Nas entrelinhas do horizonte

Nas entrelinhas do horizonte Humberto Gessinger




Resenhas - Nas entrelinhas do horizonte


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Igor.Banin 02/04/2024

Gostei
Primeira aproximação com a obra de Gessinger. Não conhecia a banda e cheguei sem contexto. Ajudou na apreciação da obra.
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Duda 05/02/2024

Um dia me disseram, que as nuvens não eram de algodão...
Um livro simplesmente incrível.
Uma prosa tão fluida e real

É um livro sobre ser humano, são experiências que em algum momento, todos sentimos...
De deixar de (e voltar a) ser criança até os sonhos e medos comuns, cotidianos, existenciais

Sempre fui encantada pelas musicas do gessinger, e não me decepcionei nem um pouco com o livro, tão poético e tão prático, tão subjetivamente objetivo (ou o contrário, não sei ao certo...)

Enfim, foi uma ótima leitura e tenho certeza que encontra um lugar especial na vida de quem a encontra
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Gabriel.Braga 24/05/2021

Nas entrelinhas das entrelinhas
Antes que comecem a ler essa resenha é preciso saber que, eu já era um super fã do Humberto Gessinger como compositor e intérprete. Passei minha vida escutando as diferentes aventuras musicais do autor. E se você viveu uma experiência parecida pode estar no dilema que eu mesmo já estive...

(*1)Nunca faço resenhas na primeira pessoa, mas como dessa vez pretendo abordar algo mais pessoal, achei necessário... curiosamente, agora imagino que eu não precisaria estar a comentar isso... e por conseguinte tb esse último comentário... e esse último...

(*2) E o dilema é simples: o receio de conhecer demais um ídolo seu! Imagine: podemos gostar tanto de um artista que ao conhece-lo demais... vai que, essa pessoa não era tudo aquilo, ou ainda era apenas uma máscara, pode ser também que ela te decepcione determinantemente.
E conhecer um outro tipo de obra do autor pode fornecer esse cenário.
Entretanto, fique tranquilo, (*3) você não deixará de ser criança aqui. O livro é um deleite por si só, em parte é simples, muito agradável e engraçado. Em outra, repleta de reflexões ora muito inteligentes, e ora são parte de pensamentos que já tivera em algum momento da vida mas nunca foi possível torná-lo palpável ou verbalizado.

Para um fã mais por dentro de suas obras e muito atento, é possível ainda decifrar algumas dos versos de suas músicas que até então apenas vivem no campo da obscuridade ou das idéias...

Para finalizar, cumprindo meu papel de tentar "vender" essa leitura... no meu texto distribui três asteriscos que remetem a três das inúmeras análises reflexivas do livro.

Sem mais, com algum spoiler ali ou outro. Apenas leiam.
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@mairacoelhof 24/02/2020

Maravilhoso
Esse é um dos raros livros da vida que eu, Maíra Coêlho, não tive coragem de fazer nenhum anotação (tá cheio de marcadores de página, claro). Recomendo a todos os De Fé (vocês vão amar tanto quanto eu)
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Brina.nm 02/06/2016

Resenha pelo blog Gordinha Assumida
A maior dificuldade de um blogueiro, é trazer uma resenha de um livro que gostou bastante, ainda mais quando o autor deste é alguém que você segue (tieta) e admira tanto como cantor e compositor.

Nas entrelinhas do horizonte, é um livro de crônicas de Humberto Gessinger, cantor e compositor da banda Engenheiros do Hawaii, que trás músicas muito conhecidas até hoje. Nas páginas deste livro vemos a personalidade de Humberto refletida em cada página: alguém que não é dado ao senso comum, que não liga pra marcas, que prefere andar pelas ruas ao invés de ir de carro, que prefere fotografar sua sombra com a câmera do celular ao invés de usar uma super câmera e registrar um super cenário por onde ele passou.

