Histórias Apócrifas

Histórias Apócrifas Karel Čapek




Resenhas - Histórias Apócrifas


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jota 02/03/2020

Grandes personagens das histórias universais...
Uma história apócrifa é uma obra cujo texto não é exatamente igual àquele que seu autor escreveu. O adjetivo designa algo falso, desprovido de autenticidade, não pertencente ao autor. É o que ocorre aqui com os 29 textos do tcheco Karel Capek (1890-1938) escritos entre 1920 e 1938, ou seja, entre as duas guerras mundiais. Suas Histórias Apócrifas (Editora 34, 2017, 3ª. edição) trazem, de um modo geral, personagens históricos, mitológicos e literários bastante conhecidos de todos mas observados de um modo e em situações nunca vistos antes. Grande parte dos textos tem como base os relatos bíblicos: assim, para aproveitar totalmente a leitura, é necessário que o leitor tenha um conhecimento mais aprofundado das histórias e personagens da Bíblia. Não é bem o meu caso...

Além de Cristo, Pilatos, Abraão, Lázaro etc., desfilam por aqui Prometeu acorrentado, Alexandre, o Grande, o imperador Diocleciano, Átila, o rei dos hunos, Francisco de Assis, Hamlet, Don Juan, o casal Romeu e Julieta e Napoleão. Todos os textos são satíricos, com forte carga de ironia e sarcasmo, também de certo tipo de humor. O editor brasileiro os compara, com propriedade, “(...) aos esquetes anarquizantes do grupo inglês Monthy Python.” Prossegue, afirmando que não se trata apenas de “humor fino” e “prosa envolvente”; segundo ele, com suas inusitadas histórias apócrifas Capek “(...) percorre um amplo arco que vai da paródia burlesca à parábola alegórica.” Elas “(...) questionam o senso comum, os preconceitos e o totalitarismo, mas deixam sempre uma brecha para rirmos e sorrirmos de nós mesmos.” Ou quase isso...

Bem, chega de citação e vamos aos textos, a alguns deles apenas, pois são muitos, aqueles que mais apreciei. Sempre lembrando que algumas histórias não são tão engraçadas como podem parecer num resumo; elas podem provocar reflexão, não propriamente riso: podem fazer o leitor sorrir muito mais com o cérebro do que com a alma ou o coração, qualquer coisa assim.

Em O Castigo de Prometeu temos uma versão hilária da lenda, com o julgamento daquele que roubou o fogo dos deuses para entregá-lo aos mortais e por isso foi severamente punido, acorrentado numa rocha e tendo seu fígado bicado por abutres. Dos tempos pré-históricos, da Idade da Pedra, em Sobre a Decadência dos Tempos, temos um casal idoso discutindo exatamente sobre isso: a decadência das novas gerações e a falta de perspectivas da humanidade, já naquele tempo. O pai reclama que o filho em vez de lascar sílex ficava desenhando bisões na caverna, uma inutilidade...

O episódio de Sodoma e Gomorra é revisitado num curioso diálogo entre Abraão e Sara, em Sobre os Dez Justos, aqueles escolhidos por suas qualidades para escapar da destruição das duas cidades envolvidas em pecados. A respeito do milagre da multiplicação dos pães operada por Jesus temos Sobre os Cinco Pães, história em que um padeiro daqueles tempos se revolta e diz que não tem nada contra os ensinamentos do filho de Deus, mas ele estava competindo com seu negócio ao multiplicar e oferecer pães gratuitamente ao povo: afinal de contas o padeiro tinha de comprar farinha, contratar empregados, pagar impostos etc. Entendeu?

Um episódio que parece destoar do resto do livro, porque acredito que poderia ter acontecido mais ou menos como nos é narrado por Capek, ou então não prestei tanta atenção assim na leitura, tem a ver com São Francisco de Assis e um cão desprezado, personagens do conto Irmão Francisco. E que tal um outra história de Romeu e Julieta, em texto homônimo, a verdadeira, contada por um italiano que de certo modo os conheceu muito bem, a um espantado viajante inglês admirador de Shakespeare? E Napoleão (também em texto homônimo), que era baixinho, mas para Mademoiselle Claire, uma atriz da Comédie Française, era um grande homem, sim senhor!

