Kev 26/09/2014
Lauro de Oliveira faz em seu livro uma análise das ideias de Mc Luhan sobre perspectivas educacionais, tendo como objetivo mostrar o efeito que as mutações causadas pela tecnologia têm causado na sociedade e, visando essas mudanças, propor o modelo ideal de educação para lidar com essa nova realidade.
A tecnologia começou a entrar nas escolas através dos livros didáticos, que poderiam ser usados de maneira criativa pelos professores, fazendo com que seus alunos não precisassem mais copiar a matéria, já que esta estava presente nos livros. Porém, eles utilizaram isso como mais um método para educação em massa, fazendo os alunos decorarem por repetição o que diziam os livros. Em outras palavras, não importa a tecnologia inserida no cotidiano estudantil, se o método de educação não mudar, a educação continuará sendo a mesma tradicional, porém por meios diferentes.
Por muito tempo a escola foi vista como um lugar que nos prepara para o mundo, porém não podemos preparar uma criança para um mundo que está sempre em avanço. O pensamento que temos hoje, não será o mesmo de amanhã, portanto, não podemos querer que as pessoas permaneçam no status quo em um mundo que está em evolução. As crianças devem crescer junto com o mundo, por isso a escola tem que ser um lugar de desenvolvimento de si mesmo.
Em um mundo que sofreu tantos avanços é inaceitável que a escola permaneça a mesma que a de décadas atrás, mas para que a educação se torne eficaz, é necessária uma completa mudança.
O professor atual não deve ser apenas um informador, mas um mediador, pois com as mídias presentes no mundo, não podemos mais garantir que a informação venha apenas do profissional docente - como aconteceu por muito tempo - hoje o aluno pode consegui-la através da televisão, computador, rádio, livros e tantos outros meios.
O incentivo da educação não deve ser a competição para um futuro melhor, (o culto a meritocracia) mas deve-se trabalhar a funcionalidade da cooperação, mostrando que se relacionar com o próximo é uma das melhores técnicas de ensino, onde o aluno pode: escutar, se impor, criar e conviver em harmonia, mesmo com divergências de ideias. Onde a diversidade dos alunos seja algo positivo para a aprendizagem. Onde o ensino seja lúdico.
Com essa forma de ensino, o professor não seria o mestre, mas um orientador - o que não envolve facilitar o conteúdo para o aluno, mas acreditar na sua capacidade de ser um pesquisador e de descobrir - e assim, incentivá-lo. Neste ponto de vista, o aluno seria o foco e, a escola não seria um lugar, e sim estado de aprendizado, onde o professor seria qualquer pessoa que pudesse lhe acrescentar conhecimento. O aluno seria um grande pesquisador.
A análise termina dizendo que se essas mudanças tivessem sido devidamente aceitas, hoje teríamos uma educação diferente, porém a persistência no status quo pareceu mais seguro e viável resultando na educação que temos hoje.
"O palhaço não precisa de diploma, precisa de maquilagem"