O livro é dividido em 36 capítulos –crônicas- de poucas páginas onde o autor coloca pequenos poemas, frases emblemáticas ou abstratas, e suas crônicas do dia a dia: pensamentos aleatórios em torno de um tema central, onde Humberto divaga desde assuntos de ‘deixei de ser criança’ a ‘modernizações que ele não conseguiu acompanhar’.

Vemos que muitos dos textos foram escritos em quanto ele caminhava, no trecho de 50 min. entre sua casa e a quadra de tênis, esporte que ele pratica a mais de 20 anos. Nesses pequenos momentos de reflexões aprendemos muito sobre “Quem é Humberto Gessinger” e sobre como ele observa a vida, que passa cada dia mais rápido, principalmente para quem tem compromissos de shows e turnês a cumprir.

O autor também faz alguns questionamentos, que deixam o leitor refletindo sobre o assunto, seja ele sério e melancólico, ou coisas banais sobre as marcas, a influência da internet (chamada de ‘www’ por ele) na vida das pessoas e mais…

A parte gráfica desse livro é espetacular, como tantas outras da editora. As crônicas são intercaladas entre páginas amarelas e pretas, e as fontes também. Um cuidado todo especial com cada texto, posicionamento das palavras e trechos de destaque, que imerge o leitor ainda mais na obra. A capa trás o autor bem no estilo que estamos acostumados a vê-lo: cabeludo e de óculos, e por dentro das capas há fotos do cantor em uma paisagem muito linda (que se não me engano é sua casa).

Há momentos divertidos também, onde as crônicas são sobre comportamentos engraçados do ser humano, comportamentos engraçados na ‘www’ e principalmente sobre experiências de vida do cantor/autor, como quando ele era moleque e passava os 60 dias de férias na praia – sendo que 59 eram curando as queimaduras por ser tão branquelo –.

Dentre todas as crônicas separei as que mais gostei, e tenho certeza que mesmo para os leitores que não curtem muito o gênero, vão se identificar com as palavras.

O DIA EM QUE DEIXEI DE SER CRIANÇA

Deixamos de ser crianças quando descobrimos que, todos e para sempre, andamos em círculos. Voltamos a ser crianças quando notamos que nem todos os círculos têm o mesmo raio. É possível andar em círculos tão grandes que sua curvatura, de tão longa, parece uma reta. Pág. 7

Points of no return, daqui não tem mais volta, pra frente é sem saber. O elástico, esticado demais, se parte. Ainda bem que, na vida real, sempre dá pra voltar a ser criança, né? Sim: às vezes é a única forma de sobreviver. Pág. 24

O ÍMPAR, O PADRÃO QUE NÃO HÁ

A gente faz as contas, projeta uma vida na outra, tenta se enxergar como se fosse outra pessoa… A gente busca espelhos porque viver é solitário. Busca simetrias porque a vida é torta. A simetria acalma. Talvez acalme porque nós mesmos somos simétricos. Uma linha imaginária, dos pés à cabeça, nos divide em duas partes iguais. Buscamos o que já somos? Esquecemos que essa simetria nunca é perfeita. Pág. 33

UM BAND–AID PARA A ALMA

Não acho que minha música seja boa trilha sonora para autoajuda. Não tenho nada a ensinar e não quero que minha melancolia ou minha excitação, minhas crenças ou meu cetismo, sirvam de exemplo pra ninguém. (…) Não acho que música melancólica aumente a melancolia. Na verdade, ela faz companhia.

MOZART NOS DEVE UM RÉQUIEM PARA O IPOD

Não acredito que as respostas aos problemas de um mundo novo estejam na volta ao passado. Escolhi ter fé nas ferramentas que o ser humano cria. Escolhi ter esperança de que aprendemos a usar essas ferramentas. Para o bem e para todos. Pág. 87

MESTRE E DISCÍPULO, UM HOMEM SÓ

Por que essa pressa? O caminho mais curto entre dois pontos pode ser uma bênção ou uma maldição. Cada caso é um caso (e isso continua valendo para todos os casos). Pág. 94

Perder o rumo é bom / Se perdido a gente encontra / Um sentido escondido em algum lugar Pág. 94

AUTORRETRATO (NAS ENTRELINHAS DO HORIZONTE)

O fascínio dos autorrretratos está na mistura do que somos e do que queremos ser. Sob a aparência simples e direta de um formulário, há um mapa do que escolhemos e do que não podemos evitar. As entrelinhas podem revelar mais do que as palavras.

