O Nome da Rosa

O Nome da Rosa Umberto Eco




Resenhas - O Nome da Rosa


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Elielson.Goulart 05/03/2024

Século XIV (a partir do ano de 1300)
Uma dupla - mestre e pupilo - investigando assassinatos na abadia. Tipo Sherlock Holmes e Watson no mosteiro/abadia/sei lá... na Itália antiga. Tem que ler com muita calma, pois a escrita é MUITO refinada, coisa de grife mesmo! Diálogos surreais e muitas referências históricas, faz você como leitor se sentir um macaco analfabeto. Dei 2 ? porque me falta inteligência para saborear a totalidade do que este livro tem a oferecer; é isto ou apenas o livro não funcionou para mim mesmo ????.
Tereza 05/03/2024minha estante
A sinceridade dessa legenda é ótima ???


Ricardo Tagliaferro 05/03/2024minha estante
Confesso que tava levando com seriedade até o "macaco analfabeto" kkkkkk amei a legenda


caio.lobo. 05/03/2024minha estante
Que tal o Fausto de Goethe para aumentar a dificuldade? hehe


Neto154 05/03/2024minha estante
KKKKKKKKKKKK EU AMO UMA SINCERIDADE


Rogéria Martins 05/03/2024minha estante
O livro só é ruim, mesmo ???


BrunoFiladelfo 05/03/2024minha estante
Senti o mesmo lendo "O Pêndulo de Foucault". É muita informação para se reter e muita que exige para entender.


Rogéria Martins 05/03/2024minha estante
@Caio.Lobo Fausto está na minha lista de leitura!


Elielson.Goulart 05/03/2024minha estante
Cavalheiros e Damas... vocês fizeram a minha noite 3000% melhor ?. A todos meu muito obrigado???


Rogéria Martins 06/03/2024minha estante
Elielson, digo o mesmo sobre você. Obrigada! ???


Nara 22/03/2024minha estante
Dei 5 estrelas e compartilho do mesmo sentimento KKKKKKKKKKKKKKKKKKK veja, se sentir um macaco analfabeto é meio que como o Adso se sente em vários momentos também, faz parte!!




Fabio Shiva 28/08/2010

Umberto Eco é o Sócrates de nossos dias!
Diante dele, todo interlocutor é prontamente convertido em pupilo, pela força de sua verve, pelo brilhantismo de suas ideias, pela mente colossal de um verdadeiro gênio da raça!

Ele consegue criar histórias deliciosamente envolventes, instigantes da primeira à última página, arrebatadoras a ponto de fazer prender a respiração ao virar cada página em suspense!

Eco mostra como pode ser excitante a aventura intelectual! Não há nada de chato ou cansativo em sua inteligência exuberante!

“O Nome da Rosa” é talvez sua obra mais conhecida, com uma maravilhosa adaptação cinematográfica trazendo Sean Connery em um dos melhores papéis de sua carreira, como William de Baskerville.

Além de autor mundialmente famoso de Best-sellers, Umberto Eco é também um conceituado pensador, um filósofo da comunicação. Seus livros sobre semiologia (“Viagem na Irrealidade Cotidiana”) e teoria da comunicação (“A Obra Aberta”) são largamente utilizados nas faculdades. Isso para não falar do clássico dos clássicos, livro ao qual muitos estudantes de final de curso serão eternamente gratos: “Como Fazer Uma Tese”. Recomendadíssimo para quem prepara uma monografia.

Essa explicação foi só para mostrar como “O Nome da Rosa” é mesmo genial. Eco é sobretudo um mestre dos Símbolos! O Robert Langdon de “O Código da Vinci” de Dan Brown bem que pode ter sido inspirado nele.

Um símbolo é algo que fala de outra coisa. Pois bem, esse romance é como uma magnífica galeria de símbolos, onde tudo faz referência a alguma outra coisa. A experiência chega a ser inebriante!

A história acontece em plena idade média, mais precisamente em um mosteiro onde está para acontecer um importante debate religioso e onde começam a ocorrer embaraçosas mortes, em circunstâncias estranhíssimas. Para investigar o mistério, o monge franciscano William de Baskerville providencialmente aparece, para incômodo de alguns. Para auxiliá-lo, e também para se tornar, muitos e muitos anos depois, o narrador dessa inesquecível aventura, o noviço Adso.

Pois bem, já de cara temos:

* A ambientação da história na idade média faz referência aos romances históricos, tais como o “Ivanhoé” de Sir Walter Scott.

* O “molho” da história, no entanto, é uma típica trama de mistério: quem está assassinando os monges? Uma nova referência, desta vez aos romances policiais!

