O Nome da Rosa

O Nome da Rosa Umberto Eco




Resenhas - O Nome da Rosa


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Rodolfo Vilar 16/07/2023

?Fazia tempo que eu não tinha uma leitura tão imersiva quanto essa. E também me pergunto o porquê de demorar tanto para ler um livro tão fascinante como ?O Nome da rosa? de Umberto Eco. ?
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Digo que a leitura foi imersiva pelo fato de realmente adentrar no universo medieval criado por Eco ao ambientar sua história no século XIV, exatamente dentro de uma abadia onde misteriosamente crimes estão acontecendo e somente a dupla de religiosos Guilherme de Baskeville e Adso serão capazes (ou não) de desvendar esse mistério. Outro fator de imersividade é o quebra-cabeça que o livro se transforma ao engajar o leitor a descobrir as pistas para esse mistério, além é claro, das inúmeras passagens em latim que na minha edição não possuem nota de rodapé e precisei traduzir para acompanhar a história. Mas nada a reclamar.
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Além da trama de mistérios, na verdade esse livro possuí diversas camadas que transportam o leitor para os vários níveis textuais criados. Umberto Eco, como já dito, ambienta sua história no século XIV o que faz explanar sobre a historicidade da igreja nessa época, uma vez que a mesma sofria diversas segregações a cerca da questão entre o poder que ela emanava, assim como o sentido dela ter posses (riquezas) ou não, assim como seu conflito com os imperadores da época que buscavam poder, tendo a igreja como uma adversária nesse sentido. Eco cria na história as diversas discussões sobre esse tema, assim como as próprias brigas políticas dentro dos segmentos da igreja (Franciscanos e aqueles mais ortodoxos), mostrando a fragilidade e o período de inquisição da época.
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Eco faz várias intertextualidades em sua obra: O conceito de labirinto de Borges, um dos personagens se chamar Jorge e ser cego; os personagens principais também tendo referências com Sherlock Holmes e claro, o sentido do conhecimento (livros) como poder e status.
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Quem sai dessa leitura sai transformado, porque a leitura é enriquecedora. Falei apenas um pouco sobre essa obra mas espero que tenha sido o suficiente para fazer você querer ler esse grande clássico.
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Valerya insta @leslivres_ 03/04/2022

A rosa....
Os livros não são feitos para acreditarmos neles, mas para serem submetidos a investigações. Diante de um livro não devemos nos perguntar o que diz, mas o que quer dizer, ideia que para os velhos comentadores dos livros sagrados foi claríssima."
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?O Nome da Rosa. Um dos livros mais icônico que já li.
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? Usando assassinatos misteriosos como pano de fundo, Umberto Eco mistura com maestria debates teológicos, questões existenciais, a beleza da ciência e o eterno mistério da fé com a linha tênue entre o bem e o mal.
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? Nada que se diga aqui poderá expressar a força que esse livro tem e como de uma forma sutil ele toma pose dos nossos pensamentos.
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? Foi o livro do mês do nosso Clube de Leitura Les Livres e rendeu bons debates.
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? Mas afinal, se vc já leu, o que ou quem vc acha que era a rosa ??
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? Um livro para ser lido com muita calma para poder sentir toda a explosão de sentimentos contidos nele.
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? Bonne lectures mes amis !
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Cintia295 22/07/2022

Livro maravilhoso, não é uma leitura rápida, apesar dos capítulos ser pequenos são densos, tive que voltar e reler alguns por causa dos debates, conversas, e mesmo assim acredito ter deixado passar muitas coisas.
Personagens no começo "rasos" que depois se descobri muito do passado ou até mesmo do presente.
Investigação das mortes quase surtei e no final não é que acertei o assassino, mas mesmo assim não deixou de ser uma surpresa.
Agora falando dos dois personagens que mais amei
Guilherme nossa que inteligência, sagacidade, observador, sabe conduzir uma conversa e nos fazer refletir sobre certos assuntos.
Adso me identifiquei com algumas coisas (ex: ele falando para o Guilherme que não estava entendo o que ele falava, e Guilherme responde: Adso precisa começar a pensar por você mesmo). Mas olha que no final as observações de Adso que ajuda seu mestre a descobrir tudo.
Tem vários outros personagens incríveis, o Dispenseiro, o Herborista, o Bibliotecário e seus ajudantes, e o próprio Abade.
Nossa como esse mosteiro tem segredos.