Afinal, o que faz a beleza do horizonte? As coisas objetivas, que estão lá longe (prédios recortando o céu, montanhas, nuvens) ou nossa subjetiva capacidade de enxergá-las? Pág. 157

Para os amantes de Engenheiros, tietes do cantor ou mesmo para aqueles que amam – ou nunca leram- crônicas com temas cotidianos, recomendo muito esse livro, e recomendo também o blog do autor, que possui outras crônicas ótimas. - BloGessinger



site: http://www.gordinhaassumida.com.br/2016/06/nas-entrelinhas-do-horizonte-humberto.html
Bianca 01/10/2018minha estante
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Adri.RMonteiro 30/07/2019minha estante
Apaixonada por esse homem. Meu mestre!!!




Ana 14/05/2016

Acho que a essa altura do campeonato todos vocês já devem saber que eu sou fã do Humberto Gessinger e de todos os seus trabalhos, do Longe Demais das Capitais ao Insular. É claro que eu não poderia deixar de ler todos os seus livros. Já falei para vocês de dois anteriores: Pra Ser Sincero e Mapas do Acaso, que continuam sendo os meus favoritos, mas Nas Entrelinhas do Horizonte também merece o precioso tempo de vocês.

Nas Entrelinhas do Horizonte é o quarto livro do Humberto Gessinger (sim, para quem não sabe ele é autor do livro infantil Meu Pequeno Gremista) e, diferentemente dos outros, que são mais puxados para biografias, este é um livro de crônicas, onde o autor descreve os seus pensamentos, opiniões e também nos conta um pouco das coisas que ele já viveu. Se vocês conhecem algumas músicas do HG, já conseguem imaginar como a escrita desse homem é incrível.

O que eu mais gosto nos textos do Humberto são as referências que ele faz às próprias músicas e também a outros artistas. Ele consegue fazer isso de uma forma totalmente natural, e é isso o que me surpreende. Não fica forçado nem cansativo. É o máximo ver um trechinho daquelas músicas já tão conhecidas... São 36 crônicas deliciosas de ler e vocês sabem que para eu dizer isso o trem tem que estar bom mesmo, já que não sou muito fã do estilo.

A verdade é que esse cara pode escrever qualquer coisa que eu vou querer ler e, possivelmente, vou gostar. Quem é que não gosta de saber mais da vida do ídolo? O HG escreve de uma forma tão despretensiosa que parece que a gente tá batendo um papo com o cantor, então nem preciso dizer que o livro é super leve e fluido.

Claramente a editora caprichou, como sempre, na diagramação do livro. Além da qualidade das páginas, que por si só já é um diferencial, as cores das mesmas alternam de crônica para crônica, ora amarelas, ora pretas, é a coisa mais linda do mundo! Não indico esse livro só por ser fã do Humberto, mas porque ele manda bem mesmo e todo mundo deveria conhecer esse outro lado dele, né?

site: http://www.roendolivros.com/
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May 21/07/2014

Quase sempre é preciso escolher. Com o tempo, a gente se acostuma a abrir mão de algumas coisas em favor de outras. Até aprende a conviver com a possibilidade de ter feito a escolha errada. Afinal, a dúvida é o preço da pureza. No fim das contas, é isso que nós somos: as escolhas que fazemos. H. Gessinger
Fabrício 27/09/2017minha estante
Fantástica a hesenha.