* Isso é reforçado por várias outras referências, a começar pelo personagem principal. William de Baskerville lembra muitas vezes Sherlock Holmes e o seu próprio nome é uma referência a uma de suas aventuras mais famosas, “O Cão dos Basvervilles”.

* O noviço Adso também segue adoravelmente o papel de “amigo narrador e menos inteligente que o herói detetive”. O seu nome também é uma brincadeira de Eco, pois Adso não passa de uma corruptela de Watson, o fiel companheiro de Holmes.

Por aí dá para começar a sacar como é a mente de Eco. Esse jogo de símbolos segue ad infinutum. Não há fundo. Você pode continuar mergulhando, sempre haverá um simbolismo novo brilhando adiante.

Um livro maravilhoso!

(199.. / 20...)

Evy 14/10/2010minha estante
Sem comentários!
Sou bibliotecária, e esse livro é especial pra mim! MARAVILHOSO!
Bjos


Bruno T. 14/10/2010minha estante
Ótima resenha ! Parabéns, Fábio.
Abçs, Bruno T.


Edna 08/09/2013minha estante
ESSE LIVRO É SENSACIONAL, FIQUEI ABISMADA QUANDO LI, FOI MAIS ESTIMULADA POR GOSTAR DE HISTÓRIAS AMBIENTADAS NA ERA MEDIEVAL. ESSE CARA É GÊNIO, O FILME TAMBÉM É MARAVILHOSO.


Yuri410 20/05/2017minha estante
Resenha sensacional que resume toda a alma dessa obra-prima. Me senti deliciado e prestigiado com essa obra genialmente orquestrada!


Dan 24/04/2019minha estante
Sócrates de nosso tempos? que exagero ein, cidadão.
que viajem astral..


Robson.Ramos 17/09/2021minha estante
Excelente resenha!
Parabéns Fábio.


Gecilene1 21/10/2022minha estante
Leitura maravilhosa, quero reler


Fabio Shiva 03/01/2024minha estante
Olá, amigos! Gratidão pelos comentários e por essa energia boa!




Ari Phanie 22/05/2022

592 páginas de muita luta (comigo mesma) e tédio.


Eu já sabia que não sou muito fã de livros que abordam teologia cristã. A não ser que metam muita ficção (como Dan Brown fez), e mesmo assim isso me cansa eventualmente. Mas com esse livro descobri que eu gosto menos ainda de teologia cristã medieval. Quando envolve a Inquisição eu até curto, mas apenas se é do ponto de vista de fora da Igreja. É claro que eu sabia que o livro se passava em uma abadia e que os personagens eram monges franciscanos, e também sabia que havia um tipo de suspense envolvendo assassinatos, e principalmente, que era um grande clássico. Foram esses dois últimos pontos que me motivaram a ler. Mas se eu tivesse a menor ideia de quantas discussões teológicas eu teria que suportar, passaria longe dele.

Isso quer dizer que o livro é ruim? Para mim, foi. Mas se você não tem problema com essa temática, é provável que não ache isso. No entanto, não foram apenas as discussões teológicas que me irritaram. A escrita densa e rebuscada não é o meu estilo preferido, e eu considerei isso um ponto negativo já que tornou a leitura muito mais enfadonha. E para além desse problema, o autor é prolixo. Ele se estende em descrições desnecessárias que não acrescentam nada de relevante, e só fazem a leitura ficar mais arrastada e desagradável. E até mesmo as descrições de investigação dos crimes ficam cansativas porque se prolongam em detalhes que não são realmente relevantes. Outra coisa que pra mim foi chato: as frases em latim. Sim, há tradução para as mais longas, mas no final do livro. Como se não bastasse a dificuldade de conexão com a história, ter que interromper a leitura o tempo todo para ver a tradução de uma frase me cansava ainda mais.
Os personagens também não entusiasmam. A maioria são velhos glutões cheios de certezas sobre tudo e vícios, e extremamente hipócritas. E quanto ao narrador, o Adso, ele é apático e ingênuo ao ponto de ser obtuso.

O que salvou esse livro de levar uma nota ainda mais baixa foram apenas duas coisas: o personagem Guilherme, que é inteligente e sensato, e faz a linha Sherlock Holmes. No começo, achei forçada a perspicácia dele, mas logo o personagem surpreendentemente me cativou. Ele enxerga as coisas sem a névoa do fanatismo religioso, sabendo que não se encaixam apenas nas categorias: “divino” e “profano”. O outro ponto foi a crítica à hipocrisia desses grandes homens religiosos, devotos e virtuosos que escondem ou ignoram grandes pecados e comportamentos de libidinagem e perversidade que são condenados nos outros. As mulheres são descritas como os mais malignos seres, mas no entanto, os atos mais perversos e condenáveis da história vieram desses santos homens. Não há nada mais realista do isso. Os “homens de bem” são sempre ótimos exemplos do que há de errado no mundo, religiosos ou não.

