Resenhas - O Nome da Rosa

Sayonara 13/03/2024

O nome da rosa
Imprescindível. Por trás do debate teológico, Umberto Eco demonstra através do enredo e dos personagens suas opiniões sobre historiografia literária e teoria do romance que, curiosamente, têm tudo a ver umas com as outras.
"E agora eu vos digo que, na infinita vertigem dos possíveis, Deus vos permite até mesmo imaginar um mundo em que o suposto intérprete da verdade nada mais seja que um simplório desajeitado a repetir palavras aprendidas desde muito tempo" p.515

Juliana Freitas 13/03/2024

Conhecimento é poder
?Stat rosa pristina nomine, nomina nuda tenemus?

?A rosa só permanece no nome, nada temos além dele"

Que delícia de história, ambientação e personagens. Com certeza não é um livro fácil e que se lê rapidamente, confesso que nos primeiros capítulos dei uma patinada, mas a persistência vale a pena. Guilherme e Adso são uma dupla perfeita e em vários momentos, divertidos. Guilherme tem um Q de Sherlock Holmes, orgulhoso e astuto. O segredo da biblioteca ou do bibliotecário vai muito mais além do simples motivo de ?cuidar e zelar? pelos livros, é mais uma questão de impossibilitar os monges o acesso a conhecimento e diferentes interpretações da palavra de Deus. Uma vez que se questiona a autoridade, se questiona o comando. Tendo conhecimento não é fácil manipular e moldar. Quem detém esse conhecimento é quem tem o poder.

jessyroux 07/03/2024

"Risos, lágrimas e a sabedoria de um livro."
"O Nome da Rosa" é uma obra-prima que me cativou desde o primeiro capítulo. Ao acompanhar a jornada do monge franciscano William de Baskerville e seu aprendiz, Adso de Melk, em uma abadia medieval isolada, mergulhei em um mundo de mistério, intriga e conflito teológico.

A habilidade do autor, Umberto Eco, em criar uma atmosfera tão densa e detalhada é impressionante. Cada página é repleta de simbolismo, referências históricas e debates filosóficos que me fizeram refletir sobre questões profundas da fé, do conhecimento e do poder.

Além disso, os personagens são ricamente desenvolvidos, cada um com suas próprias motivações e segredos, o que adiciona camadas de complexidade à trama. A história é habilmente tecida, mantendo-me completamente envolvido e ansioso para descobrir o desfecho dos mistérios que cercam a abadia.

"O Nome da Rosa" é mais do que um simples romance policial; é uma exploração profunda da natureza humana, da busca pelo conhecimento e da fragilidade da verdade em meio às sombras do fanatismo e da intolerância. Uma leitura verdadeiramente enriquecedora e inesquecível.

Senhor Melancólico 06/03/2024

Stat rosa pristina nomine, nomina nuda tenemus
Se Umberto Eco escreveu este livro não para um público específico, mas para que nos arrastasse para o seu livro, independente de nossa bagagem literária, ainda que encontrássemos citações em latim, personagens, lugares e fatos históricos, filosofia, antropologia, psicologia, teologia, dentre outros temas, como amor, comédia e Deus... Então posso dizer que eu fui arrastado por ele, até a última página. Umberto Eco se superou em misturar todos esses elementos com um romance policial como plano de fundo. Leitura algumas vezes densa, mas que cativa o leitor com seus protagonistas, tão diferentes entre si: Adso com seu temperamento doce, mas que surpreende em muitos momentos decisivos, e Guilherme com seu passado misterioso e sua hilária arrogância. Ambos capazes de nos levar a um misto de emoções. Em suma, um bom livro que nos fala de livros e como eles são preciosos e transformadores.

Elielson.Goulart 05/03/2024

Século XIV (a partir do ano de 1300)
Uma dupla - mestre e pupilo - investigando assassinatos na abadia. Tipo Sherlock Holmes e Watson no mosteiro/abadia/sei lá... na Itália antiga. Tem que ler com muita calma, pois a escrita é MUITO refinada, coisa de grife mesmo! Diálogos surreais e muitas referências históricas, faz você como leitor se sentir um macaco analfabeto. Dei 2 ? porque me falta inteligência para saborear a totalidade do que este livro tem a oferecer; é isto ou apenas o livro não funcionou para mim mesmo ????.

Thami 03/03/2024

Que livro! Tantos livros em um! Tem homenagem aos livros, aos pensadores, ao medieval, aos mistérios, aos símbolos! Eu me apaixonei. O começo pode ser especialmente difícil mas se não desistir será recompensado ?

Gabriela 03/03/2024

Medieval sem se arrastar
Peguei esse livro totalmente no escuro, não fazia ideia do que se tratava e o título não me deu pistas (e isso foi proposital do autor )
Foi uma grata surpresa, imaginei que seria denso e de difícil leitura, mas ele flui bem; entretanto, algumas coisas me incomodaram:
-um acontecimento no meio do livro foi tão inesperado, que de início achei que era um sonho. Achei que ficou vago e jogado no meio dos acontecimentos.
-os exemplos eram demasiados. Meia página ou mais de exemplos pra um mesmo assunto.

Lá pra meados do terceiro ou quarto dia, tem um texto reflexivo tão bonito, que fiz questão de deixar marcado.

