lisa 24/03/2024
?Os jovens não têm o monopólio dos corações partidos?
O livro começa narrando um pouco da vida de Ellie, uma jornalista atual que encontra uma carta de amor perdida da década de 60. Então, a partir daí, a história volta para o tempo da carta e mostra toda a história de amor por trás daquela carta, intercalando a linha do tempo entre dois momentos. Gosto muito disso. Acho que a linha do tempo intercalada é algo que deixa o livro muito mais envolvente e interessante.
Acontecem, de certa forma, duas histórias: a de Ellie, no presente; e a de Jeniffer (dona das cartas de amor). A história de Jeniffer é muito bonita, mostra com clareza os preconceitos, machismos, e opressões da época, mas não de uma forma expositiva, e sim no contexto da história. A história de Ellie não deixa de ser interessante, mas todo o contexto de infidelidade me incomodou muito. Não que não tenha infidelidade na parte de Jeniffer, mas, novamente, dentro do contexto da época. Pessoalmente, odiei a Ellie. Seus pensamentos são todos egoístas, todas as suas decisões são somente em prol do benefício próprio e ela é um perfeito exemplo de falta de empatia. No final do livro, ambas as histórias se relacionam. Achei isso legal. O final é bonito (principalmente o de Jeniffer), e cada início de capítulo tem uma carta ou e-mail de relacionamentos reais, dando um toque de realidade no livro. No geral achei muito bom, vale a pena.