A Filha da Minha Mãe e Eu

A Filha da Minha Mãe e Eu Maria Fernanda Guerreiro




Resenhas - A Filha da Minha Mãe e Eu


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Leitora Viciada 09/09/2012

Quando vi o título do livro e a capa e li a sinopse pensei: "Vou chorar muito com esse livro até perder a respiração, por sentir saudades da minha mãe, falecida há quase treze anos." Só de imaginar um livro com o foco principal sendo o relacionamento entre mãe e filha, por mais diferente que seja de como era a relação com minha mãe, eu sabia que iria me emocionar.
A Novo Conceito está de parabéns pela publicação, como sempre trazendo um livro de qualidade editorial excelente, desde a parte gráfica até à revisão e diagramação.

Apesar de o tema central ser o relacionamento de Mariana, a filha e Helena, a mãe, toda a família está diretamente envolvida e influenciando o rumo da história. É o tipo de livro onde as personagens são imperfeitas e os acontecimentos são reais, por isso, causa rápida e fácil ligação com o leitor.
Uma família enfrentando conflitos do cotidiano que trazem altos e baixos aos integrantes. Ás vezes os problemas os afastam; em outros momentos, os unem.

A narrativa é em primeira pessoa, contada pela filha e o ponto de partida é a descoberta da gravidez. Ela reflete sobre questões não resolvidas sobre seu passado com sua mãe, e principalmente consigo mesma. Percebe naquele momento que resolver essas pendências sentimentais e psicológicas é a prioridade em sua vida. Como ser mãe se ainda não compreende o relacionamento com a sua própria?
Como ser uma boa mãe se não tem certeza se é uma boa filha? Mariana não quer repetir os mesmos erros que sua mãe cometeu com ela; ao mesmo tempo, analisa e assume que grande parte desses problemas foram direta ou indiretamente gerados ou ampliados por si própria e as armadilhas da vida.
Então ela nos apresenta sua família, suas origens, sua infância e adolescência. Se concentra em sua mãe, claro, mas nos detalha também seu pai e seu irmão.
A narrativa é muito dinâmica e nada rebuscada, porém é elegante. O livro é recheado por muitos diálogos e eu achei essa abordagem perfeita para o caso.

Não gostei da forma como ela narra fatos em que não esteve presente. É lógico que foram relatos que contaram a ela, por isso acho que a forma como ela nos conta deveria ser diferente. O modo como ela narra o passado dos pais e acontecimentos não vivenciados por ela soa como se ela estivesse estado lá e destoou do restante da narrativa. Um exemplo disso é a reprodução total e detalhada de diálogos. Ela não presenciou o ocorrido, então deveria ter contado de forma mais superficial.
Por um momento pensei se o livro teria ficado mais interessante se a narrativa se alternasse entre mãe e filha, ou apenas pela mãe, porém me enganei. No decorrer da leitura descobri que a autora escolheu perfeitamente a filha como narradora. Ficou impecável, nesse fator.

Os conflitos emocionam, mas não o suficiente para marcar ou fazer chorar. No entanto, diversas partes me fizeram parar e refletir o relacionamento entre pais e filhos. Muitas vezes percebi estar divagando sobre como era minha vida com os meus pais, ou como eu via primos com tios, ou meus pais com meus avós, ou até mesmo amigos com seus pais.

No caso da Mariana e sua família, a competição entre ela e seu irmão pela atenção e carinho dos pais é notável, assim como a união e cumplicidade existente entre os dois. Uma disparidade, não? Outra ponta principal é a competição entre mãe e filha, mas pelo amor do pai. Mariana é mais próxima do pai, com quem possui muito mais amizade e isso deixa Helena frustrada.
E o principal do livro: Mariana não compreende que não adianta tentar assumir o papel de mãe e querer cuidar de tudo e todos e se mostrar autossuficiente, seja emocionalmente ou nas decisões em sua vida - acaba errando e deixando de pedir ajuda em momentos difíceis. Ela não compreende que precisa da mãe, além do pai, mesmo não existindo o mesmo tipo de demonstração de carinho e companheirismo entre elas.
Por outro lado, vemos a todo o momento a versão da mãe através de suas atitudes e história de vida, e embora Mariana seja a narradora de tudo, ela não percebe a visão e sentimentos de Helena! Essa é a grande questão: Mariana nos conta tudo, e nós, de fora, percebemos seus erros e falhas e ela, mesmo desabafando, demora a perceber coisas essenciais.
Mesmo sua mãe sendo uma pessoa difícil de ser compreendida, Mariana se acha tão mais simples, no entanto, é um reflexo da própria mãe.

