Servidão humana

Servidão humana W. Somerset Maugham




Resenhas - Servidão Humana


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Paulo 03/09/2012

Comentários
Terminei de ler semana passada este volumoso e maravilhoso romance de Somerset Maugham. Com elementos autobiográficos, mas bastante imaginação, Servidão Humana é um típico romance de formação, lançado em 1915 com o título original de Of Human Bondage.

Em minhas resenhas, costumo procurar definir quem deverá gostar do livro, ou para quem ele se dirige prioritariamente. São indicações direcionadas.

A quem dirijo Servidão Humana? A todos. Se você é um ser humano que sabe ler, você deve fazer isso o quanto antes. No site Estante Virtual você encontra o livro usado bem baratinho. Não invente desculpa!

Minha enfática indicação se deve à brilhante revelação psicológica que Maugham desenvolve sobre seus personagens. Em poucas linhas ele consegue captar aquele momento de fragilidade, aquela culpa, aquela soberba, aquela esperança. Página após página, vamos aprendendo um pouco mais sobre nossa vida e sobre as pessoas.

Além disso, quase como um “best-seller” moderno de aventura ou mistério, ele nos mantém curiosos para a própria peripécia. Mas o suspense está nas pequenas ações, nas mínimas traições, nos erros e suas consequências, nas descobertas e suas alegrias. E nos personagens! É impossível deixar de amar ou detestar cada um deles, por suas paixões e contradições.

Para mim, uma grande experiência de leitura, que pretendo refazer no futuro. E um imenso aprendizado.

Também no meu blog:
http://beneficio-da-duvida.blogspot.com.br/2012/09/sobre-servidao-humana.html
IVAIR 28/06/2013minha estante
òtimo comentário. Parabéns. Servidão Humana li quando tinha 15 anos. Reli com 25, li novamente aos 30 e poucos anos. Somerseth enxerga a alma humana de uma forma completamente "cheia"... ou "vazia' ... è um dos meus livros preferidos...


Sabrina 09/06/2015minha estante
Ótima resenha. Parabéns. Irei visitar seu blog para ler mais. Ah, e essa ideia de indicações é muito boa.


Walter 27/08/2020minha estante
Excelente resenha




Bia 04/02/2022

Que homem besta
Pensava eu que seria um livro para tratar de um jovem que passa a vida toda tentando se encaixar a normalidade por causa do sua deformidade no pé e se trata justamente do contrário. O livro fala de um jovem que percebe que todos nós levamos consigo um defeito de um dos lados da face e que nos incomoda e nos faz sofrer.

É um livro sobre não se encaixar na sociedade, é sobre abandono e sobre o sentido da vida. Uma biografia que não empolga, mas que faz pensar que presente estamos sacrificando pelo nosso futuro que supostamente será mais feliz
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Jão Pestana 15/10/2010

e num diálogo sobre ler...
Maugham consegue descrever a sensação do objetivo almejado pelo leitor em ler obras grandiosas como a dele e de vários outros autores clássicos.

"- Então por que lês?
Um pouco por prazer, porque é um hábito e eu me sinto tão inquieto quando não leio como quando não fumo; e outro pouco para me conhecer.Quando leio um livro, tenho a impressão de que faço apenas com os olhos, mas às vezes encontro uma passagem, talvez uma única frase que tem sentido para mim, e que se torna parte de mim mesmo. Tirei do livro tudo quanto me era útil e nada mais poderei extrair dêle, ainda que torne a lê-lo uma dúzia de vêzes."
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Renan 09/05/2010

A resposta para "qual o sentido da vida?".
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Alan R 04/09/2015

Indispensável
Servidão Humana é um dos melhores livros escritos, na minha opinião. Tenho muito carinho por esse livro que encontrei acidentalmente em um sebo, e que me comoveu profundamente. É um romance, é uma autobiografia, é uma lição psico-filosófica sobre a vida.

"Philip lembrou-se da fábula do rei oriental que, desejando conhecer a história do homem, recebeu de um sábio quinhentos volumes; atarefado com os assuntos do governo, solicitou-lhe que os condensasse. Dentro de vinte anos o sábio voltou e a sua história agora não tinha mais que cinqüenta volumes, mas o rei, demasiado velho então para ler tantos e tão maçudos tomos, rogou-lhe abreviasse uma vez mais a história. Tornaram a passar-se vinte anos mais e o sábio, velho e encanecido, trouxe um único livro no qual se continha a ciência que o rei procurava. Mas o rei jazia no seu leito de morte e não lhe sobraria tempo para ler nem aquele volume. O sábio, então, narrou-lhe a história do homem numa simples linha. Era esta: nasceu, sofreu e morreu. A vida não tem nenhum sentido. E, vivendo, o homem não cumpre finalidade alguma. É indiferente que ele nasça ou não nasça, viva ou deixe de viver. A vida é insignificante e a morte, sem conseqüência."
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Fabio Shiva 25/04/2011

Um livro maravilhosamente bem escrito!
Um clássico em todos os sentidos!

Em uma lista de 1998, “Servidão Humana” ficou como o número 66 entre os 100 melhores romances de língua inglesa do século XX. Fiquei muito surpreso, pois não imaginava que existam 65 livros ainda mais bem escritos que esse só no último século!

Philip Carey é um personagem apaixonante, riquíssimo! O autor mergulhou em sua própria biografia para construí-lo, ou melhor, para gerá-lo de carne e sangue de verdade. Quem nunca amou como Philip? Quem não sofreu como ele?

A leitura é envolvente, contagiante. O livro torna-se um companheiro querido, e é com tristeza que chegamos ao fim de suas tantas páginas.

Um livraço!!!

(25.04.11)




Comunidade Resenhas Literárias

Aproveito para convidar todos a conhecerem a comunidade Resenhas Literárias no Orkut, um espaço agradável para troca de ideias e experiências sobre livros:
.
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=36063717
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Abduzindolivros 29/05/2021

Encantador
Nesse romance de formação, acompanhei a história de Philip através da infância, adolescência e idade adulta. Estou impressionada com o quanto me identifiquei com vários momentos da vida do Philip, e como minhas experiências me levaram às mesmas conclusões que ele ia chegando...

Indico demais, é uma história incrível, para ser apreciada como a uma pintura ???
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Heidi Gisele Borges 17/10/2020

Adoro os clássicos e ano passado terminei a leitura de mais um grande título: Servidão Humana, de William Somerset Maugham (1874-1965), e fui procurar um pouco mais sobre o autor.

A história é um tanto autobiográfica. Maugham passou diversas provações e provocações por conta de alguns problemas. Sua gagueira era algo que o afetava por demais.

Vemos em Servidão Humana Philip Carey passar por muitos desafios por conta de seu pé torto, que o fazia mancar. Esse é um Bildungsroman, ou seja, um romance de formação, em que acompanhamos desde o nascimento do personagem todo o seu desenvolvimento, sua evolução como pessoa.

Muitas vezes senti tudo o que Philip sentia. Mas também me revoltei por suas escolhas.

Ele se apaixona pela garçonete Mildred, uma mulher fria, arrogante que o humilha de todas as formas. Mas sempre precisa dele.

Philip é um rapaz tímido, que se esconde atrás de seu problema, não tem senso de humor e é triste.

Quando pequeno ficou órfão e foi morar no vicariato com os tios, que não tiveram filhos. A tia até tentava ser carinhosa, mas não tinha muito tato com a criança. O tio era frio, distante.

Algumas partes senti raiva pelos pensamentos de Philip. Ele se deixou endividar por querer cuidar da irresponsável e cruel Mildred e depois pediu que seu tio o ajudasse, como este declinasse, passou a desejar sua morte para receber sua herança e poder terminar a faculdade medicina.

É um romance tão intenso, tão triste. Acompanhar a vida toda de um personagem, perceber com ele sua insignificância, mas, ao mesmo tempo, descobrir que há pessoas que gostam dele. E ele acha estranho quando querem ajudá-lo, por que motivo alguém se compraz de sua dor? Depois de tanto tempo sofrendo, se diminuindo e sendo diminuído, ele não espera nada de ninguém.

A frase de Maugham resume bem esse romance:

"É cruel descobrir sua mediocridade quando já é tarde demais." Algumas frases se encaixam em nossas vidas. De forma irônica.

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Ríchila 03/01/2012

Escreva o que achou do livro / o que aprendeu com ele: aprendi a me libertar mais ainda da religião.
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Vanderley 09/09/2012

Muito bom
Na superfície, uma história de amor não correspondido, que perdura por anos. Fala, porém, da construção da felicidade na vida cotidiana, fala das pequenas coisas, do sentido da vida. É uma obra extensa, mas isto não assusta quem gosta de ler! Ao contrário. Recomendo fortemente.
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Tina 25/01/2010

Esse livro me deixou digamos, preocupada. Como sem perceber, as pessoas não conseguem se livrar do sentimento de servidão em relação a outra. Muito interessante. Amo esse autor.
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Fabiana.Amorim 04/02/2019

Amor e ódio
A simpatia pelo órfão Philip Carey vem de imediato. Desde pequeno, um leitor e amante das artes. Buscava na leitura uma distração para o espírito , como a maioria de todas as gentes. A existência... Qual o seu sentido? Muitas vezes a gente se pergunta. Philip se perguntava sem compreender a trama ingrata da vida. Nascer, viver e morrer. No meio dessa jornada muita dor, mágoa, sofrimento, humilhação e o amor que todos necessitam.
.
Aceitar que não há sentido em tudo isto é se reconciliar com a existência, segundo o personagem. A vida, apesar dos seus entraves, é bela. A nossa história é uma obra de arte tecida fio a fio entre risos e lágrimas. Ao fim, quem sabe, poderemos admirá-la como se não tivéssemos sofrido(ou não vivido)... Digo melhor... Poderíamos admirá-la como sobreviventes. .
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Eu senti muita raiva de Philip e o seu amor escravo pela pérfida e vulgar Mildred. A que ponto de degradação se pode chegar um ser humano por amor? A um ponto terrível. Humilhante, absurdo. Quisera que nenhum de nós passássemos por isto. Mas isto significaria que não teríamos vivido ou amado. Nem todos possuem a sorte de um amor tranquilo. De uma vida serena sem percalços. Mas para aqueles que creem, o dia chegará. Amém? .
Mas Philip, que visitou os porões mais baixos da servidão humana, era um ser humano admirável.
Justo e bom sem nunca perder a fé em si mesmo e no amanhã.
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Muitas vezes , espíritos mais suscetíveis se perdem pelo caminho. Mas ele não. Ele nunca. Duvidar sim, render-se não se aplica aos vencedores. Viver é um desafio.
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Livro incrível. Essencial para quem não teme calhamaço de 600 páginas. Nota 5/5
#2/2019
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Adriana 09/08/2011

“Servidão Humana” conta a história de Philip Carey, jovem que, ainda criança, se vê órfão (sendo então criado pelos tios) e portador de uma deficiência física que constantemente lhe faz sentir desajustado perante as outras pessoas.

É bem interessante e divertida a forma irônica como é descrita a vida dos tios de Philip em sua infância, em meio a picuinhas vulgares de cidade pequena, rixas entre diferentes templos religiosos e outros tipos de hipocrisias; é uma ironia sutil (e talvez, por isso mesmo, melhor ainda) que não se faz evidente de forma imperiosa, mas sim que se divisa aos poucos através da própria narrativa.

Vamos acompanhando então a vida de Philip, que cresce se sentindo constantemente desajustado e encabulado com relação a sua deficiência física (que o torna manco). É interessante acompanhar o modo como a personalidade de Philip é moldada conforme ele cresce, e como é através de suas experiências (traumáticas ou não) que ele cria mecanismos de defesa contra as pessoas.

A servidão humana de que fala o livro, a meu ver, é aquela auto imposta, ou seja, da qual talvez se torna ainda mais difícil escapar uma vez que somos nós mesmos que nos permitimos (e, às vezes, incentivamos) o cativeiro. Apesar da figura de Mildred surgir como o agente das humilhações que Philip sofre, minha impressão é que não era ela que as impunha e sim ele que lhe permitia – e às vezes parecia mesmo desejar – todo o tipo de rebaixamento, o próprio fato de ela muitas vezes lhe causar repulsa, e não ter quase nenhuma coisa em comum com ele serve para demonstrar isso. A pior servidão é então aquela em que nós mesmos nos permitimos ser vítimas.

No entanto “Servidão Humana” excede em muito apenas a história da paixão não correspondida de Philip por Mildred (estaria o título relacionado à própria história de vida de Philip como um todo e não apenas ao seu caso amoroso?). É fascinante acompanhar a trajetória de vida de Philip Carey, seu crescimento, amadurecimento e suas experiências, seus ganhos e perdas.




“Adquirira um aspecto calmo e alheio e, as mais das vezes, uma máscara impassível, de maneira que já não podia mostrar os seus sentimentos. Diziam-no despido de emoções, mas ele sabia que estava à mercê delas: uma bondade inesperada comovia-o tanto que, às vezes, não se aventurava a falar, para que não lhe notassem a insegurança da voz”.

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Tânia Souza 17/06/2011

A servidão humana nos oferece inquietação, abismo e asas.

Vivenciamos sentimentos tão complexos com a saga dos personagens que este é um livro para ser lido, relido e sempre seremos diferentes perante ele.


Mais do que recomendado!
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L F Menezes 15/05/2012

A vida é um tapete
"O curso da vida (...) é um rio que nasce de nenhuma fonte de morre em lugar algum". Uma das frases mais marcantes deixam o leitor acreditando que esse livro longo trataria de uma daquelas obras depressivas e que trazem como ideal que a vida é fútil e todos estamos aqui para sofrer. Mas Maugham traz à tona seu verdadeiro propósito é no final.
Apesar de ser um livro extenso e um pouco cansativo graças às partes tristes da trama e pela história realista (nada de "Oh, Meu Deus! Que criatividade!"), o autor consegue prender nossa atenção com suas filosofias e sua escrita genial.
Alguns acham que o título provém da relação um tanto quanto estranha de Philip e Mildred, outros, da vida de Philip; porém, vemos que o título vem na verdade da vida em si: muitos se deixam influenciar pelos outros, não buscam seus sonhos, não veem que a felicidade está ao alcance de todos, e não percebem que a vida é média (nem pequena a ponto de sair fazendo tudo o que você quiser e nem longa a ponto de você esperar anos pra ser feliz) e deixam de aproveitá-la da maneira certa.
Com frases interessantes, descrições críticas (todos os personagens são apresentados inteiramente) e personagens muito bem elaborados, como Mildred, Hayward e Thorpe, o livro é uma escola da vida, na qual aprendemos a cada linha lida.
A história em si não é de toda genial, uma vez que ela é quase autobiográfica, mas nos faz presenciar como Philip, desde seus nove anos, cresce, se forma como ser humano e acaba encontrando sua felicidade e realizando seu sonho.
O bom do livro são as conclusões de Philip ao decorrer de sua vida, como a de que a vida é um tapete persa em que o desenho complexo é feito de várias linhas (incidentes) insignificantes para, no fim, mostrar uma beleza.
Ou será que o tapete simples, sem muita complexidade, é que é o belo?
Realmente, que mal tem o velho ditado: O homem nasce,cresce, reproduz e morre?
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