HHhH

HHhH Laurent Binet
Laurent Binet
Laurent Binet




Resenhas - HHhH


15 encontrados | exibindo 1 a 15


Arsenio Meira 29/11/2013

O espaço entre realidade e ficção

Laurent Binet ganhou o Prêmio Goncourt para romances de estreia, em 2010, com seu romance histórico “HHhH”, sobre, entre outras coisas, o assassinato de Reinhard Heydrich, chefe da Gestapo, em maio de 1942.

“Romance histórico” (ou qualquer outra categoria) se aplica de maneira imperfeita ao livro de Binet, que mistura reflexões sobre o processo de redação do próprio livro, referências literárias e pessoais em tom autoficcional e história propriamente dita.

Como “A sangue frio”, de Capote, ou mesmo “Os sertões”, de Euclides da Cunha, “HHhH” parece ocupar um lugar a meio caminho entre o histórico e o ficcional em sentido amplo. Sua preferência pela narrativa de eventos “reais”, em que há indícios de que aconteceram de fato, por oposição à ficção propriamente é um duelo muito bem resolvido neste romance.

Essa é a questão que parece interessar a Binet: a diferença de registros entre o “real” e o ficcional. Já no início de “HHhH”, ele cita Kundera para falar da arbitrariedade de dar nomes a personagens ficcionais. E para Binet, Kundera poderia ter ido além: há algo mais vulgar do que um personagem inventado? Ironicamente, Binet reconhece que, para contar a história de Gabcik, o soldado eslovaco que participou do assassinato de Heydrich, terá de transformá-lo em personagem, em literatura:

“HHhH”, é um romance de desconstrução do romance histórico. É um exercício perigoso, arriscado. Mas nas mãos de alguém tão intimamente ligado à arte de narrar com fluidez, a estreia é retumbante.

Realidade e ficção. Fato e referência. Relato e narrativa. Todos esses componentes, magistralmente entrelaçados no romance, iluminam o espaço entre realidade e ficção.
Paty 04/12/2013minha estante
Comprei este livro recentemente. Tive ótimas indicações e sua resenha me animou ainda mais.


Arsenio Meira 04/12/2013minha estante
Valeu, Paty. Ganhei esse romance (excelente, subversivo e consequentemente desafiador), de presente do meu pai, que o comprou meio no escuro, sem ter maiores referências. E achei duplamente reveladores, tanto
o romance quanto o felling do meu velho pai. Vale a pena, e torço para que você goste. bjos do
Arsenio




Alan kleber 20/02/2023

Este livro é um verdadeiro tesouro literário.
"Quantos heróis esquecidos dormem no grande cemitério da História."

"Se as geraçôes futuras nos perguntarem por que combatemos nessa guerra, contaremos a elas a história de Lídice."

"Como eu poderia dar nem que fosse uma idéia infima do que viveram esses três homens?
Val?ik, Kubi? e Gab?ik. "

HHhH, de Laurent Binet, é um romance histórico que se concentra na história da Operação Antropoide, uma missão liderada pela Resistência Tcheca durante a Segunda Guerra Mundial para assassinar Reinhard Heydrich, um dos principais lideres nazistas, e arquiteto-chefe da Solução Final para a Questão Judaica.
Heydrich era um dos nazistas mais sádicos, e o principal comprometido com a causa de exterminar todos os judeus da Europa. Ele foi eleito por Hitler como Protetor do reich para a Boêmia e Morávia. Essa região da Tchecoslovaquia era muito importante para a economia alemã. Heydrich foi enviado para governa-la e esmagar a resistência, que estava praticando atos de sabotagem contra os nazistas. Conhecido como, "o açougueiro", Heydrich governa espalhando a morte e o terror.
Dois soldados da resistência recebem a missão de eliminar Heydrich: Josef Gab?ik e Jan Kubi?.

A narrativa do livro é uma mistura de ficção e não ficção, onde o autor se coloca na história e reflete sobre sua própria posição como escritor. A obra apresenta diversas reflex?es, incluindo a natureza da verdade, a relação entre ficção e realidade, e o papel do escritor como historiador e criador de narrativas. O autor apresenta uma abordagem única para narrar essa história: ele mescla fatos históricos com sua própria experiência pessoal de pesquisa e escrita. É genial.
Binet destaca a importância da resistência tcheca e das pessoas que arriscaram suas vidas para ajudar os paraquedistas durante a operação. Se fossem descobertas essas pessoas junto com seus familiares seriam fuziladas. A coragem que esses heróis anônimos demonstraram é comovente. Chega a ser palpável.