A autora aborda temas atuais como drogas, aborto, homossexualismo, sexo, dentre outras coisas que não posso mencionar para não estragar a leitura. Tudo de forma bastante natural e liberal, e ao mesmo tempo de forma suave e branda, transformando a leitura em boas reflexões para os jovens.

Certamente o destaque do livro não é Mariana. É sua mãe, Helena. Complexa, imprevisível e forte. Uma personagem poderosa que foi bem explorada. Mariana é interessante, mas perde sua luz com uma mãe tão cheia de personalidade. Seu irmão sofre enormes mudanças e choques e traz conflitos importantes para toda a família e essenciais para o livro. Já o pai, sendo tão bondoso, amigo e correto acaba se perdendo entre as outras personagens e sua falta de atitude me irritou por diversas vezes, um homem aparentemente fraco que foge dos conflitos e discussões. Até vê-lo finalmente ter pulso firme e "sair de cima do muro" eu o achava entediante.

Sobre o desenrolar da história, eu achava que o rumo estava sendo muito previsível e sem inovação alguma, mesmo as páginas estando lotadas de conflitos familiares e psicológicos.
Até que, num certo momento, a autora introduz personagens secundárias, modifica o rumo dos fatos e traz emoção e ação de forma especial. A história esquenta e cada vez mais as descobertas de Mariana (quase todas já percebidas pelo leitor) cativam de forma perturbadora - muito diferente do início morno.
O livro poderia ter um início melhor, mas com o andamento da leitura não me arrependi em lê-lo e me deixei mergulhar na história. Principalmente por causa da Helena.

Apesar do relacionamento entre Helena e Mariana em nada se parecer com o que eu tinha com minha mãe, notei que na verdade, se parece em muitos aspectos com o relacionamento que existia entre minha mãe e minha avó. Um dos motivos para minha mãe ter tido sua primeira filha com trinta e dois anos de idade e a segunda aos trinta e seis (tarde para a década de 1980) foi justamente ter refletido sua existência como filha - ela me contou isso e tenho seus velhos diários de quando era adolescente. E até seu último dia de vida, sua relação com minha avó era muito semelhante à mostrada no livro. Por isso achei a história do livro atemporal e muito verdadeira.

É um livro psicológico, reflexivo, introspectivo, leve e profundo. É necessário buscar na simplicidade de suas páginas e diálogos as mais profundas e complexas entrelinhas sobre o relacionamento humano, principalmente familiar. Uma boa e emocionante leitura, mesmo não sendo impactante. Os amantes de Psicologia (não necessariamente profissionais) irão adorar o livro ao destrincharem as personagens.
TamiresCipriano 11/09/2012minha estante
Muito bom o livro,é uma abordagem emocionante.Acho que hj principalmente no Brasil este livro é muito bom aos jovens que,engravidam cedo d+,pedir ajuda,principalmente a mãe que teve a mesma experiencia é uma relção direta de mãe e filha,muito lindo mesmo^^


Ana Paula 15/09/2012minha estante
Depois de ler a resenha, fiquei curiosa para ler a história, afinal, ao nos envolvermos nos conflitos existentes na relação conturbada entre mãe e filha e seus demais familiares e os motivos desses conflitos alguma lição deveremos tirar disso.


DomDom 19/09/2012minha estante
Sinceramente não imaginava que o livro era tão tocante e real dessa maneira. O bom é que às vezes algum acontecimento nos faz parar e pensar nos nossos papeis na vida como um todo. Seja ele no ambiente familiar, no trabalho, etc. Mesmo não fazendo parte do gênero de livro que gosto, se tiver oportunidade, lerei sim!


Bandeira5 20/09/2012minha estante
Gostei da resenha, mas nem todo mundo gosta do livro tem várias opiniões sobre o livro , já estava desanimada. Achei o livro lindoooo e a história muito interessante.


Gabriela 24/09/2012minha estante
resenha muito bem feita, que me deixou bastante curiosa quanto a história, deve ser realmente uma história linda e emocionante, além de nos fazer refletir sobre algumas de nossas atitudes.


Jairolenz 06/10/2012minha estante
Outra resenha sua que li e me fez mudar de ideia sobre o livro. Confesso que este não me interessou,m as depois de uma resenha assim, mostrando que o livro é realmente realista e sobre conflitos familiares, mudei de ideia!! Gostaria de lê-lo.




Felipe Miranda 08/09/2012

http://ohmydogestolcombigods.blogspot.com.br/2012/08/resenha-filha-da-minha-mae-e-eu-maria.html
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Ká Guimaraes 06/09/2012

Resenha feita pela Neiva Merieli - colaboradora do Acordei
O livro começa quando Mariana, a personagem principal descobre que está grávida e então toma uma séria decisão: com seu filho tudo será diferente, e só então ela passa a ser filha de verdade.


Depois da primeira parte onde ela descobre estar gerando um filho, somos remetidos ao princípio de tudo. Narrado em primeira pessoa, através de uma leitura fácil e em nenhum momento cansativa, a personagem conta detalhes importantes de seu relacionamento com sua mãe Helena, desde que era ainda criança.

Mariana, apesar de ser muito unida ao irmão Guga se sente inferiorizada em relação a ele, que claramente recebe mais atenção da mãe e dessa forma ela acaba priorizando a amizade com seu pai Tito, grande amigo, companheiro e confidente e não se dá conta que com essa atitude está magoando profundamente sua mãe que se sente enciumada com essa relação.

Apesar de tudo e da aparente preferência que Helena sente pelo filho homem, ela é uma leoa e não permite que ninguém magoe seus filhos, para admiração de Mariana que a considera a melhor mãe do mundo apesar de sentir muita mágoa de suas atitudes impensadas e sua falta de demonstração de carinho.

Como qualquer outra família eles enfrentam várias situações, crises, problemas e também momentos felizes e marcantes e o que mais me impressionou foi a união dessa família, que deveria servir de exemplo para muitos.

Uma das coisas que me marcou foi entender através do livro que mãe e filhos em algum momento de suas vidas serão injustos um com o outro mas nem por isso deixarão de se amar.

Enfim, minha opinião sobre o livro é a seguinte: todo mundo deveria ler um livro assim pelo menos uma vez na vida, ele não é um romance, nem um drama, talvez ele pudesse até se classificar em uma variação de auto-ajuda (e para quem torceu o nariz, esquece, a narrativa é muito boa e ao contrário da maioria dos livros que encontramos vários pontos baixos, o livro A filha da minha mãe e eu, me impressionou por ser uma sucessão de fatos relevantes e em nenhum momento se tornar uma leitura chata). Outra coisa que achei interessante foi ter a nítida impressão de que se tratava de fatos reais, posso estar errada mas acho que tem muito de realidade em tudo o que li.

Poderia facilmente classificar o livro como muito bom, não fosse alguns temas abordados pela autora como homossexualismo e aborto, e para mim ficou clara sua opinião em relação a esses assuntos que vão totalmente contra minha formação e meus princípios morais, além de tratar sexo versus amor com uma certa falta de tato.

Mas como um todo o livro é muito interessante, tem uma narrativa fluente e eu recomendo com certeza.
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Janaina.Granado 30/08/2012

A Filha da Minha Mãe e Eu

Esse livro nos mostra vários problemas do cotidiano de uma família, e principalmente a relação entre Mariana e sua mãe.
A relação com sua mãe nunca foi das melhores, a mãe tinha ciúmes da filha com o pai, e a mãe acabava deixando a filha de lado e através disso Mariana acaba se aproximando mais do seu pai, eu sempre ouvi dizer que a filha sempre é mais apegada ao pai.


Eu estava gostando da Mariana, sempre sendo uma boa moça, educada, até que em uma de suas atitudes acaba meio que "chutando o balde" e vem a fazer algo que eu não gostei e muito menos concordei. O engraçado foi que sua mãe sempre tão enérgica, quando Mariana conta o que fez a mãe age com muita naturalidade, como se fosse uma atitude normal, e para mim o que ela fez jamais será normal, eu penso como uma pessoa pode viver depois disso, e a culpa como fica?


Dona Helena a mãe de Mariana nunca teve uma figura de mãe em sua vida, por isso talvez tenha sido bastante dura com seus filhos, mas sempre querendo o melhor para os dois tanto Mariana quanto Gustavo.


O Pai não se destacou muito na história para mim, ele apareceu nas horas em que Mariana precisou dele, sempre foi um homem muito bom.


O desfecho do livro foi meio que eletrizante, não esperava por esse final, gostei bastante e Mariana que achava que a mãe não a amava pode perceber que estava muito enganada, a mãe sempre a amou , mas do jeito dela.


Parabéns a autora Maria Fernanda Guerreiro, a escrita foi muito bem feita, a história bem conduzida.
Mais um nacional que terá um lugarzinho especial na minha estante.


Blog: http://livrospuradiversao.blogspot.com.br
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Biah @garotapaidegua 27/08/2012

Mariana descobre que está grávida e percebe que antes de tentar ser uma boa mãe precisa entender por que que sua própria mãe não parecia boa o suficiente para ela durante sua infância e adolescência. A partir desta decisão, Mariana começa a recordar sua vida e as situações que vivenciou com sua mãe que fizeram com que o relacionamento das duas não fosse dos melhores.

Preciso dizer que estava com um pouco de medo do que eu iria encontrar nesse livro. A sinopse promete algo bem dramático envolvendo Mariana e sua mãe Helena, mas eu não achei tudo isso não. Na verdade eu não me identifiquei com a Mariana, em momento algum do livro. Deu para perceber pela descrição de Helena que ela não é uma mulher muito fácil de lidar, mas eu fiquei com a impressão constante de que Mariana exagerava na sua revolta.

Eu sei que o relacionamento entre mães e filhos deveria ser especial sempre, mas qual a família que não tem problemas, cujos pais brigam, em que um irmão não teve, em algum momento, ciúme do outro? Eu achei as situações pelas quais Mariana passou difíceis, concordo, mas nada que pudesse causar um revolta tão grande. Sei lá, como eu disse, não me identifiquei com a Mariana e a visão que ela tinha das atitudes da mãe.

Eu não vi problemas na escrita da autora, é simples, fácil de ler e transmite emoção. Eu não me identifiquei com a protagonista, mas talvez você já tenha passado por alguma das situações pelas quais ela passou e goste mais do que eu gostei ;)


Resenha originalmente postada no blog Garota Pai D'égua - www.garotapaidegua.com
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Yasmin 25/08/2012

Diferente

Quando a Novo Conceito liberou a capa e a sinopse fiquei curiosa porque quase nunca vemos um livro falando estritamente da relação de mãe e filha. A maioria desenvolve duas tramas, mas um foco mais específico pelo menos por aqui é mais raro, ainda mais nacional. Maria Fernanda Guerreiro construiu uma história curiosa, que por vezes parece uma auto-análise. Não sei qual foi o objetivo da autora, mas mesmo com essa cara de autobiografia é uma história boa.

Mariana ao contrário do que a sinopse diz não decidiu a partir da descoberta que vai ser mãe fazer uma revisão e melhorar sua relação com a mãe. A história começa com ela descobrindo que estava grávida. É como um prólogo e logo após a narrativa começa com os primeiros problemas de Mariana com a mãe ainda criança e acompanhamos capítulo a capítulo o crescimento dela. Assim como a distância, as mágoas e tudo o que esse convívio mal resolvido causa na vida das duas. Situações cotidianas com uma análise onisciente da própria Mariana em outro tempo. A preferência da mãe pelo seu irmão Gustavo, os problemas que a mãe teve com a família, os sofrimentos que a transformaram na pessoa seca e defensiva que é. E no foco de tudo o ciúme que a mãe sente da filha com o pai. Como Mariana nunca teve a atenção e o carinho da mãe sempre correu para o pai. E esse gastava muito tempo com a filha, negligenciando a relação com a esposa. O que gerava mais mágoa e mais problemas. Toda a reviravolta e clímax da trama ficam por conta dos segredos obscuros que a família guarda. Os problemas que eles causam e suas soluções.

A narrativa é simples, direta e composta a partir de personagens bem embasados. O foco como o título mesmo disse é explorar a relação mãe e filha ao longo de uma vida. O papel que a mesma pessoa pode assumir porque simplesmente não consegue se comunicar com uma pessoa ou porque não tem a chance de se fazer entender. A protagonista passeia na tênue linha que separa um personagem pouco expressivo de um personagem forte. Foi interessante ler e perceber como cada pequeno acontecimento na vida familiar pode significar manias e decisões de uma vida toda. A autora trabalhou bem a parte que entrelaça os personagens, dizer o psicológico seria um pouco demais, mas posso dizer que ela destrinchou de forma bem crível a vida de uma família comum.

A mãe é a personagem mais interessante. E apesar de ter gostado dela em uma parte do livro me senti estranha pensando em certas coisas que ela fez. O motivo de ela preferir o outro filho e algumas das suas atitudes na infância da Mariana não casa. Era simplesmente crueldade, maluquice ou qualquer outra coisa. Uma coisa é você dar mais atenção a um filho por causa de um segredo, outra coisa é abusar psicologicamente da filha por razões duvidosas. Por isso acredito que seria mais interessante se a narração fosse dividida entre as duas. O final satisfaz fechando todas as pontas e tendo as alterações já esperadas entre mãe e filha.

Leitura rápida, de ritmo agradável e diferente. A edição (...)

Termine de ler o último parágrago em: http://www.cultivandoaleitura.com/2012/08/resenha-filha-da-minha-mae-e-eu.html

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O Mundo da Mari 20/08/2012

A Filha da Minha Mãe e Eu
Intenso e pertubador, Helena e Mariana me transportaram para o mundo alternativo onde é possivel não se dar bem com sua própria mãe (até o final do livro mudei de idéias algumas vezes, me aguardem). Eu entendo uma relação meia boca com pai, isso totalmente é a minha vida, mas com mãe é praticamente impossível de imaginar. Minha mãe apesar de insistente e um pouco pentelha, foi (é) bastante amorosa mesmo através da distância e dificuldades que enfrentamos em nossa vida e muitas lacunas que não preenchidas por ela, fui agraciada por Deus em ter uma tia magnifíca que cuidou e amou tanto eu quanto minhas irmãs como se fossem suas filhas biológicas.

A história é contada no ponto de vista de Mariana desde os cinco anos de idade, relatando e remoendo situações diversas quando descobre que está grávida, tendo primeiro pensamento de não ter as mesmas atitudes que sua mãe. Mariana (minha xará) me mostrou ser uma menina comum, sem grandes traços de personalidades pertubadores ou dissimulados. Já Helena, me passou a imagem de seca e amarga, mesmo tendo tudo que muitas mulheres sonham. Tirando pelo patamar que a vida de ninguém é fácil, ela me pareceu ingrata pelo que tinha.

Relação de mãe é filha é transcedental. Não pertence a esse mundo. Além do particular e íntimo, uma ligação que ninguém pode substituir mesmo a mais ausente e não carinhosa. Helena mostrou que tinha coração, não de um jeito convencional. Seu modo de amar Mariana era diferente de amar o irmão. E isso não entendo. Minha mãe nunca fez diferença entre eu e minhas irmãs, pelo menos nunca me senti deixada de lado ou privilegiada com meus pais. Mesmo com a diferença de idade, estudavamos na mesma escola, fazíamos ballet, academia, curso de inglês, a mesma quantia de mesada, amor e carinho. Meus pais também possuem uma maneira exótica de amar os filhos, já estamos acostumadas e entendemos.

Claro que quando crianças não compreendemos certas atitudes, o que pode ocasiar uma mágoa ou um trauma, nada além que a vida adulta não te ensine que certas precisam ser de um jeito e que não devemos quebrar a cabeça para compreender. Isso me leva de volta ao sentimento de Mariana em não repetir os erros da mãe, compreensível e inteligente da parte dela.

Maria Fernanda Guerreiro acertou no tom leve narrado na primeira pessoa, arrancando alguns sorrisos e lágrimas diante uma relação intensa. A gente não se dá conta da intensidade que mãe e filha carregam nas costas todos os dias. Uma excelente maneira de aprender que família é família, não importando o tipo de amor - que sempre estará acima de qualquer personalidade ou desavença. Por mais que a relação seja abalada, filha nenhuma gosta de ver a mãe mal e mãe nenhuma permite que mexam com sua cria.

Se sou metade da mulher que sou (pouca merda) é culpa da minha mãe. Mesmo parecida fisicamente com meu pai, tendo as mesmas manias de isolação e paixão pela leitura, minha capacidade de amar incondicionalmente vem dela (até mesmo quem não merece). Se sou a outra metade de mulher que sou, é culpa da minha outra mãe. Metida, autentica, vaidosa ela me fez ser essa pequena bomba relógio por me mimar tanto. (Eu te amo, sinto sua falta, você é a minha luz)

Ler essa história me fez compreender algumas exigências da minha mãe e cobranças, mesmo que ela não faça muito sabendo exatamente que não tenho paciência, vou ser seca e revirar os olhos. Ela me conhece, mas não desiste. Por isso sempre existirá a filha da minha mãe e eu. Prazeroso e confortador, vale a pena ler.
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Miloca 18/08/2012

Mariana acaba de descobrir que está grávida e resolve que antes de se sentir totalmente mãe, ela precisa encarar a relação com sua própria mãe e definir seus sentimentos e ações. Assim ela nos leva pela história da sua vida com todos os pontos bons e ruins.
Conhecemos seus pais, Tito e Helena, e ficamos sabendo que Mariana sempre se deu bem com o pai, mas não tinha uma relação tão boa com a mãe que parecia gostar mais do irmão, Gustavo.
Acompanhamos o ciúme que Helena sentia de Mariana com Tito. A insegurança e erros de Nana com os homens com quem se envolveu. As brigas de Helena por conta da reação de Tito com os pais e irmã dele. o envolvimento de Guga com as drogas. O grande segredo de família envolvendo o nascimento de Gustavo e a mãe de Helena.
Enfim, A filha da minha mãe e eu conta a história da família de Mariana por seu ponto de vista e por tudo que ela foi descobrindo enquanto crescia.

