spoiler visualizarMarcos Nandi 26/08/2022
"Quem quisesse ter opinião que comprasse um jornal"
Essa resenha não tem nem 10% do conteúdo do livro hahah.
O texto inicia com Assis Chateaubriand próximo da morte, num texto talvez lírico, onde o moribundo em coma delirava. Acho que não combina com biografias, mas enfim.
Internado com uma lesão neurológica grave, o personagem, estava tetraplégico, apresentando sinal de Babinski, oriundo de uma trombose (por causa de AVC) dupla que afetou seu cérebro. Apesar de ser super saudável, avesso a bebidas e aos cigarros, o jornalista já apresentava sinais de doença. Interessante, que cinco meses antes, deixou para 22 empregados 49% do controle acionário do seus negócios.
Além de empresário, jornalista, ex-senador, Assis também era embaixador do Brasil em Londres, nomeado por JK, presidente na época, mesmo sendo contra a mudança de capital para Brasília (opinião que ele mudou depois). Interessante que na época ele enfrentou muita oposição, inclusive, da Inglaterra para essa nomeação.
Em infância, era gago, feio, raquítico, amarelo e apesar de nascer numa família tradicional, seu era pai juiz, passava por dificuldades financeiras.
Nascido em outubro de 1892, sua família enfrentava uma crise pelas perdas na seca de 1877, o pai de Assis, que era juiz de Umbuzeiro (cidade natal de Assis), desistiu da profissão para morar Recife trabalhando com a venda de leite. Por causas das dificuldades dessa vida, o pai de Assis aceitou um cargo de chefia num seção alfandegária em Belém. Enviando Assis para morar com seu avô em outra cidade. Com seu avô, Assis era livre e com alguns exercícios, conseguiu resolver a sua gagueira.
Assis, com dez anos e analfabeto, era um peste. Cansando seu avô, o menino voltou pra Recife. E logo depois, partiu para Paraíba para estudar.
Com doze anos começou a trabalhar, e conhecedor de filosofia, alemão e francês, Assis queria é ser jornalista.
Corajoso e audacioso, pegou emprego como copeiro na casa dos Lundgren, que mantinham um famoso jornal e mais tarde, seriam donos das casas Pernambucanas. Depois de um tempo, conseguiu, emprego no jornal da família.
Eu me impressiono muito com essas biografias. Já que é impressionante o que acontece na vida de determinadas pessoas. No caso do Assis, ele era corajoso. Muito corajoso.
Formou-se em direito pela universidade federal do Recife.
Em 27 de julho de 1907, o jornal que o Assis trabalhava, fechou. E com isso, Assis, começou a almejar outros planos. Logo depois, já começou a trabalhar no jornal do O Pernambuco.
Extremamente tímido, com uma figura de tristeza eterna, vestia-se como velho, e mesmo não sendo adepto de esportes, tentou ser militar, mas como militar apenas ficou cuidando do jornal, devido a sua saúde frágil.
Em certa feita, juntou suas economias para publicar um mini jornal para defender um crítico que ele gostava. Chegando a capital (Rio de Janeiro), seu conhecimento, começando a fama do jornalista.
O pai de Assis morreu infartado.
Assis se envolveu de forma intensa com as eleições ao governo no estado de Pernambuco. Onde o povo não aceitava a eleição do candidado eleito (no qual Assis era partidário).
Seu primeiro relacionamento foi com Maria da Penha Lins de Barros, linda e inteligente,porém considerada solteirona pela elite pernambucana. O que causou-lhes problemas, visto que, ela era irmã de um dos examinadores da banca do concurso que Assis seria aprovado, qual seja, para dar aula de direito, o que obviamente, causou discordância dentro do mundo acadêmico. Com ajuda de amigos, Assis, chegou na Capital e conseguiu ajuda do presidente da República.
De volta a Pernambuco, não chegou a assumir o cargo, já que sua antiga patroa a Sra Lundgren, o contratou para que Assis a representasse numa ação judicial que corria na capital, Rio de Janeiro. Acabou vencendo o processo. E decidiu se mudar para a capital do Brasil.
