O Neoliberalismo

O Neoliberalismo David Harvey




Resenhas - O Neoliberalismo


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Romeu Felix 22/03/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
"O Neoliberalismo: História e Implicações" é um livro escrito por David Harvey e publicado em 2008 pela Editora Edições Loyola. O autor apresenta uma análise crítica do neoliberalismo, uma ideologia que dominou a política e a economia global nas últimas décadas.

O livro é dividido em três partes. Na primeira, Harvey apresenta uma história do neoliberalismo, desde as origens da ideologia na década de 1930 até sua ascensão como força dominante na política e na economia global a partir da década de 1970. O autor discute como o neoliberalismo foi implementado em diferentes países, como Estados Unidos, Reino Unido, Chile e China, e como suas políticas impactaram a desigualdade social, a democracia e o meio ambiente.

Na segunda parte, Harvey examina as implicações do neoliberalismo para a economia global. Ele analisa como as políticas neoliberais, como a desregulamentação financeira e a privatização de serviços públicos, contribuíram para a crise financeira de 2008 e para a crescente desigualdade social e econômica em todo o mundo. Harvey também discute as consequências do neoliberalismo para o meio ambiente, argumentando que a lógica do lucro a curto prazo leva à degradação ambiental e ao aquecimento global.

Na terceira parte, Harvey discute as alternativas ao neoliberalismo e como é possível construir uma sociedade mais justa e igualitária. Ele argumenta que é necessário um movimento global que promova uma transformação social radical, baseada na democracia participativa, na justiça social e na sustentabilidade ambiental.

O livro é escrito de forma clara e acessível, tornando as ideias complexas do neoliberalismo compreensíveis para um público amplo. Harvey traz uma perspectiva crítica sobre a economia global, mostrando como o neoliberalismo aprofundou a desigualdade social e econômica em todo o mundo.

Em resumo, "O Neoliberalismo: História e Implicações" é uma obra fundamental para quem busca compreender as raízes e as consequências do neoliberalismo, bem como as possibilidades de construir uma sociedade mais justa e igualitária.
Por: Romeu Felix Menin Junior.
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Luiza Carvalho 08/07/2023

Li para a iniciação científica da escola e foi uma boa experiência
é um livro com um didática boa e q me ajudou a entender várias coisas
confesso q o capítulo q ele fala da China eu achei meio difícil kkkkkkk mas de resto curti bastante
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Vicent 01/12/2023

Um apanhado geral sobre neoliberalismo
Este livro é uma das obras mais clássicas que tratam de neoliberalismo. Ficava me perguntando se pelo ano em que a obra foi lançada originalmente (2005). Mas a obra se sustenta pelas boas ideias que traz.

Pode-se dizer que Harvey mostra de forma bastante didática o modo de atuação do neoliberalismo, quase como se falasse do processo de neoliberalização dos países. Tem vários momentos do livro dedicados a isso. Fala do caso inglês, americano, argentino, chinês. É bastante diverso, neste aspecto, embora nem todas as análises sejam perfeitas. Assim, podemos aprender os modos diversos pelos quais o neoliberalismo atua na sociedade, principalmente enquanto uma classe dominante. E este é um dos melhores pontos do livro.

Harvey adota uma perspectiva marxista sobre o neoliberalismo. Desse modo, seu foco é mostrar o neoliberalismo enquanto projeto de restituição do poder de classe e enquanto processo de acúmulo por despossessão. Essa visão permite entender certos acontecimentos históricos que marcam a trajetória do neoliberalismo. Isso porque o neoliberalismo é tão cheio de contradições e exceções, que talvez o único modo de entendê-lo seja enquanto um projeto de uma classe.

Recomendo para quem quer entender mais sobre o assunto. Algumas análises estão datadas, mas no geral ainda é bastante valioso.
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Lista de Livros 21/10/2018

Lista de Livros: O Neoliberalismo: história e implicações – David Harvey
“No plano internacional, os Estados neoliberais centrais deram ao FMI e ao Banco Mundial, em 1982, plena autoridade para negociar o alívio da dívida, o que significou na verdade proteger da ameaça de falência as principais instituições financeiras internacionais. Com efeito, o FMI cobre, com o máximo de sua capacidade, exposições a riscos e incertezas nos mercados financeiros internacionais. É difícil justificar essa prática seguindo a teoria neoliberal, já que os investidores deveriam em princípio ser responsáveis por seus próprios erros. Em consequência, neoliberais mais fundamentalistas acreditam que o FMI deveria ser abolido, uma alternativa seriamente considerada nos primeiros anos do governo Reagan e que foi aventada de novo em 1988 pelos republicanos no Congresso. James Baker, secretário do Tesouro de Reagan, deu novo fôlego à instituição quando se viu diante da potencial falência do México e de grandes perdas para os principais bancos de investimento da cidade de Nova York que detinham a dívida mexicana em 1982. Ele usou o FMI para impor ao México o ajuste estrutural e assim proteger da falência os banqueiros de Nova York. Essa prática de priorizar as necessidades dos bancos e instituições financeiras e ao mesmo tempo diminuir o padrão de vida do país devedor teve como evento pioneiro a crise da dívida da cidade de Nova York. No contexto internacional, isso se traduziu em extrair mais-valia de populações empobrecidas do Terceiro Mundo para pagar aos banqueiros internacionais. Como observa sarcasticamente Stiglitz, “que mundo peculiar este em que os países pobres estão na verdade subsidiando os mais ricos”.”
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Parte II
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“Mas um fato persistente no âmbito dessa complexa história da neoliberalização desigual tem sido a tendência universal a aumentar a desigualdade social e a expor os membros menos afortunados de toda e qualquer sociedade – seja na Indonésia, no México ou na Inglaterra – ao frio glacial da austeridade e ao destino tenebroso da crescente marginalidade. Embora essa tendência tenha sido minorada aqui e ali por políticas sociais, os efeitos na outra extremidade do espectro social têm sido deveras espetaculares. Não se viam desde a década de 1920 as incríveis concentrações de riqueza e de poder hoje existentes nas altas esferas capitalistas. Têm sido espantosos os fluxos de tributos em favor dos principais centros financeiros mundiais. No entanto, o que é ainda mais surpreendente é o hábito de tratar tudo isso como um mero e, em alguns casos, até feliz subproduto da neoliberalização. Parece inconcebível a própria ideia de que isso possa ser – apenas possa ser – o cerne fundamental do que a neoliberalização sempre foi. Tem constituído um talento especial da teoria neoliberal a capacidade de oferecer uma máscara benevolente, plena de palavras que soam prodigiosamente positivas, como liberdade de ação, liberdade de pensamento, escolha e direitos, para ocultar as realidades extremamente desagradáveis da restauração ou reconstituição do poder de classe nu e cru, tanto no plano local como no transnacional, porém mais especificamente nos principais centros financeiros do capitalismo global.”
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