Resenhas - O Sinal

Sérgio 17/07/2012

Um livro com muitas certezas, com uma conclusão controversa!
Um livro com bastante embasamento histórico. A parte sobre o que tem de histórico nos relatos da ressurreição é muito rico. Gostei bastante sobre toda a pesquisa a respeito do sudário e os argumentos contra as últimas pesquisas feitas sobre ele. Mas a parte da teoria que o autor discorre sobre o Segredo da Ressurreição acho que pode ser até crível, mas tenho lá minhas dúvidas. Mas foi uma leitura muito rica de argumentos!!! Recomendo!

G. Turquia 14/01/2014

Este livro pode ser dividido em duas partes: a primeira, faz uma verdadeira apologia ao Sudário; a segunda tenta coloca-lo na perspectiva da Ressurreição. Embora essa linha não seja realmente nítida, pois o autor analisa como a crença-chave do Cristianismo foi analisada no decorrer do tempo, como o Sudário foi visto desde que ganhou notoriedade relativa em Lirey, na França.

Como defensor da veracidade do Sudário, o livro é perfeito: dá provas convincentes, insere-nos no contextos histórico-religioso de cada época, além das figuras, que ajudam bastante para conseguir entender o fio do argumento do autor.
O livro seria perfeito se não fosse um detalhe: seu objetivo não é, defender o Sudário.

O real objetivo do livro é indicar o Sudário como a faísca que inflamou o Cristianismo, que os discípulos de Jesus basicamente olharam para seu corpo morto, mas viram sua imagem no Sudário e saíram pelos confins da terra dizendo: "O Senhor Vive!"
Apesar de ser católico, e desde o começo do livro ter contra-argumentos sobre certos pontos (não muito relevantes) que o autor coloca, para mim, é um abuso a inteligencia humana achar que os discípulos viram o Sudário como o próprio Cristo Ressuscitado.

Mesmo que ele apresente lendas e mitos antigos que podem afirmar sua opinião, dizer que, na Antiguidade os seres humanos eram desprovidos de pensamento crítico beira ao ridículo. Sua teoria, é mais uma das que ele apresentou no começo do livro, das pessoas que tentaram explicar a Páscoa em termos naturalistas apenas (dizendo desde que Jesus apenas desfaleceu na cruz a que a pessoa que apareceu na Páscoa era um irmão gêmeo do Nazareno).

Sua teoria me lembra muito a dos antigos astronautas: se uns dizem que confundimos ETs com deuses e que só eles podiam ter criado as piramides, pois éramos ignorantes demais pra isso, ele diz que confundimos pedaços de pano com Messias exaltados por Deus, pois éramos ingênuos demais para ter o mínimo de raciocínio.

Não me arrependo de todo, pois realmente queria ler esse livro, e ele ajudou-me a formar uma opinião sobre o misterioso pedaço de linho, mas dou a seguinte dica: se você não tem esse mesmo desejo que eu, e quer ler sobre o Santo Sudário, busque outro livro, pois "O Sinal" não irá atender suas expectativas.

Leoni 19/05/2020

Dois livros
Esta obra poderia ser dividida em duas partes, a primeira na qual o escritor explicita todas as especificidades do material que supostamente tenha envolvido o corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo após a sua morte, e para tanto debruçasse em provar que o mesmo é real e questiona a validade do famosos teste do carbon quatorze realizado em 1988. Conseguindo até mesmo colocar uma semente de dúvidas na mente dos céticos usobre a a possível datação do manto mortúário em questão.
Por outro lado, o livro em sua segunda parte, após uma epifania agnóstica desanda sobre uma ótica puramente naturalista, o Sudário é mostrado como a explicação para todos os eventos acontecidos e relatados na Bíblia, desde a ressurreição até o encontro com Paulo na estrada para Damasco, e o pior: para encaixar esta teoria, ele desacredita tudo o que não se encaixa em sua idéia como invencionice ou camadas adicionadas pelos primeiros cristãos ao evento mais importante da humanidade.
Após um esforço em provar a validade do Sudário como verdadeiro, desacredita-o como um milagre.

Edualef 16/09/2012

A Ressurreição sob uma perspectiva diferente
O livro não foi bem de marketing. Usou um título que remete a referências religiosas, uma linha que definitivamente o autor não seguiu.

