Resenhas - Maria da Tempestade

kiki.marino 23/08/2020

Maria da Tempestade
Uma "Kristin Lavransdatter " do Maranhão rs, a protagonista é uma jovem obstinada e com fé exacerbada que luta para casar com o homem que ama em oposição família ,o que traz muitas tragédias.
É um excelente livro esquecido dos anos 50 de um escritor católico, conta a história de Bárbara e sua família dos anos 1907 à 1918,no Maranhão. Traz um ótimo contexto social do Nordeste patriarcal, da elite de famílias rigidas, opressivas, principalmente para mulheres. Sendo a única filha de seis irmãos, Bárbara cresce inquieta e incorformada com a clausura forçada que é submetida, mas ao contrário de " Kristin Lavransdatter ' é uma moça com cabeça no lugar, que pondera suas ações seu amor por Guilherme, não é um simples capricho. Sim há muitas tempestades na sua vida e o desfecho não dá respostas ou promessa de um final feliz, mas nossa protagonista certamente não irá sucumbir.

Sheila.Maciel 16/11/2016

Maria da Tempestade
Li quando era adolescente e até hoje releio.
A personagem me envolve e não é um conto de fadas, mas faz sonhar e torcer para que tudo der certo, quando tudo parece fora de ordem.
Muito delicado e contido, deixa muito para o leitor imaginar.
Os meus dias de chuva nunca mais foram os mesmos depois desta obra.

Erika.Almeida 02/11/2017

Sobre coragem...
1. É impressionante a fluidez! Em duas ou três sentadas e 300 páginas são devoradas com gosto;
2. Um livro sobre Coragem. Mas também sobre Mulher - sua capacidade de amar, força e poder de resistência;
3. Uma viagem pela São Luís de 1907 a 1917;
4. Uma aula sobre "família tradicional", que nos faz questionar tanto saudosismo.

Rayanna 01/07/2018

A REPRESENTAÇÃO FEMININA NA OBRA “MARIA DA TEMPESTADE”
A sociedade ludovicense do início século XX se caracteriza por um discurso impregnado por uma religiosidade falsa e mentirosa para sustentar a tirania dos poderosos e o pensamento preconceituoso, a aparência, o dinheiro e o poder acima de qualquer circunstância. Desse modo, a mulher era encarregada de manter uma boa aparência, ou seja, era reprimida em suas ações e manifestações sentimentais, a ponto de aceitar um destino que não sonhasse. Tal opressão se apresenta na relação de Bárbara com os pais, onde eram tiranos e não havia nenhuma afetividade, apenas ordens e aspereza, criando na mansão um clima constante de tristeza.
Todavia, João Mohana apresenta uma personagem feminina que vai além do que a sociedade aceita, uma mulher ousada sob o discurso religioso, Bárbara responde as críticas alegando que não precisa se prender aos comentários da sociedade para agir por si mesma. a personagem rompe com os paradigmas de fragilidade feminina e mostra um senso crítico, no qual defende os seus ideais, se guiando pelos seus princípios éticos e morais, sem perder a sua essência de menina que acredita no amor e luta por sua liberdade.

D. João Gabriel 16/11/2021

Poderia ser canonizada
Mulher forte, essa Barbara Sena! Livro com profundas lições de vida. Identifiquei-me com algumas situações (fica em off). É também um romance com um forte conteúdo cristão, até porque foi escrito por um padre. Se pudesse definir só com duas palavras: sofrimento e resiliência.
É um livro para ser lido num momento pessoal ?good vibes?, assim penso eu.