Pandemônio

Pandemônio Lauren Oliver




Resenhas - Pandemônio


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Yasmin.Guedes 20/03/2024

Sinômino li delírio e pandemônio aos 15 anos, não encontrava o terceiro para comprar.
10 anos depois comprei o terceiro livro e decidir reler os dois primeiros.
SIMPLESMENTE O QUE FOI ISSO, DO NADA ESSE FINAL.
Sinceramente preciso de um tempo pra digerir mas não vejo a hora de ler o réquiem.

Acredito que é um livro bom sabe, consegue prender você mas algumas partes se arrastam um pouco, mas só persistir o plot vem!
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Debora 09/06/2014

“Não existe o antes. Só existem o agora e o que vem depois” pág. 22

Devo dizer que durante a leitura fiquei encantada com o roxo dessa capa. Gosto muito de roxo e esse brilhoso era lindo, eu ficava mudando ele contra a luz igual uma criança, mas não por muito tempo porque Pandemônio me prendeu, sugou minha atenção totalmente.

Pandemônio começa exatamente onde Delírio terminou, com Lena se embrenhando na Selva, confusa e em choque pelo o que acabou de acontecer. Então, após alguns dias, quase a beira da morte e desejando morrer, ela é salva por Graúna, uma Inválida que a leva para um Lar, onde Lena se recupera fisicamente e tenta juntar os pedaços do que sobrou do seu coração destruído pelo deliria e pela perda de seu amor, Alex.

Lauren Oliver teve uma sacada genial nesse livro que foi: ela o dividiu em duas partes. O “antes”, aonde acompanhamos Lena na Selva, e conhecemos profundamente esse mundo que foi apenas mostrado de relance em Delírio; e o “agora”, que nos mostra Lena de volta a “civilização” como uma infiltrada da resistência e, que é sequestrada com Julian Fineman, símbolo da organização América Sem Deliria (ASD). Essas partes são alternadas, o que confere ao livro uma dinâmica extraordinária, além de cada final de capítulo ser chocante, e então eu tinha que esperar mais um para descobrir o que aconteceu.

“Amor, o mais mortal de todos os males. O amor pode matar. Alex. Você pode tanto morrer de amor... Alex. ...quanto da falta dele. Alex.” pág. 14

Por onde começar? Eu sempre me faço essas perguntas nas minhas resenhas, mas com a de Pandemônio está difícil! Eu gostei muito de Delírio, achei o desenvolvimento incrível, tudo muito bem construído e pensado e, claro que, nesse segundo livro não podia ser diferente, eu só me apaixonei mais e mais (e mais) pela escrita da Lauren Oliver, e a maneira como ela nos conduz pela história, desenvolve os personagens, os acontecimentos, e nos apresenta um novo mundo e uma nova maneira de viver que com Delírio nunca desconfiávamos que existisse.

Pandemônio expandiu o universo que conhecemos... Ficamos a par da difícil e cruel vida na Selva, e com Lena acompanhamos mais reflexões sobre esse mundo sem amor. Para mim há melhor jogada do mundo foi o seguinte: A Lauren nós dá todos os motivos de o porque o mundo com a cura ser mais limpo, civilizado e melhor, mas depois de nos apresentar tais argumentos ela os contrapõem com motivos precisos de o porque a cura não é o melhor e que precisamos sim de amor. Lena aprende e percebe isso mais do nunca. Foi o que mais significou e me agradou nesse magnífico livro.

“Aquela vida de antes morreu (...) E a Lena de antes também. Eu a enterrei. Deixe-a do outro lado da cerca, atrás de uma parede de fumaças e chamas.” pág. 8

Lena foi à estrela desse livro. Gostava dela, mas nesse estágio da história ela se superou. Manteve-se forte, corajosa e lutou pela sua vida mesmo que não tivesse motivos para fazê-lo, a lembrança do Alex constante em sua mente a fez seguir em frente, mesmo que fosse tão doloroso. Falando nisso, senti falta do Alex em cada linha e sentia um aperto no peito toda vez em que a Lena pensava nele; era com tanto afeto e perda que, ah, impossível não encher os olhos de lágrimas.

