Trem Para o Paquistão

Trem Para o Paquistão Khushwant Singh




Resenhas - Trem Para o Paquistão


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Paisagens Literárias 03/04/2020

Um romance sobre a partição da Índia e do Paquistão
A independência da Índia e do Paquistão se deu em 1947 e foi seguida do processo de partição da então Índia britânica. Entretanto, o esforço inicial de conquista de sua independência não sustentava a divisão territorial em dois Estados separados. Sua formação foi resultado da política de “dividir e governar” da Grã-Bretanha para manutenção da colônia, a qual criou um ambiente de competição política e de rivalidade entre hindus e muçulmanos. Os eventos que seguiram a “solução das duas nações” deixaram claro que os problemas entre as duas religiões não haviam sido resolvidos, mas tomado novas proporções. Com a partição, ocorreu uma grande crise migratória entre os dois países, que foi seguida por uma violência generalizada que causou várias mortes entre por um lado hindus e sikhs e por outro lado, muçulmanos. O enredo do livro aqui resenhado ocorre neste contexto histórico, em uma pequena vila imaginária na fronteira de ambos os países chamada Mano Majra perto do rio Sutlej na região de Punjab, perto da fronteira com o Paquistão na Índia. Essa vila por ser bastante remota, não estava informada dos acontecimentos políticos do país. Assim, em Mano Marja tanto sikhs e hindus quanto muçulmanos continuavam a viver em harmonia; em uma rotina que era ritmada pelos trens que passavam e raramente paravam na estação local. Os moradores percebem que algo mudou pelos horários inconstantes dos trens cada vez mais cheios levando e trazendo refugiados. Essa situação na narrativa é inicialmente sobreposta ao assalto e assassinato de um morador local e sua investigação, que envolve o comissário de polícia, um assistente social e militante político educado no estrangeiro e um criminoso em liberdade condicional. No decorrer da investigação, começam a chegar trens carregados de cadáveres de hindus do Paquistão na estação de Mano Marja, o que deixa muitos assustados. Com o aumento dos tensionamentos religiosos na vila, estes três personagens principais são desafiados a se posicionar frente à ameaça de um novo massacre, agora planejado por refugiados hindus e sikhs. De modo geral, a leitura desse livro foi muito interessante, o autor consegue de uma maneira muito sensível com essa história abordar nuances políticas, sociais e culturais da Índia no processo de partição. Foi uma das melhores leituras de ficção que fiz este ano até o momento!

site: https://www.instagram.com/p/B-hVBbmDRqk/
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Simone de Cássia 19/01/2021

A India sempre me fascinou com suas cores exuberantes, seus cheiros exóticos e seus costumes estranhos. Tudo que diz respeito à ela me chama a atenção. Esse livro, no entanto, aborda o lado político, as diferenças absurdas e a divisão sofrida. Traz, de forma fictícia, mutas verdades duras e cruas. É a India em seu momento Paquistão. Muito interessante! Adorei!
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@buenos_livros 01/05/2021

Trem Para o Paquistão - Khushwant Singh ??
?No verão de 1947, quando a criação do novo estado do Paquistão foi formalmente anunciada, dez milhões de pessoas - mulçulmanos, hindus e sikhs - estavam fugindo. Quando a monção chegou, quase um milhão deles estavam mortos e todo o norte da Índia estava armado, aterrorizado ou escondido.?
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. Trem Para o Paquistão (1956)
. Khushwant Singh ??
. Tradução: Maria Alice Stock
. Romance / 223p.
. @grua_livros
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. O livro narra quase como uma fábula, a história de diversos personagens de diversas etnias e seus destinos durante a partição do Paquistão. Uma leitura que me surpreendeu e ensinou muito. Recomendo!
. ????????
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LidoLendo 02/04/2018

India x Paquistão
Gostei muito de "Trem para o Paquistão". Mais um livro que me coloca pra estudar sobre a história dos povos, neste caso, os conflitos entre a Índia e o Paquistão após a 2ª guerra mundial.

O autor escreveu o livro baseado nas histórias que colheu das pessoas que fugiam e atravessavam as fronteiras destes países em busca de sobrevivência. Além disso, a história mostra os costumes da época... religião, comportamento, família... tudo que eu amo aprender.

É um livro muito cru e dolorido, com alto grau de crítica política e social. Recomendo!

Livro lido para o #indiebookday2018
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Valéria Cristina 08/08/2022

A humanidade não deixa de nos surpreender
Uma parcela da humanidade não deixa de surpreender por sua imensa capacidade de se matar.

Este livro é ambientado em 1947. A Índia torna-se independente e a região do Punjab é dividida para a criação do Estado do Paquistão. Essa participação deslocou até 12,5 milhões de pessoas: sikhs e hindus que estavam em território paquistanês, imigraram para a Índia; e muçulmanos da Índia, para o recém formado Paquistão.

Amigos e vizinho que conviveram por décadas, de uma hora para a outra, começaram a se trucidar mutuamente em um conflito étnico que levou à perda de entre centenas de milhares a um milhão de vidas humanas.

