As Ideias têm Consequências

As Ideias têm Consequências Richard M. Weaver




Resenhas - As Ideias têm Consequências


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Rafael2189 27/01/2024

Livro atemporal
É um excelente livro se você busca entender como as coisas funcionam e como chegaram no ponto que estão hoje. Creio que o livro poderia ser um pouco mais conciso, porém não deixa de passar bem suas ideias. Como leitor iniciante, com certeza devo lê-lo novamente no futuro, afim de entender melhor suas referências.
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Miguel.Moreira 26/01/2024

Um manifesto reacionário
As Ideias têm consequências - Richard M. Weaver

Numa tentativa de reparar a dissolução e decadência do Ocidente, Richard Weaver nos propõe algumas mudanças ao decorrer desta obra que, sem dúvidas, é obrigatória para qualquer pessoa que queira entender o mundo moderno, em especial o contexto do pós-guerra, onde as pessoas se tornaram cada vez mais individualistas, não pela guerra, mas por deslizes de ideias que vieram de anos e anos, e o primeiro equívoco de pensamento é o nominalismo, a doutrina que nega os universais e relativiza a verdade; juntamente do abandono da ontologia em favor do pragmatismo (Santo Tomás de Aquino e Guilherme de Ockham).
Weaver defende a hierarquia como uma das principais bases da sociedade, pois com ela se estabelece uma ordem, de forma que cada qual saiba o seu lugar no mundo. O homem moderno abomina quaisquer formas de ordem, e isso se mostrou nocivo, pois num mundo em que todos são iguais não há organização, não há respeito, e há muito egoísmo em torno de si mesmo.
Somos levados pelo autor a refletir sobre diversos assuntos, de forma que compreendemos cada etapa da decadência, desde as primeiras ideias nominalistas até seu reflexo na música, de forma que ao trazer este debate para o Brasil atual, Paulo Freire foi apenas um fantoche dessa decadência ocidental que surge no Renascimento, de forma lenta e gradativa. Além de abordar sobre a abolição dos valores cristãos, o avanço da ciência pelo ego, o consumismo em massa (referido pelo termo ‘’Capitalismo’’), que se mostram consequências do individualismo e culto à imagem do ‘’Homem’’.
Há algumas discordâncias ao se tratar de música, em que Weaver apresenta o Jazz como o marco para a decadência da música, colocando-o como um gênero musical inferior aos outros. Bem, a maioria dos universitários da minha idade ficaria com muita raiva dessas colocações e abandonaria o livro por aí, mas devemos ter maturidade e o mínimo de inteligência para compreender que o ponto não é ‘’Jazz é ruim, Bach é bom’’, mas sim a forma de decadência em que a arte se encontra. Para o autor, Beethoven é um compositor que começou a romper com a verdade e depois dele a decadência era certa. Com maturidade entendemos que ele usa o Jazz como um exemplo de falta de inteligência para se fazer arte, como uma afirmação do jazzista Robert Goffin exemplifica: ‘’o jazz não precisa da inteligência; ele requer apenas sentimento’’. A crítica é à substituição da razão em detrimento do sentimentalismo individualista, e pode parecer simples, mas a decadência da música reflete exatamente a decadência de uma sociedade inteira; me pergunto de Weaver previu o funk carioca ou a música comercial do século XXI, pois se olhamos para o passado, o Jazz é infinitamente superior ao que a música comercial é; mas o Jazz não é como Debussy; Debussy não é como Bach etc. Eu, como músico, compreendo que a arte passa por diferentes estéticas, e uma não é necessariamente melhor que a outra, no sentido sociológico da palavra; mas é inegável que o Belo sempre será Belo, e precisamos de mais inteligência para compreender a música de Bach do que para desvendar uma música de algum rapper norte-americano médio, que fala de drogas, sexualidade e ostentação (exatamente o desejo físico que se sobressai ao intelecto, ao universal, à vida de contemplação do divino).
O ponto é justamente esse, não é simplesmente um velho reaça dizendo que impressionismo é ruim, mas sim explicando todo um contexto, e nos mostrando que sim, a arte moderna está em decadência por conta de ideais mais complexos do que simplesmente um marxismo, que não passa da materialização destes ideais nominalistas.
O último direito metafísico é a propriedade privada, que nos permite governar da forma que bem entendemos, e a prosperidade refletirá uma boa administração do próprio lar (ou empresa), de forma que o homem seja mais responsável e menos infantil. Uma empresa mal gerida chegará, mais cedo ou mais tarde, na falência; o mesmo se aplica para uma propriedade privada. Nosso mundo atual já conseguiu abolir este último direito metafísico, e as pessoas não querem mais ter um vínculo de responsabilidade/propriedade, algo que podemos refletir acerca de diferentes pontos, e pensando no Brasil, um país onde dificilmente alguém consegue prosperar vivendo do salário mínimo, este direito metafísico é quase impossível. Bem, nosso país está dentro do plano nominalista de abolição das virtudes, um país democrático onde ‘’todos são iguais, mas uns são mais iguais que outros’’, é um exemplo de eficiência das ideias progressistas, de forma que os mais pobres devem depender do Estado, os mais ricos são taxados, e incentivados a fugir do país, e a classe média, que deveria buscar a autonomia, defende seu conforto em favor da democracia igualitária, com um pensamento de ressentimento pelos mais bem-sucedidos. A classe média é a burguesia que financia essas ideias decadentes, como socialismo e comunismo; os liberais não estão isentos de culpa, pois eles implantaram o senso de consumismo elevadíssimo na população, através do capitalismo desenfreado (interpreto como o simples consumismo através de um capitalismo sem nenhuma moral, o termo é complicado de entender, porém em resumo, é uma crítica ao desejo de ter tudo com o pensamento de uma criança mimada).
A proposta para a correção desta decadência moral, intelectual e cultural é simplesmente o estudo. Somos incitados a buscar a boa arte, os bons livros, e a ter o sentimento de Piedade, para com isso atingir a sabedoria da Verdade. Em complemento, no curso Iniciando nos Clássicos de Guilherme Freire, o professor nos leva a pensar que não adianta se meter na política com a vida totalmente desestruturada; primeiro devemos consertar nossa própria vida (nosso próprio eu), depois devemos organizar a nossa família e nossa casa, e por fim, organizar uma empresa; apenas se tivermos essas três etapas de organização é que devemos nos meter no mundo da política, pois o homem moderno, desprovido de qualquer senso de estrutura, é facilmente corruptível dentro de um meio corrupto.
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Aline Maia 11/12/2023