Quanto ao final, o mesmo não me surpreendeu, nem satisfez. O assassino era apenas um louco com motivações filosóficas e espirituais delirantes, e eu fui imaginar algo como uma seita. Bom, não era isso e a culpa é toda minha. Enfim, esse era um dos livros que eu mais tinha vontade de ler, um livro do qual eu esperava demais e acabou não sendo nada do que imaginei, e fiquei decepcionada. Por isso, não vou dizer que a culpa é completamente do livro porque não foi. Ele só não atendeu minhas expectativas e acabou sendo uma experiência desanimadora. Toda vez que eu abria o livro, só pensava que deveria abandonar ele. Mas não abandonei leituras piores, então fui na força do ódio. Infelizmente, não era pra ser.
Craotchky 22/05/2022minha estante
Bah, que resenha ácida! hahahhahaha
Talvez valores/opiniões pessoais tenham realmente influenciado bastante sua leitura. Mas como nunca li esse livro por completo, não posso dizer muito.
Tenho essa impressão também quanto ao período medieval: chato.
E esse negócio de colocar no fim do livro um conteúdo que deveria estar como nota de rodapé é um saco. Jamais vi um(a) leitor(a) que prefira que esse material venha no final...


Ari Phanie 22/05/2022minha estante
Hahaha sim, com certeza influenciou, Filipe. Além do mais, peguei o livro num péssimo momento e fiquei zangada pq não conseguia me distrair e embarcar nele como eu queria. Enfim, talvez eu tenha julgado com mta rigidez, mas esse realmente foi problemático pra mim. Eu espero q tu tenha uma experiência melhor.


Luan 22/05/2022minha estante
Caramba, como as pessoas tem percepções diferentes sobre a msm coisa rs. Li esse livro recentemente e adorei, um dos melhores que já li. Nada do que te incomodou me afetou, pelo contrário, e, acredito que como vc, nem religioso eu sou. Acho que um dos fatores para eu ter curtido tanto é que sou apaixonado pela idade medieval e pela história antiga da igreja católica, super corrupta, hipócrita e cheia de fanáticos (tal qual a política hj em dia, AFF). Uma pena ter sido tão enfadonho para vc :(


Luan 22/05/2022minha estante
Ps: suas resenhas são maravilhosas, queria eu conseguir por em palavras minhas impressões sobre os livros e HQs que leio rsrsrs


Ari Phanie 23/05/2022minha estante
Oi, Luan, querido, mto obrigada. Pois é, fiquei decepcionada comigo mesma por não ter gostado, era um livro que eu queria MUITO ler e eu gostei do filme. Mas peguei num péssimo momento, talvez, e a história pareceu intensificar os meus desconfortos. Enfim...um dia talvez eu releia ele para ver se a percepção vai ser diferente. Às vezes, a culpa não é completamente do livro.


Krishna.Nunes 02/08/2022minha estante
Apesar de ser um dos meus livros favoritos da vida (que eu favoritei quando era adolescente, reli ano passado e amei mais ainda) eu gostei muito da sua resenha. Ela descreve exatamente como o livro é.
O engraçado é que que os pontos que você detestou são os mesmos que eu amo na obra.


Ari Phanie 07/09/2022minha estante
Valeu, Krishna. Massa essas percepções diferente, né!? Kkk talvez se eu tivesse lido em outro momento, teria sido diferente para mim tbm. ?????




Dry 31/08/2023

"As vezes ordens dadas aos simples devem ser reforçadas com alguma ameaça, como presságio de que quem desobedecer sofrerá alguma coisa terrível, e por força sobrenatural"