Na história, a aldeia de Mano Majra, onde conviviam pacificamente desde sempre sikhs, hindus e muçulmanos, estava alheia ao massacre de ocorria no resto no país. Todavia, esse cotidiano pacífico, regulado pela ida e vinda dos trens é alterado com a chegada de um comboio extemporâneo contendo uma carga fora do comum.

O autor, ao narrar esse período da história indiana, tece uma contundente crítica da novel sociedade indiana independente do século XX e permite-nos entrar em uma cultura que nos é, em grande medida, estranha.

Khushwant Singh nasceu em 1915, na cidade de Hadali (hoje no Paquistão), província de Punjab, região ao noroeste da Índia que foi dividida em 1947 na separação entre Índia e Paquistão. Conhecido e respeitado na Índia como escritor e articulista, foi editor de periódicos, entre os quais o National Herald e o Hindustan Times. É autor de vários romances e também de obras de não-ficção sobre a religião e a cultura Sikh. Entre 1980 e 1986, Singh foi membro do Parlamento Indiano. Em 1974, recebeu o prêmio Padma Bhushan, que o autor devolveu em 1984 em protesto à ocupação pelo governo indiano do Templo Dourado.

Em 2007, recebeu o Padma Vibhushan, o segundo mais importante prêmio cívico da Índia.
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Margallyne 21/03/2021

Para conhecer um pouco os conflitos no Punjabi e refletir sobre alguns aspectos culturais daquela região. Além disso há outros pontos reflexivos bem interessantes.
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Elisabete Bastos @betebooks 02/08/2018

O ser humano segrega por religião, mata, divide países...
O livro tem como pano de fundo a divisão entre Índia (base hindu e sikh) e Paquistão (muçulmano). A Inglaterra saiu da colônia e dividindo-o em dois, como dito anteriormente em 1947.
Nesta divisão, houve um migração forçada de pessoas para buscarem o lado "correto" para ficarem protegido e continuar vivendo, no entanto, as a autoridades dos dois países não evitaram a eclosão da violência, ou seja, mortes, estupros, incêndios, uma grande tragédia.
O livro está tendo como pano de fundo na fictícia aldeia Mano Majara, perto da fronteira do Paquistão, local tranquilo e que conviviam pacificamente sirks e muculmanos, mas tudo muda de repente, quando há pouco movimento de trens e um trem fantasma chega do Paquistão. A carga sinistra.
Os dramas crescem....
A narrativa é uma constante analise da vida.
Um excelente livro.
PS: Se não conhecer as questões históricas, perceberá a essência e a complexidade do ser humano.
Jaqueline.Menezes 03/08/2018minha estante
Gosto muito desse tipo de livro, a data é interessante, recentemente li A cidade do Sol que fala sobre o Afeganistão a partir da década de 70, por tabela fala do Paquistão. Esse período aí eu conheço pouco além do neocolonialismo estudado na escola. Legal.


Elisabete Bastos @betebooks 04/08/2018minha estante
Jacqueline tem um livro Esta noite é a liberdade, que você vai entender a forma aleatória é absurda na divisão. Muitos morreram. A linha imaginária poderia dividir uma casa um pedaço caiu no Paquistão e outro na Índia. Percebe a loucura.




Lilian 05/03/2021

Sobre religiões e divisões
O livro equivale a uma aula sobre a separação de Índia e Paquistão. E também a uma aula sobre as religiões e a forma como elas dividem a humanidade
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none 19/02/2022

Surpreendente: um livro que faz pensar
Um texto ficcional que conta a história do conflito religioso real. Sikhs, muçulmanos e hindus são os protagonistas, às vezes vítimas e às vezes causadores de grandes violências e mortes. Enquanto o mundo se voltava para a Europa, durante a 2a grande guerra, a Índia vivia o conflito com o Paquistão envolvendo fronteiras, o separatismo e a intolerância religiosa (não conciliação) entre hindus e muçulmanos, além de sikhs. A migração se faz necessária, hindus que vivem no território paquistanês tornado pais muçulmano, e muçulmanos da Índia para o Paquistão. Bandidos (milicianos) são contratados e tolerados pelas autoridades locais para guardar as casas de muçulmanos que devem partir apenas com o que podem carregar e a roupa do corpo até campos de refugiados (sofrendo ataques no caminho), esses bandidos promovem atentados terroristas e as autoridades pouco podem fazer se não recebem apoio do governo. Romances proibidos entre hindus e muçulmanos, amizades e relações de longa data são cortados abruptamente. Os líderes religiosos que promovem a paz pouco podem fazer diante de tiranetes metidos a cowboys que pretendem bancar heróis de suas raças e crenças.
Trata-se de um livro que quando terminamos queremos reler, ainda que o choque ao final seja angustiante. Queremos tentar entender porque as pessoas buscam as piores soluções, mesmo inspiradas por religiões que trazem palavras de conforto e mensagens de paz, usam as diferenças para confrontar-se, buscar vinganças do passado, morrer por ideais, matar por justificativas infundadas (qualquer assassinato é infundado).
Se você gosta de choques culturais e livros que tem finais impactantes, e, mais do que isso, se você gosta de curtir a leitura pelo percurso reflexivo que ela promove este é o livro.
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