"Ideias Têm Consequências" é o tipo de livro para fazer releituras ao longo dos anos. Ele é de certa forma atemporal porque tem pontos que falam da natureza humana, e alguns são imutáveis.

Resumindo: os conceitos e reflexões de Weaver podem ser encontrados na sociedade que vivemos agora, mesmo sendo organizada diferente da sociedade que ele viveu.
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Nillo 08/11/2023

Livro relata sobre a Decadência da sociedade, mostrando que as ideias (ideologias, correntes filosóficas, e ademais atitudes da sociedade) geram consequências!

Inicia falando sobre o modo como o homem se relaciona e sente o mundo e natureza ao seu redor.

E depois vai descrevendo toda problemática da falta de respeito às hierarquias, o egoísmo de ideologias que leva o ser humano a se tornar extremamente materialista e olhar só o próprio umbigo! Achando que se especializando e se aperfeiçoando, vai conseguir viver melhor, sem depender de Deus e sem acreditar no transcendental.

Logo após, é falado sobre a Grande Lanterna Mágica (grande mídia) e o poder que ela tem, juntamente com governantes e poderosos, de manter a sociedade cega e sobre ideais falidos e fracassados, que colaboram para a decadência da sociedade.

Finaliza com um capítulo que aborda sobre a necessidade do homem ter piedade sobre três aspectos (Natureza, ao seu próximo, e ao passado). Mostrando assim a possível solução para o homem voltar aos valores que o levam ao eterno e com uma sociedade mais fraterna!
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Bruno 17/10/2023

Interessante obra de Richard Weaver a respeito da crise da cultura ocidental e da ordem moderna.
Weaver inova em sua tese ao associar o declínio cultural com o abandono da filosofia metafísica em detrimento do subjetivismo e do humanismo.
A argumentação do autor é solida, ainda que por vezes esteja desatualizada - como esperado para um trabalho de 1948.
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Elton 28/08/2023

As ideias tem consequências
Este livro é simplesinha excepcional.

Um livro escrito no pós guerra e traz problemas modernos que poderíamos atribuir facilmente a problemas contemporâneos.

Nesse livro, você encontrará com toda certeza, algo que lhe ajude a viver em busca de um ideal.

A minha vontade era postar aqui o meu resumo pessoal, mas tiraria toda a graça em lê lo pela primeira vez.

Não se arrependerá de ler este livro, garanto que ao menos um capítulo, lhe cairá bem.
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Magno 14/06/2023

Impressionante como um livro escrito há mais de 70 anos consegue ser cada vez mais atual. Livro excelente.
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Júlia Montibeller 13/05/2023

Sensacional!
Todos que querem compreender a relação de ideias que acarretou na contemporânea queda da civilização ocidental precisam ler esse livro! Leva um bom tempo porque requer muitas analogias e reflexões, mas definitivamente vale a pena.
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Wes Janson 22/04/2023