Sobre Julian, ele é o novo par romântico da Lena. E apesar de ser Team Alex, não consegui não gostar dele. Um personagem sensível, com as crenças de sua sociedade enraizadas, mas que tem seus receios sobre as mesmas, e uma história “triste”. Voilá! Um personagem complexo e apaixonante. E ainda bem (ou não) que a Lena não podia me ouvir gritando toda vez que ela se aproximava dele, física e emocionalmente: “ALEX. Lembra dele? DO ALEX?”, porque ela teria ficado surda haha. E, apesar de meu lado racional dizer que eu deveria achar a Lena fácil, volúvel e promíscua por já se apaixonar de novo, o amor não é assim, afinal? Ele nos destrói, nos deixa um vazio, mas ele volta, nos preenche e nos faz sentir vivos novamente; e era disso que Lena precisava.

Lauren conseguiu entrelaçar muito bem o destino de Lena com a questão revolucionária e como as pessoas estão lutando cada vez mais para não serem curadas, e apesar de o livro não conter muita ação, senti tudo menos enfadonho ou tédio durante a leitura. Lauren tem o dom de transformar a mais simples cena em algo grandioso e rico, com suas descrições perspicazes e metáforas.

Enfim, isso aqui já ficou maior que As Crônicas de Gelo e Fogo, acho que perceberam que adorei o livro e que, apesar de alguns defeitos, está maravilhoso! Só uma observação sobre o final: Senhor amado, graças a Deus (e a Intrínseca) que Réquiem, o desfecho da trilogia, saiu esse mês, porque que final chocante, surprise motherfucker foi aquele, hein?!

site: Mais resenhas em: http://vanille-vie.blogspot.com.br/
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mafer 17/05/2014

Simplesmente maravilhoso!
Por algum motivo os livros dessa série são muuuito difíceis de achar. Mas o que é essa série?! Tem muito tempo que não leio algo assim. Me prendi totalmente. Esse livro se passa em uma alternancia de "antes" e "agora" que é agoniante. Tinha horas que eu estava lendo um capítulo e o suspense era tanto que eu pensava em pular o próximo capítulo para continuar a história que eu estava lendo. Maravilhoso esse livro! Aliás, a autora só escreve livros assim... agoniantes de bom!
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Robson 25/05/2013

Resenha de Pandemônio| Avaliação: 4,25 estrelas + Favorito
Resenha originalmente postada em: http://perdidoempalavras.blogspot.com.br/2013/05/resenha-pandemonio.html

Hey Hey peeps, hoje irei falar sobre nada mais nada menos do que: Pandemônio, segundo livro da trilogia Delírio.

Creio que a maioria de vocês sabe o quão apaixonado eu sou por Lauren Oliver e por seus livros. A autora me fisgou totalmente quando fiz a leitura de Delírio no ano passado e desde então, não pude deixar de acompanha-lá em seus lançamentos. Posso adianta que fui surpreendido em vários pontos do livro, mas também tive uma pequena decepção em um ponto do livro (Acho que é um preparativo pra grande decepção que será Requiem , rs).
Os animais estão do outro lado da cerca: monstros de uniforme. Falam com suavidade e contam mentiras e sorriem enquanto cortam sua garganta.

Pandemônio tem uma maneira diferente de ser narrado, em Delírio, tínhamos a narrativa no presente, já em Pandemônio, estamos com a narrativa dividida em passado (Antes) e presente (Agora). O antes começa a se desenvolver exatamente no ponto final de Delírio, quando Lena conseguiu escapar para a floresta. No antes nós vemos aquela Lena que conhecemos nos momentos finais de Delírio, determinada e certa de que está fazendo o que é melhor. A narrativa acaba por se desenrolar de maneira a explicar como as coisas na floresta funcionavam, como os inválidos eram e a quais perigos estavam sujeitos. Em contrapartida, temos o agora, em que Lena se encontra novamente na cidade, em um colégio e também fazendo parte de uma organização chamada ASD (América sem Deliria). Essa organização será a porta para que Lena conheça Julian Fineman, filho do fundador da ASD, totalmente contra os inválidos e a favor da cura. Tendo em vista isso, teremos dois plots se desenvolvendo simultaneamente, ambos se completando.
A narrativa de Lauren Oliver continua excepcionalmente boa galera, quanto mais eu lia, mais eu me aprofundava na história que estava se desenrolando no livro. A ideia dela de dividir o livro em “Antes e Agora” foi muito boa, mas confesso que me senti perdido nos três primeiros capítulos do livro, mas logo as coisas voltaram aos trilhos.

