História e Consciência de Classe

História e Consciência de Classe György Lukács




Resenhas - História e Consciência de Classe


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Lista de Livros 03/08/2020

Lista de Livros: História e consciência de classe – Georg Lukács
Parte I:

“Se a intenção era chegar a uma decisão essencialmente bem fundamentada, nunca se poderia permanecer na reflexão dos fatos imediatos; antes, seria preciso esforçar-se sempre para descobrir aquelas mediações, muitas vezes ocultas, que conduziram a tal situação e, sobretudo, tentar prever aquelas que provavelmente nasceriam dela e determinariam a práxis posterior.”
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Parte II:

“Para o proletariado, a verdade é uma arma portadora da vitória e o é tanto mais quanto mais audaciosa for. A raiva desesperada com que a ciência burguesa combate o materialismo histórico é compreensível: tão logo se vê obrigada a colocar-se ideologicamente nesse terreno, está perdida. Isso também permite compreender por que, para o proletariado, e somente para o proletariado, uma noção correta da essência da sociedade é um fator de poder de primeiríssima ordem, talvez até a arma decisiva.”
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Parte III:

“A quantificação dos objetos e o fato de serem determinados por categorias abstratas da reflexão manifesta-se na vida do trabalhador diretamente como um processo de abstração, que se efetua nele próprio, que o separa de sua força de trabalho, obrigando-o a vendê-la como uma mercadoria que lhe pertence. Ao vender essa sua única mercadoria, e visto que ela é inseparável de sua pessoa física, o trabalhador insere a si mesmo e a ela num processo parcial, produzido mecânica e racionalmente, que ele já descobriu pronto, acabado e funcionando sem ele, e no qual ele é inserido como mero número reduzido a uma quantidade abstrata, como um instrumento específico mecanizado e racionalizado.

Desse modo, para o trabalhador, o caráter reificado da manifestação imediata da sociedade capitalista é levado ao extremo. Evidentemente, também para os capitalistas existe essa duplicação da personalidade, essa dilaceração do homem num elemento do movimento das mercadorias e num espectador (objetivo e impotente) desse movimento. Mas, para a sua consciência, esse movimento assume necessariamente a forma de uma atividade – decerto objetivamente aparente–, de um efeito do seu sujeito. Essa aparência esconde dele o verdadeiro estado das coisas, enquanto para o trabalhador, a quem é negada essa margem de atividade aparente, a dilaceração do seu sujeito conserva a forma brutal do que tende a ser sua escravização sem limites. Por isso, enquanto objeto, é obrigado a sofrer um processo em que se transforma em mercadoria e se reduz à simples quantidade.”
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Parte IV:
“A Crise ideológica do proletariado reside justamente no fato de essa tendência ainda não ter se tornado realidade, embora em vários casos as precondições econômicas e sociais para a sua realização tenham sido dadas. Essa crise ideológica mostra-se, por um lado, no fato de que a situação objetivamente muito precária da sociedade burguesa ainda se reflete na mente dos proletários com sua antiga solidez; mostra-se também no fato de que em muitos aspectos o proletariado continua preso às formas capitalistas de pensamento e sensibilidade. Por outro, esse aburguesamento do proletariado adquire uma forma de organização própria nos partidos operários mencheviques e nas lideranças sindicais controladas por eles. Essas organizações passam a trabalhar conscientemente para conservar a mera espontaneidade dos movimentos proletários tal como ela se apresenta (sua dependência em relação ao seu ensejo imediato, sua fragmentação por profissão, país etc.), e para impedir que eles voltem sua atenção para a totalidade, seja pela concentração territorial, profissional etc., seja pela unificação do movimento econômico com o político. Com isso, os sindicatos acabam se encarregando mais de atomizar, de despolitizar o movimento e de encobrir a relação com o todo, enquanto os partidos mencheviques cumprem a função de fixar ideológica e organizacionalmente a reificação na consciência do proletariado, de mantê-lo no nível do aburguesamento relativo. No entanto, só podem desempenhar essa tarefa porque o proletariado se encontra num estado de crise ideológica; porque esse desenvolvimento ideológico na ditadura e no socialismo também é teoricamente impossível para o proletariado; porque a crise, além do abalo econômico do capitalismo, também implica uma mudança ideológica do proletariado, que se desenvolveu no capitalismo sob a influência das formas de vida da sociedade burguesa. Por certo, essa mudança ideológica surgiu a partir da crise econômica e da oportunidade objetiva que esta criou para uma tomada do poder, mas sua evolução em nenhum momento se deu paralelamente, de modo automático e “regular”, à crise objetiva. A única solução para essa crise é a livre ação do proletariado.”
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@bibliotecagrimoria 27/02/2023

Depois de 3 meses de leitura (li bem devagar as 600 páginas dessa obra), posso dizer que me encontro muito mais esclarecido sobre a questão da dialética aplicada ao método marxista. Além de questões pertinentes à ação partidária do proletariado.
Lukács esclarece pontos importantes ao longo do livro, fruto de uma compilação de una série de artigos produzidos ao longo de sua vida de militante. A compreensão que Lukács tinha da obra de Kant e Hegel permitiu que sua abordagem marxista da História fosse dotada de uma substancialidade única. Com destaque para os artigos intitulados: A Reificação e a consciência do proletariado, A mudança de função do materialismo histórico e Observações Metodológicas sobre a questão da organização. Este último abordando a relação entre as lideranças do partido e as massas proletárias, vistas como mistas, em diferentes graus de conscientização e, por tanto, com objetivos muitas vezes desconexos. Caberia ao partido, composto pela intelectualidade mais esclarecida do movimento, centralizar as reivindicações dessas massas, afunilá-las direcionando para a realização da missa o do proletariado: tomar as rédeas da sociedade e ser o protagonista agente da História. Lukács, a partir dos escritos de Lênin e da práxis dos bolcheviques, aponta as dificuldades enfrentadas pela organização proletária em volta do partido e alerta para o perigo de se perder em teorias e esquecer da comunicabilidade com as massas de trabalhadores.
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Helena Fos 21/06/2020

Tedioso mas fácil de entender se tiver uma base
eu me forcei bastante para terminar esse livro... tudo que ele fala parece o óbvio mas com palavras chatas.
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