Rafa Malon 28/02/2014

NAS ENTRELINHAS DO HORIZONTE – HUMBERTO GESSINGER
Nas Entrelinhas do Horizonte, é um livro que trata em forma de crônica – e em alguns itens, a inclusão de um trecho poético -, a visão que Humberto Gessinger tem do mundo que o cerca, de maneira bem simples.
Lançado pela Editora Belas Letras, no ano de 2012, com 160 páginas, possui uma bela diagramação, distribuição de conteúdo (textos, poemas, fotos), totalmente diferente. Com páginas pretas para letras amarelas e páginas amarelas para letras pretas, sempre intercalando, a leitura – que é de fácil compreensão – flui, fica bem mais confortável.
Os capítulos são separados pelos temas, na maioria, pequenos, outro são um pouco mais extensos, como: “O dia em que deixei de ser criança”, em que Humberto descreve vários fragmentos que remetem a essa idéia.
Interessante como o autor separa cada história ou pensamento de um mesmo tema, iniciando-os com um asterisco. O livro tem um layout que nos remete a um blog, mas não ao acaso, pois os textos foram retirados do mesmo - que o autor atualiza até hoje –, outros livros dele foram lançados com esta mesma idea.
Humberto não escreve apenas o acaso, mas sempre coloca frases e situações que provocam nosso questionamento perante o tema. Gosto como ele instiga o leitor a refletir o capítulo antes de iniciar outro.
Cada tema pode ser interpretado literalmente ou simbolicamente, cabe ao leitor questionar e escolher o que se encaixa na sua concepção.
Algumas crônicas que se encontram publicadas por outros autores possuem sentido apenas para quem redigiu. Humberto consegue colocar pensamentos, questionamentos, medos, em fim, ideias pessoais, que abrange qualquer leitor. Alguns textos menos, outros mais, mas sempre atinge o público.
Gosto muito de um trecho em particular, em que o autor fala sobre a perda da nossa criança interior: “Deixamos de ser crianças quando paramos de ouvir como fãs, para ouvir como músicos. Quando paramos de ouvir como músicos, para ouvir como produtores. Quando paramos de ouvir como produtores, para ouvir como empresários. Quando paramos de ouvir... como?”. O autor nos mostra aqui, o quanto é triste perder a magia, o sonho, o entusiasmo e trocá-lo pelo trabalho no quesito de esperar pelo retorno técnico, financeiro. A infância no caso nos remete a sonhar e fazer às coisas apenas pelo prazer e o quão triste é focar no adverso.
Outro capítulo abordado por Gessinger que me intrigou foi: “FOMO, A FOME E O MEDO DO MOFO”. FOMO que têm como significado: “Fear of Missing out”, a sensação de que o melhor esta acontecendo em outro lugar, realmente me pegou de surpresa e passei a fazer tais perguntas constantemente sobre o mesmo.
Músico, Gessinger fala pouco de música, a mesma quantidade que qualquer pessoa que gosta escreveria. Enganam-se quem acha que seu livro aborda profundas teses técnicas sobre o mundo da musica. Alguns leitores pensam antes de adquirir a obra, achando que o mesmo trata apenas de musica para não leigos. Mero engano.
O livro é de um músico que escreve abertamente como uma pessoa comum, ou seja, com abordagens normais de um ser humano, sem títulos. Não é um livro de filosofia avançada, mas o leitor vai filosofar involuntariamente.
Fãs de rock/Engenheiros do Havaii/Humberto Gessinger vão apreciar por deveras. Não fãs de nem uma das três opções, também.

NOTA 9

site: http://lieresumi.blogspot.com.br/
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Mariana 10/04/2013

Resenha: Nas Entrelinhas do Horizonte
Na esquina em que se encontram corpo e alma
Há música ou silêncio, nada mais
Nada mais é definitivo na transição entre estações
No lusco-fusco, quando anoitece ou amanhece
Não há drama, nem comédia nem tragédia
Na hora incerta em que se beijam corpo e alma