Historiador da arte, na primeira parte do livro ele voltou seu olhar para todas as evidências científicas coletadas em mais de um século a respeito do Santo Sudário de Turim. Em quase todas elas - anatomia, química, arqueologia, antropologia, medicina, dentre outras - haviam fortes indícios de autenticidade da peça, que foram descartados sem maiores análises depois da datação por carbono de 1988 que apontava para um tecido feito na Idade Média. Com base nisso, várias teorias foram realizadas, tentando unir essas evidências contraditórias, todas usando o teste de 1988 como ponto de partida. Wesselow contesta uma a uma e acrescenta a isso seu próprio conhecimento de história da arte para fazer uma bela (e óbvia) refutação da teoria de que o sudário é uma falsificação medieval. De quebra, ele desnuda, nesse processo, o quanto a ideologia religiosa (ou atéia) pode influenciar o pensamento científico.

Nesse primeiro aspecto, a mim, Wesselow convenceu. Acredito que o Sudário é sim autêntico.

Na segunda parte do livro, Wesselow entra então no aspecto histórico ligado ao Sudário e ao que foi chamado de Ressurreição. Para ele, o próprio Sudário poderia ter sido tomado como prova do Cristo Ressucitado, sendo a centelha que acendeu e manteve o cristianismo nos primeiros anos. Na busca por evidências, ele desce a detalhes da análise dos evangelhos (canônicos e apócrifos), desnudando também nesse processo uma história pouco cristã dos primeiros anos da nova religião.

Nesse segundo aspecto, a mim, Wesselow não convenceu. Faltou consistência das evidências apresentadas para provar que realmente o cristianismo é fruto do Sudário.

O livro, no entanto, vale muito a pena. Sem fazer qualquer concessão ao religioso, ao místico, ou ao fantástico, ele faz uma bela viagem ao redor dessa intrigante peça histórica.

Julia Manjko 25/09/2021

Montanha Russa
Depois de assistir algumas aulas sobre o cristianismo do ponto de vista arqueológico passei a ter muito interesse sobre o assunto. Quando vi o livro na livraria me impressionei muito com o acabamento da edição ( que é muito bem feita e de qualidade) e veio na hora certa pois esse era o assunto do momento da minha mente kkkk.
O livro traz muitas pesquisas e informações , as imagens são ótima para o entendimento dos tópicos ( também de ótima qualidade ) e os glossário e notas são muito bem feitos.
Infelizmente chegou uma hora q eu tinha me cansado de tudo isso . A leitura se tornou muito densa e repetitiva a partir dos 40% mais ou menos . Tive que fazer uma pausa de 2 semanas . A segunda metade do livro não me interessou nem um pouco.
O livro saciou minhas curiosidades sobre o assunto e me ensinou bastante , mas foi uma luta chegar até o fim .

tinaventuri 14/02/2013

Revelador
A maioria de nós cresce dentro de alguma crença religiosa. Amparados por nossos pais, desde muito cedo nos são contadas as histórias bíblicas, nos levam para as igrejas e seguimos um padrão de sacramentos condizentes com elas.

Já foi aceito que o ser humano precisa ter fé em algo, todas as sociedades que habitaram este planeta tiveram seus rituais, suas crenças, seguiram padrões associados sempre a deuses, deusas ou forças maiores. Alguns se extinguiram na atualidade, enquanto outros ganharam força e em conformidade com várias pesquisas, até os chamados ateus, contrários a todos os padrões e que afirmam não crer em nada, no fundo, seguem algum “nível de postura” descendente de alguma religião.

Na atualidade não há ninguém historicamente maior e mais creditado que Jesus Cristo e seus seguidores, cristãos divididos em muitas religiões, seitas ou simples crenças pessoais perpetuam sua história de vida, de milagres, de descendência divina.

E a fé conduz multidões, fortalece relações, dá alento ao cotidiano difícil de muitos. Em alguns casos, infelizmente, temos o fanatismo que acaba destruindo em nome de “algo maior”. Sabemos que humanos cometem exageros, em alguns casos nada raros são preconceituosos e extremamente difíceis de aceitar o outro como é, suas escolhas, suas crenças e por essa falta de tolerância temos os conflitos e guerras. Infelizmente é assim, desde muitos milhares de anos.