Não é um livro fácil, porém valeu cada página lida.
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Carol_lp 05/03/2022

"A rosa mantém seu nome original, temos os nomes nus"
Eu ganhei esse livro de presente da minha mãe e posso afirmar que esse é um dos livros com estilo mais diferente que já li.
Eu senti que o começo do livro é meio "parado", o que me desanimou um pouco, tanto que abandonei 3 vezes o livro antes de finalmente pegar firme e acabar.
O livro em si é bom e mostra muito a parte religiosa, como as brigas entre os reis e o papa e entre diferentes vertentes religiosas. Ou seja, foi uma leitura muito interessante e que trouxe diversas informações a respeito da igreja.
O livro me deixou interessada pelo latim pois haviam muitas frases e referências (mas todas as traduções estão no final do livro, então não foi um problema não saber latim).
Esse livro saiu da minha zona de conforto, mas eu gostei bastante. O assassinato e a resolução do mesmo foram escritos de forma excelente, todas as pistas e os questionamentos de Guilherme nos levaram diretamente ao assassino.
Eu gostei muito do livro, mas recomendo ter calma e manter a leitura, pois o desenvolvimento e o final fazem o livro valer totalmente a pena.
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Mavi 24/06/2021

Eu não esperava que o livro iria me prender tanto!
O livro se passa pelo que eu entendi no século XIV, ali no final da inquisição na Itália onde a religião tem a influência máxima E bem nesse período houve a publicação da Divina Comédia de Dante Alighieri (é legal saber essa parte do contexto histórico pq em algumas partes Dante é citado juntamente com o idioma que ele escolheu escrever, o italiano, que na época era uma língua inferior ao latim).
A história é sobre o frade Guilherme e seu aprendiz Adso onde tem que resolver o mistério de 7 assassinatos no monastério onde estão visitando e o motivo que levou o assassino cometer esses crimes e além disso há discussões ideológicas entre os monges (vulgo barraco pesado kakakak). O interessante é que levanta temas polêmicos da época, inquisição, papas e padres corruptos, mulher era tratada com algo impuro, a luxúria dentro do monastério, entre outros assuntos que se eu for comentar vou estragar o suspense do livro e contar tudo aqui kkkkkk.
Esse livro eu sinceramente achei que iria custar para ler, ter dificuldade com a maneira que foi escrita mas eu me surpreendi de uma maneira totalmente positiva e me envolvi na história e no mistério.
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Vania.Cristina 01/06/2023

Livro monumento
Não acho uma leitura fácil, mas é envolvente. Umberto Eco não facilita mas instiga. A erudição de Eco e seu conhecimento da Idade Média são assombrosos. Durante a leitura, dá pra sentir o quão árduo foi o processo de construção da obra. O livro é melancólico, denso, cheio de reflexões filosóficas. O debate entre ciência e fé é engolido por interesses políticos e jogos de poder. Trás discussões sobre a verdade, o poder dos livros, a luxúria do conhecimento, a subversão do riso entre outros. Tudo isso guiado por uma história de mistério e investigação criminal. E surpreende com cenas psicodélicas, embebidas pelo fervor religioso. Mas o que foi inesperado e maravilhoso pra mim foi encontrar o pós escrito ao final do livro, onde Eco explica o seu processo criativo e trás outras reflexões. Isso enriquece mais ainda essa edição, que já é luxuosa.
Carla.Floores 03/06/2023minha estante
É de onde veio o filme? Não sabia que tinha o livro. Mas o filme... é intenso! Mexe com a gente.


Vania.Cristina 03/06/2023minha estante
O filme que eu conheço é dos anos 80, é esse? Sim, o livro veio primeiro, mas o filme dos anos 80 é mais leve, mais bem humorado. O livro é um mergulho numa abadia da idade média, e no jeito que eles pensavam, falavam e agiam. Então é uma leitura mais difícil, cheia de trechos em latim, embora a história e os personagens sejam divertidos. Foi uma releitura pra mim, e eu gostei muito.