Já li uns poucos livros de crônicas, todos bem escritos ou coisa do tipo, mas “Nas Entrelinhas do Horizonte” foi o único que em nenhum momento me deixou entediada. Verdade que sou suspeita para dizer qualquer coisa, sendo o livro de quem é. De qualquer forma, é meu livro de crônicas favorito. Nele, 1Berto nos mostra algumas de suas experiências de vida, nos lugares mais comuns ou mais improváveis, faz críticas, reflexões... Reflexões essas que também nos faz refletir, olhar a nosso redor, nos traz lembranças boas ou ruins. Tem também algumas piadas (nem sempre boas), que deixam tudo mais divertido.
Por falar em coisas divertidas, a capa e a paginação do livro são muito legais, um jogo de cores, imagens... A capa tem HG (com o cabelão e os óculos redondos, claro) numa sala qualquer, ao fundo um quadro vazado (é essa a palavra? Dá para entender?) mostrando a paisagem da contracapa. A paginação é incrível: letras amarelas com páginas pretas e vice-versa, as cores alternadas entre cada nova crônica.
Escolhi as frases e crônicas que mais gostei (foi difícil, porque realmente curti todas - claro que não com a mesma intensidade). Aí vai a “listinha”:

O DIA EM QUE DEIXEI DE SER CRIANÇA
"Se fosse bom ser criança, as crianças brincariam de... ser crianças. Do que elas brincam? de ser mãe das bonecas, de dirigir seus carrinhos. Gostar de ser criança é coisa de adulto."
“Não faz sentido sofrer querendo ser aquela criança primeira, original. O lance é ser a criança que podemos ser. Sonhos que podemos ter.”

ÍMPAR, O PADRÃO QUE NÃO HÁ
“Precisa usar dreadlocks pra fazer reggae? Precisa fazer reggae pra usar dreadlocks?” – Isso me fez pensar: “Preciso usar preto pra ouvir rock? Preciso ouvir rock pra usar preto?”. Esse(s) estereótipo(s) me cansa(m). Muito.

A BELEZA DOS FRA(N(COS
“Quero ser fra(n)co e receber a fra(n)queza como um presente. Quero discordar ao pé do ouvido, com um sorriso tímido no rosto. Quero a mão na mão trêmula, sem luvas de box. Quero o olho no olho marejado, sem óculos escuros. Quero o frio dos pés sob o cobertor, sem coturnos.”

FOGO CRUZADO AMIGO
“Frascos de perfume me parecem objetos tão tristes quanto um buquê de flores. Tentativas infantis de resumir tudo de bom que a natureza tem. Sem espinhos, sem o trabalho de preparar a terra. Tristes rosas vermelhas morrendo. Sufocadas pelo celofane.”

CITY TOUR DA ALMA
“ (...) Mas agradeço muito mais por minha arte/ofício. É ali que busco enxergar. É ali que me alimento. Aprendi, ali, a sentir com inteligência e pensar com emoção. Os sobressaltos, aprendi a chamar de vida.”

A DIFERENÇA É O QUE TEMOS EM COMUM
“ (...) depois de um GreNal. Vi dois caras caminhando, lado a lado, pacificamente, cada um com a camisa de um time. Pensei nisso porque esta paz me surpreendeu. Seria melhor se não surpreendesse: esta paz deveria ser normal.”

UM BAND-AID PRA ALMA
“Não acho que minha música seja boa trilha sonora para autoajuda. Não tenho nada a ensinar e não quero que minha melancolia ou minha excitação, minhas crenças ou meu ceticismo, sirvam de exemplo para alguém. Ouço relatos de pessoas dizendo que uma canção minha a ajudou em momentos difíceis e transbordo de felicidade. Que bom! Mas confesso que não penso nisso quando escrevo. Melhor que seja um efeito colateral algum proveito que alguém faça de meus versos e acordes.” - as letras dele SÃO um band-aid pra alma.
“Tenho um pé atrás com pessoas que estão sempre de bem com a vida. Já vivi o suficiente para saber quando alguém ta querendo enganar a si mesmo enchendo as frases com adjetivos exagerados e excessivos pontos de exclamação. Conheço artistas que perderam o brilho nos olhos depois de anos se obrigando a achar tudo legal, dando tapinhas nas costas de cada colega, paparicando cada fã. São “gente finíssima”, fina camada, verniz superficial sob o qual já não existem.”

