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Entrevistas Clarice Lispector




Resenhas - Clarice Lispector Entrevistas


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Patrícia.Bilibio 18/10/2022

Não há nada que Clarice escreva que não seja profundamente visceral. Conforme lia, parecia que Clarice estava entrevistando a mim. Ela é realmente maravilhosa.
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Jeison 23/04/2013

Entrevistas
Se Clarice era arredia quando entrevistada, como entrevistadora é sincera e sem pudores. Suas entrevistas soam mais como conversas, as melhores respostas dos entrevistado nem sempre são resultados de uma pergunta bem elaborada, mas sim de um comentário, um elogio ou uma confissão da própria Clarice.
Por vezes sente-se da parte de Clarice um certo desprezo sutil pelo entrevistado, mas que não a torna agressiva ou menos gentil. Sente-se também a admiração de Clarice por várias das figuras entrevistadas e a grande admiração dos entrevistados pela própria Clarice. A figura da reclusa e enigmática Clarice Lispector acentua-se ainda mais diante dessa admiração dos entrevistados que por vezes querem inverter o jogo e desvendar a entrevistadora entrevistando-a eles mesmo e a obrigando a tentar retomar as rédeas da situação como na entrevista com o jovem Chico: " Não é bem assim, mas, se eu falar mais, a entrevistada fica sendo eu". Ela retoma as rédeas? talvez, mas sem saber exatamente para onde irá.
Claro que para quem não conhece nada de Clarice esse livro não soará assim tão incomum, mas para os amantes e fãs de sua obra, esse vislumbre da pessoa por trás de cada livro sem dúvida ajudará a compreender, compreender não, sentir melhor o que ela tanto queria dizer.
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piips 09/07/2023

Não é um romance, são apenas entrevistas, então não tem como falar que o livro é ruim. acho que é mto bom pra entender mais a Clarice e conhecer diversas outras pessoas incríveis do Brasil
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Lindinhasue 30/12/2023

Odiei Clarice aos 18... me apaixonei aos 40
Meu primeiro contato com Clarice foi aos 18 anos lendo um de seus contos para uma disciplina da Universidade.
Lembro que na época, a professora falava: estão percebendo como Clarice disse isso e aquilo aqui nessa frase? E eu não via nada, não percebia nada.
Em vez de interesse pela autora, nutri ódio!
Há algum tempo atrás, vasculhando uma Revista Manchete, me deparei com uma de suas entrevistas. Pensei comigo: por quê não? Fiz algumas pesquisas e encontrei este compilado reunido em livro. Comprei o ebook e o comecei...
Como Clarice entrevistava bem! Deixava seu convidado a vontade! Arrancava tudo dele; e fazia as melhores perguntas de deixar o entrevistado em silêncio refletindo sobre tudo.
Jorge Amado, Zagallo, Emerson Fittipaldi, algumas pessoas desconhecidas para mim são alguns dos exemplos que você encontrará nesse livro!
Se você não gosta de Clarice ou tem medo dela, essa é uma ótima e agradável porta de entrada para sua obra. Iniciei seu livro de Crônicas escondida de mim mesma e estou amando.
E agora, o que farei com essa paixão que tenho por Clarice? Eu mesma respondo:
- Me entregarei a sua obra; não há opção!

O único defeito de Clarice era sentir demais.
Paola 03/01/2024minha estante
Amei a resenha




Kamila 19/11/2011

“Entrevistas” acaba sendo uma leitura dinâmica e interessante por se tratar de conversas informais em que a estrutura típica do gênero da entrevista é sempre desafiada. Em vários momentos, os papeis de entrevistadora e entrevistado (a) se invertiam (tanto do lado de Clarice quanto do outro). Em vários momentos, a impressão que se tem é a de que Clarice estava numa busca por respostas às perguntas que ela ainda não sabia responder. Em vários momentos, se tem a sensação de que todos ali estão revelando muito mais sobre si mesmos do que já tinham feito anteriormente – e isso também vale como um tributo ao olhar peculiar que Clarice dirigia sobre as pessoas. Aposto que ela via a todos de uma forma única e revelava traços de todos aqueles que estão neste livro, por exemplo, que eles ainda nem tinham percebido antes.
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Renata (@renatac.arruda) 25/08/2014

Encontro entre grandes
Conhecida por ser arredia a revelar mais de si mesmo, neste livro de entrevistas realizadas por Clarice Lispector é possível ter alguns vislumbres dos pensamentos íntimos da escritora a respeito de seu ofício, da sua geração e das artes em geral. Segundo comenta em várias de suas conversas, a impressão que dá não era de que Clarice evitava lidar com momentos difíceis de sua biografia (inclusive Clarice chega a incentivar a pintora Djanira, que resistia a falar sobre sua infância: "Mas você sabe que só relembrando de uma vez, com toda violência, é que a gente termina o que a infância sofrida nos deu?") ou buscava manter o mito a seu redor, mas a de que o sucesso para Clarice era uma invasão e ter sua vida invadida simplesmente a impediria de escrever. A celebridade lhe incomodava: "Uma das coisas que me deixam infeliz é essa história de monstro sagrado: os outros me temem à toa, e a gente termina se temendo a si própria. A verdade é que algumas pessoas criaram um mito em torno de mim, o que me atrapalha muito: afasta as pessoas e eu fico sozinha. Mas você sabe que sou de trato muito simples, mesmo que a alma seja complexa", disse à escultora Maria Martins.

Ainda que fique claro que não estamos lidando com material jornalístico comum, antes com material sensível que funciona quase como um bônus não apenas à obra da escritora mas também a de todos os seus entrevistados, geralmente pegos em momentos de baixa guarda seja por amizade ou admiração por Clarice, é possível notar, com um certo alívio, que nem sempre Clarice foi infalível. Ao ler suas entrevistas, percebemos que nem mesmo ela conseguiu fugir de lugares-comuns, como...

Leia mais no Prosa Espontânea:

site: http://mardemarmore.blogspot.com.br/2014/08/clarice-lispector-entrevistas.html
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23/05/2020

Original
Vejo Clarice como uma escritora que tinha coragem de se auto investigar e assim como em seus romances, essas entrevistas procuram o interior, procuram tangências; ela se deixa entrever ao mostrar os entrevistados. Original e surpreendente à la Clarice.
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Júlia 26/05/2020

Entrevistas por quem sofre de timidez ousada
Confesso que pensei algumas vezes em abandonar a leitura, especialmente por não conhecer várias das pessoas entrevistadas por Clarice, a maioria nos anos 70, e por algumas entrevistas tratarem de temas distantes do meu interesse. Mas o primeiro obstáculo torna-se um trunfo quando aproveitamos para através do livro conhecer artistas brasileiros e suas obras. Sim, a maioria dos entrevistados são artistas, e as perguntas de Clarice pairam muito sobre esse universo, que inclui o processo criativo de cada um.
Assim, através do livro, pude conhecer um pouco mais de figuras conhecidas como Chico Buarque, Elis Regina, Jorge Amado, Lygia Fagundes Telles. Além, é claro, de vislumbrar um pouco mais da personalidade da própria Clarice, que se deixa antever sob a justificativa de deixar o entrevistado mais a vontade. Mas também conheci Djanira, Pedro Bloch, Hélio Pellegrino, que foram para mim gratas surpresas.
Termino essa resenha com trechos sobre Clarice que estão entre os motivos desse livro valer a pena de ser lido:
"Mas sou uma tímida ousada e é assim que tenho vivido, o que, se me traz dissabores, tem-me trazido também alguma recompensa. Quem sofre de timidez ousada entenderá o que quero dizer" (p. 71).
"- Umas das coisas que me deixam infeliz é essa história de monstro sagrado: os outros me temem à toa, e a gente termina se temendo a si própria. A verdade é que algumas pessoas criaram um mito em torno de mim, o que me atrapalha muito: afasta as pessoas e eu fico sozinha. Mas você sabe que sou de trato muito simples, mesmo que a alma seja complexa. (...)".
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V. 24/09/2009

Apesar de Clarice Lispector não ter gostado de trabalhar como jornalista, ela conseguia se sair muito bem no ofício. Possui no seu repertório perguntas ousadas, perguntas profundas, perguntas vagas e além de tudo, perguntas que marcavam a sua maneira de entrevistar. Já os entrevistados em sua maioria são pessoas dignas de serem entrevistas por Clarice, pois também possuem respostas a altura das perguntas que recebiam.
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Lilica 13/04/2010

A outra face de Clarisse
Este livro reune uma coletanea de entrevistas realizadas por Clarisse Lispector com diversas personalidades Nacionais e Internacionais, no periodo em que ela trabalhou em diversos jornais. O texto permite vislumbrar uma pequena fresta da personalidade estraordinaria e estimulante desta escritora brilhante. As perguntas são inteligentes e provocam o entrevistado tornando a conversa um delcioso prazer para quem lê.
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Daniel 09/05/2011

Esse livro, além de ser uma boa forma de conhecer um pouco da Clarice, também mostra muito sobre os entrevistados, fazendo despertar o interesse em ler muitos dos escritores que ele entrevistou. Bem interessante.
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Augusto 06/12/2016

Duas Escritoras
"Você sabe o que uma famosa escritora disse para a outra? Se não sabe, leia o que Clarice Lispector perguntou e Lygia Fagundes Telles respondeu.
[...]
Clarice Lispector – O que mais lhe perguntam?
Lygia Fagundes Telles – Eis o que me perguntam sempre: compensa escrever? Economicamente, não. Mas compensa – e tanto – por outro lado através do meu trabalho fiz verdadeiros amigos. E o estímulo do leitor? E daí? 'As glórias que vêm tarde já vêm frias', escreveu o Dirceu de Marília. Me leia enquanto estou quente."
(p. 17)
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Mauro Mendes 14/01/2023

Completei essa leitura a um par de meses atrás, mas a preguiça de atualizar o histórico não me permitiu fazer o registro dela. Porém aqui estou tomando um vinho e escrevendo… As entrevistas de Clarice são marcadas por algumas perguntas específicas e que parece em quase todas elas, o que me fez refletir que apesar de compartilhar da mesma profissão os artistas possuem uma visão diferente de certas situações. Foi uma leitura prazerosa.
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