Lançado recentemente, o livro “O Sinal – O Santo Sudário e o Segredo da Ressurreição” do historiador de arte britânico Thomas de Wesselow, publicado pela Editora Paralela/Companhia das Letras e amplamente divulgado em revistas de renome como a Veja (Editora Abril) e programas televisivos como o Fantástico (Rede Globo), vem trazendo além de uma nova visão sobre a origem do cristianismo, um apanhado histórico fascinante.

Apoiado em ampla pesquisa histórica, cientifica e relatando as visões religiosas, o livro traz uma infinidade de informações para quem, cristão ou não, gostaria de sentir-se nos “tempos de Cristo”, vivendo àquela época com detalhes precisos e geralmente omitidos atualmente.

Particularmente eu, amante da leitura, considero este um dos melhores livros que já li. Sou cristã católica com grande devoção em Nossa Senhora, Mãe de Jesus e ler sobre os fatos, os costumes e tudo que se seguiu na história até aqui, no meu caso, reforça minha fé mesmo contrariando alguns ensinamentos doutrinários. Por tratar-se de um livro que não tem por objetivo apoiar ou contrariar religiões estabelecidas e apresenta sua visão sem impor que seja absorvida como verdade absoluta, apenas respaldando-se historicamente com seriedade, é leitura agradável e de fácil entendimento.

Esta é minha indicação de hoje, para quem quiser adquirir conhecimento histórico do maior homem da história.

E assim como sabiamente já foi dito:
“A força mais potente do universo? – A fé.”

(Madre Teresa de Calcutá)


Publicado em meu blog pessoal: http://jardimvalentina.wordpress.com/2012/05/31/o-sinal/

Luciano Luíz 02/05/2019

O SINAL - O SANTO SUDÁRIO E O SEGREDO DA RESSURREIÇÃO é uma obra extensa. O historiador THOMAS DE WESSELOW fez um pesquisa aprofundada sobre três temas que tem ligação em só ponto.
Primeiramente há a origem do cristianismo. Em que momento a seita teve início (pois toda religião quando pequena é seita) e depois cresceu. Foi no ato da crucificação? Na última ceia? O texto é longo e monótono...
Depois vem o Sudário de Turim. Aquele pano onde o corpo de Jesus teria sido envolvido após ser removido da cruz. Sobre este utensílio é o que mais há de pesquisa e mostra (de alguma forma quase) todo o percurso da mortalha dos século 1 até o 20...
E por fim, a ressurreição... São três temas alicerçados pelo sudário.
A narrativa é chata nas partes um e três. Na dois sobre o sudário melhora, mas tem também muitas informações técnicas que deixam a leitura mais lenta...
Para quem tem interesse no item cristão é um livro muito bom. Para quem gosta da história do cristianismo, pode também ser uma boa pedida.
Pra mim foi um livro extremamente repetitivo. Há uma gama de informações, mas estas depois vão reaparecendo e assim minha leitura foi cada vez mais lenta.
Para o autor, o sudário é a resposta para muitas perguntas. E percebe-se o quanto nisso ele insiste (apesar de no final comentar que pode não ser nada disso, apenas tentando ser imparcial).

L. L. Santos

site: https://www.facebook.com/lucianoluizsantostextos/

Tchesco Marcondes 06/07/2018

Dupla Face
Esse livro adquiri de forma interessante. Um dia vendo livros em uma banca de revista, me chamou atenção a capa, texturizada, dei uma lida nas abas, e perguntei para a pessoa da banca o valor, quando ela falou o preço, R$15,00, olhei para ele e então ela falou que estava vendendo por aquele valor devido o livro ser antigo na banca. Ok, comprei e ficou na estante por mais de dois anos. Depois de eu ler Sapiens Uma Breve História da Humanidade, peguei ele para ler.

Me surpreendi muito, com a determinação do autor em provara veracidade do Santo Sudário, usando todos os meios científicos, claro para uma revelação, segundo ele, que mudará a nossa concepção sobre esse que é um SÍMBOLO do cristianismo.

Lorraine.Dias 19/05/2020

Bases interessantes
O livro tem um contexto histórico muito completo.
A busca do autor por dados históricos e científicos que atestem a veracidade do Santi Sudário é admirável!

Willton 16/06/2021

Depois de 5 meses, consegui terminar.
Um livro muito bom, com muito conteúdo e leitura massiva. Muitas referências e informações esclarecedoras para o leitor.