O massacre de Lidice é uma das partes mais emocionantes e chocantes do livro, mostrando como os nazistas eram capazes de infligir dor e sofrimento a inocentes em nome da vingança. Binet retrata essa tragédia com sensibilidade e emoção, mostrando a dimensão humana das atrocidades da guerra.
comentários(0)comente



Ana Bruno 30/03/2021

Uma escrita apaixonada
O autor praticamente nos envolve em seu processo de produção de escrita, compartilhando anseios, comemorando descobertas e escusando-se por informações contestadas após seu registro.
Temos, no livro, o cenário completo da Operação Antropoide, na qual paraquedistas enviados por Londres, cravam uma marca profunda no Reich de Hitler durante a ocupação nazista na Tchecoslováquia (claro que a insanidade dele imprime uma revanche violenta ). O importante é a homenagem prestada a esses "heróis", que apesar de todos os contratempos (tudo que podia dar errado, deu - não é spoiler, é história), cumpriram a missão e sobretudo, gritaram ao mundo que não se submeteriam ao abuso nazista.
Apesar do tema tenso e realidade dolorosa, a escrita do autor é muito prazerosa.
comentários(0)comente



jota 08/12/2022

ÓTIMO: só parava de ler para assistir a alguns jogos da Copa do Mundo; Laurent Binet mostrou-se um craque da literatura com esse livro imperdível
Lido entre 08 de novembro e 05 de dezembro de 2022.

Ao mesmo tempo em que conta um notável episódio da Segunda Guerra Mundial ocorrido entre 1938 e 1942 – em que nem todos os personagens envolvidos receberam a devida atenção do público ou até mesmo caíram no esquecimento –, o autor de HHhH, ou Himmlers Hirn heiBt Heydrich: “o cérebro de Himmler chama-se Heydrich”, como diziam os nazistas, Laurent Binet também se coloca em cena nessas páginas.

Binet expõe ao leitor suas dúvidas e dificuldades para escrever, suas hesitações, fala de suas pesquisas, erros e acertos etc., enfim, conta tudo o que se passou enquanto preparava, escrevia o livro. Teve de resistir bastante à ideia de romantizar o episódio, ater-se aos fatos, e o resultado que temos em mãos é um relato tão fascinante quanto um ótimo romance de aventuras. Daí que foi premiado com o Goncourt em 2010.

O personagem central do livro é, pois, Reinhard Heydrich (1904-1942) e a história de sua vida, de seu assassinato em Praga, na então Tchecoslováquia (República Tcheca a partir de janeiro de 1993), é contada em capítulos curtos, não necessariamente de forma linear, com avanços e retrocessos no tempo. O plano para matar a “besta loira” recebeu o nome de Operação Antropoide e foi concebido desde Londres, de onde vieram dois paraquedistas tchecoslovacos encarregados de executar a missão que poderia custar-lhes a vida caso fossem pegos pelos alemães ou seus colaboradores.

Acompanhamos tudo com extremo interesse; algumas coisas dão certo, outras nem tanto, tudo é muito difícil e complicado, mas como sabemos, o carrasco de Praga depois de matar muita gente inocente foi morto numa emboscada aos 38 anos. Na verdade ele não morreu no atentado, ocorrido em 27 de maio de 1942, mas num hospital uma semana depois por conta dos ferimentos da explosão da granada que atingiu seu veículo. E os heróis Gabcik, o tcheco, e Kubis, o eslovaco, também outros corajosos defensores da liberdade da antiga Tchecoslováquia, são retirados do esquecimento nesse livro de leitura empolgante do começo ao fim.
Paulo Sousa 15/01/2023minha estante
Tentei começar o ?Quem matou Roland Barthes?, mas acabei me perdendo na narrativa?.hehehe


jota 15/01/2023minha estante
HHhH é seguramente o melhor do Binet.




Icaro 29/06/2020

Percorrendo o caminho da escrita sobre o passado obscuro
HHhH foi um livro que me tocou profundamente, acho que esse ano foi um dos que mais me tocou. Ainda sigo pensando sobre suas camadas. Laurent Binet certamente não queria escrever mais um romance sobre a Segunda Guerra Mundial, muito menos queria contar essa história através de frios fatos. O resultado é essa obra peculiar onde podemos acessar as reminiscências da operação Antropoide.
O que vale aqui, principalmente para os interessados em teoria da História, são as questões postas por Binet sobre a dificuldade de escrever sobre o passado. Como lidar de maneira ética frente à História quando tratamos de vidas que padeceram e foram muito mais do que simples carácteres em uma folha de papel podem expressar?
Um livro muito profundo, que nos abre mais para perguntas do que respostas.
comentários(0)comente



Paula.Juca 13/04/2021

"O diabo loiro"
Assim era chamado Heydrich o soldado da morte do Reich. Braço direito de Himmler que por sua vez era o braço direito do próprio Hitler. De uma forma magistral Lauren Binet nos apresenta um narrador que mergulhou na história para descobrir o que aconteceu em Praga no dia do atentado contra Heydrich. Se ele morreu ou não você precisará ler mas já adianto que seja lá o que for que tenha acontecido com aquela besta nascida do próprio inferno (ele foi o "inventor" da Solução Final) foi muito bem merecido. Leitura recomemdadíssima.
comentários(0)comente



Gabriel Torres 10/12/2022

Uma homenagem a heróis desconhecidos que partem em uma missão, matar Heydrich, nazista do alto escalão e tido como “governador” da Tchecoslováquia na II Guerra, em que tudo pode dar errado e da perseguição que se seguiu e dos desdobramentos da ação.

Foi o idealizador da solução final e por isso sua importância nefasta na história.

O autor nos apresenta o seu próprio estudo sobre o caso e conversa com o leitor, dando dicas de filmes e livros, sempre embasado por documentos históricos, ainda que fazendo uso de muita metaliteratura. Apesar do tema, o livro é agradável de ser lido.
comentários(0)comente



Gustavo Alonso 25/04/2013

Ser ou não ser um romance? Eis a dúvida existencial de Laurent Binet para narrar a vida e morte de um carrasco nazista.
por Gustavo Alonso (05/09/2012)

O livro de Laurent Binet, intitulado HHhH (que em alemão apontam para as primeiras letras do epíteto “O cérebro de Himmler se chama Heydrich”) e recentemente lançado no Brasil pela Companhia das Letras, é vendido como romance, como está descrito na capa. À primeira vista trata-se de uma narrativa sobre o assassinato de Reinhardt Heydrich, um nazista de “tipo-ideal”, daqueles que dariam inveja a Hitler. Loiro, determinado, duro, carrasco, assassino.

Heydrich esteve em todos os momentos-chave do nazismo, encabeçando matanças, repressões e covardias até sua morte. Basta dizer que foi um dos idealizadores da Kristallnacht, a noite de 9 de novembro de 1938 em que foi permitido aos alemães comuns capitaneados por sedentos nazistas de marrom e preto queimar lojas, casas e sinagogas judias em toda a Alemanha e Áustria. Como se isso não bastasse, Heydrich foi responsável por prisões em massa, tortura e execuções sumárias, sobretudo após o início da guerra e ocupação do leste Europeu. Senhor todo-poderoso da ocupação germânica na República Tcheca, Reinhardt Heydrich ficou conhecido como o “carniceiro de Praga”. Para aumentar seu currículo de nazista ideal (quase um estereótipo), Heydrich capitaneou a reunião de Wannsee, que em 1942 industrializou a morte de 6 milhões judeus e tantos milhares dos mais variados inimigos políticos e outras minorias em campos de extermínio como Auschwitz, Sobibor, Treblinka, Dachau…

Heydrich teve uma morte de fazer jus a seu currículo. Para salvar a História – com a ‘H’ maiúsculo – e a história de Binet, dois membros da resistência local, um tcheco e um eslovaco, assassinaram o carrasco em plena luz do dia na cidade de Praga em 1942, quando este, no auge de sua soberba, já dispensava guarda-costas e dirigia seu Mercedez conversível em direção ao castelo onde despachava como burocrata do Holocausto. Tão espetacular quanto maravilhosa, a história parece inventada por uma fértil imaginação, tamanha a façanha e os meandros da operação, intitulada Antropoide. Só para dar um exemplo, quando o atirador posicionou-se em frente ao carro de Heydrich, sua arma falhou. O “carrasco de Praga” percebeu a ameaça e começou uma pequena batalha de bang-bang, em plena rua e à vista de um bonde lotado, tentando salvar sua vida. A sorte da operação foi que o segundo membro da resistência tinha uma bomba já preparada à mão, que, logo atirada sobre Heydrich, o atingiu, causando sua morte uma semana mais tarde.