MOZART NOS DEVE UM RÉQUIEM PARA O IPOD
“Não estamos no paraíso, é óbvio. Mas o paraíso não estã no passado. Ainda bem: para lá não se pode ir!”

SENHOR NINGUÉM TOMOU CONTA
“O que falta é vida. Palavras vivas. Canções e fotos vivas. Desenhos, pensamentos, gritos, sussurros e silêncios com vida própria.”

QUE INTIMIDADE É ESSA?
“Por que jogam na minha cara rostos ensanguentados, pornô-propaganda, piadas sobre sexo com gestantes, música absurdamente ruim absurdamente alta vinda de carros absurdamente bêbados? Acham que isso é a realidade? Ok. Acham que SÓ isso é a realidade? Ah, me dá um tempo!”

LONGE DEMAIS DO CAPITAL
“Não conheço ninguém que goste de dinheiro. Quase todo mundo que eu conheço gosta do poder e do prazer que o dinheiro pode trazer.”
“Tudo na vida tem um lado bom e um lado ruim (com exceção dos LP’s do Pink Floyd, que tinham os dois lados bons.”

POR ATALHOS INVISÍVEIS
“Com um pouco de esforço, até consigo entender a gerontofobia, o medo de pessoas velhas. Mas o medo de envelhecer me foge à compreensão. É como ser alérgico a oxigênio. É negar nossa própria existência e humanidade.”

PERGUNTAS QUE SONHEI EM RESPONDER
‘Qual é a droga que salva? Qual é a dose letal? A vida é muito curta para vivermos sempre com o mesmo corte de cabelo ou curta demais para experimentarmos outros cortes? Vale a mesma resposta para relacionamentos amorosos?”

RESPOSTAS QUE ESQUECI AO ACORDAR
O coração diz que a vida
É curta demais para sermos imparciais
A razão diz que a vida
É curta demais para sermos parciais

Cada um defende sua tese
Sem defesa
E a gente segue seguindo
Certos da incerteza

Todos os cálculos indicam
Uma vida curta demais
Mas seguimos seguindo
Como se fôssemos imortais

Vacilei
Não fotografei
A frase definitiva
No para-choque do caminhão

Curta vida porque a vida é curta

Se arrependimento matasse
Se o caminhão me atropelasse
A vida seria ainda mais curta


O FUTURO EM FLASHBACK
“Honestidade. Fidelidade. Espero que nossa urgência de viver não apague as palavras com muitas sílabas. Espero que nossa pressa de chegar não nos deixe segos para a paisagem, surdos para o silêncio, cansados para abstrações.”


Tem mais frase que resenha, mas elas são suficientes pra explicar porque gosto tanto desse livro. Essas crônicas têm as mesmas características das músicas... Numas há sentido, crítica, sátira; noutras há abstrações, reflexões, pensamentos. Algumas até nos fazem pensar sobre coisas banais, como a “majestade inexplicada do leão” – Por que ele é o rei da selva? São as mesmas justificativas para o Absolutismo?

Não vim até aqui pra desistir agora. Entendo você, se você quiser ir embora... Mas se depender de mim eu vou até o fim... Ok, vou acabar logo com isso. Este é um livro que vale MUITO a pena ser lido, mais ainda se você for “de fé”. Serve pra conhecer um pouco mais da genialidade de Humberto Gessinger, atrás de palavras escondidas nas entrelinhas do horizonte dessa highway... Silenciosa highway...
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Dose Literária 05/03/2013

Nas entrelinhas das músicas de Humberto Gessinger
Sempre gostei de Engenheiros do Hawaii Humberto Gessinger, desde criança ouvia suas músicas embora não entendesse as letras. Esse gosto se intensificou na adolescência e gosto ainda mais agora.
Admiro a poesia e as letras de Gessinger através das suas canções e foi por curiosidade e admiração que li "Nas Entrelinhas do Horizonte".