Com 25 anos, já havia ganho grandes ações como advogado, conseguiu enfrentar um caos em relação ao concurso em que foi aprovado, conseguiu forçar o partido a abandonar Rui Barbosa. Sua fama já o precedia.
Chegando ao Rio de Janeiro, Assis tinha um único objetivo: se aproximar de pessoas influentes e fundar um jornal. Até tentou comprar o jornal do comércio, mas foi impedido por uma questão política.
Chegou a assumir o cargo de consultor de leis de guerra do governo. E também, foi funcionário do jornal do Brasil, com o intuito de melhorar as vendagens da empresa e dar uma modernizada.
Ficou durante um tempo na Europa com o fim da primeira guerra mundial, aliado dos alemães, conseguiu entrevistar grandes nomes da Alemanha. Inclusive, com entrevistas inéditas. Conseguiu ainda na Europa, fazer com que a princesa Isabel e seus descendentes deixasse de serem exilados. Seu sucesso era tanto, que foi convidado a ser deputado mas declinou do convite.
Interessante que mesmo crítico ferrenho ao comunismo, Assis foi a favor da revolução de São Paulo e defensor da coluna Prestes. E usou "O Jornal" para defende-los.
O Jornal, foi comprado com muito esforço, apesar do valor exorbitante e também, apesar das poucas vendagens, Assis, foi atrás do dinheiro com ajuda de amigos que fez na elite de São Paulo e do Rio. Com 35 anos, conseguiu adquirir o jornal.
Adquirindo o jornal, Assis,começou a modernizar comprando máquinas, importando dos EUA a confecção de reportagens (que antes não se tinha no país) e também, começou a vender espaços para marketing para empresas, algo que também era inédito no país.
O Jornal foi um sucesso de vendagens, com uma média de venda de 40 mil exemplares e com quase três mil assinantes. Assis contratou bons nomes para trabalhar no jornal como Monteiro Lobato e Carlos Drummond de Andrade, e Milton Campos, que dirigiu a filial em Belo Horizonte. Inclusive, foi Assis que começou o evento "Miss Brasil".
O presidente da época, Arthur Bernardes, tentou dar um golpe comprando as ações do jornal como se fosse o próprio Chateaubriand, mas o golpe não vingou!
Assis Chateaubrian se casou com Maria Henriqueta Barrozo que já na lua de mel engravidou do primeiro filho de Assis. O casório foi simples. Sem pompa.
Com o término do governo de Arthur, Assis Chateaubriand, lançou o livro "Terra desumana", uma ode ao contrário. Atacando ferozmente o ex-presidente, inclusive, chamando ele de doente mental.
Com o início do governo de Washington Luís a liberdade de imprensa foi um dos pilares do governo, conseguindo o presidente, um bom relacionamento. Até o presidente negar a anistia aos militares que fizeram parte da coluna Prestes.
Outro ponto interessante é que Assis ficou muito amigo de Getúlio Vargas e o tanto de informações que Getúlio passou para seu amigo jornalista.
Chateaubriand que tinha seis jornais diários, contou com a ajuda de Getúlio Vargas para adquirir um novo produto, a revista Cruzeiro. Uma revista moderna, em cor, que entre outros feitos revelou grandes escritores em um concurso de conto, como João Guimarães Rosa.
Assis, foi um dos primeiros com alguma influência a se insurgir contra a política de café com leite e fazer uma grande apologia a aliança liberal. Estrategista, usou a aliança para comprar jornais em todo o país para disseminar os valores da revolução de 1930 e também, denunciou também a fraude das eleições.
Achei engraçado o fato dele ser o último a saber sobre a revolução de 30, pelo fato de ser "fofoqueiro" e sempre querer dar a informação como furo jornalístico. Por causa disso, o jornalista foi correndo para Porto Alegre, pois ele queria se alistar na revolução, pegar em armas, e presenciar esse evento. Ao chegar em Santa Catarina (precisamente na serra catarinense) Assis quase foi fuzilado por ser considerado um espião pela aliança, mas obviamente conseguiu provar ser quem era.
A revolução foi responsável por derrotar 18 governadores, dois presidentes e subverter o regime da República velha.
Assis, afirmava que Getúlio Vargas era uma espécie de Maquiavel. Porém, o namoro entre o jornalista e o novo presidente duraria bem pouco, já que Getúlio, nomeou como interventor de Pernambuco um inimigo declarado de Assis. Nos jornais, o jornalista começou a denunciar os abusos cometidos pelo presidente, as prisões políticas e perseguições aos adversários e também, condenava (junto com a OAB) a criação de um tribunal especial para julgar crimes políticos. Depois de um tempo, Assis começou atacar a autorização do presidente para criação do partido comunista, coisa que antes ele era a favor.
Uma curiosidade interessante é que Noel Rosa, dedicou um samba (com que roupa?) para O jornal.
Em junho de 1931, Assis incorporou seus diários associados ao mais antigo jornal de Pernambuco. E depois de um tempo, criou a primeira agência de notícias do país (havia poucos no mundo), com intuito de fazer intercâmbio de matérias e reportagens entre os jornais associados. Assim, o Assis começou a oposição sendo fortemente censurado, decidido a virar clandestino, dormindo toda noite num lugar diferente.
Obviamente como todo opositor em ditadura, Assis foi preso e colocado numa cela comum a outros criminosos não políticos, depois de 24 horas de prisão, o governo deu a sugestão dele ficar preso em sua casa, de forma domiciliar. Porém, ele descumpriu a ordem e foi pego numa fuga para Zona da mata mineira. Lá ele levaria armas e se aliados ao seu antigo inimigo Artur Bernardes. Com isso ele foi obrigado a se exilar no Japão, porém, ao chegar no navio ele questionou a ordem com o capitão japonês. De tanta insistência e quase criar um incidente diplomático, ele acabou voltando para o Brasil...mas preso
As empresas estando em crise, o governo resolveu dar um golpe comprando do maior fornecedor de máquinas para jornais, as dívidas em aberto do jornalista para executar. Ainda na prisão, onde passou dois meses, sua esposa pediu o desquite. Mas acabou sendo solto com a condição de se mudar para São Paulo (ao longo do ano ele foi preso outras vezes).
Confinado, sem esposa, com amigos presos e exilados, quase indo a falência (ele não administrava bem e era péssimo pagador, acabou perdendo o jornal para o golpe que o governo deu, sendo até o nome mudado de O jornal para A nação) como ele conseguiria se reerguer? TRAZENDO RÁDIO PARA O BRASIL.
Desquitado, Assis se casa com Cora Acuna, atriz em início de carreira e com apenas quinze anos. Vivendo juntos, Cora engravidou do segundo filho de Assis, uma menina chamada Teresa. Assis nutria um ciúme patológico e doentio por sua nova "esposa".
Bipolar em relação aos seus desafetos, com a abertura da democracia e o crescimento de ideias comunistas, Assis volta se a favor de Getúlio e contra Carlos Prestes (inclusive, Assis que deu o nome "intentona comunista), o que antes, ele defendia em seus jornais. Resolvido a questão, Assis conseguiu por uma ação de reintegração de posse, a propriedade das máquinas e depois de onze anos, conseguiu novamente a posse do prédio do jornal.
Da querela, Assis ficou com rancor apenas do empresário que vendeu a dívida para o governo. Já que ele não vendeu por ideologia, mas apenas por questão de ambição. Além de atacar o empresário pelo jornal, Assis mandou alguém lhe dar um tiro para castrar seu rival.
Usando seu jornal para difamar seus inimigos, Chatô, era uma arma perigosa. Inclusive, mentia sobre seus adversários. Um dos seus inimigos era a família Matarazzo, que no afã de construir outro prédio, não queria pagar a indenização para Assis mudar o local da redação. Outro conflito, foi com Rubem Braga, que Assis o demitiu por pressão da igreja católica.
Assis tinha um veio fascista. Admirava ação integralista e odiava comunistas, porém, era contra as prisões arbitrárias. Uma pessoa complexa e contraditória já que novamente apoiou Getúlio com o estado novo.
A rádio de Assis, a Tupi, foi a segunda rádio mais importante e poderosa do continente mantendo contrato com pessoas como Carmem Miranda, Dorival Caymmi e o dono do Cassinos da Urca, trazendo assim, cantores estrangeiros para cantar na rádio.
Assis comprou várias empresas. Todas ela, eram grandes anunciantes em seus jornais, como exemplo uma fábrica de refrigerante e a famosa Lacta. As empresas que ele não conseguia comprar, ele difamava nas linhas dos seus jornais.
Sua vida pessoal estava um caos. Se descobre que seu afilhado, Gigi, era seu filho legítimo. Como Gigi havia nascido na França, Assis foi obrigado a perfilar Gilberto para que ele não fosse lutar pela França na segunda guerra mundial. Em relação a seus esposa, ela o traia com um ricaço da época. Assis não a tratava ela bem e era muito ciumento. Corita fugiu com seu amante, nascendo uma celeuma enorme sobre a guarda da menor cuja paternidade não era reconhecida por Assis. A influência de Assis era tão grande ao ponto de conseguir alteração na lei que permitia o reconhecimento de filhos fora do casamento.
Ainda na sua vida pessoal, de envolveu com uma polêmica sobre a possibilidade de ter recebido propina da Mesbla dos aviões doados para a campanha de aviação. Na sua briga com os Matarazzo, o conde comprou "A folha" e começou a vender a um preço muito baixo, causando um rebu em toda a impressa.
Nos primeiros anos de década de 40, Assis já tinha 20 jornais, cinco revistas (uma infantil), oito estações de rádios, uma editora, várias empresas de outros ramos. Menos no ramo da indústria de papel. Getúlio pediu para Assis abrir uma fábrica, já que por causa da guerra o preço do papel estava um absurdo. Porém, Assis declinou da proposta.
Nas rádios, Assis inovou com as radionovela, lançado o melodrama "Pecado de Amor" estrelado pelo grande Paulo Gracindo.
Mais uma vez Assis "muda de lado" já que antes era admirador de Hitler e Mussolini, mas passou com a entrada do Brasil na guerra, a estar contra esses regimes. Ao ponto de pensar (e ir atrás de apoio no EUA) em realizar um exército de brasileiros, coisa que realmente aconteceu depois de um tempo por ordem do presidente.
Em uma viagem para os EUA, trouxe uma nova ideia para o Brasil: a televisão (a primeira estação da América Latina).
A inauguração da TV Tupi era para ser um desastre. Como só haviam três canais de televisão no mundo (EUA, França e Inglaterra), e não havia aparelhos de televisão no Brasil, sendo que Assis, trouxe em contrabando alguns televisores.
Na estreia (que foi ao ar com uma hora e meia de atraso), das três câmeras, uma estragou. A Hebe Camargo não pode cantar a música de estreia na rádio sendo substituída por sua amiga Lolita Rodrigues, mas com todos os empecilhos, acabou dando certo.
O Jornal de Assis era tão influente ao ponto de conseguir a proibição dos jogos de azar no Brasil, conseguiu abrir um CPI dos atos da ditadura, e seu prestígio só aumentou com o seu sucesso fora do Brasil, Assis. Iniciando assim seu grande projeto: a criação de um museu de arte moderna (o MASP).
Para criação do MASP, foi necessário ir para a Europa cuja elite estava falida por causa da guerra e com isso, Assis, adquiriu muitas obras de arte a preço de banana.
Eu amo que a biografia não é parcial. O biógrafo Fernando Morais, deixa claro que Assis não era muito honesto, visto que só atacava em seus jornais empresas que não eram patrocinadoras. Por exemplo, quando a Coca-Cola começou patrocinar o jornal, ele mudou a opinião sobre a empresa.
Com Getúlio Vargas deposto, as eleições de 1950 estava despontando com a rede de jornais fazendo campanha para todos os candidatos. Mas já se sentia que Getúlio voltaria.