Para finalizar o volume temos Sobre o Autor, uma resumida mas interessante biografia de quatro páginas acerca do escritor tcheco que no Brasil parece ser mais conhecido por outra obra, A Guerra das Salamandras (1936), ficção científica que reflete o clima social e político entre as duas guerras mundiais. Ele e o irmão Josef foram os criadores do termo robô (robota, em tcheco), presente numa peça de Karel de 1920, R.U.R., significando naquele tempo “trabalhador em regime de servidão”. São considerados influenciadores de Aldous Huxley, George Orwell, Philip K. Dick e Kurt Vonnegut. Nada mal, hein?

Lido em 29/02 e 01/03/2010. Minha avaliação: 3,8.
Douglas 14/09/2020minha estante
Parece ser excelente. Muito boa sua resenha ?


jota 15/09/2020minha estante
De fato, é muito bom mesmo. Eu poderia relê-lo mais à frente, com o mesmo prazer da primeira vez.


Douglas 15/09/2020minha estante
Consegui comprar na feira do site da Editora 34. Se quiser algum livro de lá, é uma boa oportunidade esses dias, pra adquirir. Metade do preço.


jota 15/09/2020minha estante
Grato pela informação. Vou verificar.




Edson Medeiros 29/12/2020

Contos para analisar criticamente o presente a partir de reflexões do passado
A coleção das “Histórias apócrifas” reúne os contos publicados, entre 1920-33, pelo tcheco Karel Čapek, escritor que introduziu a palavra robô – do eslavo “robota” – na literatura. O livro traz 29 textos, foi lançado postumamente, em 1945, e consiste em mais um volume da Coleção Leste da Editora 34 – aqui com tradução de Aleksandar Jovanovic a partir do original –, que tem realizado excelente trabalho de divulgação da literatura eslavófila no Brasil.

Segundo o dicionário o adjetivo apócrifo pode significar: “[Religião] documento cuja autoridade canônica foi retirada; de conteúdo rejeitado pelos dogmas cristãos; não incluído na lista canônica dos livros bíblicos”, ou “[Literatura] obra cujo teor é diferente daquele escrito pelo seu autor; que permanece na clandestinidade; reproduzida às escondidas”. Seja em razão de uma ou outra qualidade (ou ambas), estará o verbo satisfatoriamente empregado para titular este livro.

Os contos de Čapek são apócrifos porque apresentarem novas versões de histórias já sedimentadas, mas também por apresentar personagens bíblicos ou históricos, fictícios ou reais, absolutamente despidos de qualquer manto de santidade ou grandiosidade. Como nós os conhecemos, são demolidos, um após o outro, Jesus Cristo, Alexandre O Grande, Don Juan, Shakespeare e Napoleão.

Quais foram as consequências dos milagres de Jesus? Quais as implicações morais de certas passagens bíblicas? O que pensara Aristóteles acerca da pretensiosa carta do seu pupilo Alexandre? Não passaram de um jogo de moleques as guerras napoleônicas? Teria Homero exagerado na epicidade do cerco à Tróia? Será que não adotaríamos (ou adotamos!) a exata postura dos homens das cavernas ou de um velho escultor grego acerca da modernidade que nos é estranha? Essas são apenas algumas questões suscitadas neste livro.

São dois os méritos de Čapek em “Histórias apócrifas”, o primeiro consiste em exercitar a criatividade e mostrar que nenhum assunto pode ser considerado absolutamente esgotado, por mais que o pareça, o segundo, é despertar no leitor o pensamento crítico do presente a partir de reflexões sobre o passado. Livro essencial para quem gosta de história, teologia, filosofia ou só ama ler contos.
Leio, logo existo 29/12/2020minha estante
Parece interessantíssimo. Vou incluir na lista de ? que quero ler em 2021.


Edson Medeiros 30/12/2020minha estante
Vai gostar, com certeza! Ótimo livro para entreleituras de calhamaços.




daniloleitor 05/06/2020

ORIGINAL, IRÔNICO E GENIAL
Karel Čapek (pronuncia-se Kárel Tchápek) foi um escritor tcheco nascido em 9 de janeiro de 1890, em Malé Svatonovice, nordeste da Boêmia – à época, parte do Império Austro-Húngaro; hoje, da República Tcheca.

O livro possui 29 textos que tratam de situações inusitadas, com eventos envolvendo desde a Grécia Antiga até personagens bíblicos e das obras de Shakespeare. O livro original Apokryfy (Apócrifos) possuía somente 5 textos que recriavam situações bíblicas em tom de paródia.

