de indígenas "selvagens" na verdade só depende do ponto de vista. Se ajuda o europeu então é amigo, se resiste e luta contra então é inimigo, simples assim.
O mais incrível é perceber como Hans Staden deixa muitas razões para afirmarmos a riqueza de seu livro. O indígena não é narrado cheio de melindres de discurso, como fez Las Casas ou Sepúlveda, os quais fortaleciam a ideia da dicotomia clássica: o índio passivo, bobo, inocente e sem maldade; e o índio perverso, enganador e inimigo. E claro, na grande separação feita à época: tapuias e tupis, tão clássico na "Guerra dos Bárbaros". Tapuias inimigos, tupis amigos.

Percebem? Em Hans não tem nada disso. Esse jovem achava que todos ali eram selvagens, é claro, graaande novidade hein, entretanto não está repleto de preconceitos. É só um homem comum que viajou para se aventurar. Não está nem aí para o discurso de quem é bom ou mau. Por isso, nas entrelinhas de sua história, vemos os Tupinambás por um olhar "quase" neutro, especialmente se o leitor tiver uma boa bagagem de estudos decoloniais. Ao invés dos "selvagens", eu vi um povo que não se rendia, ainda que cercados por todos os lados por etnias rivais, especialmente um antigo inimigo: Tupiniquins.
A História tem vários lados e infelizmente a que nos chegou na escola foi a que reforçava estereótipos ridículos que corroboram até hoje para a marginalização proposital e governamental dos povos indígenas. Bem como o roubo de suas terras e a disputa injusta entre reservas indígenas e as ratazanas do agronegócio. Uma história de viés colonizador que tenta apagar os protagonismos indígenas, a resistência, suas alianças, técnicas de guerrilha, plantio, cultura material e imaterial, etc, etc. Este livro é tão rico que não posso colocar em palavras!

Recomendo muito, mas repito, não o leia antes de mudar seu olhar. Ou vai ser mais um Tzvetan Todorov da vida, totalmente reacionário.
comentários(0)comente



35 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR