Manuelzão e Miguilim

Manuelzão e Miguilim João Guimarães Rosa




Resenhas - Manuelzão e Miguilim


106 encontrados | exibindo 91 a 106
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 7 | 8


Paulo 15/03/2013

É dificil ler Guimarães Rosa e não tornar-se seu fã. A novela Campo Geral, que fala do menino Miguilim,é de uma simplicidade tocante. As palavras, escritas pelo Rosa,parecem adquirir um significado mágico, e bailam pelas páginas. Todos aqueles que tiveram a sorte de serem crianças,crianças de fato, daquelas que brincam,tem duvidas, fazem "arte"( no mal sentido) se enxergam nesse tal Miguilim. Desde o início,você sente como se estivesse "passando uns dias " com aquela família. Os conflitos,as dúvidas, tão comuns.. O que aprendemos com Miguilim? Bom,aprendemos que nunca vamos entender certas coisas que acontecem,aprendemos que o mundo é cruel,mas é preciso manter alguma inocencia,alguma pureza,apesar de tudo...o que é preciso é buscar alguma felicidadezinha no meio de tudo,como o Dito ensina a Miguilim: " Miguilim,vou ensinar o que agorinha eu sei,demais: é que a gente pode ficar sempre alegre,mesmo com toda coisa ruim que acontece acontecendo. a gente deve de poder ficar então mais alegre,mais alegre,por dento!".
comentários(0)comente



MARA 06/02/2013

Duas histórias para sentir. Miguilim e as angústias de uma criança cheia de dúvidas sobre a vida e as reações que suas atitudes despertam. Um menino que só deseja que todos vivam simplesmente, sem buscar respostas, pois estas são complicadas de entender e amargam o doce que experimentamos quando somos crianças. Tem no irmãozinho Dito- mais novo porém a seus olhos, mais sábio- um conselheiro de assuntos difíceis. Mas nem a ele confessa o terror que vive com o bilhete do Tio Terêz para a mãe. Um menino que percebe que o mundo ainda é mais bonito quando um doutor lhe empresta uns óculos. Na segunda novela, o contraste do fim de uma vida do velho Manuelzão. Este, sente que seu corpo tem diferenças de antes. No preparo da festa de inauguração de uma igrejnha no meio do mato, tenta corrigir seu sentir. A boiada que deve partir e sua desvontade de ir dessa vez com os companheiros de quase toda vida. A saudade do rumorzinho do riacho que secou de noite e acordou até os cachorros. Esperanças de continuar vivendo...
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Pa 24/02/2012

Miguilim
( primeiramente, escrevo tão somente a resenha da história de Miguilim, sinceramente não gostei de Manuelzão, e não acho que uma resenha seja válida, pois é tão somente uma festa á la mineira, e pensamentos de um homem que vai se entregando a velhice e que sente um certo sentimento, não sabe qual, pela nora. )

Guimarães conta a história de uma criança que vivia em um sítio em Campo Geral com sua família: pais, avó, e uma penca de irmãos, em especial seu companheiro o Ditinho, quem invejava Miguilim porque o papagaio dizia: Miguilim,Miguilim me dá um beijinho. Mas não dizia o nome de Ditinho.
As aventuras e desventuras; as esperanças pueris; bem como a vontade de justiça que as crianças sentem; suas dúvidas diante do espetácula da vida.
o pai violente, uma mãe adultera, uma avó religiosa e chata. Meninices.
Assim, como outras obras de Rosa, a leitura é difícil, repleta de neologismos.
Peca na não divisão em capítulos, o que faz com que a leitura seja mais cansativa.
comentários(0)comente