Kazu 19/04/2020

Indubitavelmente, trata-se de um clássico!
Já havia tentado ler ?O Nome da Rosa? na adolescência, logo após a sua publicação, mas abandonei o livro. Na época achei o texto rebuscado demais, cheios de termos em latim, muito difícil de ler. Quarenta anos depois, resolvi retomar a leitura, e valeu pena a espera. A idade ajuda, e essa edição especial da editora Record é um espetáculo à parte. O enredo é mais do que conhecido, tendo sido passado para os cinemas e algumas séries de tv. Um monge franciscano, Guilherme de Baskerville, é convocado para investigar o assassinato de um monge dentro de uma abadia na Itália medieval. A história é narrada por seu discípulo e escriba, um noviço beneditino, Adso de Melk. Umberto Eco desfila toda sua erudição sobre a Idade Média, o que pode tornar a leitura para algumas pessoas um pouco enfadonha. Eco narra com detalhes impressionantes os costumes da época, as construções, e principalmente, a filosofia religiosa e as intrigas políticas entre a realeza e a Igreja católica medieval, bem como, os conflitos dentro da própria Igreja entre seus grupos religiosos. O principal cenário do enredo se passa na biblioteca da abadia, outro motivo para Umberto Eco apresentar todo seu conhecimento. O livro em si é excelente, mas não podemos deixar de fazer menção ao lindíssimo projeto gráfico do livro. Ele vem em capa dura, com uma gravura em tema medieval muito bonita. O papel off-white não é muito fino e também não chega a ser muito branco, com tipografia Minion Pro e espaçamento entre as linhas suficientes para tornar a leitura muito agradável. A tradução é de Aurora Fornoni Bernardini e Homero Freitas de Andrade. Porém, em 2012, Umberto Eco revisou o texto original e esta revisão não consta das edições anteriores. Assim, essa edição de luxo vem com revisão da tradução feita por Ivone Benedetti, bem como, acompanhada de um glossário das expressões em latim, o que ajuda a compreender várias passagens do livro. Já escrevi em outras resenhas, alguns livros precisam da época certa para serem lidos e merecem sempre uma segunda chance. Foi o caso de ?O Nome da Rosa?. Trata-se de um clássico. Recomendo a leitura.
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Livros de Cabeceiras 21/02/2021

O livro narra a história de um jovem monge beneditino, Adso de Melk. Inclusive o livro é narrado por ele, que viaja com o esclarecido franciscano William de Baskerville a um confuso mosteiro beneditino. Este mosteiro repleto de conflitos e segredos são governado pelos livros. Quando um a um, seis deles são assassinados William, a pedido do próprio abade do mosteiro começa a investigar os crimes e em encontrar a verdade em meio à hostilidade, inveja, desejos e medos.
O livro me lembrou bastante as histórias de Sherlock Holmes, no sentido de ser narrado por Adso, o ajudante dele. Tanto que o sobrenome de William de Baskerville, me pareceu uma clara referência a um dos mais célebres romance de Sherlock Holmes, O cão de Baskerville.
O livro passa por fatos históricos da época em que é narrado, início do século XIV. Então ele mescla um romance histórico com uma história de detetives.
Gostei bastante do livro, mesmo não tendo sido uma leitura tão fluída assim, demorei alguns dias para ler, mais do que eu esperava.
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JoAo 27/04/2023

O NOME DA ROSA
Já tinha ouvido falar de Umberto eco e fiquei muito interessado pelas obras dele e devo dizer que esse é um dos livros mais incríveis que eu já li toda construção do contexto histórico a investigação os personagens e até críticas para a sociedade, cada página mais incrível que a outra e com um final que me deixo sem palavras, super recomendo principalmente essa edição que tem a tradução das frases em latim e o pós o nome da rosa que ajuda muito a compreensão de como foi escrito e de como umberto se inspirou para criar todo esse universo.
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Alessandro.Aguilera 09/12/2023

Mistério e Suspense no século XIV
Um obra obrigatória. Que história incrível. Em algumas partes se torna muito lento devido a narração referente ao século em questão. Mas os diálogos e acontecimentos que envolvem a trama consegue te prender. E o desfecho é fantástico.
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Evy 12/10/2011

Um dos meus livros favoritos e acho que nem preciso dizer porque: tem como ponto crucial da história uma biblioteca! A partir daí o livro e seu autor já haviam me conquistado. Mas não é só por isso que é um bom livro.

A historia gira em torno da investigações de uma série de assassinatos misteriosos cometidos dentro de uma abadia medieval. Com estilo meio Sherlock Holmes, o frade franciscano Guilherme e seu assessor Adso são os detetives responsáveis por descobrir a verdade por trás das paredes sacras da Abadia e apesar da resistência dos religiosos do local, seguem a fundo em sua busca até que desvendam que as causas dos assassinatos está ligada diretamente a uma biblioteca que mantém em segredo obras apócrifas não aceitas em consenso pela igreja cristã da Idade Média.

Para entender melhor, é necessário explicitar que o ano é 1327, alta Idade Média, onde se retoma o pensamento de Santo Agostinho que estabelece que os cristãos podem e devem tomar da filosofia grega pagã tudo aquilo que for importante e útil. Esse elo entre o cristianismo e a filosofia e ciêcia dos antigos é que faz com que a Biblioteca do Mosteiro seja tão secreta, pois guarda entre suas paredes um saber que ainda é estritamente pagão (especialmente os textos de Aristóteles) e que ainda não foram devidamente interpretados no contexto do cristianimso e, portanto, pode ameaçá-lo.

