Diante da dor dos outros

Diante da dor dos outros Susan Sontag




Resenhas - Diante da dor dos outros


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13marcioricardo 04/07/2023

" Fotografar é enquadrar, e enquadrar é excluir. "
Ensaio que se debruça essencialmente sobre fotografia e guerra. A autora analisa a forma como as imagens são geradas e tratadas, como chegam até às massas e demais relações. É uma obra que melhora com o decorrer das páginas.
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Heloisa e João 01/08/2013

Diante da Dor dos Outros - a força e o sentido das imagens do sofrimento.


Em Diante da Dor dos Outros, Susan Sontag reflete sobre a variedade de interpretações e de reações perante a fotografia jornalística, mais especificamente sobre a fotografia de guerra. Analisa a utilização da fotografia pelo jornalismo como uma maneira de chocar, de chamar a atenção das pessoas.
Sontag cita várias situações de guerras ao longo dos anos em que a fotografia foi a forma principal de registro. Revela como tais fotografias foram utilizadas e em entendidas e quais conseqüências se tomaram a partir de sua divulgação.
No texto carregado de emoção (devido à sua natureza), mas de forma alguma desprovido de racionalidade, ela não nos faz questionar que lado estaria correto, mas nos afirma em que ambos os lados de todas as batalhas, existem aqueles que sofrem.
O livro explora e questiona também a motivação dos conflitos e a ausência de ética nos cenários dessas fotografias, explorando conceitos como compaixão, moral e realidade. A autora se preocupa em discutir a ideia de quê as imagens podem tanto servir como motivação para mudanças em benefício da paz como para aumentar a violência ou apatia.
O questionamento principal que Susan Sontag nos propõe é: Como reagimos diante da dor dos outros? Se as imagens do sofrimento de um desconhecido distante ainda nos chocam ou tornaram-se tão habituais que a tratamos como forma de entretenimento.
Por instinto o ser humano sente-se atraído de forma curiosa aos desastres, mortes e acidentes, e a mídia, em especial à televisão, especializou-se em passar divulgar massivamente notícias desse tipo. Durante todo o dia somos bombardeados com notícias e imagens que fariam qualquer um ficar horrorizado, mas como estamos acostumados a vê-las, elas acabam se tornando rotina.
No geral o livro apresenta mais perguntas que respostas, e é esse seu objetivo, nos fazer refletir, botar à prova a nossa consciência. É essencialmente sobre guerras de que não participamos, mas tomamos conhecimento graças à divulgação de suas imagens pelos meios de comunicação.


site: http://isacramos.listal.com/reviews/books
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Fabiana Dantas 19/09/2022

A fotografia sempre flertou com a morte
Por que registrar, por meio de imagens, a dor dos outros? Por que olhar para a dor dos outros e o que sentimos ao fazer isso? Não menos importante: Quem são "os outros"?
Me parece correto indicar esses questionamentos como cerne da discussão apresentada por Susan Sontag nessa obra, na qual as fotografias de guerra são o foco.
Sobre a experiência com a leitura, posso dizer que achei bem fluida, pois são ensaios curtos e o tema é instigante. Me surpreendi, a princípio, com a ausência de imagens em um livro sobre esse tema, mas provavelmente foi proposital por parte da autora (ela vai descrevendo as fotografias famosas citadas como exemplos ao longo da obra).
Destacarei os pontos que mais chamaram minha atenção entre tudo que a autora discute. O primeiro é a nem sempre óbvia noção de que fotografar não é, necessariamente, registrar a realidade, pois o fotógrafo escolhe o que é relevante para ser mostrado e isso tem um impacto considerável na produção de uma compreensão da guerra por parte de quem vê esse tipo de foto (não à toa, ao longo da história, muitas delas foram encenadas, como lembra Sontag).
No tocante à relação das pessoas com essas imagens, a autora destaca um tipo de prazer mórbido existente em olhá-las: "Desde quando as câmeras foram inventadas, em 1838, a fotografia flertou com a morte".
Outro ponto que, para mim, é muito interessante, é a relação da fotografia com a memória - especialmente seus usos na produção do que convencionou-se chamar de "memória coletiva", embora Sontag desenvolva uma crítica a essa noção. Sobre isso, ela problematiza a ideia de fotografar para recordar e faz uma afirmação provocativa: "Talvez se atribua um valor demasiado à memória, e pouco valor ao pensamento. [...] Para reconciliar-se, é necessário que a memória seja imperfeita e limitada".
Além disso, pelo que entendi, a autora defende que as imagens da guerra cumprem, sim, um papel importante, mas a imagem como denúncia é apenas um ponto de partida para a mudança social/resolução de conflitos. Isso fica claro neste trecho:
"Mostrar um inferno não significa, está claro, dizer-nos algo sobre como retirar as pessoas do inferno, como amainar as chamas do inferno. Contudo, parece constituir um bem em si mesmo reconhecer, ampliar a consciência de quanto sofrimento causado pela crueldade humana existe no mundo que partilhamos com os outros. Alguém que se sinta sempre surpreso com a existência de fatos degradantes, alguém que continue a sentir-se decepcionado (e até incrédulo) diante de provas daquilo que os seres humanos são capazes de infligir, em matéria de horrores e de crueldades a sangue-frio, contra outros seres humanos, ainda não alcançou a idade adulta em termos morais e psicológicos".
Finalmente, a conclusão se dá com a reflexão sobre a questão "nós" que observamos o sofrimento dos "outros". Vale a pena a citação:
"'Nós' - esse 'nós' é qualquer um que nunca passou por nada parecido com o que eles sofreram - não compreendemos. Nós não percebemos. Não podemos, na verdade, imaginar como é isso. Não podemos imaginar como é pavorosa, como é aterradora a guerra; e como ela se torna normal. Não podemos compreender, não podemos imaginar. É isso o que todo soldado, todo jornalista, todo socorrista e todo observador independente que passou algum tempo sob o fogo da guerra e teve a sorte de driblar a morte que abatia outros, à sua volta, sente de forma obstinada. E eles têm razão".
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Karine 06/11/2021

Esse livro não é bem o que eu esperava, mesmo assim achei muito bom. Eu estava querendo ler algo sobre a atração dos seres humanos pelo sofrimento alheio, como nós consumimos violência, histórias de crimes, filmes, livros, imagens, etc... E a autora até fala bastante sobre isso, mas o foco aqui são as fotografias de guerra. Ela traz muitas reflexões a respeito da cobertura jornalística das guerras, como foi sua evolução ao longo do tempo, como reagimos a essas imagens. Uma delas é sobre como nossa repulsa ou indignação diante de imagens de atrocidades de guerra depende de quem são as vítimas – se eles são dos “nossos”, não apenas em termos de características físicas, culturais (europeus, por exemplo), mas também se eles estão do lado que consideramos “certo” no conflito. Isso também se reflete de certa forma no que os noticiários decidem mostrar, uma vez que não a mídia não dedica a mesma atenção a todas as guerras em curso.

Inicialmente as fotos de guerra tiveram a missão de mostrar a guerra de forma positiva, e portanto não mostravam nada da brutalidade das batalhas. Depois começaram a ser mais realistas, porém frequentemente o cenário era modificado, ou até mesmo eram encenadas. “O estranho não é que tantas célebres fotos jornalísticas do passado, entre elas algumas das mais lembradas fotos da Segunda Guerra, tenham sido, ao que tudo indica, encenadas. O estranho é que nos surpreenda saber que foram encenadas e que isso sempre nos cause frustração.” Só após a Guerra do Vietnã é que passou a ser quase certo que as fotos mais afamadas não poderiam ter sido encenadas.

É apenas na segunda metade do livro que ela reflete mais profundamente sobre o que significa olhar fotos de crueldades. “A maioria das imagens de corpos torturados e mutilados suscita, na verdade, um interesse lascivo. (...) Todas as imagens que exibem a violação de um corpo atraente são, em certa medida, pornográficas. Mas imagens do repugnante também podem seduzir. Todos sabem que não é a mera curiosidade que faz o trânsito de uma estrada ficar mais lento na passagem pelo local onde houve um acidente horrível. Para muitos, é também o desejo de ver algo horripilante.”

Achei essa parte um pouco mais confusa. Ao mesmo tempo em que fala sobre esse desejo de ver essas imagens, que constitui uma permanente fonte de tormento interior, também depois diz que a sensibilidade moderna vê o sofrimento alheio como um erro a ser corrigido (ao contrário da visão religiosa do passado, que associa sofrimento a sacrifício e exaltação), e que se algumas vezes mudamos de canal ao assistirmos notícias de guerra não é porque estamos indiferentes, mas porque temos medo. Ela critica a visão (a qual já defendeu no passado) de que estamos ficando insensíveis às imagens violentas por sermos bombardeados por uma quantidade enorme delas todos os dias. Para ela, são poucos os privilegiados que apenas assistem às notícias de guerra de um distanciamento seguro, das poltronas das suas casas, sem nunca ter sentido na pele algo a respeito da guerra, da injustiça em massa e do terror.

Esses são apenas alguns pontos interessantes dentre outros tantos. Acho que daí já se percebe que o livro traz muitas reflexões importantes sobre o tema. Pensei inicialmente que ela deveria ter colocado no livro as muitas fotos a que faz referência apenas descrevendo-as... Porém, pensando melhor, se o livro em muitos momentos traz essa reflexão de por que temos um misto de atração e repulsa por essas fotos, talvez não faça sentido colocá-las, a falta que sentimos delas só confirma essa atração. Mas, confesso, recorri ao Google para ver quando a curiosidade foi maior.
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Naty 22/07/2022

O livro é uma exposição sobre violência e modernidade, retrata o que há de pior na humanidade e ainda mostra como costumamos nos vangloriar disso. Além disso, trás um ponto de vista das guerras com o qual não estamos acostumados: uma reflexão sobre a construção fotográfica e a cobertura jornalística que elas tiveram. Tudo isso muito bem embasado com referências imagéticas e outras obras de estudiosos do tema. Livro maravilhoso e muito rico em conteúdo.
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Lucas 22/03/2021

O poder das imagens
Susan Sontag, no ensaio, “Diante da Dor dos Outros”, discorre sobre a função, o poder e os impactos que as imagens e fotografias têm sobre a sociedade no mundo pós-guerra (não há uma única imagem sequer no livro). Com o foco principal na relação entre a fotografia e a representação dos maiores conflitos de guerra, Sontag descreve a inépcia do ser humano em se alimentar de imagens horrendas sem refletir criticamente o que está vendo. Sontag também traça os propósitos que essas tais fotografias de clara representação de calamidade e sofrimento têm ao serem expostas em jornais e tevês (muitas vezes precedidas de uma imagem "feliz" de publicidade). Vários pontos são discutidos no ensaio, principalmente em elucidar ao leitor o quanto facilmente está suscetível a ser enganado nas capturas momentâneas do mundo moderno.

"Diante da Dor dos Outros", publicado em 2003, se origina como um complemento do seu livro, "Sobre Fotografia", lançado no final da década de 1970. Quase três décadas seguintes, Sontag ainda acompanha o bombardeio constante das imagens na mídia, principalmete após o 11/09/01.

Me pergunto como seria se Sontag estivesse viva atualmente e percebesse quanto mais o ser humano está exposto a todo momento de fotografias na “timeline” do celular. Facebook e Instagram ofuscaram o uso de televisões, porém, acredito que não foram úteis em formar um “viewer” consciente do poder que as imagens representam.
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Katia.Carvalho 02/02/2022

Uma imagem vale mil palavras...
Reflexão sobre como fotos sobre guerra podem impactar e influenciar uma sociedade e a formação da identidade de diferentes povos e culturas.
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cachorro chupetão 17/01/2024

Isso pq não conheceu o Twitter
O livro trata da espetacularização da violencia e consequentemente da morte. Não pude deixar de lembrar do Adorno.
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Mateus 29/03/2021

como os olhos que enxergam o mundo.
ricamente referenciada, com fundamentação histórica excelente e uma escrita fluída - mas não menos profunda -, a autora é capaz de transmitir profundas reflexões sobre como nos comportamos, como as imagens no afetam e diversos outros pontos. um livro fundamental para os apreciadores de temáticas de guerra, de fotografia ou propaganda e de todos que buscam adquirir ou aprimorar uma capacidade de reflexão crítica.
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Toni 03/11/2020

Diante da dor dos outros [2003]
Susan Sontag (EUA, 1933-2004)
Cia. das Letras, 2003, 112p. 📖

É muito difícil escrever sobre o significado deste livro quando o extermínio da juventude preta brasileira ganha novos nomes a cada dia. A vítima hoje foi Rodrigo Cerqueira, 19 anos, morto pela PM enquanto trabalhava no bairro da Providência, zona central do Rio. A comoção por mais essa perda irreparável, no entanto, já aparece “desgastada” na mesa de jantar e nas redes, sobretudo após a revolta despertada pelo assassinato de João Pedro Mattos, 14 anos, na última segunda. De acordo com dados do Mapa da Violência, 1 jovem preto é assassinado a cada 23 minutos neste país: Rodrigo, João Pedro, Ketellen, Ágatha, Kauê, Marcos Vinícios, Kauã, Kauan e Jenifer são os nomes que conseguiram furar a bolha e chegar até nós. Há muitos outros, diariamente. 📖

É esse “desgaste” da imagerie da violência que Susan Sontag aborda em Diante da dor dos outros. Em que medida o excesso de estímulo e informações de nossa sociedade, o excesso de imagens de guerra e violência nos dessensibilizam? Como é possível ver, genuinamente, a dor do outro sem enquadrá-la em índices de diferença (classe, cor, gênero, nacionalidade) que tornam essa dor “página virada” no momento mesmo em que aparecem pra nós? De que maneira podemos combater essa deficiência moral de sermos apenas espectadores desinteressados em um mundo que produz as cenas de Abu Ghraib, de Guantánamo, de Ruanda, do baile funk invadido pela PM em Paraisópolis? 📖

Para Sontag, as imagens nos perseguem, ferem fundo, elas dizem “é isto o que seres humanos são capazes de fazer e ainda por cima voluntariamente, com entusiasmo, fazendo-se passar por virtuosos”. No universo inesgotável de coisas que precisamos cuidar para não perdermos contato com nossa humanidade, perceber e não ignorar a dor do outro é o grande imperativo de nosso tempo. Afinal (já citei este trecho mais de uma vez e ainda o repito), “ninguém, após certa idade, tem direito a esse tipo de inocência, de superficialidade, a esse grau de ignorância ou amnésia”. Ou seja, “se podes olhar, vê. Se poder ver, repara” — e age.
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Maria.Laura 15/06/2021

Sobre o excesso de imagens de dor
Recebi a indicação desse livro no início da pandemia porém não conseguia encontra-lo por um preço acessível em nenhum lugar, recentemente, andando por uma livraria acabei o encontrando e que boa surpresa foi ler esse livro.

Diante da dor dos outros não é um livro fácil de digerir, assim como não é fácil digerir o bombardeio de imagens pesadas. Susan Sontag, no livro, introduz o tema a partir de uma reflexão de Virginia Woolf, que acreditava que as imagens, por mais chocantes que sejam, tem pesos diferentes para cada pessoa. A partir disso, toda a história da fotografia de guerra é recontada até os dias atuais refletindo sempre sobre o o efeito do bombardeio de imagens de dor e sofrimento para uma pessoa.
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Mara 22/08/2021

Interessante
O título me enganou, pois achei que seria um livro sobre empatia (não deixa de ser, mas com outro foco).
Achei que faltou colocar as imagens mencionadas no texto, algumas ao menos. Enquanto lia ia pesquisando as imagens na internet.
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Felipe 17/11/2023

Susan Sontag faz reflexões aqui a partir da utilização das imagens de pessoas que foram mortas durante diversos conflitos ao longo da História.
Desde as primeiras guerras que foram documentadas, como a Guerra Civil Americana e a Guerra da Crimeia, até eventos mais recentes, como a Guerra da Bósnia e o conflito entre Israel-Palestina.
Ela discorre sobre como em muitos momentos as imagens foram encenadas para causar maior impacto na opinião pública, seja para que houvesse uma condenação das atrocidades cometidas, partindo de uma visão pacifista, ou municiando os discursos contra um inimigo comum, causando o efeito de apoio a massacres com o distanciamento das pessoas com relação aos sofrimentos de tais "inimigos".
Interessantes os pontos levantados em relação ao uso de uma mesma foto, tanto de um lado do conflito, quanto do outro, com troca de acusações entre as partes, usurpandando a verdadeira história dos acontecimentos.
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Nytta 11/05/2021

Como nos portamos diante da representação da violência?
Este não foi meu primeiro contato com a autora. Lembro vagamente de ter, pelo menos tentado, ler "Sobre Fotografia" quando eu estava na faculdade e alguns anos depois, assisti um documentário biográfico dela, durante a semana do Festival de Cinema Judaico, na cidade de Sp.

Confesso que nunca me senti com vontade de tomar a iniciativa de ler a obra dela. Tenho noção que ela é um nome importante, pelo menos na área de comunicação. "Diante da dor dos outros" foi lido por mim, no contexto de uma leitura complementar para a realização de um seminário intitulado "Comunicação para a Paz e estratégias narrativas: a pedagogia do horror (ou da dor), imagens de futuro e memória educadora".

Susan Sontag propõe várias reflexões a respeito do papel do foto-jornalista/Fotografo e das fotografias de guerra, entorno da resposta dada pela escritora Virginia Woolf sobre a questão "Na sua opinião, como podemos evitar a guerra?".

Fotografias de corpos mortos, vitimas de guerra, podem ser uma maneira de nos conscientizar de quão horrível a guerra é? Ou essas imagens estão banalizadas? É mais fácil ver imagens de pessoas mortas de países distantes do nosso, ou de pessoas conterrâneas? Qual nos trás mais revolta? Como essas imagens podem ser usadas para perpetuar narrativas, para se manter a guerra? E com relação ao "embelezamento da pobreza" registrada pelas imagens de Sebastião Salgado, por exemplo? Situações de vulnerabilidade devem ser representados de modo artístico ou de modo cru?

É um pequeno livro que nos propõe reflexões de como nos portar "diante da dor dos outros", representadas por fotografias.
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Carla Verçoza 01/08/2021

"A compreensão da guerra entre pessoas que não vivenciaram uma guerra é, agora, sobretudo um produto do impacto dessas imagens."
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Nesse ótimo ensaio, Sontag reflete sobre o uso da fotografia para representar momentos de dor, sofrimento e morte. O respeito às pessoas que tiveram imagens capturadas, o efeito (ou amortecimento dele em sua exibição demasiada) nas pessoas que veem a fotografia, a importância para a empatia, dentre outros questionamentos.
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"De fato, há muitos usos para as inúmeras oportunidades oferecidas pela vida moderna de ver— à distância, por meio da fotografia— a dor de outras pessoas. Fotos de uma atrocidade podem suscitar reações opostas. Um apelo em favor da paz. Um clamor de vingança. Ou apenas a atordoada consciência, continuamente reabastecida por informações fotográficas, de que coisas terríveis acontecem."
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"Os sofrimentos mais comumente considerados dignos de ser representados são aqueles tidos como frutos da ira, divina ou humana. (O sofrimento decorrente de causas naturais, como enfermidades ou parto, é escassamente representado na história da arte; o sofrimento causado por acidente quase não é representado— como se não existisse sofrimento causado por descuido ou por má sorte.)"
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