O Nome da Rosa

O Nome da Rosa Umberto Eco




Resenhas - O Nome da Rosa


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AnaP14 10/11/2023

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A obra me prendeu desde o início, Guilherme e Adso foram muito bons de acompanhar. Mesmo assistindo ao filme antes, não senti que a leitura foi prejudicada.
Embora seja uma obra cheia de referências e que faz um quadro maravilhoso da Idade Média, quem não conhece muito sobre o período também consegue acompanhar e desfrutar da obra.
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Biblioteca Álvaro Guerra 09/11/2023

Narrado com a astúcia e graça de quem apreciou (e explicou) como poucos as artes do romance policial, O Nome da Rosa encena discussões de grandes temas da filosofia européia, num contexto que faz desses debates um ingrediente a mais da ficção. O livro de Eco é ainda uma defesa da comédia - a expressão do homem livre, capaz de resistir com ironia ao peso de homens e livros.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788574024851
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Suely Cristina 08/11/2023

O nome da rosa
Que leitura desafiadora! Iniciei há alguns anos, mas as citações em latim, o excesso de páginas descritivas e as tarefas exigidas pelo meu trabalho de professora me fizeram desistir. Desta vez, lutei com firmeza contra as cem primeiras páginas, como me recomendou uma resenha que li. Dito e feito: fui seduzida pela leitura! É incrível como nosso cérebro adapta-se ao estilo. O enredo contém duas paixões minhas: histórias de mistérios como as do Sherlock Holmes e Idade Média! Agora que finalizei, sinto-me em abstinência!
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matheusbrnd 08/11/2023

Deus é um nada barulhento
De fato o signo é o único indício e ferramenta que o homem possui. Navegar pelo mundo sem compreender os signos que nos rodeiam é literalmente impossível. Impossibilidade ainda seria não admitir a grandeza dessa obra, que, perdão pela piada, ainda faz ecos e ecos na minha mente mesmo após um bom tempo de leitura e reflexão.

Aqui poderia falar sobre tantos aspectos dessa obra que, pessoalmente, satisfaz todos os meus desejos e preferências em um livro: uma trama intrincada e envolvente, contextos históricos interessantíssimos e que ainda ressoam na contemporaneidade, temas relacionados às diversas mazelas da humanidade.

Poderia falar sobre como Guilherme e Adso tratam-se de uma homenagem a Sherlock e Watson, sobre os incríveis e diversos personagens, sobre os diversos momentos de tensão ou até mesmo sobre como esse é um dos livros mais metalinguísticos que eu já li, típico de um grande nome da Comunicação como Umberto Eco. O autor coloca em Guilherme de Baskerville muito de sua própria perspectiva como filósofo da comunicação e da semiótica e abre espaço para que um jovem acadêmico identifique-se com o papel do noviço Adso, que busca compreender os signos sendo guiado por seu mestre. Em muitos aspectos encontrei-me de volta aos dias de estudo com meu zeloso professor de Teoria da Comunicação e orientador de TCC, que falava incansável e incessantemente sobre esta obra.

E mesmo com tantas aproximações, uma que das que mais me tocou e gerou identificação está logo no final do livro. Tendo por muitos anos encarado do mau e do pior que a religião hegemônica produziu, Guilherme admite a Adso sua falta de fé em um silogismo contraditório que o noviço avidamente detecta. A caracterização de Guilherme durante a totalidade da obra era a de um homem curioso, adepto ao método científico, afoito por conhecimento, estimulado por mistérios e por conjecturar a partir dos mínimos signos, amigo da hipótese e do falsear. Um Frei sem fé, utilizando da única maneira que havia disponível para buscar o conhecimento de que tanto ansiava. E assim foi em nosso mundo por séculos, até mesmo em períodos recentes no Brasil e em vários outros países que pecam em acesso a uma educação secular para populações pouco privilegiadas em sua condição material.

Tantos são os paralelos, tesouros materiais de valor histórico que queimam em nome de um Deus que precisa que se esconda o conhecimento para que sua doutrina mantenha-se intacta e dominante. Ironicamente ideais calcados em simbologia, em ideias abstratas como Deus, pátria, família, que significam muito mais do que essas simples palavras deixam transparecer a priori.

Se Deus é um nada barulhento, mais barulhento ainda seria o riso do comum, se não lhe houvessem negado o que é básico e material tão como lhe negaram o que é signo, o que é intelecto e instrução.
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LiteraLucas 07/11/2023

Obra-prima
O feito de Umberto Eco é louvável. É quase possível se sentir na Idade Média. Um texto com múltiplas camadas, cheio de simbolismos e informações históricas. É daqueles livros que deixam saudades.
Cleber 07/11/2023minha estante
Uma obra prima, um dos melhores livros que já li




Mari 05/11/2023

Gostei do livro, porém não foi um clássico que me motivou, achei o livro arrastado com muitas descrições desnecessárias e o uso excessivo de longos trechos em latim ( minha edição não possui a tradução desses trechos, prejudicando extremamente a experiência)
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natiimartinello 22/10/2023