A fala do velho bibliotecário, Jorge de Burgos, em relação aos textos de Aristóteles, nos mostra bem essa visão de ameaça: "a comédia pode fazer com que as pessoas percam o temor a Deus e, portanto, faz desmoronar todo esse mundo".

O Nome da Rosa é uma crítica ao poder e perda dos valores pela demagogia. Uma luta patética e sangrenta que impedia que o conhecimento fosse acessível por medo de perder o domínio. A Biblioteca em si foi construída sob a forma de um labirinto que mesmo que alguém conseguisse entrar, no final era morto. Apenas alguns do alto grau da igreja tinham acesso. A informação representava dominação e poder e por isso se deixava a maioria na ignorancia.

A narrativa de Eco, apesar de ter escrito o livro na linguagem da época e ser cheio de citações filosóficas, algumas inclusive em latim, é maravilhosa e impossível de largar. Posso com certeza estar sendo suspeita ao dizer isso, pois o tema muito me agrada, mas vale a pena a leitura.

Super recomendo!
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Rayssa 15/10/2023

Jóia da literatura
Durante a Idade Média, Frei Guilherme e seu discípulo, Adso, são convidados a investigar uma série de assassinatos insólitos em uma abadia na Itália . À medida que a dupla vai se adentrando na investigação, o mosteiro vai se revelando um local sagrado, porém repleto de segredos obscuros.

Umberto Eco é conhecido por ser um grande autor erudito, portanto sua obra não poderia deixar de carregar um grande domínio histórico. A prosa do autor não é das mais simples, requer bastante atenção na hora da leitura, além de pesquisa de termos e do contexto. Embora possa se tornar uma leitura um tanto arrastada e pesada por conta disso, todo o esforço vale a pena para conhecer essa jóia da literatura.

Por meio de uma história cativante, o autor dá uma grande aula sobre filosofia, teologia, arte, e claro, História. A narrativa expõe um grande paradoxo entre os valores antigos e fechados da Igreja e o surgimento de novas ideias, mais racionais, oriundas, sobretudo, da ascensão da Filosofia e da Ciência. Em um momento em que a dominação religiosa estava em voga com a atuação da Inquisição, a abadia representa uma fortaleza cujo objetivo é manter a qualquer custo o dogmatismo religioso protegido de um suposto conhecimento científico, capaz de ferir sua subsistência. Aos olhos da Igreja, portanto, a liberdade do conhecimento poderia representar o fim da dominação religiosa, por ser capaz de colocar em xeque a própria existência de Deus.

Além do confronto com a ciência, o autor faz uma crítica ferrenha à moral cristã. A sucessão de heresias perpetradas pelos monges coloca ainda mais em evidência uma certa decadência do cristianismo e o esvaziamento de valores. A moralidade não consegue se sustentar nem em um ambiente teoricamente livre de tentações, as quais se concretizam, em determinados momentos, com a existência da mulher. Nesse sentido, sob uma visão um tanto cômica, a figura feminina, na época, representava um ser maligno, quase místico, desprovido de qualquer benfeitoria, sendo apenas objeto de desvio de moral para o homem.

Com efeito, o livro aborda todos esses aspectos de forma intrigante, sem nunca perder a graciosidade. Temos uma história muito imersiva, com personagens palpáveis e intrigantes. É, a meu ver, um livro sobre livros, sobre o conhecimento em si. A propósito, as passagens dentro da biblioteca são maravilhosas, a paixão que Umberto Eco tinha pela literatura perpassa para o texto de forma evidente, deixando a leitura ainda mais gostosa.
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Fernando 07/01/2023

Várias camadas
Um livro repleto de significados e reflexões. Com uma trama envolvendo mistério e religiosidade o autor consegue prender tanto a atenção do leitor mais erudito quanto daquele que pretende só desfrutar de uma boa história.

Final interessantíssimo que me fez refletir durante horas.

Só não é perfeito, pra mim, porque em algumas partes é um pouco massante com suas longas enunciações e descrições.
Pretendo ler outros livros do autor.
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Mari 24/02/2022

Um livro com o gênero que eu gosto muito de ler, mas que possui uma diferença dos demais, por ser ambientalizado em um lugar diferente do que eu estou acostumada a ler.
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@PinkLemonade 30/12/2021

Recomendo ler
Livro que prende a atencao.
Quem gosta daquele ambiente medievo, misterioso com passagens secretas vai adorar.
As razões do "vilão " e do "heroi" são extremamente interessantes de se debruçar sobre, especialmente se você é familiarizado com o "mindeset" de alguma religião centralizada.
Recomendo a leitura.
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