Em relação a sua vida pessoal, Assis vivia uma relação de amor e ódio com seus filhos. Inclusive, ficando por anos sem falar com eles por motivos bem fúteis. Sua vida sexual era ativa, ao ponto, de não ter critério e sair com qualquer mulher. Mas seu coração, tornou-se, até o dia de sua morte da jornalista Aimee de Heerem.
Assis, de um dia para o outro, resolveu ser senador. Mesmo faltando vários anos para a eleição, mas, Getúlio Vargas, conseguiu que um senador e seu vice fossem para outro cargo, abrindo assim, novas eleições. Apesar de Assis quase nunca participar dos comícios. Teve uma carreira ativa com vários discursos (eleito com quase 80 mil votos).
Como senador, participou de uma polêmica já que participou com dinheiro público com mais cem brasileiros, uma festa com muita pujança em Paris. E foi responsável por quase uma crise diplomática do Brasil com a Argentina, ao noticiar, o câncer de Evita Perón, com fotos dela doente. Matéria até então nenhum jornal do mundo havia noticiado.
A morte do famoso cantor Francisco Alves, fez O cruzeiro vender inacreditáveis 370 mil exemplares, num país com apenas 15 milhões de alfabetizados.
Mas Assis se meteria em outra confusão, dessa vez entre Carlos Lacerda, do Tribuna de Samuel Weirner do jornal da Última hora, que era um jornal de apoio ao presidente Vargas. Lacerda denunciava as dívidas que Samuel contraiu com o Banco do Brasil, essa querela era interessante para Assis, já que o jornal a última hora estava ameaçando sua hegemonia. Essa campanha contra o Samuel foi encerrada com o suicídio do Vargas. Com a morte do presidente, muita gente protestou nas ruas de Porto Alegre,pedindo a morte de Lacerda e de Assis.
Uma revolta generalizada que deu prejuízo de 50 milhões de cruzeiros no prédio do jornal em Porto Alegre.
Assis era uma pessoa controversa e isso se refletia no povo, por exemplo, ele não agradou nem direita e nem esquerda quando foi indicado como membro da ABL. Não conseguiu se reeleger para o senado, precisando, usar novamente da artimanha usado na Paraíba. Mas dessa vez, foi no estado do Maranhão, e isso causou polêmica, rendeu processo com todos os partidos de Maranhão sendo contra a nomeação, inclusive, os próprios partidários do partido de Assis. Mesmo com comprovada fraude ele se reelegeu.
Outra encrenca em que se meteu, envolveu uma dívida absurda com as obras de arte do MASP, tendo que pedir ajuda ao governo. Outra confusão, foi com o dono da Votorantim, que se recusou a emprestar dinheiro ao jornalista. Obviamente, Assis, começou os ataques mas o dono da empresa resolveu processar Assis.
Encrencando em relação ao processo de Votorantim e não querendo deixar de ser senador para ser embaixador (iria perder a imunidade parlamentar), Assis custou a assumir o cargo. Como embaixador, ficou conhecido por suas festas e extravagâncias.
Já doente com trombose cerebral, ele deixou para 22 funcionários 49% de seu patrimônio ocasionando um racha na sua família, e também, se descobre que suas empresas estavam em péssima situação financeira.
Por causa da doença, ele tomou como amiga a enfermeira Emília, que o ajudava a escrever seus artigos, no estilo do editor da revista Elle.
Apoiou o início do golpe em Jango e nunca foi preso aos ataques quando mudou novamente de lado por causa da sua idade e doença. Porém, a TV Tupi, chegou a ficar 24 horas do ar a mando da ditadura.
Cadeirante, com problemas no pulmão, afásico cardiopata e quase falido, Assis, procurou todos os meios para melhorar até o espiritual. Chegou a ir na URSS, na umbanda, no espiritismo, etc.
Além da questão da saúde, por causa de questões financeiras e brigas entre (e com) os filhos começou a se desfazer de vários bens, como a TV Cultura, entre outras empresas.
Fraco, quase sem dinheiro e sem poder, teve um fim dolorido e cruel.