Diante da dor dos outros

Diante da dor dos outros Susan Sontag




Resenhas - Diante da dor dos outros


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JAQUELINE.ARGOLO 25/02/2024

Imagens e (In)Sensibilidades?!
A autora discorre sobre as possibilidades de análises/interpretações de fotos jornalísticas, com foco nas fotografias de guerra. E como o próprio título propõe, ela analisa como nos comportamos e reagimos "Diante da dor dos outros".
Obs.: Aqui a autora analisa as imagens no formato textual, sem publicá-las na obra, no formato iconográfico. Bem sugestivo!
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Luís Gustavo 03/02/2024

Estamos menos sensíveis?
O livro é um enorme convite a pensar a fotografia jornalística e, mais do que respostas, estimula inúmeras perguntas: (1) por que algumas fotos de tragédias são expostas exaustivamente e outras não?; (2) por que fotos de soldados estadunidenses mortos não mostram rostos, enquanto de outras nacionalidades, principalmente as ?exóticas?, sim?; (3) Por que existem museus da Shoah nos EUA e não um museu da escravidão?; (4) Por que fotos de guerras são publicadas da forma que são?; (5) É válida a afirmação de que o grande número de imagens/fotografias trágicas nos torna insensíveis?

Sontag mobiliza uma série de referências para pensar essas questões, de forma direta e clara.

P. 42: ?[?] fotografar é enquadrar, e enquadrar é excluir.?
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Stephanie.Chaia 27/01/2024

Diante da dor ou ensaio sobre a fotografia
Em um livro que imaginava ter uma análise social e psicológica sobre a dor do outro, vi um outro ensaio sobre a fotografia, quase uma continuação de outro livro da autora
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cachorro chupetão 17/01/2024

Isso pq não conheceu o Twitter
O livro trata da espetacularização da violencia e consequentemente da morte. Não pude deixar de lembrar do Adorno.
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Felipe 17/11/2023

Susan Sontag faz reflexões aqui a partir da utilização das imagens de pessoas que foram mortas durante diversos conflitos ao longo da História.
Desde as primeiras guerras que foram documentadas, como a Guerra Civil Americana e a Guerra da Crimeia, até eventos mais recentes, como a Guerra da Bósnia e o conflito entre Israel-Palestina.
Ela discorre sobre como em muitos momentos as imagens foram encenadas para causar maior impacto na opinião pública, seja para que houvesse uma condenação das atrocidades cometidas, partindo de uma visão pacifista, ou municiando os discursos contra um inimigo comum, causando o efeito de apoio a massacres com o distanciamento das pessoas com relação aos sofrimentos de tais "inimigos".
Interessantes os pontos levantados em relação ao uso de uma mesma foto, tanto de um lado do conflito, quanto do outro, com troca de acusações entre as partes, usurpandando a verdadeira história dos acontecimentos.
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13marcioricardo 04/07/2023

" Fotografar é enquadrar, e enquadrar é excluir. "
Ensaio que se debruça essencialmente sobre fotografia e guerra. A autora analisa a forma como as imagens são geradas e tratadas, como chegam até às massas e demais relações. É uma obra que melhora com o decorrer das páginas.
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anna 24/05/2023

"a memória é, de forma dolorosa, a única relação que podemos ter com os mortos."

um livro muito forte, que instiga reflexões sobre o poder e o papel da arte da fotografia diante de tragédias. com certeza vou carregar ele comigo por um bom tempo.
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luizashelf 09/04/2023

Definitivamente preciso reler!
Eu não tenho muito o que falar, pois não consegui formar uma opinião concreta sobre ele. Era uma mão no livro e outra no Google pesquisando as referências citadas no texto, muitas da qual eu nunca tinha ouvido falar!
O livro em si é bem impactante e eu achei que ao finalizar ele eu ia me sentir muito mal, porém esse não é o intuito da autora (acredito eu). Mas, para obter conclusões incisivas sobre o livro, precisarei reler.
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Nica 01/03/2023

Tem que tá preparado
É uma leitura bem densa, bem pesada sobre guerras e os efeitos da guerra.
Não é grande, ainda bem, mas é bem extenuante.
Ler ele junto com "Quadros de Guerra" da Butler da um diálogo interessante.
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Clarissa 18/02/2023

Susan Sontag provoca e conduz o leitor a estar diante de si quando está diante do outro. Um livro que traz críticas importantes e nos sensibiliza ao que podemos já estar a naturalizar por aí.
Emocionada com a profundidade dessa autora.
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Mari 07/02/2023

Eu gostei
Diante da dor dos outros é um livro para refletir sobre a importância da fotografia para construção de uma narrativa, especialmente a de guerra. A fotografia não é meramente uma obra estética, ela serve também para trazer os vieses ideológicos e filosóficos do autor ou de quem ele serve. Aqui é colocado também uma lupa sobre as principais guerras que marcaram a humanidade e os propósitos por traz desse caráter belicoso do homem.
Achei que a autora não lançou um olhar compassivo sobre os palestinos e nos conflitos entre palestinos e israelenses, me pareceu nítido de qual lado ela está, faltando um pouco da imparcialidade que eu esperava já que o assunto é muito voltado para a guerra, sendo que em tempos de guerra todos os lados são perdedores.
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PAULINHO VELOSO 25/12/2022

Um outro olhar
Uma leitura gostosa, não muito fácil, que remete a reflexões importantes sobre
o ato de fotografar a partir do Fotojornalismo de guerra. É um passeio histórico, ético, jornalístico, filosófico e artístico. Uma leitura completamente diferente do que havia lido.
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JoaoVictorOF 22/11/2022

Ricos ensaios sobre a guerra, o sofrimento e a modernidade
"Fotos tendem a transformar, qualquer que seja o seu tema; e, como imagem, uma coisa pode ser bela — ou aterradora, ou intolerável, ou perfeitamente suportável — de um modo como não é na vida real."
Que livro. Coloquei na lista de leitura porque me senti atraído no momento em que li o título, muito poderoso. O tema principal é a fotografia, uma área sobre a qual nunca li, mas a abordagem faz todo o sentido. São as imagens, no mundo moderno, que atuam como testemunho da dor de quem está distante. A ubiquidade delas na sociedade atual e a forma como são veiculadas têm impacto significativo na forma como reagimos àquilo que elas denunciam: guerras, injustiças sistêmicas, problemas cotidianos que aparecem no jornal, etc.
Não consigo desenvolver mais do que isso nessa resenha. Marquei muitos trechos e preciso reler para internalizar as considerações preciosas de Sontag sobre o tema. É uma leitura que recomendo muito.
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Fabiana Dantas 19/09/2022

A fotografia sempre flertou com a morte
Por que registrar, por meio de imagens, a dor dos outros? Por que olhar para a dor dos outros e o que sentimos ao fazer isso? Não menos importante: Quem são "os outros"?
Me parece correto indicar esses questionamentos como cerne da discussão apresentada por Susan Sontag nessa obra, na qual as fotografias de guerra são o foco.
Sobre a experiência com a leitura, posso dizer que achei bem fluida, pois são ensaios curtos e o tema é instigante. Me surpreendi, a princípio, com a ausência de imagens em um livro sobre esse tema, mas provavelmente foi proposital por parte da autora (ela vai descrevendo as fotografias famosas citadas como exemplos ao longo da obra).
Destacarei os pontos que mais chamaram minha atenção entre tudo que a autora discute. O primeiro é a nem sempre óbvia noção de que fotografar não é, necessariamente, registrar a realidade, pois o fotógrafo escolhe o que é relevante para ser mostrado e isso tem um impacto considerável na produção de uma compreensão da guerra por parte de quem vê esse tipo de foto (não à toa, ao longo da história, muitas delas foram encenadas, como lembra Sontag).
No tocante à relação das pessoas com essas imagens, a autora destaca um tipo de prazer mórbido existente em olhá-las: "Desde quando as câmeras foram inventadas, em 1838, a fotografia flertou com a morte".
Outro ponto que, para mim, é muito interessante, é a relação da fotografia com a memória - especialmente seus usos na produção do que convencionou-se chamar de "memória coletiva", embora Sontag desenvolva uma crítica a essa noção. Sobre isso, ela problematiza a ideia de fotografar para recordar e faz uma afirmação provocativa: "Talvez se atribua um valor demasiado à memória, e pouco valor ao pensamento. [...] Para reconciliar-se, é necessário que a memória seja imperfeita e limitada".
Além disso, pelo que entendi, a autora defende que as imagens da guerra cumprem, sim, um papel importante, mas a imagem como denúncia é apenas um ponto de partida para a mudança social/resolução de conflitos. Isso fica claro neste trecho:
"Mostrar um inferno não significa, está claro, dizer-nos algo sobre como retirar as pessoas do inferno, como amainar as chamas do inferno. Contudo, parece constituir um bem em si mesmo reconhecer, ampliar a consciência de quanto sofrimento causado pela crueldade humana existe no mundo que partilhamos com os outros. Alguém que se sinta sempre surpreso com a existência de fatos degradantes, alguém que continue a sentir-se decepcionado (e até incrédulo) diante de provas daquilo que os seres humanos são capazes de infligir, em matéria de horrores e de crueldades a sangue-frio, contra outros seres humanos, ainda não alcançou a idade adulta em termos morais e psicológicos".
Finalmente, a conclusão se dá com a reflexão sobre a questão "nós" que observamos o sofrimento dos "outros". Vale a pena a citação:
"'Nós' - esse 'nós' é qualquer um que nunca passou por nada parecido com o que eles sofreram - não compreendemos. Nós não percebemos. Não podemos, na verdade, imaginar como é isso. Não podemos imaginar como é pavorosa, como é aterradora a guerra; e como ela se torna normal. Não podemos compreender, não podemos imaginar. É isso o que todo soldado, todo jornalista, todo socorrista e todo observador independente que passou algum tempo sob o fogo da guerra e teve a sorte de driblar a morte que abatia outros, à sua volta, sente de forma obstinada. E eles têm razão".
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