Apesar do tom voltado ao humor, as histórias carregam um elemento filosófico que permite ao leitor refletir sobre a questão principal. O texto que trata sobre a prisão de Jesus e o receio de Lázaro em ir até seu Salvador mostra bem a sutileza e a criatividade do autor em abordar o tema. Lázaro, que havia sido ressuscitado por Jesus, teme o que pode acontecer caso vá até Ele.

Vários textos surpreendem pelo desfecho criativo. Um livro bem escrito e com muita originalidade.

site: https://maisumlivropf.wordpress.com/2020/06/05/historias-apocrifas-por-karel-capek/
Sarah 20/07/2020minha estante
Te deixei um recado ;)




Henrique Fendrich 04/02/2019

Čapek faz algo interessantíssimo e difícil de fazer. Ele reconstrói episódios históricos a partir de pontos de vistas alternativos, geralmente levando a efeitos cômicos.

Por exemplo, ele conta a história da multiplicação dos pães realizada por Jesus sob a ótica de um padeiro indignado com essa “concorrência desleal”. É muito divertido também ver os moradores das cavernas discutindo sobre “a decadência dos tempos”. Há muitos deliciosos anacronismos, pois, mais do que “brincar” com a História, Čapek também nos leva a lançar um olhar irônico sobre a nossa realidade contemporânea.

Um dos que mais gostei foi “O castigo de Prometeu”, quando o “Senado” grego discute a punição para o descobridor do fogo, sob argumentos curiosíssimos. Outro destaque é "O imperador Diocleciano", em que se discute a impossibilidade de aliar Roma aos cristãos (aconteceria no imperador seguinte). “A confissão de Don Juan” também está entre os que mais gostei.

Há reconstruções de histórias gregas, bíblicas e shakesperianas, entre outras que seguem até Napoleão. Em alguns contos não é muito fácil entender as referências, mas isso se deve à minha falta de cultura, não é culpa do Čapek.
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Fabio Di Pietro 29/11/2020

Interessante
O livro traz pequenos contos relacionados a personagens bíblicos, históricos e mitológicos. Ele traz cenas famosas contadas de uma forma menos épica, mais real e menos romantizada. Com isso, vem todo um questionamento filosófico aplicável a qualquer momento histórico.
Bom livro, interessante, mas não arrebatador.
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Luiz Pereira Júnior 07/08/2021

É o que não pode ser que não é
As deliberações do tribunal que condenou Prometeu por roubar o fogo dos deuses; os resmungos de um velho casal da Idade da Pedra reclamando da decadência das novas gerações; os comentários maldosos dos soldados gregos durante o cerco da Guerra de Troia; as reclamações de um padeiro por Jesus ter multiplicado cinco pães... sim, tudo isso está na contracapa do livro.
São pequenas histórias em diferentes gêneros (crônicas, contos, atos de peças teatrais) do que poderia ter sido, do que poderia ter sido falado, do que poderia ter acontecido. Mas não se engane, porque não são textos engraçadinhos, hilariantes, ingênuos, superficiais, mas sim bem pensados, profundos, muitas vezes densos e que fazem o leitor pensar em meio a um sorriso ou a um esgar. Talvez uma gargalhada, mas para isso é necessário ser propenso ao riso fácil, franco e aberto – algo que não pareço ser.
A religião e a literatura parecem permear todos os textos, de uma forma ou de outra. Um exemplo: a mulher que reclama ao marido por ter um casal de estranhos dormindo na estrebaria e qualquer leitor pode identificar quem é esse casal (imagine que uma das frases dela é “Minha Nossa Senhora” para expressar sua raiva de ter esse casal estranho em sua casa - e que nem sabia que Nossa Senhora era a mulher desse casal – então, a quem ela chamava de “Nossa Senhora”?). Outro exemplo (já citado acima): um padeiro que reclama de ser obrigado a pagar impostos e a comprar matéria-prima cada vez mais cara e ter de encarecer seu pão para ter um mínimo de lucro para sustentar sua família, enquanto que um pregador resolve distribuir pão de graça para cinco mil pessoas sem precisar pagar imposto nenhum nem ter de comprar farinha e ovos. Um leve tom de heresia ao mesmo tempo em que critica o governo de qualquer época e de qualquer lugar onde o ser humano se juntou a qualquer outro ser humano, muitas vezes explorando e sendo explorado para garantir sua sobrevivência.
Vale a pena ler? Com certeza. Talvez não agrade àqueles que buscam o riso fácil, a gargalhada, o cair da cadeira de tanta hilaridade, mas para aqueles que pensam que é rindo que se castigam os costumes, que o riso pode (e talvez deva) fazer pensar, que o esgar da risada pode mudar comportamentos, hábitos e ideias, esse é o livro (ou, ao menos, um dOS livros)...
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Jose 30/11/2021

"Nesse caso, o da direita e o da esquerda irão crucificar o do centro, porque este não se decidiu com qual dos dois deveria ficar. Se subisses ao telhado da tua casa, poderias lançar o olhar até Halkedamá: à direita, o ódio; à esquerda, o ódio; ao centro, aquele que desejou consertar o mundo com amor e compreensão."