Tem que ler nas entrelinhas
Se você somente focar na história principal, você vai se decepcionar facilmente. Apesar de ser um livro sobre a investigação de assassinatos que ocorrem em uma abadia, ele na verdade é um livro sobre o quão perigoso é a fé desenfreada.
A linguagem é rebuscada (pra mim, passa até do ponto) e o autor consegue te transportar para a idade média e faz uma crítica severa à época. Porém, eu senti que é um pouco pretensioso demais. Tem partes que não precisariam existir, estão ali, na minha opinião, só pra Umberto Eco demonstrar como era culto ?.
No geral, é um livro muito bom, porém não precisaria ter quase 600 páginas.
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Rayssa 15/10/2023

Jóia da literatura
Durante a Idade Média, Frei Guilherme e seu discípulo, Adso, são convidados a investigar uma série de assassinatos insólitos em uma abadia na Itália . À medida que a dupla vai se adentrando na investigação, o mosteiro vai se revelando um local sagrado, porém repleto de segredos obscuros.

Umberto Eco é conhecido por ser um grande autor erudito, portanto sua obra não poderia deixar de carregar um grande domínio histórico. A prosa do autor não é das mais simples, requer bastante atenção na hora da leitura, além de pesquisa de termos e do contexto. Embora possa se tornar uma leitura um tanto arrastada e pesada por conta disso, todo o esforço vale a pena para conhecer essa jóia da literatura.

Por meio de uma história cativante, o autor dá uma grande aula sobre filosofia, teologia, arte, e claro, História. A narrativa expõe um grande paradoxo entre os valores antigos e fechados da Igreja e o surgimento de novas ideias, mais racionais, oriundas, sobretudo, da ascensão da Filosofia e da Ciência. Em um momento em que a dominação religiosa estava em voga com a atuação da Inquisição, a abadia representa uma fortaleza cujo objetivo é manter a qualquer custo o dogmatismo religioso protegido de um suposto conhecimento científico, capaz de ferir sua subsistência. Aos olhos da Igreja, portanto, a liberdade do conhecimento poderia representar o fim da dominação religiosa, por ser capaz de colocar em xeque a própria existência de Deus.

Além do confronto com a ciência, o autor faz uma crítica ferrenha à moral cristã. A sucessão de heresias perpetradas pelos monges coloca ainda mais em evidência uma certa decadência do cristianismo e o esvaziamento de valores. A moralidade não consegue se sustentar nem em um ambiente teoricamente livre de tentações, as quais se concretizam, em determinados momentos, com a existência da mulher. Nesse sentido, sob uma visão um tanto cômica, a figura feminina, na época, representava um ser maligno, quase místico, desprovido de qualquer benfeitoria, sendo apenas objeto de desvio de moral para o homem.

Com efeito, o livro aborda todos esses aspectos de forma intrigante, sem nunca perder a graciosidade. Temos uma história muito imersiva, com personagens palpáveis e intrigantes. É, a meu ver, um livro sobre livros, sobre o conhecimento em si. A propósito, as passagens dentro da biblioteca são maravilhosas, a paixão que Umberto Eco tinha pela literatura perpassa para o texto de forma evidente, deixando a leitura ainda mais gostosa.
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Maisa @porqueleio 10/10/2023

Resenha / O nome da rosa /@porqueleio
Uma leitura difícil, por conta da linguagem utilizada pelo autor, que incluiu frases inteiras em latim que não foram traduzidas (felizmente, essa edição conta com tradução dos trechos), além da carga histórica. Além disso, em alguns momentos o excesso de descrições – seja para uma pintura, a abadia, ou até mesmo de adjetivos, deixa a leitura pouco fluida. Entretabnto, o mistério em si é viciante.

Guilherme de Baskerville é um detetive hábil que usa os insights empíricos de Roger Bacon. Ele só me decepcionou nos momentos finais, quando era evidente que alguma coisa daria muito errado, e ele preferiu conferir depois... ainda assim, é uma história de certa forma atual, que trata de fanatismo e fundamentalismo, uma crítica ao poder e ao esvaziamento de valores. Ainda que tivesse uma ideia sobre os vários enfrentamentos dentro da igreja ao longo da história, foi chocante conhecer alguns dos fatos – o autor traz fatos e personalidades reais para dentro do monastério, inclusive. E o nome do livro? Só lendo...


site: https://www.instagram.com/p/CxoCFyburdF/
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Ywury 10/10/2023

Um livro para historiadores.
Um "clássico" que faz qualquer historiador pirar! A ficção histórica, é na minha opinião, o caminho ideal para a disseminação do conhecimento histórico entre as pessoas. Uma aproximação do mundo da análise histórica, e o mundo real.
Um romance bem feito como esse, que vá abordar temas importantes, bem situados historicamente e com uma narrativa sedutora, pode ser um ferramenta poderosa na mão do corpo acadêmico.

A disseminação do conhecimento, o fortalecimento do senso crítico...