A história toda é contada em sequência cronológica dos fatos, mas em alguns momentos dá umas voltas que me deixaram levemente perdida. Além disso, apesar de passar uma mensagem importante, não me tocou profundamente, pois eu não me identifiquei com a personagem, acredito que por a minha relação com minha mãe ser bem diferente da de Mariana e Helena.
No mais, a escrita da Maria Fernanda é fluida e descomplicada, nos envolvendo na história de vida de sua personagem e em todos os seus dramas.
Eu indico para todos, pois apesar de eu não ter me identificado, acredito que muitos outros podem se ver na vida de Mariana e assim até receber ajuda, de alguma maneira, para resolver seus problemas como ela resolveu.

Veja em: http://colecionadores-de-historias.blogspot.com.br/2012/08/87-filha-da-minha-mae-e-eu-maria.html
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Angela Cunha 16/08/2012

Livro que conseguiu me surpreender. Minha filha leu antes de mim e pediu que eu furasse minha fila de leitura e colocasse ele na frente.
Muitos dos conflitos enfrentados no livro, batem com os conflitos que enfrentamos todos os dias..
Se a mãe se parece demais comigo, a filha também se parece muito com a minha.rs
Leitura leve, muito bem construída.
Tirando um outro item que achei desnecessário, o livro é super recomendado, ainda mais se vc tem filhos..rs
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Vanessa Vieira 14/08/2012

A Filha da Minha Mãe e Eu_Maria Fernanda Guerreiro
O livro A Filha da Minha Mãe e Eu, de Maria Fernanda Guerreiro, nos conta a história conturbada e repleta de desentendimentos de Helena e Mariana, mãe e filha. Tudo começa quando Mariana descobre que está grávida e passa a repensar o seu relacionamento com Helena, que sempre foi uma mãe dura, de pouco diálogo, mas extremamente dedicada a sua família.

Um filme vai se passando na cabeça de Mariana e ela revive vários momentos importantes, não só ao lado de sua mãe, mas também de seu pai, Tito, e seu irmão, Guga, que em sua opinião, sempre foi o filho predileto de Helena.

O livro de Maria Fernanda Guerreiro transborda sentimentos, alguns fortes, outros delicados. A autora abordou o relacionamento familiar de forma intensa e verossímil em muitos aspectos. Em todo relacionamento, por mais perfeito que seja, ocorre desentendimentos e conflitos de ideias, e isso fica bem claro em sua escrita.

Helena é uma mãe absurdamente protetora e vira uma leoa quando alguém mexe com as suas crias. Mas ela não teve uma infância fácil e amorosa, e por mais que seja uma pessoa de nobre coração, não consegue expressar os seus sentimentos, assumindo uma postura dura e carrancuda. No início do livro, eu senti forte desprezo por ela e não conseguia entender as suas justificativas por ser uma pessoa tão seca e até mesmo cruel, mas com o desenrolar do enredo, consegui compreendê-la melhor, apesar de não concordar muitas vezes com sua postura.

Mariana é uma garota extrovertida e extremamente apegada a seu pai, Tito. O seu relacionamento paterno parece causar uma espécie de ciúmes em Helena, fato que a garota não compreende. Ela tenta se aproximar da mãe, conseguir o seu afeto, mas todas as suas tentativas são em vão. Helena parece se importar apenas com Guga e seu bem-estar, magoando completamente a sua filha.

A Filha da Minha Mãe e Eu aborda temas como homossexualidade, pedofilia, drogas, aborto, entre outros. É incrível quando acompanhamos a vida de Helena sendo descortinada, e entendemos o porquê de seu semblante tão sério e desprovido de carinho. Acompanhar o amadurecimento de Mariana ao longo da história também é muito surpreendente. Com uma temática forte, e pendendo para o lado psicológico, o livro nos fala sobre relacionamento com maestria e precisão e nos toca profundamente. Uma leitura inteligente e precisa, e recomendável, com certeza.

http://www.newsnessa.com/2012/08/resenha-filha-da-minha-mae-e-eu-maria.html
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Bookaholic Girl 12/08/2012

Mariana é a filha mais nova de Helena, e agora que descobriu que está grávida percebeu que antes de ser mãe, ela tem de ser filha e se entender com a sua própria mãe, com quem sempre teve uma convivência difícil por inúmeras razões, buscando entender onde foi que alguma coisa saiu errado, ela retrata sua história desde menina até o dia em que descobriu estar grávida, contando cada pequeno e revelador detalhe de sua vida, da infância a idade adulta, e no que cada momento acabou afetando.
Por um lado é exatamente o tipo de história que faz você se identificar, afinal, quem nunca se desentendeu com a mãe e quis saber o que deu errado? Faz parte de nós esses pequenos desentendimentos, e essa abordagem na história a tornou muito real, quase palpável; mas por outro, parece que aconteceu tanta coisa, mais tanta coisa, na vida da protagonista e de todos ao seu redor, que tudo virou uma bola de neve cheia de altos e baixos, em um momento a Mariana era assim, na página seguinte já se transformou em alguém totalmente oposta.
Sim, todos temos altos e baixos, mas acredito que nessa história acabou sendo incluído fatos demais com a personagem, e o que no início parecia o retrato de qualquer jovem brasileira, se tornou alguém carregada demais. Não tiro a força da personagem, porque com tudo que deu errado na vida dela, ela foi bem longe; mas o fato de sempre algo dar errado acabou me desanimando um pouco em relação a história, a parte principal que, para mim, seria ela num frente a frente com a mãe tratando dessa questão da gravidez, nunca aconteceu; outra que não foi bem descrita (como eu esperava, achei que merecia mais páginas!) foi a relação da Mariana com o marido, e até com o irmão “atualmente”, pois grande parte do que aconteceu teve ele envolvido.
Por isso mesmo acabei demorando mais do que gostaria para concluir a leitura, o que foi uma pena.

Continua http://www.bookaholicgirls.com/2012/08/a-filha-da-minha-mae-e-eu.html
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Marina 10/08/2012

A minha, a dela, a nossa vida
Autora brasileira, já merece atenção por isso. Há tempos não lia uma história onde a trama não era um casal.

Nessa obra, a história se baseia na relação entre mãe e filha, Helena e Mariana, num contexto abalado por separação conjugal, abandono e drogas.

Interessante como a autora construiu uma leitura leve sobre um tema que pode ser pesado. Conflitos familiares, particularmente entre mãe e filha, onde pequenos gestos e discussões podem destruir um relacionamento, mudar uma personalidade e alterar até um futuro.

Marina se sente preterida pela mãe em relação ao irmão Guga. Assim, apega-se ao pai, o que deixa Helena com ciúmes, na concepção de Mariana.

A relação de Helena e Mariana nunca pareceu relação de mãe e filha, Mariana tentava se aproximar da mãe e ao mesmo tempo protegê-la de qualquer desgosto, portanto, a filha tentava se tornar a mãe.

Uma leitura agradável, indicada para mães e filhas, podendo ajudar a dirimir conflitos.
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Gabi 05/08/2012

Acredito que não deva ser uma tarefa das mais fáceis escrever um livro sobre famílias – e todos os problemas que envolvem esse assunto. Porém, Maria Fernanda Guerreiro conseguiu faze-lo com maestria, deixando o leitor grudado do primeiro ao último capítulo.

Logo nas primeiras páginas, já me senti cativada pela personagem Mariana, que é quem nos conta a sua história. Pela narração ser em primeira pessoa, podemos sentir as angústias, sentir raiva e nos emocionarmos com todos os acontecimentos da sua infância até a vida adulta.

Achei o livro interessantíssimo por abordar um período muito grande de tempo em poucas páginas, ao mesmo tempo em que abordou diversos problemas que podem ocorrer dentro de uma família. Em algumas partes, sofremos junto com os personagens, enquanto em outras vibramos para que tudo dê certo.

Só tenho uma consideração neutra a fazer, que foi em relação ao que o livro prometia versus o que ele cumpriu. De acordo com o título do livro, iríamos conhecer a menina que, antes de ser mãe, precisava rever seu papel de filha. Apesar dessas partes em que a relação mãe e filha ficavam evidentes, houve outros capítulos onde foram abordados outros assuntos, que não tinham relação com isso. É claro que entendo que faz parte de se conviver com uma família, e por um lado achei bom, já que mostrou como conviver com esses problemas. O único obstáculo que encontrei na leitura foi achar que essas partes que não eram entre mãe e filha ficaram desconexas, fora do assunto do livro. Não é que elas não precisavam estar ali, porque pareceu que isso ajudou na relação delas, mas poderia ser visto mais pelo lado de mãe e filha nessas horas.

Enfim, não é um livro surpreendente, mas a autora soube levar a história de forma a deixar o leitor satisfeito. É rápido de ler (li em menos de dois dias), flui muito bem e é literatura nacional. Tenho de admitir, aqui no final dessa resenha: não leio muito literatura nacional porque simplesmente me acostumei com a estrangeira, mas essa autora escreve muito, muito bem. Impossível você não se sentir tocado pela história de Mariana e sua família. Super recomendado para todos que tiverem interesse em uma história realmente boa e agradável de ler, sem se importar em ler sobre problemas familiares.
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MárciaDesirée 05/08/2012

Mariana é uma jovem que somente percebe a necessidade de mudança de sua postura em relação a sua mãe, quando descobre que está grávida.
Helena é a mãe de Mariana e Gustavo, e não teve uma infância fácil. A maior amargura de sua vida foi à ausência de sua própria mãe, e isto de alguma forma afetou a sua forma de amar os filhos.
Continue lendo:
http://www.tesouroliterario.com/2012/07/a-filha-da-minha-mae-e-eu-maria.html
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stsluciano 30/07/2012

Um livro denso, mas recompensador
A Filha da Minha Mãe e Eu é um livro difícil. Recompensador, é verdade, mas isto não diminui a dificuldade de passar por suas páginas, uma vez que, como quase em todo o caso, a recompensa está no final da jornada. A questão é: todos os leitores perseverarão na leitura até encontrar sua recompensa?

Focado nas relações familiares, o livro não é indicado para quem não goste de muitas considerações pessoais e, comparativamente, poucos diálogos. Logo no início, vemos Mariana descobrindo que está grávida, e chegando a conclusão de que nunca será uma boa mãe se não conseguir entender sua relação com sua própria mãe – o que deixa claro que não é das melhores – revisitando então, mentalmente, diversas situações passadas em família, para que pudesse tentar compreendê-las.

Logo de primeira ela narra uma situação na qual sua mãe lhe chamara de cínica, isso quando ela era ainda bem criança. A mãe de Mariana é uma coisa. Mas não uma coisa como o Marcelo Tas diria; eu a achei uma coisa até desprezível, que não faz muita questão de esconder a preferência por um dos filhos – mesmo dizendo o contrário, que não possui preferidos e ama a todos de igual forma – e, inclusive, ciúma da relação que a filha possui com o pai, chegando mesmo a repreendê-la por ter dado no pai o último beijo antes de ele fazer uma viagem à trabalho, com o argumento de que o último beijo era um direito dela, como esposa. Dá pra acreditar?

Aqui abro um parêntese rápido para deixar minha opinião como filho sobre a questão “amor maior”: todo o discurso sobre igualdade de espaço nos corações paternos me parece balela. E quem ler esta resenha e já for pai ou mãe pode me corrigir ou deixar sua opinião sobre. Acredito que exista uma diferenciação sim no amor dedicado aos filhos pelos pais. Evidentemente isso não quer dizer que não faria tudo o que estivesse a seu alcance para ajudá-los e/ou ampará-los, mas quer dizer que os olhos brilham mais para uns que para outros. E o argumento da “afinidade”, para mim, não cola: amo muito mais os amigos com os quais tenho uma afinidade maior. E, antes que perguntem se me sinto preterido em relação aos meus irmãos, respondo: um pouco. Sou o filho do meio, não tenho o charme e fascinação do primeiro filho, tido ainda na juventude; nem a preocupação extremada com o caçula, já quase rapinha do tacho. Mas isso não cabe ser discutido aqui, tenho o péssimo hábito de fazer de blogs um divã. Vamos prosseguir.

No decorrer da narrativa vamos sabendo mais detalhes sobre a historia de vida da mãe de Mariana, tudo pelo que ela passou e que certamente contribuiu para que se tornasse a mulher que se tornou. Gostei da forma como a autora desenrolou os acontecimentos aos poucos, conforme ia contando a história de Mariana, sempre relacionando-a com os sentimentos e reações que sua mãe tivera na época em que ocorreram. Não deve ser fácil conviver em uma casa onde a preferência é tão gritante, e isso justifica o título do livro.

No primeiro contato, quando soube de seu lançamento, cheguei a imaginar que se tratava de um livro que contaria a história de uma avó que cria a neta como se fosse sua filha, e a reação da filha, e verdadeira mãe da criança, com esta. Mas não – e acredito não ser spoiler – o título se deve por Mariana sentir que existem, naquela família, duas pessoas diferentes: a filha da sua mãe, por quem sua mãe daria sua própria vida se ela estivesse em perigo; e ela, que não sentia essa proteção e carinho vindo da mãe.

Narrado em primeira pessoa, algumas passagens são cansativas, e parecem que Mariana só faz se queixar num mar de lamentações sem fim, o que me exigiu um tempo para respirar e colocar o ritmo no lugar. O livro melhora muito na segunda metade, com o ganho de a autora conseguir explorar muito bem situações que vem surgindo e que são tão comuns a um grande número de famílias no mundo real, mostrando-se sempre verdadeiros desafios para qualquer uma delas.

O tão conhecido “gentileza gera gentileza” poderia ter facilitado muito a convivência entre mãe e filha. Com uma se sentindo preterida pela outra, a distância entre ambas ia aumentando exponencialmente, tornando-as quase estranhas. O final tem um quê de compensação, mas de certa forma é, sim, recompensador por toda a experiência apurada durante a narrativa.
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