DIRCE 18/11/2011

Uma indicação feita pelo Ricardo, há meses, me despertou o interesse pelo livro Manuelzão e Miguilim. Tive a sorte de encontrá-lo em um sebo - aqui em minha cidade - ( por um preço módico mesmo estando o livro em ótimo estado de conservação).
Eu acreditava que Manuelzão e Miguilim fizessem parte de uma mesma história, mas não. Miguilim é o protagonista da primeira história: Campo Geral e Manuelzão da segunda: Uma História de Amor.
Vou começar falando da segunda:
Outro dia comentei com a Gininha que eu tenho uma espécie de feitiche pelos títulos, e, claro, que este: Uma história de Amor não poderia deixar de chamar minha atenção. Mas terminei a leitura, apesar da narrativa de G. Rosa ( que é como quiabo: depois que a gente toma gosto, a gente passa a saborear e sempre fica aquele gostinho de quero mais), meio que frustrada porque não consegui visualizar a tal História de Amor – só se for uma história de amor não vivida por Manuelzão( o protagonista: um vaqueiro sexagenário) com sua nora, ou ainda, uma história de amor não vivida com seu próprio filho Adelço.
Quanto a primeira história: Campo Geral, que tem como protagonista o menino Miguilim é ,simplesmente, A-PAI-XO-NAN-TE.
A narrativa se inicia como se fosse um Conto de Fadas: Um certo Miguilim morava com sua mãe...E, é esse Miguilim, que me comoveu, que me enterneceu com sua ingenuidade, com seus receios infantil, com suas dores físicas: freqüentemente lhe era imposto castigos e também vivia apanhando ( mesmo quando sua atitude fosse tão somente defender sua mãe), com suas dores da alma: a perda da sua cachorra Pingo d´ água, a perda do seu irmão Dito que era muito mais que seu irmão – era seu ídolo, com o seu medo de cair em pecado se atendesse ao pedido do tio ( ou seria do seu pai?) enfim, Campo Geral é a narrativa de várias histórias de amor, incluindo, o amor que a gente passa a nutrir por Miguilim.
Campo Geral chega a ser um Conto de Fadas? Não, ele é muito mais profundo e mais belo que um Conto de Fadas. Tão belo que provoca dor a ponto de eu me perguntar: beleza dói?
Para não me estender mais, termino afirmando que Campo Geral e Uma História de Amor são histórias distintas, e elas têm em comum somente as reflexões.
Em Uma História de Amor as reflexões são feitas por Manuelzão sobre o sentido da vida, e, diante da sua necessidade ( a uma altura da sua vida, depois de tantas andanças ) de "fincar os pés no chão" , também fui levada a indagação: a letra da música diz tudo? “...Ainda somos os mesmos e vivemos como os nossos pais...” ( Belchior)
Em Campo Geral também fui levada a indagações: a miopia de Miguilim, a clareza com que ele passou a ver as coisas quando lhe colocaram os óculos significaria a perda da inocência? Sua partida de Mutum significaria que ele estava se tornando um adulto?
Manuelzão e Miguilim é um livro que, embora a segunda história não tenha me seduzido, merece 5 estrelas, pois conta com a escrita típica e singular de G. Rosas ( G de GRANDE , G de GENIAL, G de Guimarães), e qualquer avaliação minha que viesse apequenar esta obra, me deixaria com a sensação de estar passando um atestado de insanidade, haja vista que sou uma “tímida” iniciante na escrita rosiana.
E tem mais: tenho que me dar por satisfeita porque se eu esperava encontrar uma história de amor, encontrei várias.
RicardoDM 18/11/2011minha estante
Dirce,

Você tem razão: o título "Uma história de amor" é ambíguo. Quando li, me pareceu que aquela era uma história de amor fracassada - do Manuelzão com a nora.

Sobre os óculos do Miguilim, concordo com sua leitura - principalmente porque todo o relato, sem ser feito em 1ª pessoa, é filtrado pelo olhar do menino.


DIRCE 20/11/2011minha estante
Em tempo: Cororindo o nome da cachorrinha de MIguilim : Pingo- de- Ouro.