Não me atrevo a fazer resenhas porque não tenho capacidade para tal. Esse trecho já diz que o autor estava afim de mexer no vespeiro ?.
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Pedro.Gondim 31/08/2022

Histórias Apócrifas de uma mente filosófica
?? Vale o esforço; seremos uma grande potência.
? Uma grande potência ? murmurou Arquimedes. ? Eu posso desenhar círculos pequenos ou grandes, mas sempre serão círculos. Que, de um modo ou de outro, sempre têm limites: nunca vos livrareis dos limites, Lucius. Pensas que o círculo grande é mais perfeito que o pequeno? Pensas que um geômetra se torna maior ao desenhar um círculo maior?? (p. 42/43)
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juju 11/11/2012

Rir e refletir.
Thapek é um gênio.Caracteriza no microcosmo da vida domestica, do bate-papo sincero e fato banais cotidiano as grandes questões da humanidade de maneira simples e engraçada. ótimo livro para reler sempre.
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Oz 04/12/2017

“Histórias Apócrifas” traz uma série de 29 contos bem curtos do escritor tcheco Karel Čapek (pronuncia-se Kárel Tchápek) sobre personagens históricos, como Alexandre O Grande, Don Juan, Napoleão, Jesus, entre inúmeros outros. Cada conto parte de um ponto de conhecimento popular sobre esses personagens (como suas ideias, traços de personalidade ou mesmo por sua fama) ou sobre situações históricas que envolveram essas personalidades. No entanto, o objetivo do autor não é meramente reproduzir um contexto histórico, mas subverte-lo através de elementos como a comicidade ou a presença de críticas ácidas, tanto ao homem quanto à sociedade em geral. Assim, a premissa desse livro é, já de partida, um tanto quanto instigante.

Mas a expectativa sobre essa premissa se sustenta ao longo da leitura? Sim e não. Infelizmente, esse é um tipo de livro de contos do estilo “montanha-russa”, com uma sequência de picos e vales que não entrega uma uniformidade de qualidade para a obra como um todo. Vale notar que os contos reunidos nesse livro foram escritos em épocas distintas da vida de Čapek, de forma que isso pode ter interferido bastante na qualidade de sua narrativa ou mesmo nos seus objetivos como escritor. Como exemplo de pontos altos, posso citar dois contos: “Sobre Os Cinco Pães” e “A Crucificação”. No primeiro, ouvimos um padeiro discursar para seu vizinho a respeito do milagre dos cinco pães e dois peixes, no qual Jesus teria saciado uma multidão apenas com esses alimentos. O padeiro, partindo da hipótese de que isso poderia se tornar algo corriqueiro, logo começa a externalizar todos os seus receios, com medo da ameaça de extinção da sua profissão. Afinal, para que serviriam os padeiros se só são necessários cinco pães? Hilário. No segundo conto, Karel utiliza o episódio da crucificação de Jesus para tecer uma crítica mordaz aos conflitos de ideias políticas que culminam em abuso de poder e mortes. Atentem a esse diálogo incrível em que Pilatos, ao observar Jesus crucificado entre dois homens, pergunta a Naum, “homem culto e versado em história”:

“- Mas dize, por favor: qual foi o crime do homem da direita, e do homem da esquerda? (...)

- É o seguinte – explicou Naum -, ora as pessoas crucificam os da direita, ora o da esquerda. Sempre foi assim na História. Cada época teve seus mártires. Há períodos em que atiram à masmorra ou crucificam aquele que lutou pela pátria; em outros momentos, é a vez dos que anunciam que se deve lutar pelo bem-estar dos pobres e dos escravos. Esses dois tipos se revezam, e cada um tem seu próprio período. (...)

- Mas, então, por que crucificaram aquele, o do meio? – indagou Pilatos.

- Bem, é o seguinte: se o da esquerda estiver por cima, irá crucificar o da direita; mas, antes de tudo, crucificará o do centro – respondeu Naum. – Se o da direita vencer, crucificará o da esquerda; mas, antes de tudo, crucificará o do centro. Pode ser, também, que as coisas se compliquem e haja luta. Nesse caso, o da direita e o da esquerda irão crucificar o do centro, porque este não se decidiu com qual dos dois deveria ficar”.