O desenvolvimento do livro foi um pouco lento no começo, mas isso se torna totalmente compreensível, pois a autora precisava explicar como as coisas funcionavam para os inválidos e como funcionavam as coisas na mata. Mas isso podia sim, ser um pouco mais rápido, pois algumas coisas já haviam sido explicadas no livro anterior. Enquanto tínhamos esse desenvolvimento um pouco arrastado no inicio do “antes”, o “agora” nos presenteava com novas descobertas, para entendermos o que houve com Lena para que ela estivesse ali e o porque de sua obsessão por Julian. A partir do momento em que o “antes” decola de vez e começa a complementar o “agora”, o livro vai ficando impossível de ler apenas um capitulo, você quer devorar o livro na mesma hora, você anseia para saber como ela chegou aquele ponto e o que vai acontecer no final. Isso, com certeza Lauren faz com classe, ela sabe instiga-lo a ler o próximo capitulo e seus cliffhangers em Pandemônio estão infinitamente melhores. Outro fato que me agradou muito, foi que a Lauren aumentou as criticas à sociedade no livro, onde ela critica o fato de existirem vários preconceitos em relação a pessoas deficientes, homossexuais e etc.
-Se você é inteligente, você se importa com as pessoas. E se você se importa, você ama. – Sarah, Pandemônio. –Lauren Oliver.

Olha gente, a Lauren foi obrigada a adicionar novos personagens à história, já que a Lena deixou sua antiga vida para trás quando fugiu para a floresta. E posso dizer que ela não poderia ter criado esses personagens de maneira melhor, ela simplesmente me fez amar cada um deles e suas personalidades interessantes e fortes. Raven (Grauna, oi?) foi uma das que mais me tocou, uma personagem que apresentava uma dureza típica de rocha por fora, mas que por dentro tinha um coração bom e que já sofreu muito. Ela é como uma mãe para Lena quando ela chega à floresta e não sabe como se virar lá. Raven me surpreendeu muito no desenrolar da trama, foi uma grande heroína em certos pontos e posso dizem que ela preencheu o vazio que eu sentia da Hana e de maneira perfeita. Prego é a versão masculina de Raven, duro e grosso quando precisa ser e isso me fez gostar bastante dele.

Julian, o meu queridinho do livro
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Yogi 17/01/2023

Foi uma releitura e o segundo livro dessa trilogia não foi tão impactante quanto o primeiro mas ainda foi bastante bom. Gostei de ver a Lena crescendo.
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Yas_Sedgwick 21/03/2023

EU SABIA
Eu tô o puro meme da Jojo Todynho NUN ODIOOOOO, mas ao mesmo tempo aliviada, esse final me matou muito, tô em choque, rindo de nervoso n querendo acreditar kkkkkkkkkkkkkkk
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kim 13/02/2020

Devorei
Esse segundo livro da série Delírio é divido nas visões da personagem principal da série (Lena) e sua melhor amiga (Hana), que vão contando a trajetória de cada uma depois da sua separação. Assim como com o primeiro livro, eu devorei essa continuação. Inclusive li em e-book, porque eu não tinha físico (apenas o primeiro e o terceiro), e eu não queria esperar para poder terminar de ler toda a série. A leitura é super fluida e eu recomendo bastante.
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Léo 31/07/2013

Até onde você vai por amor?
Esperava Pandemônio desde maio do ano passado, depois que li Delírio, e, assim que comprei, corri para ler.

Pandemônio é um livro de ação. Uma grande confusão. Não existe título que descreva melhor o que acontece no enredo. A história começa com a vida de Lena na Selva após fugir da sociedade. Fiquei bem contente com a alternância entre os capítulos: em um ponto, chamado de ‘Antes’, Lena descreve como ela consegue sobreviver lá sem a ajuda de Alex e o que ela realmente pensa ao estar entre os Inválidos.
Confesso que achei as 30 primeiras páginas do livro bem emocionantes ao ver Lena narrando as dificuldades e os laços formados do povo da Selva.

Em outro, chamado de ‘Agora’, vemos uma Lena de volta à sociedade, de maneira infiltrada e fingindo ter sido curada para tentar descobrir informações secretas sobre o sistema.

A escrita da Lauren Oliver evoluiu muito nesse segundo livro, assim como a Lena. A protagonista cresceu bastante e deixou de ser aquela menina chata que conhecemos em Delírio. Os outros personagens que tiveram mais destaque, como Graúna e Julian, foram bem construídos e tiveram cada um sua importância no decorrer do enredo.

Apesar de essa distopia ter foco no amor sendo tratado como doença, não é só de amor que essa série vive. No segundo livro é possível perceber o amor como um impulso que faz as pessoas agirem e também faz a história se desenvolver. O mais legal é que não é só o amor romântico que está em evidência. Temos outros tipos de amor que nos cativam tanto quanto o romântico. A narrativa nos prende e a ação no enredo é muito bem executada. E o final vai fazer você correr para ler Requiem, o último da série.

Enfim, se você gostar de romance, indico esse livro a você. Se não gostar, também indico.
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Nica 03/03/2020

Muito superior ao primeiro livro
Desenvolvimento de personagem fantástico! A evolução de Lena, contada em capítulos alternados de passado e futuro, é tão palpável que a torna uma pessoa completamente diferente do que era no primeiro livro. E isso é ótimo.
O romance é uma delícia de leitura, me apaixonei junto de Lena. Além disso, não há um único personagem sobrando. Todos tem suas personalidades e funções muito bem estabelecidas.
Fora a melhor parte do livro: As cenas de ação/aventura. Se o primeiro livro era parado, esse mal te da tempo para respirar. Tudo bem descritivo, é fácil entrar de cabeça na lutas.
Um defeito negativo: No início é difícil engajar leitura, por conta dos capítulos situados no passado. Mas tenham paciência! Vale a pena.
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nicole 05/09/2022

Pandemônio me surpreendeu!
Eu li Delírio há muitos anos atrás, então não lembrava direito dos detalhes, mas Pandemônio conseguiu me conduzir a lembrar da história da Lena com o Alex. Confesso que tentei começar o segundo livro da trilogia algumas vezes, mas as primeiras páginas não me conquistaram, tive a impressão de que esse livro não ia superar o primeiro da trilogia. Insisti, E QUE BOM QUE INSISTI! Não demorou muito pro livro me instigar. Sobretudo, quero mesmo ressaltar dois fatores cruciais que me fizeram amar Pandemônio: primeiro, a evolução da Lena! O quanto ela amadureceu vivendo na selva, depois sendo infiltrada, a personagem merecia essa evolução, principalmente depois de perder o Alex. Segundo, o quanto esse livro me ensinou sobre gratidão, não quero dar spoiler nenhum, mas a dificuldade dos inválidos de SOBREVIVER me fez perceber que eu vivo num paraíso, assim como a Lena diz num capítulo que um banho quente, por exemplo, é o paraíso. Ai, enfim, gostei tanto desse livro que tô com medo de Réquiem não chegar a altura de Pandemônio.
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Bruna Cristina 09/11/2020

Eu escolho a delíria
A sequência da triologia delírio consegue ser ainda mais emocionante que a primeira.

A distopia é contada em dois momentos passado e presente, o que te faz querer ler mais e mais, a autora tem o dom de terminar um trecho com um mega gatilho para te fazer ler sem parar.

Repleto de plot twist, pandemônio vai trazer para nós uma Lena totalmente diferente, empoderada e muito forte, impossível não se apegar a personagem!

Sou suspeita em fazer essa indicação, pois sou apaixonada por distopias, e essa em especial, que aborda o amor como maior problema social é simplesmente fantástica, impossível não nos depararmos com questionamentos sociais sobre nossos contextos. Por isso, essa obra é perfeita para todos que assim como eu, gostam de fugir um pouco da realidade, e mesmo assim, conseguem pensar sobre o próprio cotidiano, o absurdo não está tão distante de nós afinal.
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Ju 28/08/2013

Melhor que Incomenda
Opinião de Iara Mendes

Se no primeiro livro da série, Delírio, eu só me empolguei no final, isso só podia ser um aviso de que o segundo livro seria bom. E foi.
Pandemônio se inicia a partir do fim do primeiro livro, em um momento eletrizante e decisivo para a vida da personagem principal, Lena. Todo o desenrolar da trama vai depender desse primeiro acontecimento, onde Lena consegue cruzar a fronteira da Selva. Mas a fuga não foi bem sucedida, Alex teve de se sacrificar em prol da liberdade de Lena.

O livro é dividido em duas partes o Antes: quando Lena está perdida na Selva, vagando sem saber onde está. E o Agora: quando Lena já se restabeleceu e está infiltrada em uma associação de Nova York conhecida como ASD (América Sem Deliria), que é liderada por Thomas Fineman. A missão de Lena é se aproximar de Julian Fineman (filho de Thomas), e isso ocorre em uma reunião da ASD, quando Lena é sequestrada junto com Julian. O que rende muitos capítulos na trama.

Lauren Oliver consegue trazer para a estória, emoção e ação que na minha opinião não teve no primeiro. Pandemônio é emocionante, apesar de algumas passagens do Antes serem bem chatinhas, mas é necessário para entendermos como ela chegou onde está. Além disso, Lena está mais forte, determinada e sagaz. Sabe o quer e faz o que for preciso pra conseguir. E os novos personagens da trama, são um ponto forte também, com seus passados de fardos pesados superações, assim como Lena, não sabem o que lhes aguarda no futuro.

Super indico o livro, valeu cada dia de espera pela continuação. E o fim é emocionante, um pouco clichê. Mas o que é a vida sem os clichês né?! Já estou ansiosa pelo próximo, que não tem data para o lançamento. Triste!

site: http://entrereaiseutopias.blogspot.com.br/
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Camilla 18/05/2013

Resenha postada no blog Segredos e Sussurros entre Livros
Amor Deliria Nervosa é uma doença grave e fatal. Seus principais sintomas são loucura aparente, nuvens sob os pés e dificuldade em obedecer às regras. Uma vez contraída, não há cura, a não ser a morte. Para evitar que os males da temida doença assolem a população, o governo disponibiliza A Cura. Todo cidadão tem direito ao procedimento que erradicará, de vez, o risco de se contrair a doença, a partir de um pequeno preço: eliminação total de qualquer sentimento.
Pandemônio é o segundo livro da série Delirium, escrita pela brilhante Lauren Oliver e publicada no Brasil pela Intrínseca. Delírio, o primeiro volume, foi a primeira distopia que me encantou, ainda que seu final tenha me arrasado. Pandemônio começa do ponto em que Delírio parou, ou seja, com Lena sozinha e acabada nas Terras Selvagens. (Breve resenha de Delírio aqui.)

Dividida entre o passado — Alex, a luta pela sobrevivência na Selva — e o presente, no qual crescem as sementes de uma violenta revolução, Lena Haloway terá que lutar contra um sistema cada vez mais repressor sem, porém, se transformar em um zumbi: modo como os Inválidos se referem aos curados. Não importa o quanto o governo tema as emoções, as faíscas da revolta pouco a pouco incendeiam a sociedade, vindas de todos os lugares… inclusive de dentro.