Marta Skoober 27/11/2011minha estante
Dirce, como sempre suas resenhas são muito boas!
Louvável começá-la citando a dica de seu amigo, muita gente esquece e deixar passar batido.


Hélio Rosa 06/12/2011minha estante
Oi, Dirce:

Suas questões acerca do Manuelzão são ótimas, pois refletem uma vivência intensa com a escritura.
De minha parte, como leitor, penso que o título tem muito a ver com o caso entre Joana Xaviel e o Velho Camilo, repare : a história de amor deles é marginal à narrativa principal, mas de repente, no meio da noite, no fim da festa, na véspera da viagem, irrompe através das suas estórias e desperta em Manuelzão o desejo de partir, de viver aventuras, de arriscar nova viagem, mesmo com o pé machucado...


Leandro 08/04/2013minha estante
Resenha maravilhosa! Li esse livro em 2004 para meu vestibular na UFG e me encantei. Quero reler.




Gláucia 25/07/2011

Manuelzão e Miguilim - João Guimarães Rosa
Alguns livros não deveriam ser indicados pelas escolas como leitura obrigatória. Acabei pegando um certo trauma após a leitura desse livro para uma prova e até hoje não consegui superar o medo de ler sua obra prima, Grande Sertão Veredas. O leitor deve estar preparado e amadurecido para esse tipo de leitura, na escola eles simplesmente impõem a obrigatoriedade.
comentários(0)comente



Vanne 16/07/2011

Leitura comovente e obrigatória..
As duas novelas se complementam como histórias de um começo e um fim de vida.
Particularmente, a primeira (Campo Geral) me comoveu mais, o protagonista, Miguilim, parágrafo por parágrafo cativa o leitor de uma maneira inexplicável!
As partes que mais me marcaram foi quando o irmão do protagonista morre.. Cada coisa linda que ele diz, cada ensinamento que ele deixa para o irmão e o final de Contos Gerais é de uma genialidade fabulosa.. Mostra como um ser se encanta ao entender o mundo, a ver as coisas como elas de fato, são.
Impossível não bater aquela vontadezinha, por menor que seja, de chorar.


Guimarães Rosa consegue mostrar, de maneira delicada e encantadora, a simplicidade e a pureza do povo nordestino.


TRECHOS QUE DESTAQUEI:
"Quando voltou para casa, seu maior pensamento era que tinha a boa notícia para dar à mãe: o que o homem tinha falado: - que o Mutum era lugar bonito... A mãe, quando ouvisse essa certeza, havia de se alegrar (..) pág.: 14

"- Miguilim, você tem medo de morrer ?
- Demais... Dito, eu tenho um medo, mas só se fosse sozinho. Queria que a gente todos morresse juntos..." pág.: 30

"Miguilim não tinha vontade de crescer, de ser pessoa grande, a conversa das pessoas grandes era sempre as mesmas coisas secas, com aquela necessidade de se brutas, coisas assustadas." pág.:39

"- Dito, eu às vezes tenho uma saudade de uma coisa que eu não sei o que é, nem de donde, me afrontando..." pág.: 61

"O pai estava lá, capinando, um sol na enxada, relumiava. Pai estava suado, gostava de ver miguilim chegando com a comida do almoço. Tudo estava direitim direito, Pai não ralhava. Se sentava no toco, para principiar a comer. Miguilim sentava perto, no capim. Gostava do Pai, gostava até pelo barulhinho d'ele comendo o de-comer. Pai comia e não conversava. Miguilim olhava." pág.: 69

"Miguilim não sabia muitas coisas. - Mãe, a gente nunca vai poder ver o mar, nunca ? Ela glosava que quem-sabe não, iam não, sempre, por pobreza de longe. - A gente não vai, Miguilim. - o Dito afirmou. - Acho que nunca! A gente é do sertão. Então por que é que você indaga ?
- Nada não, Dito. Mas às vezes eu queria avistar o mar, só para não ter uma tristeza..."
pág.: 94-95