Passagens brilhantes como essa são logo esmorecidas por contos bem fracos que vão se alternando nessa pequena montanha-russa de sobe e desce. É difícil definir e julgar de modo uniforme esse livro. Como ele é curto, acho que vale a tentativa de procurar algumas pepitas de ouro dentro dele, ainda que, por vezes, nos deparemos também com uma boa quantidade de areia.

Meu site de resenhas: www.26letrasresenhas.wordpress.com
Shadai.Vieira 14/01/2020minha estante
adorei o diálogo transcrito, valeu! vontade copiar e publicar em todas minhas redes sociais mesmo sabendo que os radicais não entenderão.




André 12/02/2020

O livro é uma coletânea de vários microcontos (esqueci de contar qntos exatamente, mas ok) e tds partem, basicamente, da msm premissa: a extrapolação de situações "históricas" para filosofar sobre os mais variados temas.
Tirando alguns pouquíssimos contos chatos, as estórias são excelentes,geralmente voltadas pra sátira e para o absurdo, tornando o caso em si interessante de se ler, ao msm tempo que gera mtas reflexões.
Alguns dos contos são mais diretos em sua reflexão/crítica, outros são mais abstratos e te fazem fechar o livro pra pensar sobre, e uns o autor escreveu pela zuera e são bem engraçados. De qlqr jeito, vale a pena ler essa obra bem peculiar.
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@vilmar_martins 10/03/2020

Uma boa história, não precisa ser verdadeira
Uma excelente obra, recheada de humor e pequenas ironias, penso que todos nós já especulamos "histórias apócrifas" ao pensarmos os grandes eventos históricos, Capek faz isso magistralmente nos prendendo da primeira a última "estória".
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Carlos 25/01/2023

Histórias Apócrifas
Histórias muito envolventes, tratando de contos, mitos e lendas conhecidos por todos. ?apek reescreve-as de forma genial, levando em consideração pontos necessários e tornando-as ainda mais interessantes.

As Histórias vão desde o mito de Prometeu até Napoleão, passando pela crucificação de Jesus e a história de Marta e Maria.

O tribunal de Prometeu é incrível e é a melhor história do livro, apresentando a preocupação das autoridades em relação à descoberta do fogo pelo povo, pois acham que este deveria ser utilizado apenas pelo Estado.
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OutisJC 30/09/2023

Será que eu leria qualquer Fanfic sobre Pôncio Pilatos?
Conhecia o nome do Capek de uns tempos atrás em que tive uma breve obsessão com ficção científica. Nunca tinha lido nada dele, todavia, e comprei o livro na Bienal meio às cegas depois de ler no verso sobre alguns dos contos que estariam presentes na obra - me lembro de rir com o livro na mão no estande da Editora 34 enquanto imaginava como aquelas histórias se desenvolveriam.

Expectativa alta é provavelmente uma das piores coisas que podem afligir o homem.

A leitura foi majoritariamente morna e com poucas surpresas pelo caminho. Ler esse livro me alertou para a noção de que algumas ideias são melhor como potência do que quando desenvolvidas. Uma amiga disse que talvez o autor só não as tivesse desenvolvido muito bem. Ela provavelmente está correta e foi menos pretenciosa.

Dito tudo isso, os contos envolvendo Pôncio Pilatos me despertaram mais interesse do que os demais conforme eu os li. O conto sobre Romeu e Julieta também me agradou e a passagem "Tão jovem, e já é inglês..." me arrancou uma risada e garantiu que o resto do conto fosse lido com um sorriso irônico no rosto. Talvez Napoleão... eu ainda estou em dúvidas quanto a esse. Enfim, para além disso, nada me foi particularmente memorável.

Nunca escrevi uma resenha literária e não sei como terminar, então fica aqui uma anedota inculta. Uma aluna me viu lendo o livro e me perguntou o que significava "Apócrifas"; eu me enrolei um pouco para explicar, mas ao fim me veio isso: "É tipo Fanfic."; "Ah tá, entendi", ela respondeu e foi embora. Eu nunca li nada "apócrifo" ou qualquer Fanfic. Espero não estar terrivelmente errado.
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Israel145 14/01/2017

Resenha completa no link https://selvapop.wordpress.com/2017/01/14/o-outro-lado-da-moeda/
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