Gargalhada na Escuridão

Gargalhada na Escuridão Vladimir Nabokov




Resenhas - Gargalhada na escuridão


8 encontrados | exibindo 1 a 8


Milena.Saleh 28/06/2022

Dolorido
Um livro sofrido, angustiante, como a maioria dos de Nabokov. Trata de um homem que resolve trocar a família por uma jovem interesseira e das desgraças que seguem. É divertido, desde que lido com leveza. Se esse tema é difícil para o leitor aspirante, não recomendo a leitura.
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romulo mafra 20/11/2020

Interessantíssimo!!!
Terminei hoje este estonteante livro. Já tinha comentado aqui sobre ele, publicado em 1933 (e deve ter servido de inspiração para o clássico Lolita, de 1955). Penso que este trecho que separei para colocar aqui (sem spoiler) pode dar um vislumbre da escrita de Nabokov e desse livro absurdamente interessante, inclusive, pela forma como foi escrito, dando nuances de cada um dos personagens, e, nos diálogos, às vezes, deixando claro o que pensava um dos interlocutores. Leiam! Vou tentar ver o filme que foi lançado nos anos 1950 baseado no livro.

"Eram sete e meia. Começavam a acender-se as luzes, e seu suave brilho alaranjado tinha um aspecto encantador, à luz pálida do crepúsculo. O céu estava ainda inteiramente azul, com uma única nuvem cor de salmão à distância, e todo aquele instável equilíbrio entre luz e sombra fazia com que Albinus se sentisse estonteado."
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@bea.lendo 04/09/2019

Pior cego é aquele que...
A chegada de Margot à vida de Albinus transforma tudo o que ele possuía em um leve borrão, onde todas as coisas antigas ficam para trás e seu único desejo é satisfazer os desejos de sua jovem companheira.
O que Albinus não sabe (ou finge não saber) é que Margot está usando os meios mais insanos possíveis para lhe tirar tudo, desde sua dignidade até os seus pertences mais valiosos.

Não torci pra que ninguém se saísse bem dessa estória, a atitude de Albinus e de Margot era insuportável desde o princípio. Meus pensamentos sempre se voltavam para Elisabeth e a filha que ela e Albinus tinha, e que ele tão facilmente se desapegou.
Os personagens principais são desprezíveis e fizeram eu me sentir mal, principalmente por saber que tudo estava óbvio desde o princípio. Dei 5 estrelas porque em determinados momentos - pricipalmente no
no final - a tensão que Nabokov coloca na trama me fez querer devorar o livro sem direito a uma pausa. A escrita é boa, a história também. Passei o livro inteiro com uma sensação de revolta que fez com que a história dominasse  todos os meus sentimentos.
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Erika 05/11/2018

Tormento na escuridão.
De Nabokov, mesmo autor de "Lolita" , "gargalhada na escuridão " traz à tona a paixão de um homem de meia idade por uma jovem adolescente.
Entediado com a vida que leva ao lado da esposa e da filha, Albinus se vê encantado por Margot e tentado a partilhar uma vida com a jovem. Ele , mais velho porém rico, ela, uma jovem bonita e ambiciosa, e ambos vivendo uma paixão que pode chegar a trágicas proporções.
O amor muitas vezes é cego mesmo!
Só leiam! Muito bom.
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Julio.Argibay 11/07/2018

MESTRE
Nabokov está se tornando um dos meus escritores prediletos. Depois de Lolita, um clássico muito perturbador e bom demais da conta, além de outro romance que já esqueci o nome, pois sou muito lerdo, este livro "virtual" em particular, Gargalhadas na escuridão, eu achei muito interessante e moderno. A estória é simples e o tema bem corriqueiro, porém muito bem contado, fluído e se assemelha a um trailler holywoodiano, sendo que e leitor, acho eu, percebe que algo vai acontecer a qualquer momento... pois a situação é insustentável... quando? rsss só a gente sabe. Ponto. Os personagens são tipo aqueles que ficam na memória por um bom tempo. Nos faz refletir sobre nossas ações e nossas vidas, pois o autor os tornaram conhecidos nossos e estão vivos na nossa memória. Vamos a eles: Margot - pense numa criaturazinha complexa, teve uma vida difícil e isso se reflete em sua personalidade, apesar de ser pouco para justificar suas ações, claro, sem juizo de moral. Rex, o próprio nome, já diz tudo sobre ele. Albinus - um cara gente boa, que queria viver uma grande paixão. Elizabeth, uma mulher de verdade. Já o outro livro foi: Desespero...
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Exusiaco 01/05/2014

Passada em Berlim e com narrativa instigante, Nabokov mostra grande habilidade em adentrar alternadamente na mente, nas motivações e intenções dos personagens. O autor levanta arquétipos de desejo e ingenuidade, por parte de um rico homem de meia idade (Albinus) e de trambique, futilidade e crueldade por parte da garota (Margot) e seu comparsa amante (Rex). O título do livro corresponde de forma impressionante ao sentido de toda a obra tanto metaforica quanto literalmente. Vemos o descompasso amoroso e o gradativo aumento da intensidade das trevas que vão recaindo sobre Albinus. O título é uma chave que perpassa toda a obra, desde o encontro e êxtase inicial de Albinus dentro do escuro do cinema iluminado por uma lanterna até o final catastrófico. A escuridão está na cegueira amorosa de Albinus, na sua situação de trouxa e joquete posto em prática, com requintes de crueldade, pelos comparsas e na meio que anunciada degringolada final.
cidasi 10/08/2016minha estante
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Exusiaco 06/02/2017minha estante
Definir é matar.




Ana Emilia 04/05/2012

Conta a história de Albinus, homem que, entediado com a vida médio burguesa que leva, acaba se encantando por um mulher mais nova e por conta dessa paixão acaba tomando várias más decisões.

Abandonado pela esposa, que descobre o caso, Albinus resolve viver com Margot, moça ambiciosa que quer ser estrela de cinema. Cede ingenuamente a todos os caprichos de sua nova companheira.

A escrita é leve e gostosa. No último capítulo o autor conseguiu, de forma brilhante e envolvente, fazer com que eu sentisse toda a tensão do protagonista.
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Ju 13/04/2012

Antes de tudo, devo dizer que engoli o livro em três dias (ou três noites, para ser mais exata). À primeira vista, o enredo pode parecer comum, vulgar. Mas, com passagens sim, vulgares (mas nem por isso menos interessantes), Nabokov consegue enfeitiçar, com brindes feitos por ocasião de uma figura de linguagem esplêndida (o que, felizmente, não são poucas) ou uma imagem encantadoramente construída (igualmente abundante). Sinceramente, mais, bem mais do que a história, o que me cativou ferrenhamente foi a maneira com a qual ela foi escrita.
Com o desenrolar, o que antes parecia apenas uma história frívola e com toques de comicidade, inicialmente um pouco rodriguiano, um chefe de família que larga tudo pra viver uma paixão com uma adolescente (ou seria nabokoviano? rs), vai se tornando sombria, complexa. E, aí sim, completamente rodriguiano (não pude deixar de pensar o tempo todo em como Nelson Rodrigues teria se rejubilado, se não se rejubilou, lendo o romance), com requintes de tragédia que nos faz mergulhar e sentir, sentir, o que quer que seja (no meu caso, dentre outros sentimentos, permaneceu o dó, nas mais diversas nuances), pelos personagens. E, quando finda, de forma magistral, só nos resta imaginar os mais inúmeros "depois" para os personagens. Um Nabokov inversamente atraente em comparação com Lolita (não obstante eu não tenha detestado Lolita de todo). Um Nabokov brilhantemente inspirado. O quão surpreendente pode ser quando damos uma segunda chance a um escritor? Nesse caso, totalmente, para mim. O que me faz pensar em dar também uma segunda chance a Lolita, já que eu o li tem quase dez anos. Meu eu atual lerá de outra forma, lerá outro Lolita. Quem sabe agora eu o ache digno de figurar entre os clássicos da literatura mundial...
Enfim, o que fica é que agora sugerirei Gargalhada na escuridão, à mais débil menção do nome Vladimir Nabokov.
Iva 30/10/2018minha estante
Você escreveu a resenha que eu gostaria de ter escrito!!!


1650550619 21/04/2022minha estante
Magnífica resenha! Estou lendo pela segunda vez Gargalhada na Escuridão, tendo lido pela primeira vez há 20 anos. Também li Lollita e, como você, também não o apreciei muito...




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