"Enquanto estava chorando, parecia que a alma toda se sacudia, misturando ao vivo todas as lembranças, as mais novas e as muito antigas. Mas, no mais das horas, ele estava cansado. Cansado e como que assustado. Sufocado. Ele não era ele mesmo. Diante dele, as pessoas, as coisas, perdiam o peso de ser." pág.: 111

"O Dito dizia que o certo era a gente estar sempre brabo de alegre, alegre por dentro, mesmo com tudo de ruim que acontecesse, alegre nas profundas. Podia ? Alegre era a gente viver devagarinho, miudinho, não se importando demais com coisa nenhuma." pág.: 138
comentários(0)comente

Shirlei Fabiane 19/07/2011minha estante
A gente vai acostumando assim, com esta linguagem diferente, até de gosto dela gostar, de tão acostumados já !

hehehehehhee..

Tô amando este Miguilim. E tua resenha, só li até a página que já cheguei, não quero me deliciar antes da hora com o que está por vir! hehe.. Estou na página 37!




Mari 23/11/2010

Confesso que chorei no final do conto de "Campos Gerais", mostrando como um ser de luz se encanta, e como um miope finalmente entende o mundo, emocionante. E para aqueles que gostaram da historia, vejam "Mutum" um filme brasileiro que retrata essa historia, para mim, conseguiu captar a essencia do conto do mestre.
comentários(0)comente



Natalia 26/03/2010

Emocionante. Guimarães Rosa consegue te transportar para a cena que descreve, parece que eu estava vendo o Miguilin, fui às lágrimas diversas vezes. Um belíssimo livro, me marcou muito e me ensinou bastante.
comentários(0)comente



Lô Becco 28/12/2009

Miguilim, Miguilim...
Era, segundo o próprio Rosa, a estória predileta, a do menino Miguilim, a que mais lhe emocionava quando relia, a que mais lágrimas aos olhos trazia. A nossa também, Joãozito. A nossa também.
Rebeca 01/09/2010minha estante
Nem sei dizer o que a gente sente pelo Miguilim... :)


Ste 24/06/2011minha estante
palavras que Rosa tanto teve, me faltam qdo vou falar desse menino...tb me vieram lágrimas...sem dúvida..sem dúvida, uma estória q marca A GENTE...


Robson.Moreira 06/11/2016minha estante
Um livro forte. Marcante. Impossível não se emocionar, principalmente pelo fato de algumas coisas fazerem parte da minha realidade.




Camilo 20/12/2009

Miguilim me conquistou
Com um universo tão diminuto, o Mutum, e a vida sofrida junto com a família, Miguilim emociona ao perder o irmão. Embrutece sutilmente ao conhecer a dor e definitivamente encanta ao "ver o mundo com outros olhos", quando (míope de nascença e não diagnosticado) coloca os óculos do Doutorzinho e, pela primeira vez na vida, consegue enchergar o mundo como ele é com todas as suas belezas.

Leitura obrigatória.
Rebeca 01/09/2010minha estante
"Tadim"... :)




Camila_Andrade 18/05/2009

Recomendo que se leia primeiro a história do Manuelzão... Fortes emoções o aguardam na história do Miguilim.

É, eu chorei.
Kiki 24/11/2013minha estante
Também chorei...




KamillaBarcelos 02/05/2009

Eu somente li o conto "Campo Geral" que é para um vestibular. Achei uma leitura difícil, seja pela escrita, seja pela história em si.
comentários(0)comente



Nadinha 26/02/2009

Um dos melhores livros que existem.
Guimarães, com sua linguagem doce e seus personagens cativantes, sabe fazer um livro emocionante e inesquecível.
Sem dúvida, um dos maiores mestres da literatura.
comentários(0)comente



106 encontrados | exibindo 91 a 106
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 7 | 8


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR