Camila Felicio 24/06/2023
É inegável que a leitura é fluída e divertida. No entanto, mesmo sabendo que a história dos Plantagenet é composta de pequenos fragmentos devido a falta de arquivos documentais, não posso deixar de citar que me parece extremamente fantasiosa a história! E sim, há como fazer um livro mais fidedigno mesmo com na ausência de grande documentação, prova disso são os demais autores de ficção histórica britânica.
Para quem vem depois de meses lendo a saga da Plaidy dos Plantagenet, onde ela abarca desde um período mais antigo até desembocar no mesmo momento descrito pela Phelippa, sabe que tem como não recorrer a questões fantasiosas ou magia para evitar lacunas.
Fica minha crítica a deturpação que a mesma faz a Elizabeth de York, uma rainha que fora feliz, ainda que feliz de acordo à sua época, com Henrique Tudor e colocá-la como amante do tio - algo evidentemente Shakespeariano, feito através de boatos maldosos - me irrita por conta da Phelippa ser uma autora que tanto a imagem da mulher forte. Em sua saga Elizabeth de York torna-se tola, arrogante e amante de seu próprio tio (Odiei o que fizeram em todo livro subsequente: A Princesa Branca -, que ao ser uma continuação deste, carrega os erros, e pior, os expande ao ser o enredo principal!!)
Dito isso, achei um livro gostoso, sei que Elizabeth de Woodville era forte ainda que às vezes cruel e cega pela ganância, mas, assim mesmo a admiro por sua coragem em uma Inglaterra que permeava ódio e a roda da fortuna não parava de girar.