O Nome da Rosa

O Nome da Rosa Umberto Eco




Resenhas - O Nome da Rosa


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m.cIara 15/02/2024

Obra única e épica.
A história contém numerosas alusões a uma infinidade de dogmas e temas religiosos. Isto foi equilibrado pela parte do mistério do livro, que tinha um toque de Sherlock Holmes. O livro conseguiu manter o leitor em suspenso durante toda a história. O mistério é confuso até ao final da história. Como em qualquer peça de mistério bem sucedida, desmascarar o assassino foi um grande desafio. Outra faceta que me agradou em O Nome da Rosa é o facto de ser um livro sobre livros. Para além de a biblioteca da abadia e os seus funcionários desempenharem um papel fundamental no mistério, há também numerosas referências a diferentes textos, como Aristóteles, o Apocalipse e um dos autores favoritos de Eco: Jorge Luis Borges. Para além das referências textuais, o livro está repleto de citações apócrifas e autênticas em latim.
O final do livro foi, no entanto, um pouco anticlimático. O texto foi tecido de uma forma que faz o leitor acreditar que existe um padrão estabelecido para os assassinos. O final do livro é irónico. Apesar de o criminoso ter sido detido, o mistério foi resolvido por mera casualidade e não pelos dotes de detetive de William e Adso. Como o próprio livro explicou, "muito pouco é descoberto e o detetive é derrotado". No entanto, apesar do final inesperado, o livro em si é uma maravilha. Os temas que aborda, desde os estudos medievais à análise bíblica e à teoria literária, são vastos. Foi uma mistura perfeita de mistério e literatura.
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Mani Araujo 15/02/2024

Sem dúvida um dos melhores livros que já li. A meticulosa construção do universo da abadia, juntamente com a atmosfera da biblioteca e do mosteiro contribuem para a imersão na história e na compreensão dos diversos símbolos que o livro contém. Mesmo que a leitura possa arrastada no início, com inúmeras descrições, à medida que avançamos na trama, essas descrições se revelam essenciais para a compreensão e desenvolvimento da história. A experiência de leitura foi maravilhosa, Umbero Eco como bom semiólogo utilizou-se de signos de forma primorosa para narrar o livro, criando uma obra prima.
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Tinovsky 10/02/2024

Releitura maravilhosa
Gostei muito de reler esse livro pela 3 vez. Sempre que releio tenho outras perspectivas sobre os personagens que ilustram a história.
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nick 08/02/2024

Ok, realmente não é livro pra mim, perdão clássicos italianos!

minha primeira crítica vai para as frases/diálogos em latim... custava colocar nota de rodapé? eu simplesmente passava o olho pela página e se visse alguma frase sendo dita em latim, eu pulava pra próxima página

se eu fosse avaliar puramente pela história, é 10/10, a investigação é intrigante e eu não imaginava aquele final. mas é um livro CHATO de ler. talvez seja o português muito antigo, o excesso de descrição e monólogos, a falta de notas de rodapé, qualquer coisa. só sei que nunca tive esse problema com outros clássicos antes e tava com muita expectativa pra esse livro, já que a edição é lindíssima e a sinopse despertou muito meu interesse
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daniel.vasco.716 05/02/2024

. A investigação de de William e Adso é baseada em evidências, na lógica e no pensamento racional ? bem ao modo do método científico que René Descartes, o pai do Racionalismo, só desenvolveria dois séculos mais tarde
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Ricardo.Silvestre 03/02/2024

Um título deve confundir?
«A ideia do Nome da Rosa ocorreu-me quase por acaso e agradou-me porque a rosa é uma figura simbólica, tão densa de significados ao ponto de já quase não ter mais nenhum... (...)
Um título deve confundir as ideias e não orientá-las.»

Estas são palavras de Umberto Eco quando questionado acerca do título que escolheu para o romance histórico que o tornou mundialmente conhecido. Publicado pela primeira vez em 1980, foi adaptado ao cinema seis anos mais tarde.

Não me recordo exactamente da idade que tinha quando embrulhado numa manta, no sofá de casa, assisti a este filme. Mas tenho ideia de ter ficado bastante impressionado com a cena de sexo e com o abade cego cujos olhos devem ter sido motivo de uns quantos pesadelos. Era pequeno e não creio que tivesse mais de 10 anos. Outros tempos.

No que toca à leitura propriamente dita, falemos primeiro dos pontos que mais me agradaram:
- o ambiente religioso no qual toda a trama assenta é muito envolvente e rica em mistério. A descoberta do(s) assassino(s) é feita a bom ritmo e as razões que motivaram as mortes dos monges, assim como os métodos usados, são bem surpreendentes;
- com uma linguagem imensamente rica, a viagem até aquele mosteiro beneditino, em plena Itália da Idade Média, é feita entre muitas discussões filosóficas e religiosas de elevado interesse. Temas como a Inquisição e a homossexualidade também ganham destaque;
- as personagens são imensamente ricas e é especialmente prazeroso acompanhá-las e conhecê-las.

Por outro lado, encontrei algumas dificuldades:

- a linguagem utilizada nem sempre é fácil. Muitos diálogos religiosos e teológicos, de elevada carga histórica e cultural, são um desafio para os mais leigos. Eu sei que me senti muito burro em determinadas alturas e é por isso que um dicionário à mão de semear é fundamental;
- O livro é recheado de passagens em latim e a edição que comprei não tem, infelizmente, qualquer tradução. É certo que tais trechos não interferem na compreensão da história mas não deixa de ser um ponto negativo.

Resumindo, ?O Nome da Rosa? é um livro espantoso e um daqueles típicos casos onde o esforço acaba por compensar.
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Juju 29/01/2024

Stat rosa pristina nomine, nomina nuda tenemus
Uma obra que reúne religião, heresias, política e um mistério.

Frei Guilherme Baskerville é enviado juntamente com seu assistente/escriba para descobrir a causa da morte de um dos monges de uma rica abadia. Contudo, logo percebe que o caso é muito mais complexo do que aparentava e é seguido por outras mortes para cada um dos dias durante sua estadia. Assim, o mistério é estendido, inclusive para a biblioteca que aparenta ser a casa de um grande suspense, e qualquer um se torna um possível suspeito.

Leitura difícil, complexa e com detalhes certas vezes cansativos, "O nome da rosa" se mostra uma história interessantíssima, com uma trama rica e personagens misteriosos. Sendo assim, apesar das dificuldades para a compreensão, vale muito a pena. Sua atmosfera religiosa, misturada com as tentações da carne, heresias, consciências culpadas e pesadas, medo causado pela fé e até mesmo a homossexualidade, transformam um simples mosteiro em um cenário criminoso tanto nas leis humanas quanto nas divinas. Retrata muito bem o que a repressão, principalmente a sexual, faz a um ser humano que uma vez se achou puro de espírito, como também revela as mentiras e ocultações de um corpo religioso, tornando-o assim, uma instituição hipócrita e gananciosa.
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Tábata Kotowiski 28/01/2024

O Nome da Rosa mescla elementos de romance histórico, thriller e investigação, oferecendo uma narrativa rica em detalhes e complexidade. Publicado em 1980, o livro se passa no século XIV, em uma abadia beneditina na Itália, sendo centrado na figura do frade franciscano William de Baskerville e seu noviço Adso de Melk. A trama é impulsionada pela série de misteriosas mortes que ocorrem na abadia, todas elas associadas a livros proibidos.

O enredo se desenvolve de maneira intricada, com Eco habilmente incorporando elementos de história, teologia, filosofia e semioticamente entrelaçando a trama com debates sobre poder, conhecimento e a natureza da linguagem. A ambientação na abadia isolada contribui para a sensação de tensão crescente à medida que os personagens buscam desvendar os segredos escondidos nas bibliotecas da abadia.

Os diálogos são caracterizados pela erudição dos personagens, refletindo a profundidade do conhecimento dos monges e, ao mesmo tempo, proporcionando um meio para Eco expressar suas próprias ideias sobre diversos temas. Os personagens são habilmente construídos, cada um representando diferentes perspectivas e posições dentro do contexto histórico e religioso. William de Baskerville, com sua mente lógica e método investigativo, é particularmente cativante, enquanto Adso serve como um narrador perspicaz que permite aos leitores acompanhar a trama de maneira envolvente.

No entanto, o uso extensivo de referências históricas, filosóficas e a abordagem acadêmica de Eco tornam a leitura mais densa e lenta. Por este motivo, revesei entre o livro e o audiobook (gratuito na Audible) para torna a leitura dinâmica e fluída.

O livro é uma obra-prima da literatura moderna e merece ser lido por todos os amantes de suspense, história e filosofia.

Recomendadíssimo!
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Geraldo.Mata 21/01/2024

Incrivelmente detalhado e complexo, porém arrebatador!
É um livro muito denso, o começo é especialmente difícil de ler, um pouco arrastado e descritivo demais.

Porém, após aproximadamente 100/120 páginas, a leitura é simplesmente frenética, não dá vontade de parar um segundo sequer!

Para quem ama uma investigação, é um livro perfeito , para quem ama questionamentos filosóficos, e também sobre Deus, também é incrível.

Vale muito, mas MUITO a pena o esforço de passar pelas 100 páginas do começo!
Alice555 11/02/2024minha estante
Comecei a leitura hoje, achei bastante denso também, fico feliz em saber que melhora mais pra frente




Paulo1818 21/01/2024

Uma obra prima atenporal
Me pergunto se existe algo que eu possa falar sobre essa história que já não foi dito, de qualquer forma, aqui vai a minha opinião.
Uma história maravilhosa e envolvente com personagens cativantes, em um ambiente e época que para mim são muito interessantes. A história que se passa sobre as muralhas dessa grande abadia para mim é mais interessante quando se propõe a discutir a natureza e filosofia da fé, religião e conhecimento, o que está interligado de forma magistral na trama de assassinatos que se desenrola durante a história. É difícil recomendar uma história sem dar spoiler, mas apenas digo que a história se desenvolve maravilhosamente e não deixa nada a desejar!
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Mare 16/01/2024

Um romance histórico e ?policial? muitíssimo detalhado
Monges de 1300, ciência e filosofia contra a teologia, assassinatos condizentes com as trombetas do apocalipse, inquisição no seu ápice. Esse é um pequeno resumo do que esse livro se trata.

Posso dizer que tem uma escrita jornalística, extremamente didática e historicamente correta, com um ritmo de leitura comparado a respiração de um baleia, lenta, e que muitas vezes te transporta pra o labirinto descrito, te deixando exausto com tantos detalhes.

Não sei se cabe inserir aqui tudo o que me veio a mente durante a leitura, porque foram de fato muitas reflexões, mas posso dizer que os apontamentos do escritor sobre a o obra e seu processo de escrita mudaram a minha perspectiva. Achava que ele poderia excluir facilmente 200 páginas que possuíam detalhes cansativos mas eram intencionais, tudo tem um motivo aqui.

Inclusive pensamentos muito contemporâneos ou progressistas na verdade foram retirados justamente de escritas medievais. Nada foi imposto por Uberto.

Vou apenas deixar essa citação do livro: ?Os livros não são feitos para acreditarmos neles, mas para serem submetidos a investigações. Diante de um livro não devemos nos perguntar o que diz, mas o que quer dizer?.
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Igor572 14/01/2024

(Não li essa edição, mas isso não importa) CARAMBA QUE LIVRO BOM. Tem uma trama absurdamente interessante e bem desenvolvida, momentos que fazem sua cabeça explodir (tipo de coisa que eu gosto) e ainda é capaz de inserir um monte de discussões filosóficas e teológicas, sem contar as diversas referências históricas e literárias. (São 9:30 da manhã e eu ainda não fui dormir porque tava acabando de ler, mas valeu a pena)
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Trindade 10/01/2024

Muito bom
É um livro que te prende. Os personagens são cativantes e parecem reais. E um livro lento, mas se conseguir passar pelas partes descritivas, vai perceber porque é um clássico.
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Carlos.Eduardo 10/01/2024

O nome da rosa, ou um livro sobre? livros(?)
Confesso que me dirigi à ?O Nome da Rosa?esperando a mesma animação de quando assisti ao filme. Não poderia imaginar que minhas expectativas seriam não só atendidas como superadas. Umberto Eco entregou não apenas uma mostra espetacular de erudição, adquirida, certamente, não só através de seu ofício como pesquisador, mas também uma narrativa ímpar, que poucos autores conseguem conceber.
Para o leitor mais distraído, ou mesmo afoito, o livro pode parecer apenas uma história de detetive, nos moldes de Conan Doyle ou Christie. Porém é mais do que isso.
Somos apresentados à uma Itália medieval, onde o narrador, Adso de Melke, que se propõe cronista fiel dos acontecimentos que tomaram forma nos anos de sua juventude, quando acompanhava seu mestre, o frei franciscano Guilherme de Baskerville, douto conhecedor das ciências dos homens e de Deus, durante uma missão delegada a ele pelo imperador. Mas essa premissa inicial engana, pois logo quando chegam na abadia onde Guilherme deve ajudar a organizar uma reunião que deve decidir o futuro de sua ordem monacal, ele e o jovem Adso são interpelados pelo Abade que os recruta para investigar estranhos e fatais eventos que ocorreram naquele claustro.
Desenrola-se aí a trama policial onde Guilherme, usando da razão, da lógica e de sua curiosidade inerente, interroga, investiga, cria teorias e alegorias para tentar chegar ao cerne desse mistério. Porém, a trama é mais complexa do que isso, Umberto Eco nos introduz no microcosmo dessa abadia remota e portentosa, onde somos apresentados paulatinamente aos mais diversos personagens, suas crenças e suas histórias. Porém, faz isso com uma perícia que poucos escritores possuem.
Mas o foco da trama não são os crimes cometidos dentro da abadia, mas sim a relação deles com seu maior tesouro: a biblioteca.
Através da biblioteca da abadia, seu lendário acervo, suas regras restritivas e o labirinto literal que a protege, Eco propõe uma reflexão bastante relevante sobre os livros, sobre a leitura, sobre o conhecimento e seu compartilhamento. Através desse prisma, Umberto Eco deixa transparecer sua própria relação com os livros (que pode ser estudada no livro ?A lógica do Cisne Negro? de Nassim Nicholas Taleb).
A conclusão da história é agridoce e coroa as reflexões de Eco sobre os Livros e o conhecimento e sugere, talvez inconscientemente, uma metáfora certeira: quando o conhecimento fica restrito a alguns poucos eleitos ele queima e vira cinzas, sendo perdido para sempre.

O Nome da Rosa é o primeiro livro que li em 2024, mas acredito que já seja o melhor.
nicolehuberr 12/01/2024minha estante
Tem como dar 5 estrelas pra tua resenha? Sensacional. Assino embaixo!




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