Eu achei esse livro espetacular. Pra mim foi simplesmente fascinante a ideia de um Humberto Eco ter escrito uma trama toda gerada dentro de uma abadia, e conseguir tornar isso interessante de se ler, e extremamente excitante de se acompanhar. Todos os momentos fica claro, que o livro é uma referência e crítica às medidas da igreja católica de manipulação, mas também quanto mais mergulhamos na veracidade dos fatos, parece estarmos lendo um livro muito mais antigo que 1980 (sua publicação). Claramente temos picos, que se baseiam nos capítulos de morte, e uma certa lentidão nos capítulos históricos, apesar de em todos eu ter aproveitado bem a história, através das pesquisas que fiz para acompanhar.
A respeito do desfecho, realmente era o meu maior motivo de desconfiança kkk, e confesso que não via outro final melhor do que o ocorrido, confesso que queria assistir um julgamento do ser culpado, mas mesmo sem maiores punições, acho que o fim dele foi o que ele merecia também. Achei engraçado a perseguição deles pelo c*, pq toda oportunidade de xingamento ele tava lá (kkkkkk). Me diverti muito com esses diálogos.
Emerson Meira 31/08/2023minha estante
Também gostei muito do final e o "assassino" ? As últimas reflexões entre Guilherme e Adso são maravilhosas ? Confesso que tive dificuldade com os longos diálogos, mas em um todo, o livro é ótimo ?


Dry 01/09/2023minha estante
O assassino pegou a gente kkkk, também gostei muito das reflexões, gostaria que o destino deles tivesse continuado junto. ?


Emerson Meira 01/09/2023minha estante
Pegou! Nunca eu ia imaginar a cadeia de fatos que ocorreram e levaram a outros sucessivamente ?
Pois é, foi uma parceria de 7 dias que poderia ter durado mais. Fosse bom né, uma continuação: "O Nome da Rosa 2 - O retorno de Barkerville" ?


Emerson Meira 01/09/2023minha estante
*Baskerville


Dry 01/09/2023minha estante
Kkkkkkk adorei essa ideia, nunca tinha pensado nisso.


Emerson Meira 02/09/2023minha estante
E só pra constar, o filme é bem legal também e fiel ao livro ?
Assisti ontem por curiosidade e recomendo ?




Renata CCS 23/08/2013

“Pode-se pecar por excesso de loquacidade e por excesso de reticência (...)” U.Eco

Umberto Eco nos apresenta em O NOME DA ROSA uma jornada fictícia rumo à Era Medieval na Europa. Em um dos inúmeros mosteiros que se disseminaram nesta época por toda a Itália, uma série de crimes abala o recanto sagrado e um frade franciscano, Guilherme William de Baskerville, e é assessorado por seu discípulo, o noviço Adso de Melk. O livro conta a história de Adso já em sua velhice, narrando os sete dias em que viveu trancado em um mosteiro do século XIV. Durante esses dias uma série de assassinatos leva Adso e seu mentor a investigarem o mosteiro, recheado de personagens misteriosos e suspeitos, e os acontecimentos entre os seus corredores escuros e a majestosa biblioteca, cheia de livros grandiosos e raros. São nos livros que está o grande mistério que permeia o lugar: o proibido aos olhos da maioria se torna motivo de suspeitas, intrigas, desentendimentos e assassinatos.

Logo de início já percebemos como Umberto Eco escreve: de forma um tanto complexa, extremamente descritiva e erudita. Talvez espante os leitores mais casuais logo ali – confesso que quase me espantou – mas a insistência valeu a pena, embora confesse que outras obras de Eco não estão em minha lista de futuras aquisições.

O texto é difícil, mas é também o ponto forte do livro: é escrito de forma a parecer com um escrito do século XIV, e consegue exercer totalmente esta função. A história é instigante, porém tem um ritmo entediante. Mescla romance policial moderno com um texto erudito. Eco parece ter vivido na Itália na época dos acontecimentos narrados, pois sua narrativa é riquíssima, detalhada ao extremo. Mas não vou avaliar um livro pelo brilhantismo do autor, mas sim pela minha sensação ao término da leitura. É indiscutível que seu conhecimento e pesquisa histórica foram incríveis para construir uma obra desse porte. Para mim é um livro para fãs e conhecedores de história: estes vão apreciar mais a trama e a erudição do autor, mas o livro realmente não me prendeu.

Destacaria como um ponto negativo - ao menos na minha edição - as dezenas de citações em latim que não são traduzidas em notas de rodapé. Confesso ter ficado frustrada ter que pular partes tão grandes (citações de livros, músicas, poemas, máximas filosóficas) mesmo que não tenham feito muita diferença para o bom entendimento da história.

O livro é muito complexo, detalhista e, certas vezes, cansativo. E não é para mim. Então, que os fãs mais ferrenhos do autor não se ofendam, mas minha nota não podia ser diferente.
J@n 22/08/2013minha estante
Eu também fiquei frustrada pela falta de tradução dos trechos em latim.


sonia 28/10/2013minha estante
Renata, eu li uma edição portuguesa, onde os trechos estavam traduzidos, mas cheia de erros gramaticais, um horror.
Como eu aprecio filosofia, e o livro afinal trata-se de uma obra perdida de Aristóteles, deu-me o que pensar, o assunto riso, felicidade, alegria e controle ... ou perda de controle. O riso é mais poderoso que uma arma para desafiar um governo, no dizer do filósofo.
Realmente, sem entender os trechos em latim, fica difícil.


