Sol em minha Noite

Sol em minha Noite Faah Bastos




Resenhas - Sol em minha Noite


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Ivia 19/09/2012

Sol em minha noite - Faah Bastos
Sol em minha noite é um livro incrível, eu já vinha ansiando por lê-lo bem antes de seu lançamento, pois a autora já postava trechos de suas poesias e alguns trechos do livro no tumblr.
Helena é uma garota de dezessete anos, que após a morte de seu pai vê seu mundo desabar, como se não houvesse mais razão para existir, e para piorar, o relacionamento com sua mãe e irmã não é um dos melhores.
Influenciada pela psicóloga, Helena começa a escrever cartas sem destinatário – somente para tentar aliviar sua dor – e as coloca numa cabana, no riacho onde ia com seu pai.
"Quando era mais nova sempre caminhava por lá com meu pai, passávamos horas conversando sobre tudo que podíamos imaginar [...] Ninguém sabia de quem havia pertencido, mas respeitávamos a memória de seja lá quem fosse o dono, não invadíamos, mas no verão nossa família gostava de passar alguns dias por lá, era perto do riacho, e mais acolhedor do que as demais cabanas que ficavam afastadas, cheias de turistas. Pág. 30"
Suas cartas começam a serem correspondidas por alguém de codinome Orfeu, mas não eram o bastante para cessar sua dor. Helena se vê perdida entre seus medos e à procura de fugir dos mesmos, tenta despedir-se do mundo no riacho onde ia com seu pai, mas sua vida é salva por um "anjo", Rafael.
"Eu sabia que era um anjo, tem até nome de um, pensei. E em algum lugar na minha mente vagava a ideia que ele já sabia meu nome, mas mesmo assim insistiu ouvir de mim. Pág. 38"
A paixão que Helena e Rafael descobrem um pelo outro é o ponto forte do livro, confesso que a forma como Helena descreve seu amor é de suspirar. É um romance intenso e cheio de "pés atrás" por causa do mistério que envolve Rafael, um jovem de dezenove anos, recém mudado para Santa Rosa à procura de seu pai. Eles precisam enfrentar muitos obstáculos para vencer o amor que mudou a vida de ambos.
A autora não deixou escapar o outro ponto importante do livro, a forma como Helena não conseguia mais enxergar nada além de sua dor pela perda de seu pai – de tal forma, sendo egoísta, ela torna a amadurecer junto com sua dor e acaba aceitando e limpando o que embaçava sua vista, ela não era a única a sofrer.
O livro é muito bem escrito, nunca havia lido um romance no qual me deixasse com ânsia de saber mais e mais sobre os personagens envolvidos, e o que me chamou atenção foi a linguagem usada pela autora nas cartas que Helena trocava com Orfeu, eram cartas breves, mas feitas de uma forma totalmente poética.
O livro é muito bom e original.
Beijos,
Ivia.
http://ceuliterario.blogspot.com.br/2012/09/resenha-sol-em-minha-noite-faah-bastos.html
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Glaucia 20/10/2012

Resenha de toda sua publicada no Mix
Helena é uma adolescente que vive no limite do sofrimento após o falecimento do pai. Ela não vê mais motivos para viver, tudo parece ter perdido o sentido e isso a deixa em um sofrimento exacerbado. Sua mente está em estado de caos e não sabe o que é sonho ou realidade. Só percebe o que se passa depois de algum tempo, tentando encontrar conexões entre a realidade e o estado torpe de sua mente. Quando se da conta dos acontecimentos, percebe que quase tirou a própria vida, ao atirar-se em um rio.

Ela recorda-se de um “anjo salvador”, mas não tem certeza que era sonho ou realidade, até que essa pessoa vai até sua casa. Como ainda está muito mal, a única coisa que consegue desse “anjo” é a voz. Aquilo a deixa em um estado maior de confusão e inquietação.

A volta para a escola não é fácil e ela se sente muito insegura, apesar do apoio dos amigos Daniel, Emilie e Pedro. As pessoas a observam o tempo inteiro e questionam o que realmente ocorreu. Só quem sabe que ela se atirou no rio é seu “anjo” e ela não sabe quem ele é, apesar de procurar pela voz.

Quando Rafael aparece, parece um milagre. Ele é lindo, educado, carinhoso e super preocupado com ela. Helena não entende como uma pessoa como Rafael, que tinha tudo para ser popular e conseguir qualquer garota, pudesse se aproximar justamente dela. O seu sofrimento é tanto, que só enxergar isso. Ela fica alheia a sua beleza e inteligência. Mas milagrosamente Rafa parece querer estar perto dela, protegendo-a, cuidando e confortando nesse momento tão delicado.

Mas Helena agora se vê em uma situação muito difícil. Ela tem uma estima muito grande pelo amigo Daniel, que é apaixonado por ela e com quem já ficou algumas vezes. Ele e Rafael não se suportam e a disputam abertamente. Rafa adora provocar o amigo. Se isso já não fosse ruim, ainda existe Orfeu, seu correspondente e confidente, por quem sente um amor quase espiritual.

Agora a nossa protagonista está não só sofrendo muito pela perda do pai, mas também dividida e confusa nesse conflito adolescente. Ela está completamente apaixonada por Rafael, que é seu “anjo”, mas a relação dele com Daniel é tensa e acaba afastando-a dos amigos. Ela percebe as provocações e algo nessa rivalidade que não consegue compreender. Fora isso ainda sofre por não saber como responder a Orfeu, a quem ama; mas é um amor diferente. Orfeu foi o seu porto seguro no momento mais complicado da vida e se corresponder com ele a ajudou de certa forma. Mas lidar com os sentimentos por Rafael e Orfeu, além das crises de Daniel, está além de suas forças.

A trama central acaba girando em torno desse “quadrilátero” amoroso. A cabeça de Helena é um caos e ela só sofre. Tudo é muito complicado e a escrita da autora só faz o leitor sofrer muito com a personagem. Para complicar existe a dúvida, pois Rafael é um lindo e fofo, mas Daniel também é um bonzinho. Em determinado momento me vi querendo tomar partido dos dois. Fiquei como um peru bêbado correndo de um lado para o outro. Orfeu só complicou ainda mais meus sentimentos e deixou a trama mais interessante. Porque em determinado momento ele passou a ser o “X” da questão. Saber a identidade de Orfeu deixou a trama mais excitante e quando descobrir... Eu comecei a dançar e gritar como louca no meu quarto. Foi uma cena realmente tenebrosa, mas estava tão... Tão exercitada que não consegui conter os gritos e a dancinha da vitória. Ainda bem que meu marido estava dormindo, caso contrários me chamaria de louca... Amo desvendar os mistérios.

Tenho que destacar a amizade Emile e Helena. Sua amiga é daquelas que guardamos para a vida toda e está sempre apoiando, quando necessita, e dizendo algo duro se for necessário. Ela sabe como a relação com Daniel está tensa, mas Helena é sua prioridade número um.
Emile é um pouco confusa e volúvel. Ela sente-se atraída por Pedro, mas não da o braço a torcer. Anda sempre querendo caras mais velhos e experientes. Mesmo com esse lado doidinho, é uma super amiga. A relação dela com Rafa chega ser hilária, trocando apelidos bem “carinhosos”. rsrs

Outra coisa que tenho que destacar é a escrita intensa da autora. Ela usa de muitas metáforas e paradoxos para expressar os sentimentos da protagonista. A escrita, algumas vezes, é quase poética. Eu tive que ficar muita atenta em alguns momentos para distinguir o que era sonho, realidade ou delírio de Helena. Essa escrita intensa me fez derramar RIOS de lágrimas. Quase sequei a menina dos meus olhos. Chorei de soluçar no final do livro. Fui dormir magoada e trabalhei dois dias chorosa, por causa dele. Eu sofri tanto, mas tanto... É difícil de explicar. Só uma pessoa sentimental, assim como eu, pode entender como se sofre desse jeito com um livro.

O que gostei muito foi da relação de Helena com Rafa. Ele é MUITO fofo. Rafa é apaixonante, mesmo quando irrita. Nossa, eu me derretia com ele. Suspirei muito e apesar de gosta de Daniel, acabei tomando meu partido de tão apaixonada que fiquei. Acho que chorei mais por ele do que por Helena. Fofo demais! Já disse que amo livros fofos, então me perdoem a empolgação, mas queria muito Rafa para mim, mesmo com todos os defeitos e o jeito de Bad Boy marrento. LINDUUU!!

O livro é muito dramático e leva o leitor ao extremo dos sentimentos. Helena, muitas às vezes, foi até chata e me levou as lágrimas com ela. Se você gosta desse tipo de leitura, ele está SUPER recomendado. Tenho certeza que não vai se arrepender de embarcar nessa. Para ele eu dou 5 estrelinhas.

http://www.mixliterario.com/2012/10/resenha-sol-em-minha-noite-faah-bastos.html

Bjs no core.
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Ka 13/09/2012

Um dos melhores romances que já li
"O cheiro de morte emanava da copa das árvores que se uniam cada vez mais, como se tentassem esconder o sol dos meus olhos. Eu tinha medo de encontrar a luz, com receio de tornar-me cinzas, largadas sobre o musgo de alguma rocha próxima ao riacho, permitindo que o vento levasse o que restara de mim para longe."

Assim começa um dos melhores romances que li nos últimos tempos.
Helena é uma garota comum, que se tornou muito depressiva depois da morte do seu pai, centro de sua família. Viver agora não era mais fácil, simples. Viver agora, não dependia mais de apenas respirar.
Sem seu pai, Helena se viu tão perdida que não viu outra escolha a não ser acabar com o sofrimento que tanto a consumia.
Mas a vida não iria embora de Helena tão facilmente, e o destino jogou Rafael em seu caminho, rapaz que a salvou no riacho e que agora irá preencher a sua vida.
Um amor arrebatador toma conta de Helena, mas vivê-lo não será fácil, afinal, exitem outras pessoas em sua vida, como por exemplo, Daniel, seu melhor amigo, seu companheiro de tantas horas e apaixonado confesso. Há também Orfeu, com quem Helena trocou cartas por meses, cartas que a ajudaram passar pelos dias e que despertaram nela um sentimento de carinho.
O Sol em Minha Noite me fez chorar, emocionar, correr em busca de respostas para as dúvidas da Helena, tentar solucionar para ela os problemas que tanto afligiam. Eu queria entrar no livro e aconselhá-la, juro! rsrs
Eu me identifiquei com a personagem, com o amor que ela sentia, com suas tristezas, com sua intensidade.
O que é estranho, porque essa mesma intensidade, às vezes, era o que me irritava no livro.
Mas eu explico... rsrs
É que, como eu estava gostando demais, eu queria logo que tudo acontecesse, mas a Helena se perdia falando sobre o Rafael e eu queria gritar: "Vai garota, faz logo isso!" rsrs
É tipo, a Isabella Swan e seu fascínio pelo Edward.
Mas fora a minha loucura, posso realmente afirmar:
Sol em Minha Noite é um dos melhores romances que já li, e eu o indico para todos que gostam de livros intensos e puros, pois assim é a sua estória.

Faah Bastos 13/09/2012minha estante
Não há nada melhor do que escrever um romance e depois ler algo como essa resenha. Fico muito feliz por ter despertado tantas emoções assim, e claro, que tenha mergulhado nas palavras de Helena. Obrigada pela apoio!




anacarolines_ 28/12/2012

Um romance do século XIX em pleno século XXI
O Romantismo foi uma das fases mais marcantes da literatura nacional, nesta época grandes mudanças ocorriam no mundo a exemplo da Revolução Francesa. No Brasil, o movimento surgiu em meio às mudanças do Rio do Janeiro e, com ele vieram os maiores autores brasileiros como José de Alencar, Machado de Assis, Visconde de Taunay, dentre outros.

Uma das principais características dos românticos é o amor exacerbado, aquele que é puro, que salva não apenas da morte física, mas também da morte existencial, a da alma. Atualmente, poucos autores conseguem traduzir a essência do Romantismo em suas obras, dentre aqueles que tentam, a maior parte deixa a obra tão melosa que, se o leitor tentar espremer o livro; obteria, perfeitamente, alguns litros de mel.

Sol em minha noite – livro de estreia da autora baiana Faah Bastos – não foge a nenhuma regra romântica. Inspirados nos mais belos romances, a obra conta a história de Helena, uma jovem de 17 anos, que ao perder o pai – em um acidente fatal – vê-se completamente imersa em um mundo onde tudo é uma noite em que nada a agrada, criando seu próprio casulo.

Cansada de ser noite, Helena acha que viver não vale mais a pena e que respirar é algo tão desnecessário quanto a sua própria existência na terra. É com este pensamento que ela atenta contra a sua vida. Porém sua tentativa é frustrada, e ela é salva pelo misterioso e enigmático Rafael.

Por trás deste fundo romântico, a protagonista ainda tem que lutar contra os seus próprios medos, lidar com os ciúmes do seu melhor amigo, Daniel, e resolver a situação pendente com Orfeu – seu amante misterioso.

Todo texto Romântico é metafórico, e Sol em minha noite não é diferente. A metáfora, que já começa no título, vai da primeira linha até a última, fazendo um passeio delicioso pelos personagens. Sim, eu também pensei que não seria possível, mas as principais personagens da trama são tão metafóricas quanto o texto.

A história se passa em um município chamado Santa Rosa, no sul do Brasil; a primeira vista é um lugar pacato rodeado pela natureza e por que não, um pouco de mistério, remeteu-me muito a Forks, pequena cidade onde a trama Crepúsculo se desenrolava, na verdade, toda a história lembrou-me a série vampiresca, só que com uma narrativa melhor que a de Meyer.

As personagens da obra são adolescentes intensos, a começar pela protagonista, Helena, a personificação da garota romântica, dedicada ao amor que é capaz de salvá-la de uma morte existencial. E esse existencialismo ou a falta dele é tão exagerado que a torna egoísta e patética em diversos momentos; Rafael é o herói romântico, o salvador da vida e da alma, o rapaz perfeito, galante, bonito e misterioso.

Se alguém já teve a oportunidade de ler alguma obra do romantismo, verá que Rafael é exatamente a personificação da perfeição, aquele que é capaz de fazer de tudo por amor, até mesmo abrir mão dele para que o outro seja feliz.

As outras personagens também chamam atenção por suas particularidades destaque para Daniel – o amigo ciumento, porém apaixonado e Emilie – a melhor amiga, típica adolescente, intensa em suas prioridades e amores.

Narrada sob a perspectiva de Helena, a obra é em primeira pessoa. Conhecemos, então, seus medos, suas angústias e tudo que envolve sua mente. A trama, em si, é muito carregada de sentimento: o leitor é capaz de tocar as dores, os conflitos e os pensamentos da garota, por isso, não é algo que flui naturalmente. A obra deve ser lida com cuidado, prestando atenção em qualquer detalhe.

Sol em Minha Noite é complexo e repleto de personagens marcantes. Confesso que em alguns momentos me identifiquei com Helena, principalmente no assunto “a dor de perder alguém”. Doía demais ler cada palavra enquanto eu associava a minha própria dor e confesso que quando esse assunto era tratado no livro, eu compreendia completamente a personagem principal.

A densidade é tão intensa, uma vez que muita informação é usada para descrever simples ações como respirar. Esse estilo narrativo acaba não agradando a todos, porque se torna muito cansativo. Além disso, apesar de alguns erros na revisão, a obra tem uma diagramação muito boa! Quando eu falei que as metáforas começavam nos personagens, não estava exagerando nem nada, é só você dá uma olhada na capa do livro e irá entender o que digo.

Sol em minha noite é definitivamente um romance do século XIX em pleno século XXI, com todos os pesos, medidas e características no inicio do Romantismo brasileiro.
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Allana Odorizzi 08/01/2013

400 páginas que poderiam ser 200
A história havia me cativado. Gostei da sinopse e ia em busca de um romance intenso, uma história dramática e profunda.
O que encontrei foi uma personagem extremamente depressiva, pois de uma hora para a outra tinha crises de choro (durante o livro TODO). Era confuso, eu não sabia dizer se a personagem ainda chorava pelo luto pela morte do pai ou se estava só tendo uma crise existencial.
Enfim, não consegui me identificar com Helena. Achei as cenas repetitivas e senti falta de mais reviravoltas na história, com páginas e mais páginas depressivamente focadas nos surtos melancólicos da personagem principal.
Também não consegui me sintonizar com o romance do casal, o afeto de Rafael me passou a impressão de um sentimento doentio ao passo que Helena lhe dedicava um amor absurdamente obsessivo e sentia uma dependência dele nada natural. A melhor personagem para mim foi a melhor amiga de Helena, Emilie. Apostaria num livro com sua história e de Pedro. Terminei o livro num esforço, pois não gosto de abandonar leituras. Mas foi extremamente cansativo e arrastado para mim. Talvez seja só uma questão de gosto, mas o livro não era o que eu esperava.
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