Excepcional, atualíssimo!!!
Apesar de escrito em 1948, no pós-guerra, é impressionante como esse livro continua, surpreendentemente, atual. Alguns poderiam dizer que assim ele seria profético, mas apenas mostra como os processos que ele traz à tona são lentos e progressivos, justamente com o intuito de esconder, de não assustar as pessoas. Mas graças a autores como Richard Weaver, o véu é rasgado!!
Possui uma linguagem que pode parecer difícil nos primeiros capítulos, mas quando adentramos mais nos conceitos, percebemos a realidade à nossa volta e tudo flui mais facilmente. Não se trata de um livro prático com exemplos de ideias que geram consequências, mas traz algo complexo de forma simples para o leitor chegar às conclusões necessárias,
Livro absolutamente necessário, independente da visão política e ideológica que cada um tenha, para todo ser humano que queira ser chamado de racional! Magnífico!!
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Lidiany.Mendes 02/04/2023

Boas reflexões
Um livro que se propõe a pensar sobre as consequências das ideias.
Não concordei com tudo o que o autor disse, mas vejo boas reflexões em muitos de seus apontamentos.
Em especial sobre o poder da mídia em nossas vidas e olha que ele não viveu para conhecer as redes sociais.
Também me chamou atenção as reflexões sobre o tempo e o modo como temos vivido.
Fica a pergunta: Qual será, de fato, o tempo da vida?
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Romeu Felix 24/02/2023

Fiz o fichamento sobre esta obra, a quem interessar:
O livro "As Ideias têm Consequências" aborda a crise da cultura ocidental, examinando as consequências do pensamento filosófico moderno e da mentalidade positivista em relação à sociedade. Para o autor, a decadência da civilização ocidental está ligada ao afastamento dos valores tradicionais e à substituição da verdade objetiva pela subjetividade e relativismo. Weaver defende que o homem moderno tem uma visão fragmentada e reducionista do mundo, que se reflete na forma como ele se relaciona com a natureza e com os outros seres humanos. O autor argumenta que a ausência de uma visão de mundo coerente e sólida é a principal causa da crise moral, política e social que a civilização ocidental enfrenta atualmente.

Palavras-chave:
Civilização ocidental; Filosofia moderna; Positivismo; Valores tradicionais; Verdade objetiva; Subjetividade; Relativismo; Visão fragmentada; Reducionismo; Crise moral; Crise política; Crise social.

Ideias principais:

O livro aborda a crise da cultura ocidental, examinando as consequências do pensamento filosófico moderno e da mentalidade positivista em relação à sociedade.
A decadência da civilização ocidental está ligada ao afastamento dos valores tradicionais e à substituição da verdade objetiva pela subjetividade e relativismo.
O homem moderno tem uma visão fragmentada e reducionista do mundo, que se reflete na forma como ele se relaciona com a natureza e com os outros seres humanos.
A ausência de uma visão de mundo coerente e sólida é a principal causa da crise moral, política e social que a civilização ocidental enfrenta atualmente.
Contribuição para a disciplina de História:
"As Ideias têm Consequências" contribui para a disciplina de História ao apresentar uma análise crítica da cultura ocidental e de sua crise atual, enfatizando a importância da filosofia e das ideias para a compreensão da sociedade e da civilização. O livro propõe uma reflexão sobre a necessidade de retomar os valores tradicionais e a verdade objetiva para superar a visão fragmentada e reducionista do mundo que caracteriza a modernidade. Dessa forma, a obra é relevante para a compreensão do contexto histórico e cultural em que vivemos, bem como para a reflexão sobre os desafios que a civilização ocidental enfrenta atualmente.
Por: Romeu Felix Menin Junior.
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edivan 09/01/2023

LIVRAAAAÇO!
Vale muito a pena. Uma visão muito bem construída a respeito do problema comum a todas as sociedades, com sugestão do remédio.
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Victor.Oliveira 18/01/2022

Parece que ele só esta revoltado com as mudanças do mundo
O autor enxerga todas as mudanças que o mundo contemporâneo trouxe apenas como sintomas de uma degradação moral e metafísica da sociedade, com um pensamento retrógrado e reacionário do tipo "hoje o mundo está perdido, antes tudo era melhor", dizendo coisas como que o Jazz é um sintoma da degradação da música e dois bons valores em troca de impulsos inferiores, que as mulheres fizeram errado em começar a trabalhar e o homem do campo é muito mais moral do que o da cidade. Em alguns momentos até faz comentários interessantes, como sobre a mídia e a mentalidade de crianças mimadas de algumas pessoas, mas em geral parece só alguém reclamando de como antigamente tudo era melhor e hoje o mundo está perdido
Flavia597 30/03/2023minha estante
Concordo muito, estou lendo ainda mas desde o inicio essa reclamação toda já é perceptivel. Comecei a ler depois de ver um vídeo de um cara falando que esse livro apontava a direção pro fim do "mimimi" mas no fim quase que o livro inteiro foi escrito para o autor expor o seu próprio "mimimi".




spoiler visualizar
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Caroline.Sandin 19/06/2021

Não é uma leitura fácil , foi preciso voltar algumas vezes pra entender melhor, mas é incrível como é tão atual e como expõe tão bem os males que vivemos hoje. Como sempre , está tudo escrito ....
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