Lorena Alhadeff 27/07/2014minha estante
Este livro está sendo um desafio para mim. Os excessos na erudição das palavras e detalhes (as descrições as vezes se repetem) e os trechos em latim (que eu teimosamente tento entender usando o tradutor Google rsrsrs) deixam o livro um pouco monótono, apesar de ter todas as ferramentas para instigar nossa curiosidade. Vou até o fim, mas, sinceramente, as vezes a leitura torna-se um pouco cansativa.


Munyque 08/07/2015minha estante
Caros, encontrei um blog onde o bondoso autor compartilha suas traduções dos diversos trechos em latim do livro.
O link a seguir refere-se à primeira parte do livro (é possível encontrar as outras navegando pelo site):
http://caminhodecanoa.blogspot.com.br/2013/04/o-primeiro-dia-pag-21-videmus-nunc-per.html
:)


Daniel 02/03/2016minha estante
O que eu acho mais intrigante é como um livro tão hermético tenha virado um best seller...
Se bem que isso foi nos anos 80, outros tempos




Wania Cris 07/06/2022

Um tratado sobre a hipocrisia
Guilherme de Baskervile é chamado à abadia para investigar morte suspeita de monge levando consigo seu pupilo Adso. Durante as investigações Adso vai aprendendo um pouco mais sobre sacerdócio, vaidades, hipocrisias e maldades humanas, tudo dentro do local sagrado da abadia.

As discussões sobre a licitude do riso, a pobreza de Cristo e da igreja, o zelo pela castidade, misturadas às práticas contrárias à crença. Soberba, orgulho, arrogância... realmente um retrato da igreja católica do século XIV.

É um livro muito inchado, dava pra secar bem umas duzentas páginas. As discussões às vezes duravam tantas páginas que até me esquecia do que as teria motivado. Adso é um rapaz ingênuo, muito jovem e essa falta de vivência dá margem à ensinamentos que visam situar o leitor nos acontecimentos, mas também torna a leitura um tanto cansativa (levei três meses para terminar e nem são tantas páginas assim...)

Recomendo como leitura de clássico, mas, até entre esses posso citar livros melhores.
Gigika.Lopes 07/06/2022minha estante
concordo com você, demorei umas 150 páginas pra engrenar ,mas depois foi super rápido


Wania Cris 07/06/2022minha estante
Eu demorei um pouco mais, deslanchei a partir de 50%


Alex.Vargas 15/06/2022minha estante
Além das discussões longas, traduzir as pares que estão em latim... Espero que pra frente deslanche...


Wania Cris 15/06/2022minha estante
Nossas, essas citações em latim, sem rodapé, atrapalharam demais a leitura. Várias eu só passei por cima...




Rafael V. 17/01/2021

Subestimado
Best-seller, mas com leitura arrastada, discussão interminável sobre ordens religiosas. Porém, o final corre bem e fica agradável.
Leticiahrocha 21/04/2021minha estante
Quero ler esse mas tenho preguiça :(


Rafael V. 21/04/2021minha estante
Moh bosta kkk, tá perdendo nada.


Beatriz3345 09/06/2022minha estante
Leu pesquisando as palavras em Latim ou comprou a versão que a editora já deu os significados?


Rafael V. 09/06/2022minha estante
Comprei essa edição ai




Carla 20/03/2018

"[...] mas quando entra em jogo a posse das coisas terrenas é difícil que os homens raciocinem com justiça."
“O Nome da Rosa” foi escrito por Umberto Eco e publicado originalmente em 1980. O livro é um clássico que já virou filme e, portanto, foi analisado e resenhado diversas vezes. Não é minha ideia fazer uma nova resenha, mas somente compartilhar a minha admiração pela obra do autor.

Sei que o livro tem algumas passagens que são um pouco cansativas, mas um dos desafios é exatamente superar essas passagens mais difíceis, como as citações em latim, para se chegar aos tesouros que são distribuídos por toda a narrativa. E, de fato, eu me senti dentro de uma “caça ao tesouro” esperando encontrar a cada nova página suas ponderações filosóficas. Análises essas que eram feitas, em sua grande maioria, pelo frade franciscano Guilherme de Baskerville, um dos personagens principais da trama, que é encarregado de descobrir a causa de estranhos crimes envolvendo os monges de um mosteiro.

Então, além de passagens edificantes que nos levam a boas reflexões, há ainda uma trama no bom estilo policial que busca desvendar o mistério por detrás desses crimes. Pouco tempo após começarem a investigação, Guilherme e Adso, seu aprendiz responsável pela descrição da história, percebem que o cerne do problema se relaciona com a grande biblioteca do mosteiro, que é guardada a sete chaves pelo Abade e pelos seus homens de confiança. Fica claro nesse momento o embate entre a iluminação que os livros trazem contra a opressão e o dogmatismo da Igreja. Os problemas de toda fé cega e as regras sem sentido, muitas vezes impostas pela sociedade, que somente geram hipocrisia e acabam por criar seus próprios monstros.

"Faltou-me coragem de inquirir sobre as fraquezas dos maus porque descobri que são as mesmas fraquezas dos santos"

Há, portanto, vários elementos interessantes para serem descobertos. Tenho certeza de que não consegui absorver nem entender tudo o que o autor, um grande escritor, filósofo, semiólogo, linguista e bibliófilo, colocou neste livro. Mas o que aprendi já me deixou encantada e cheia de admiração.

"O diabo não é o príncipe da matéria, o diabo é a arrogância do espírito, a fé sem sorriso, a verdade que não é nunca presa de dúvida."

Ressalto ainda, que, embora eu tenha sentido que o decorrer da história tenha sido por si só uma grande aventura, o desfecho dessa grande obra não poderia ter sido melhor. Uma leitura obrigatória para todos aqueles que curtem o gênero historical crime fiction, acompanhado de uma generosa dose de filosofia.
Fernanda DCM 21/03/2018minha estante
muito bom Carla! Parabéns!


Carla 22/03/2018minha estante
?????


Fernanda DCM 23/03/2018minha estante
parabéns pela resenha, ficou muito boa!


Carla 28/03/2018minha estante
heheh valeu!




Wes Janson 21/06/2016

Imperdível!!!
Umberto Eco se tornou um escritor best-seller desde esse primeiro livro, na verdade um suspense policial ambientado na Idade Média. Tendo inclusive uma versão de Sherlock Holmes, no monge Guilherme de Baskerville, talvez não por coincidência também ingles.
A trama é extremamente inteligente e conta com detalhes o ambiente vivido pela Igreja naqueles conturbados anos onde ainda se vivia sob a sombra da Inquisição.
Na edição que li apenas senti falta de traduções das citações em latim, que são muitas. Mas isso não atrapalhou de forma alguma o prazer em ler.
Livro sensacional, mais ainda para quem ama livros e História!! Se trata de um libelo em prol da sabedoria e do conhecimento disseminados pelos livros ao longo dos séculos.
Matheus_Lago 31/03/2023minha estante
O filme faz justiça ao livro?


Wes Janson 01/04/2023minha estante
Como toda adaptação tem seus problemas, mas é boa e vale a pena sim. Mas hoje, com a minha volta a Igreja Católica, faria outro tipo de resenha...rs...


Matheus_Lago 01/04/2023minha estante
Ja ouvi algo nesse sentido, que na verdade Humberto Eco tinha por objetivo criticar a Idade das Trevas, promovida pela igreja cristã.


Wes Janson 01/04/2023minha estante
Sim, correto, afinal Umberto Eco é um clássico representante da intelectualidade de esquerda. Mas há uma certa honestidade, pois afinal de contas da mesma Igreja vem a pessoa que quer destruir o saber e quem quer salvar.




Wagner47 04/12/2022

Unicórnios, leões, autores árabes e mouros em geral
Frei Guilherme é convocado para investigar um crime que parecia envolver algo simples, mas junto de Adso (seu Watson noviço adolescente) perceberá que há uma trama muito maior por trás disso.

Serei direto ao ponto quanto à investigação: simples, mas em sua grande parte bem executável. Meus poréns sobre ela se dão ao fato de afirmações tratadas como verdades quando convém (Miss Marple me ensinou a nunca acreditar que alguém está dizendo a verdade) e coisas na cara de Guilherme que chegava a conclusões bem enfadonhas só para aumentar a história.

Agora um sério problema do livro: contexto histórico. Há MUITA história católica e religiosa contada por Adso, o narrador do livro que simplesmente é iniciada sem mais nem menos para no fim servir mais de conhecimento ao leitor do que para preencher a obra. Ressalto que a pesquisa realizada por Eco é simplesmente completa e detalhada e ouso dizer que é invejável. Mas quando a gente tem um crime movendo a história principal, me pergunto: por quê? Victor Hugo faz muito disso em Os Miseráveis, mas faz muito sentido no final e como toda aquela aula de história é trazida para o clímax. Mas aqui não senti isso, além do fato de serem intermináveis.