Enfim, "A caneta é mais poderosa que a espada!"
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Sara.Goncalves 04/10/2023

Frei Guilherme e Adso: Sherlock Holmes e Watson medievais.
No primeiro momento o livro te assusta: você se depara com textos longuíssimos, diálogos envolvendo filosofia, religião, além de enormes descrições bem minuciosamente contadas sobre a imagem que nosso querido Adso presencia dentro da igreja, por exemplo.
Há um pouco de tudo; drama, mistério, um pequeno romance proibido, filosofia, humor, dentre outras coisas que deixaram a leitura instigante a cada dia que se passava na abadia. Vc literalmente é transportado por dentro do cenário, como se caminhasse ao lado do Frei e de Adso, como se ficasse pasmo a cada crime que presenciaria( é o que envolve a narrativa), e surpreendentemente fica em choque com esse final inesperado, de causas e consequências.
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Laysa 03/10/2023

A Rosa de Umberto Eco
Quando peguei esse livro para ler, não fazia muita ideia do que ia encontrar. Mas me deparei com um Sherlock Holmes do século XIV kkkkk A história é excelente! Dá pra entender porque esse é um clássico! Com mistérios, crimes a serem resolvidos, filosofia, teologia e uma dose de romance, esse é um livro mais que recomendado!
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Mary 23/09/2023

Fora da zona de conforto
Esse livro retrata a história de frei Guilherme e seu discípulo Adso, que são incubidos de investigar uma série de mortes em uma Abadia.
Nessa Abadia existe uma biblioteca proibida, o conhecimento na Abadia é restrito.
O livro tem uma linguagem complexa e alguns trechos bem confusos, também possui alguns trechos preconceituosos. Porém é uma trama interessante que fugiu completamente a minha zona de conforto. Admirei o posicionamento de frei Guilherme que me pareceu bastante mente aberta apesar de sua época.
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MariBrandão 22/09/2023

Esta foi uma leitura bastante difícil.
Apesar de gostar do principal - todo o mistério a ser resolvido, num quase Sherlock Holmes medieval – é um livro muito parado.
E o que mais me incomodou foi a imensa quantidade de latim, sem qualquer tradução.
Foi meu segundo contato com Umberto Eco (o primeiro foi o Cemitério de Praga), e cheguei a conclusão que não me dou bem lendo este autor.

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rizzoka 21/09/2023

"Muitas vezes os livros falam de outros livros"
Em tempos em que todos querem discutir temas profundos de forma sempre muito rasa, eis um livro essencial.

Muito mais que um "Sherlock Holmes medieval"! Nunca antes tinha lido algo tão rico. Desde a primeira página me deparei com uma mistura de cultura, arte, história, filosofia, teologia, tudo isso regado com o mistério de uma narrativa muito cativante.

Inicialmente, tive dificuldade para acompanhar a leitura mas tenha em mente que, com o decorrer do livro, você vai entendendo aos poucos todas as questões políticas e as facções dentro da abadia. Depois me adaptei muito, me vi preso do início ao fim e rezava para a chegada dos trechos em latim em que eu deveria "investigar" seu significado em nosso idioma. Inclusive, grande parte dos trechos em latim não tem muita relevância e servem mais pra você se sentir imerso no ambiente clerical.

A filosofia é inserida no livro de maneira brilhante e simples de entender. É discutida a importância da arte, do conhecimento, do que é ou não pecado e heresia, a corrupção e a hipocrisia dentro da igreja católica do século XIII (talvez... provavelmente, até os dias de hoje), amor, sexualidade e inúmeros outros temas debatidos de maneira profunda, sem ser cansativo ou difícil de ler.

A arte é descrita de forma que você fica admirado com a arquitetura, esculturas das figuras santas e outros diversos detalhes sem nem mesmo vê-los. O autor faz um trabalho descritivo genial onde você consegue se imaginar dentro do mosteiro.

Uma obra que te faz refletir sobre os perigos da limitação do conhecimento e de como a fé pode ser usada como combustível para o mal



[SPOILERS ABAIXO]

A destruição da abadia traz consigo muito simbolismo. Seu primeiro significado mostra o fogo, como símbolo de "purificação" pregado pelo Clero, queimando um lugar com um mal interior grotesco (ex: mistérios religiosos, intrigas políticas, escândalos sexuais) como se numa tentativa de "lavar" seus pecados.

Além disso, vi um paralelo muito grande do Finis Africae com a Biblioteca de Alexandria (que existiu de verdade, no século III A.C). A Biblioteca de Alexandria foi um dos maiores acervos de escritos do mundo antigo. Entretanto, apesar de uma riqueza intelectual imensurável, quase ninguém podia acessá-la. Ironicamente, quando o Império Romano invadiu a cidade, a biblioteca foi incendiada, causando uma perda irreversível ao conhecimento humano. Afinal, já que ninguém podia acessar a biblioteca, quem iria defendê-la num momento de crise?

Talvez, mesmo sendo uma ficção, se na abadia houvesse mais que apenas um bibliotecário e seu ajudante podendo acessar o labirinto, poderíamos ver a obra perdida de Aristóteles
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