De tão fantástica, esta história parece inverossímil. É com espanto que o autor nos faz o relato. Laurent Binet faz questão de exacerbar, a todo momento, que escreve uma história verdadeira, e que conta a história tin-tin por tin-tin, sem floreios desnecessários, como cito agora:

Leio também muitos romances históricos, para ver como os outros se arranjam com as exigências do gênero. Alguns dão prova de um rigor extremo, outros não se preocupam muito, há enfim os que conseguem contornar habilmente os muros da verdade histórica sem fabular em excesso. De todo modo, fico impressionado com o fato de que, em todos os casos, a ficção prevalece sobre a História. É lógico, mas sinto dificuldade de tomar essa decisão. (p. 22)
Binet faz tantas vezes este lembrete ao leitor que em alguns momentos a leitura fica cansativa. O autor parece se incomodar muito com a acusação de ser “romancista”, que, paradoxalmente, pelo menos na edição brasileira, aparece grifada na capa. De fato, há um pavor entre os historiadores de ver seu trabalho confundido com “literatura”, como se isso fosse algo menor. Embora não seja um historiador, Binet quer fugir deste epíteto como o diabo da cruz.

O problema é que, desde Édipo, quando se quer fugir demais de um destino, frequentemente tropeça-se nele mais do que se gostaria. Até porque Binet intenta muito mais uma história factual dos acontecimentos do que é propriamente aconselhável ao bom historiador. Ou seja, do bom historiador é esperado que ele reformule padrões de conhecimento do passado, que desestabilize normas de linearidade de outrora, que repense as estabilidades construídas propondo novas rupturas e – por que não? – novas continuidades. Binet apenas assume que ser bom historiador é ser fiel aos fatos. Não sei… Talvez caiba ao bom historiador ser – de certa forma – infiel a como os fatos são escritos, rememorados, pensados, museificados.

Tendo dito isto, acho que o livro de Binet é um bom livro, embora com frequência se perca nas dúvidas da objetividade, o que compromete a emoção de thriller que ele naturalmente teria. Para aqueles que conhecem pouco a história do nazismo, talvez seja até bastante informativo, já que traça um bom painel de fundo do Terceiro Reich através do biografado Reinhardt Heydrich. Aliás, esta é outra questão: o livro é muito mais uma biografia do carrasco de Praga do que a trama de seu atentado, embora esta também esteja lá. Não à toa o editor francês propôs a mudança de título para “HHhH”. Como confessa o autor, a intenção inicial era chamá-lo de “Operação Antropoide”, mas o editor, talvez mais consciente que Binet, chamou a atenção para este fato.

Valeria a pena que a ótima edição da Companhia das Letras, cuja capa é simples e linda, investisse num caderno de fotos, já que tanto a carreira quanto a morte e o sepultamento de Heydrich foram muito documentados. No entanto, parece que até a edição brasileira não conseguiu se convencer de que a história contada por Binet é objetiva e verdadeira.

::: HHhH :::
::: Laurent Binet (trad. Paulo Neves) :::
::: Companhia das Letras, 2012, 344 páginas :::

Para a resenha original, ver: http://www.amalgama.blog.br/09/2012/hhhh-laurent-binet/
comentários(0)comente