Beatriz3345 28/02/2024

Umberto Eco sendo ícone
Demorei muito para ler esse livro, tanto devido a rotina quanto pela leitura não ser uma leitura tão fluida. Mas Eco mostra que como filosofia é um incrível escritor de ficção, relacionando a ficção com a realidade da vida eclesiástica.

gcroms 25/02/2024

Sherlock Holmes da meia idade.
O livro não funcionou comigo, mas é um livro muito bem construído, com um enredo muito interessante.

Jasmim214 24/02/2024

É bom
Não funcionou para mim. Mas... QUE LIVRO
Uma construção muito interessante, e melhor ainda que a edição que eu li é de 1983 (não muda nada, mas muda tudo).
A atmosfera e ambientação te faz ter calafrios antes mesmo de algo realmente acontecer. Temos muitos personagens sábios e bem construídos.
Apesar do livro ter sido dividido em etapas da historia, eu ainda achei a leitura cansativa e lenta (Talvez tenha sido o ultimo livro que li, que era um suspense viciante), e algo que me incomodou foi as linhas em Latim, que não tinha nenhuma nota no rodapé.
No geral foi uma situação de: "Livro bom, hora errada"

nflucaa 22/02/2024

Sherlock Holmes da Idade Média!
É um livro que envolve dois mistérios: a identidade de um assassino e um livro misterioso e desconhecido. Os dois mistérios se relacionam e solucionar um parece solucionar também o outro. Um caso de detetive, mas num mosteiro na Idade Média! Simplesmente fantástico.

Muitíssimo bem escrito, com reflexões que vão para além da trama policial, mas que se entremeiam na trama. Reflexões religiosas, filosóficas e até políticas! Muitíssimo bom. O conflito do progesso do conhecimento vs a tradição imortal, tudo muitíssimo bem amarrado.

Dito isso, não gostei muito do final, apesar de amarrar bem o livro como um todo. O posfácio vale muitíssimo a leitura, em que Eco descreve seu processo de composição desse livro incrível. Recomendadíssimo!

Existem diversas frases em latim no livro, algumas têm relevância para a trama enquanto outras não, que podem representar um entrave à leitura. Apesar disso, existem edições com tradução dessas frases. Vale muito a leitura!

Pedrcota 19/02/2024

Sorria e então vá para o inferno
A vida na idade média para aqueles que se dedicavam ao ascetismo poderia ser bem tranquila ou então muito complicada. O romance aborda muitas questões a respeito do cotidiano de abades no período histórico, mas o que domina a narração é o ato investigativo de Guilherme e seu tutorado Adso. Ao longo da leitura é possível ficar instigado e excitado para saber o fim da investigação e finalmente saber a origem de tantas mortes, no entanto, a escrita de Umberto Eco te propõem conhecer as filosofias, o cotidiano e principalmente a mentalidade do período ?obscuro? da história. Ao se deparar com a liturgia da época e o que acontece atualmente, não precisamos pensar muito e nos questionar se realmente o período medieval, assim como sua mentalidade, ainda perdura por meio das instituições religiosas: penitências, seriedade, final dos tempos? cometa qualquer deslize, sorria, desconfie, questione e então vá para o inferno.

Luna_Chase 19/02/2024

Interessante
O livro nos trás o mistério de uma série de assassinatos em um mosteiro, um investigador (inquisidor) leva o seu aprendiz para com ele tentar desvendar o mistério ligado a biblioteca do local, na qual o Abade não os deixa penetrar, porém todos os acontecimentos levam a ela ser a chave para as respostas que eles procuram.

Minhas considerações sobre a obra são: encontrei algumas dificuldades para lê-lo pois além de possuir uma linguagem um pouco rebuscada, acredito que por causa dessa versão o livro apresenta passagens em latim sem tradução. É um livro com bastante questões filosóficas, se passa na Idade média e é interessante observar como as mulheres são observada pelo cristianismo na época, os monges sempre as associando ao caminho do pecado, a bruxaria e a danação .

Um dos meus personagens preferidos foi Guilherme (O investigador) que foi perspicaz em sua forma de conduzir a investigação, sempre refletindo sobre os caminhos que poderiam levá-lo a resolução da investigação, munido de muita sabedoria graças as suas leituras, sendo conhecedor de muitos idiomas o que o auxiliou.

Jayane S 18/02/2024

Não é para mim.
Acho que se não tivesse lido esse livro físico teria desistido, só consegui terminar pq foi em forma de áudiobook, e uma escrita com muitos detalhes sobre o funcionamento da igreja católica o mistério sobre o crime fica em segundo plano. Mas adorei as reflexões do Guilherme amo o fecho q ele da nos últimos capítulos.

Luis1068 18/02/2024

Mistérios e reflexões
"O Nome da Rosa" é uma obra magistral que mescla elementos de mistério, suspense e reflexão filosófica. Eco tece uma trama intricada, repleta de simbolismos e referências históricas, enquanto explora temas como poder, religião, conhecimento e intolerância. Com uma narrativa envolvente e personagens complexos, "O Nome da Rosa" é uma leitura cativante que desafia o leitor a refletir sobre questões atemporais.