E falando em detalhes e intermináveis, chego em outro problema: Adso e seus devaneios, os quais geralmente também não chegam lugar algum. Isso sem contar que ele faz questão de descrever TUDO o que seu olho vê, desde imagens de criaturas que não conhece ou todos os objetos em cima de uma mesa (alguns deles que também não conhece, olhe só).

Ainda sobre o Adso: ele simplesmente entrega o assassino bem no início, quando tudo ainda estava no ar. A história é contada no passado, com Adso agora velho escrevendo sobre sua aventura, portanto era de se esperar que citaria alguma coisa ou outra que estaria por vir. E eis que em meia linha diz algo a se esperar que não deveria ser dito. Fez eu esperar por algo e quanto mais eu lia e esse algo não acontecia, mais fui tendo a certeza de quem era o responsável.

Portanto já "sabendo" quem era o criminoso, parti de uma linha de investigação bem restrita e, devo confessar, o autor faz uns malabarimos inteligentes, mas por vezes enganosos.

Há uma história paralela onde a história de heresias casam muito bem. A resolução do caso também se faz de coincidências, mas incrivelmente cabíveis no momento e não passam a sensação de forçadas.

O final é bem frenético, porém chega num ponto que soa repetitivo. É daquela forma de "retrospectiva", mas são casos bem marcantes que não vi necessidade disso (ou aos menos fosse menos descritivo no meio do livro para complementar com o final).

Não foi uma leitura fácil e, de gosto estritamente pessoal, não foi agradável. O mistério é instigante e convincente, mas é tanto desvio de rota que me fez perder o interesse.
Traz uma ótima discussão a respeito do que é obra do homem e do que é do maligno (e Eco poderia se prender mais nisso).
Maisa @porqueleio 09/08/2023minha estante
Estou no início, mas fico em paz com minhas sensações em relação à história depois de ler sua resenha. E depois dizem que Tolkien que era descritivo demais. Além disso, sempre há uma passagem para tratar da perversidade feminina... aff


Wagner47 09/08/2023minha estante
Eu senti que só aconteceu algo de fato mesmo após 150 páginas. E quando parece que vai, na realidade volta um monte de contexto histórico.

Me senti um estranho com o pessoal colocando esse livro num pedestal. Conceitualmente é bem bom, mas ao meu ver foi muito desnecessário em diversos pontos.


Wagner47 09/08/2023minha estante
E Tolkien descreve tudo ao redor (de uma forma incrivelmente imersiva), já Eco descreve o que os olhos vêem (o que nem sempre é importante)




Bruna.Chiappetta 06/04/2021

Prolixo
Criei muita expectativa lendo as resenhas aqui e por ser tão famoso. Acho que o livro poderia ser resumido em 200 páginas, foi cansativo e não prendeu minha atenção em nenhum momento.
Yara Silva 14/05/2021minha estante
Estou lendo no momento e esse é um dos pontos que está me desagradando. Acho que a descrição é muito importante sim porém minha percepção é que nesse livro ela está em excesso,o que torna a leitura arrastada e chata. Mas nao quero desistir.


JoAo.Victor 24/07/2021minha estante
Respeito a sua opinião, mas discordo. Acho que o livro não precisava ser mais resumido. Se fosse mais curto, ficaria muitas pontas soltas por causa da proposta do autor de discutir teologia, filosofia e tantos outros assuntos que a obra aborda tenho como mote uma história policial. E, ao contrário do que aconteceu com você, o livro me prendeu do começo ao fim.


Yara Silva 13/12/2021minha estante
João,terminei o livro depois de meses. E posso dizer que foi uma das leituras mais torturantes que ja fiz. Adorei o tema, adorei o personagem do Guilherme,achei a trama inteligente,porem nao gostei do estilo do autor. Achei triste porque estava com muita expectativa com esse livro,o tema me agrada.Paciencia.




Flávio 14/07/2021

Adso de Melk
A história se passa no Norte da Itália em novembro de 1327. O inglês Frei Guilherme de Baskerville, e seu noviço Adso de Melk (o narrador da história) entram na suntuosa abadia, governada pelo abade Abbone, amigo de Guilherme. Um possível suicídio acontece, e o arguto Guilherme é incumbido de averiguar o crime, com a única restrição: não entrar na misteriosa biblioteca. A partir daí, segue-se uma série de assassinatos, com um desfecho surpreendente.
Sue 13/08/2021minha estante
Considera esse livro muito religioso, no sentido de dogmático? Comecei a ler, mas não está me prendendo.