Como posso expressar o que li em Pandemônio, sem que soe clichê ou vazio? Gosto muito de distopias. Muito mesmo. Sempre digo isso, eu sei. Distopias contém dor, romance e um mundo terrível, todos ingredientes para uma trama de tirar o fôlego. Lauren Oliver tem uma forma bizarra e um tanto amargurada de escrever suas histórias. Delírio não é só uma série distópica, mas a demonstração de dois lados de uma moeda. Alguém duvida de que o tal Amor é mesmo fonte da discórdia, loucura e confusão? Eu não. Mas também não dá para imaginar um mundo onde não haja amor, mas apenas pessoas com sentimentos robóticos. O fato é: Pandemônio superou minhas expectativas. Sim, eu li muitas resenhas afirmando que o final seria chocante e tal, a ponto de ter, realmente, sofrido por antecipação.
Bom, minhas impressões são óbvias, a esta altura, certo? Mas vamos aos detalhes. O livro mescla dois tempos distintos na vida de Lena: o antes e o agora. Ela narra, em capítulos alternados, tudo o que viveu no antes (a partir da fuga de Portland), e o que está vivendo agora (em missão em New York).
O antes é doloroso, desde sua recuperação e apresentação a um grupo de inválidos, até a memória constante e arrasadora de Alex. Lena se vê embrenhada em uma luta que nunca esperou, em um mundo que nunca imaginou, com pessoas que lutam pela sobrevivência. Personagens marcantes e, obviamente, de grande importância para o futuro da série, são apresentados de forma realista e humana, mas logo, a própria Lena se vê presa nos limites da insanidade provocada pela deliria e a vontade de cumprir um papel.
O agora é limpo, calculista e objetivo. Lena está em missão na cidade de New York, sob nova identidade e lidando com novos desafios. Ela precisa manter os olhos em Julian, um importante membro da sociedade curada, mas acaba surpreendida por uma situação ruim, sem instruções ou armas. Daí em diante, momentos tensos correm em ritmo frenético e quase sem pausa. Mesmo quando alterna os capítulos, o Antes está tão frenético quanto o Agora, de formas diferentes. Lauren não nos dá descanso, mas poucas informações e muita luta e lesões corporais.
Os novos personagens são ótimos e conquistam um espaço especial na trama. Raven, a rebelde, não assume o papel de Hana, mas ajuda Lena de forma dura e cheia de significados. Julian é um encanto, mesmo que Lena (eu, você...) não consiga esquecer Alex e ainda espere que ele esteja vivo.
Se posso arriscar uma opinião básica e passível de objeção, acho que Pandemônio tem uma dose absurda de emoção. Não senti tanto em Delírio, que mostrou uma Lena em descoberta, mas pouco sentimental, mesmo com a presença de Alex. O segundo volume traz uma Lena em luto e disposta a lutar por algo que não tem ideia do que realmente seja, o que a torna, no mínimo, corajosa e altruísta.
De tudo o que foi dito, acredite, nada te prepara para o final. Não é um final inpensável. Eu pensei nele, inclusive. Só não achei que Lauren o escreveria. Imaginei duas possibilidades, ambas cruéis. A menos provável foi, justamente, a escolhida pela tia Lauren. Para o melhor, ou para o pior...
Se você gostou de Delírio, o que está esperando para ler Pandemônio? Coragem? Vá na fé. Se não gostou, achou fraco e tal, você pode mudar de ideia com Pandemônio.

Leia mais em ssentrelivros.blogspot.com.br
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Ana Luiza Silva 05/02/2021

Pandemônio é uma boa sequência pra Delírio, apresentando o caminho da protagonista Lena enquanto se autodescobre no outro lado da fronteira. Ainda assim, ela vai descobrir que mesmo os limites que ela achava que existiam (curados x não curados, Zumbis x Inválidos) não são tão preto no branco quanto ela supunha. Mesmo a resistência não é una, cada um luta por diferentes interesses. E a introdução de um outro elemento romântico faz parte da tendência das distopias jovens de incluir um triângulo amoroso nas histórias. Não vejo a hora de ler como isso será lidado no próximo livro, Réquiem, o último da trilogia.
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