Ricardo 30/08/2021

Não tenho proximidade com histórias de guerra mas as características radicais dos tempos de hoje me mostram que seria bom aprender um pouco com elas porque, afinal, é nessas horas extremas que melhor se revelam os traços de caráter da humanidade. Também não sou ligado em metaliteratura, aqueles livros em que o autor se detém sobre o próprio processo da escrita porque me parecem egoicos, voltados ao seu único umbigo. Pois ‘HHhH’ é um encontro desses dois mas em uma resolução muito mais amigável do que imaginava e muito mais fascinante. Laurent Binet mescla o relato de como se interessou pelo tema e como desenvolveu o romance com uma narração embasada em documentos e registros históricos sobre o atentado contra um dos chefões nazistas por parte de três paraquedistas tchecoeslovacos na Praga ocupada. Faz isso com as hesitações que poderíamos ter, dúvidas sobre como abordar um episódio e diante de trechos sobre os quais não existem informações suficientes. E com um partidarismo evidente (mas como não ter diante de um inimigo tão cruel?). Derrama-se na adjetivação, muitas vezes exagerada, mas acho que aí ganha mais admiração e envolve mais o leitor fazendo-o torcer como uma testemunha vivendo os fatos agora. Ele conta e descreve com a emoção rasgada daqueles grandes narradores esportivos. É uma história de que se sabe o final mas que nem por isso faz com que desgrudemos do livro até a última virada de página. E aprendemos: história, valores morais, comportamentos sob pressão, estratagemas, labirintos da personalidade, decisões, pessoas, pessoas. E, de quebra, deixa com uma vontade imensa de conhecer essa bela Praga...
comentários(0)comente



Monica 13/09/2013

MA-RA-VI-LHO-SO
sou suspeita, pois adoro a história da segunda guerra, mas esse livro é perfeito, o jeito do Laurent escrever é muito diferente, deu um toque de ficção à história , mas ao decorrer do livro parece que vc está ao lado dele vendo-o escrever... muito bom mesmo, tem vários detalhes que talvez quem não aprecie muito ache chato, pra mim não foi problema...

Com certeza merece um releitura!
comentários(0)comente



Odilia 12/02/2014

Ótimo.
Gostei muito do livro, que adquiri depois vê-lo numa lista de "melhores de 2013". Foi um tiro no escuro que resultou numa grata surpresa. Original, cativante e muito bem escrito.
comentários(0)comente



Martony.Demes 26/02/2022

Eis outra leitura bem interessante: HHhH, de Laurent Binet.

A sigla significa, e traduzindo para o portugues: Himmlers Hirn heißt Heydrich: o cérebro de Himmler se chama Heydrich. Heydrich era o braço direito de Himmler, que era um dos asseclas de Hitler.

Bom, o livro retrata o episódio da Operação Antropóide. No pico do terceiro Reich, a resistência em Londres decide planejar e executar um atentado contra o nazista Heydrich, que agora era também o “governador” da Tchecoslováquia. O atentado seria realizado por dois paraquedistas também da antiga Tchecoslováquia, que foi invadida e estava sobre o domínio dos nazistas.

O resultado, de início, não dera certo. Heydrich sobrevivera. Porém, em poucos dias ele veio a falecer por consequência do atentado. Porém, como Heydrich era também amigo pessoal de Hitler, a vigança seria bem severa

Diante do acontecimento, Hitler mandou prender milhares de pessoas e envia-las para os campos de concentração. Não obstante, a vingança mais notória (ou infame) ocorreu no vilarejo de Lídice, na qual todos os homens foram mortos e as mulheres e crianças foram levadas para campos de concentração e mortos posteriormente. E todo vilarejo fora destruído.

Esse fato talvez tenha sido a primeira das atrocidades (dentre tantas) de Hitler, que abalara todo o mundo! Por conta disso, várias locais no mundo homenageou o vilarejo (re)batizando o nome de cidades para Lídice, como ocorreu em diversos estados no Brasil.

Afinal, porque esse homem era tão amado por Hitler e odiado pelos tchecos (e todos os judeus)? Simplesmente ele foi o idealizador da solução final. Já sobre isso prefiro não falar aqui. Estou deixando para falar disso quando terminar o livro as Benevolentes.

Por fim, o livro é interessante porque o autor apresenta como ele o construiu: que fontes utilizou, dá dicas de filmes, de livros que serviu de inspiração etc. Isso vai atiçando nossa curiosidade de lê-los também. Além disso, ele descreve situação que viveu no transcorrer da construção da obra, cenários vividos na mesma região do ocorrido, apresenta pessoas que estiveram com ele.

Vale a pena também assistir, depois, o filme com mesmo nome, dirigido por Cedric Jimenez.
comentários(0)comente



Maiara 19/11/2022

Uau
Extremamente impactante. Além de aprender mais sobre a história, a leitura te envolve e te faz íntimo dos dois heróis. Confesso que tocou We Are the Champions na minha cabeça quando a infecção toma conta e o açougueiro de Praga cai. A obra é uma linda homenagem, aos heróis e aos fantasmas da Segunda Guerra.
comentários(0)comente



15 encontrados | exibindo 1 a 15


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR