Cosimo de Medici

Cosimo de Medici Luiz Felipe D´Avila




Resenhas - Cosimo de Medici


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Renata 29/07/2023

Cosimo de Medici
Belíssima leitura do início ao fim.Estou encantada com esta história.Cosimo foi um homem admirável .Suoer recomendo está leitura.
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Ladyce 25/11/2012

Onde o passado e o presente se falam
Fiquei encantada com a leitura de COSIMO DE MEDICI: MEMÓRIAS DE UM LIDER RENASCENTISTA, de Luiz Felipe D’Ávila, onde encontrei um autor que através da ficção de memórias foi capaz de transmitir, de maneira fascinante e eficaz, a vida diária de Florença no início do período renascentista. Cosimo viveu de 1389 a 1464 e foi o patriarca da influente família de banqueiros de Florença, que teve muitas vezes o destino da história ocidental nas mãos por bem mais de dois séculos.

Escrever sobre qualquer um dos Medici poderia ser simplesmente a repetição de toda a pesquisa já feita sobre os membros da família. Historiadores do mundo inteiro já passaram horas debruçados sobre suas vidas. No entanto, uma coisa deliciosa sobre esta narrativa é a contemporaneidade das preocupações de Cosimo, que se encontra, escolhendo entre opções muito semelhantes as que fazemos nos dias de hoje.

Quando eu ainda ensinava história da arte na universidade eu abria o período da civilização romana, com afirmações de efeito e para chamar atenção dos alunos, mas que tinham muito de verdade. Dizia: “olhem bem para esta cidade romana: tem edifícios de apartamentos, tem sistema de água e esgotos, tem mercados, tem ruas. Desde os romanos , nada mudou. Continuamos a construir cidades da mesma forma que eles faziam . Tantos séculos já se passaram,o que é que vocês vão fazer para mostrar que aprendemos alguma coisa nesse tempo todo?” É claro que inicialmente os alunos achavam que este exagero era demasiado, mas à medida que o semestre passava e as aulas se aprofundavam, os paralelos entre o que viam e o que tínhamos no nosso dia a dia se intensificavam, para descrença de todos.

Assim como a beleza está nos olhos de quem vê, a história esta nos olhos de quem se volta para o passado. Ler historiadores do século XIX , de meados do século XX e contemporâneos ilustra a subjetividade da história, que se mostra tão precisa quanto um livro de memórias. Mas isso não invalida o estudo. Pelo contrário, mostra as forças filosóficas que esculpiram a maneira de pensar de historiadores e de seu tempo, e mostra, sobretudo, o ser humano. Verdade não existe. É relativa. Assim, a contemporaneidade de um momento histórico é parte da seleção feita por aquele historiador.

A fascinante contemporaneidade de COSIMO DE MEDICI: MEMÓRIAS DE UM LIDER RENASCENTISTA , é parte da reflexão do nosso momento sobre o passado. Isso dá grande relevância à leitura, porque podemos nos ver, ver onde poderíamos mudar: o que já deu ou não certo. A vida no século XV era muito semelhante a que vivemos hoje, dadas as devidas proporções. E não são poucas as passagens em que podemos fazer um paralelo direto. Encontramos também sábios conselhos de Cosimo, que se usados por nós, hoje, ainda seriam de grande valia. Vejamos como a passagem seguinte, onde o autor explica a movimentação econômica na “Wall Street” de Florença, a Porta Rossa:

“Na rua Porta Rossa, os comerciantes levantam empréstimos,descontam cartas de crédito, trocam mercadorias por dinheiro, recebem e pagam contas, requisitam os serviços dos bancos para intermediar a compra e venda de vários produtos, tais como livros, seda, lã, jóias, escravos e animais. As conversas e transações com os nossos clientes são excelente indicadores sobre os negócios, a política e as oportunidades comerciais existentes nas cidades e países em que atuamos”.

Mais além a sabedoria de quem administrava um dos mais importantes bancos da história:

“A ostentação e a vaidade exagerada refletem certo desvio de caráter. Ela é uma manifestação de um espírito volúvel e escravizado pelos desejos. Não me recordo de ter conhecido pessoas honestas e confiáveis que gostam da ostentação ou que são extremamente vaidosas. No banco, os clientes que mais nos preocupam são aqueles que adoram ostentar. Costumam se endividar para satisfazer suas vaidades e alimentar os seus vícios, ignorando a capacidade de honrar os seus empréstimos. Na política são atraídos pelo poder e não pelo senso do dever; são pessoas voláteis que mudam de opinião e de lado conforme os seus interesses imediatistas. Por isso são facilmente seduzidas e corrompidas. Toda vaidade tem um preço; ela é o calcanhar-de-aquiles do ser humano”.

Perdoem-me a obviedade, mas estávamos descrevendo os nossos políticos?

Voltando ao livro de Luiz Felipe D’Ávila, é uma jóia. Pouco difundido. Precisava ter tido mais marketing. Publicado em 2008 só agora chegou às minhas mãos, e ainda por acaso. É uma pena. Qualquer um interessado em história, em uma boa narrativa, e em saber mais dessa família de banqueiros; qualquer um que se interesse em saber sobre as comissões artísticas de muitas das obras de arte da Renascença italiana, que fazem parte do nosso arquivo visual da época, tem o dever de prestigiar esse pesquisador brasileiro. Foi um prazer ler estas 150 páginas ricamente ilustradas.
Priscilla Akao 04/09/2018minha estante
Também fiquei encantada com Cosimo ! E mais curiosa sobre os Medici.
Gostei de saber a história dos afrescos, de Fra Angelico, de Donatello, da cela ... pessoa singular.




Elis 30/11/2009

Cosimo foi um homem admirável, soube manter a virtude e o consenso de certo até o fim de sua vida, soube agir nos momentos oportunos. Alem de ser um grande cidadão interessado na arte e nos livros. Ele tinha a idéia de que quando morremos há uma balança que pesa tudo de bom e tudo de ruim que você fez e com isso era decidido se seu destino era céu ou o inferno, com essa crença ele sempre manteve a balança pendendo mais para o bem do que para o "mau".



São pessoas assim que sabem valorizar a humanidade e agir de maneira certa. Quem derá todos governantes fossem assim. Atraves desse livro descobri que ler memórias é fascinante, afinal é como ler um diário a muito tempo escondido, onde uma pessoa simples, humana lhe passa seu conhecimento da vida.



Todo ser humano devia ler esse livro, para conhecer um pouco da história, da politica e da humanidade desse homem.



Cosimo foi com toda certeza o "Pai da Pátria".



Recomendadíssimo...nota 10.

Beijokas elis!!!!!!

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