Neste livro, Gessinger fala sobre sua vida de uma maneira informal. Não, não é uma biografia (eu não tenho afinidades com biografias ainda) mas é ainda melhor, pois você se sente como se estivesse batendo um papo com ele sem parecer uma entrevista, você se sente como se o conhecesse e estivesse numa mesa de bar ou café, divagando sobre diversos assuntos, e daí você lembra de algum fato ou momento e conta. É o que ele faz em seu blog pessoal - o BloGessinger.

Continue lendo... http://www.doseliteraria.com.br/2012/10/nas-entrelinhas-das-musicas-de-humberto.html
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Henrique 29/08/2012

Nesse livro é possível mergulhar na intimidade de Humberto Gessinger de maneira mais aprofundada que os anteriores. Ele narra de forma descontraída vários acontecimentos de sua vida pessoal, de quando deixou de ser criança, quando sofreu de pedra nos rins, da perca do pai, dos caos aéreos que enfrentou, revela que não gosta de cinema, que não sabe nadar. Nas últimas folhas tem perguntas e respostas que todo fã quer saber. Enfim, um livro repleto de memórias.
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Nica 05/08/2012

Nas entrelinhas da saudade...
Nas Entrelinhas do Horizonte é o quarto livro do cantor, compositor e escritor gaúcho Humberto Gessinger pela Editora Belas-Letras. O primeiro que eu leio de sua autoria e, confesso, surpresa.
Não que eu duvidasse da capacidade de escrita e da eloquência do autor, longe disso. Gosto bastante das músicas do Engenheiros do Hawaii, banda da qual ele é o vocalista e integrante mais antigo, na verdade, o único da formação original de 1984.
Algumas de suas músicas já embalaram boas viagens de carro com meu marido e amigos; outras fizeram parte da minha adolescência e do grupinho da igreja que se reunia no pôr-do-sol de sábado, em um lugar tranquilo - praia da Urca era o point preferido -, ou na praça do bairro onde morávamos para tocar e cantar Engenheiros, Legião, Paralamas, Capital, e por aí vai...
Quando soube que receberia o livro da Editora, fiquei na dúvida se iria gostar. Repito: não por não acreditar no autor/compositor. Mas por achar que o mesmo poderia ter perdido o dedo no meio no caminho, que podia ter soado melancólico demais - como certas biografias são -, ou "sem nada a acrescentar".
No entanto, devo agradecer imensamente à Editora Belas-Letras (sem puxar saco, ok galerinha?!) e ao Humberto por terem me dado a oportunidade de ler, conhecer o Humberto pessoa e mais ainda o cantor, relembrar momentos da minha vida também, me divertir e sentir saudades com Nas Entrelinhas do Horizonte.


Humberto nos conta, por meio de mini-crônicas, marcadas por um asterisco entre parênteses e divididas em páginas amarelas e pretas, sua vida pessoal e profissional, divide conosco as experiências vividas desde criança até os dias de hoje, compartilha conosco seus sentimentos e pensamentos mais profundos - alguns destes últimos, inusitados -, nos chama a atenção para certos padrões de comportamento que temos e que acabam por nos definir indiretamente, critica a valorização do exterior - aparência em prol de inteligência - que causa o emburrecimento da massa, entre outros.
Vale ressaltar que, cada capítulo tem um título e é acompanhado por um verso ou música, sempre conectados ao cenário/assunto que o mesmo abordará. Na verdade, parece que estamos conversando com ele, um bate-papo entre amigos de longa data!
Realmente, o trabalho do Humberto bem como da Editora foram excelentes. Ele, com suas palavras e versos, sua expressão e exteriorização de quem ele é e do que ele passou para chegar até aqui, para se construir como pessoa e artista Humberto Gessinger; já a editora, com a diagramação e acabamento.
Ao terminar de ler Nas Entrelinhas do Horizonte senti saudade, alegria, tristeza, reconhecimento, admiração e esperança... pelo futuro.
Resenha postada no blog Drafts da Nica
http://nicasdrafts.blogspot.com.br/2012/07/especial-rock-nas-entrelinhas-do.html
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