Flávio 16/08/2021minha estante
Umberto Eco sempre foi bem religioso. Seus livros costumam ter pouca ação, mas o que gosto neles é o lado psicológico dos personagens. Ele também é preciso no espaço. Quando os personagens estão conversando e andando, o diálogo cessa no tempo exato em que eles chegam no seu destino. Tudo calculado. É preciso muita paciência com o Eco.


Sue 19/08/2021minha estante
Ah, sim! Interessante... Espero conseguir terminar. =)




Aline Oliveira 24/06/2023

A escrita é fluida mas o conteúdo é denso, temos história, filosofia, teologia... reunidas no mesmo livro, li aos poucos, e o autor envolve assuntos tão reflexivos em um mistério de assassinatos, que prende o leitor. É um livro com múltiplas camadas, curioso e instigante, adorei a experiência. E sigo refletindo sobre esse desfecho.
Lahdutra 24/06/2023minha estante
Eita! Só encaro em LC ?


Fabio 25/06/2023minha estante
Livraço!!! Clássico dos clássicos!!!


Cleber 26/06/2023minha estante
Tá na minha lista dos melhores livros :)




Nat 02/04/2016

Livro perfeito!
Frei Guilherme de Barkerville (que eu imaginei o tempo todo que lia o livro como o Sean Conery, mesmo fazendo anos de quando vi o filme e que também é chamado de William) é chamado em um mosteiro para solucionar o caso de monges assassinados cujos corpos apresentavam dedos e línguas roxos. Foram sete mortos em sete dias. Será isso uma profecia, obra do Demônio ou a pura maldade humana?
O livro se passa na Idade Média e nos apresenta muito da disputa filosófica que existia na época (Jesus ria? A verdade absoluta existe?), diferenças de ideias das diferentes alas da religião católica (e várias citações em latim sem tradução, que até que não atrapalham o entendimento). Outro forte elemento é a biblioteca do mosteiro, um lugar escondido e que poucos tem acesso, e mesmo quem tem acesso não pode ler qualquer livro de lá.
A história é narrada por Adso, na época um noviço ajudante de frei Guilherme. É como se fosse sua confissão, por tudo de pecado que ocorreu nesses dias. Particularmente, a estrutura dos capítulos me fez recordar de A Divina Comédia, que li recentemente, pois os capítulos começam com pequenos resumos do que irá acontecer no decorrer daquele capítulo, sem estragar as surpresas.
Frei Guilherme consegue, no fim, resolver o enigma, apesar de algo terrível acabar acontecendo no final terrível para alguém que ama livros como eu, pois ler sobre uma biblioteca pegando fogo por tanto tempo é angustiante.
As pessoas podem ter diferentes visões sobre o que O Nome da Rosa é realmente a respeito: o embate entre Guilherme (adepto de nova visão, mente aberta) e o monge Jorge de Burgos (fanático, remetendo a inquisição e a oposição ao riso); simplesmente uma crítica a Igreja Católica; uma crítica a falta de acesso ao conhecimento, representada pelo isolamento da biblioteca; o próprio título do livro é um mistério nunca esclarecido por Umberto Eco. Para mim, o livro fala (além de todas as opções antes citadas) da busca de Guilherme, que era um filósofo, pela continuação da Poética de Aristóteles, que estaria escondido naquela biblioteca.
Portanto, O Nome da Rosa pode ser considerado um romance policial (um monge INGLÊS e um ajudante chamado Adso, Sherlock diria que é elementar), ou um romance histórico por nos retratar tão bem sua época, ou um livro para um estudante de teologia (aliás, não cheguei a comentar as partes das punições da inquisição... chocantes! E contadas como se fosse algo corriqueiro), ou apenas um livro para amantes de livros! É um clássico, e é muito bom.
Marcola. 03/04/2016minha estante
Eu tbm adoro esse livro.


Nat 03/04/2016minha estante
:)


Guilherme Pedro 14/01/2017minha estante
A biblioteca pega fogo?! What?!




Lucas Lobo 10/07/2022

Sherlock Padre
Gostei muito desse clássico da literatura, única coisa ruim foram os vários trechos em latim que não dava para entender nada kkk. Belo livro de investigação.
Mah 10/07/2022minha estante
E bom? Já tentei ler 2 vezes e paro sempre depois de uns capitulos


Lucas Lobo 10/07/2022minha estante
É bom, mas a leitura é um pouco complicada mesmo.


Mah 10/07/2022minha estante
Acho que vo pegar pra ler.




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