Ulisses

Ulisses James Joyce




Resenhas - Ulisses


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Bruno Pinto 05/12/2012

Um livro para ser estudado, não lido
Imagine que hoje, no Brasil, se escreva um livro que fale sobre a existência humana em geral (psicologia, história, política, ciência, arte, tudo misturado...) citando a todo momento a história do nosso país (colonização, cana, ouro, café, independência, república, ditadura...) mas sem dar explicações de que períodos foram estes. Imagine que daqui 100 anos um Irlandês pegue este livro e leia. Não fará nenhum sentido para ele. Da mesma forma Ulisses me foi totalmente obscuro.
Não que os temas não sejam relevantes, que a narrativa de um dia em 900 páginas não seja interessante, mas o fato que o livro só é compreensível a quem tenha conhecimento razoável da história da Irlanda e de mais alguns clássicos da literatura do fundo do porão.
Mesmo acompanhando as notas da tradutora (o que já é um saco) tinha horas que me perguntava "por que estou lendo isso?". Desisti. Cem páginas foram suficientes, obrigado, mas não é pra mim.
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Dan 28/03/2021

Difícil
Fez eu me sentir bem burro mas só lê, confia na call
Lala 28/03/2021minha estante
vida de leitores de clássicos resumida em uma frase


Dan 28/03/2021minha estante
KKKKKKK olha esse ano eu tirei pra ler vários clássicos e é isso mesmo


Ninguem 13/02/2023minha estante
Melhor resenha kkkkk




Mateus com h 25/03/2020

Eu decidi ler Ulysses
Meu vigésimo quinto livro do ano.
Venho de Cortazar e Cervantes antes deste.

bom, olhei o livro na prateleira e senti que devia lê-lo. mas precisei de certo modo, "conhecer o inimigo". Não consegui sair desenfreado folheando as páginas, busquei informações de gente que se especializou na obra, assisti diversos videos, etc. respeitei ele aqui fechado por cerca de um mês. e mesmo assim não senti em nenhum instante estar preparado. fui no sentir e teimosia talvez.

o Ulysses é um livro pesado? é

deixou de suprir as expectativas? muito pelo contrário.

eu acho que esse livro é como
um caos
que não pede licença.
(to sendo cuidadoso pra não dar spoiler)
caos de ordem humana
cheio de coisas comuns
que podem (e devem)
e conseguem
tocar a alma
de quem se atreve
a ir além
do convencional

falando em atrevimento
(mas que porra de livro bom)
eu acho que pelo menos
uma vez na vida
(ainda mais agora onde lêem "sou foda" e saem do livro se achando)
vocês deveriam se atrever a ler
e mais do que isso
se atrever a mergulhar

porque 1100 páginas não é leitura esquecível

muito pelo contrário
ela crava
visceras
entranhas
sangue
tripas

para chegar ao coração
para não sermos mais os mesmos
Ulysses é um livro pra se contemplar lendo e se ler contemplando

não procure balões em cactos.

"feche os olhos, tome ar, é hora do mergulho..."
doc leão 17/05/2020minha estante
Você descreveu com exatidão o que é a experiência ou a Odisseia ao ler Ulisses


Raphael 19/05/2020minha estante
Ótima resenha!


Mateus com h 12/09/2020minha estante
Obrigado povo!




Leila de Carvalho e Gonçalves 12/07/2018

Excelente Tradução
A primeira vez que comprei o livro, foi uma tradução de Houaiss, a pioneira no país, e confesso que o famoso dia 16 de junho de 1904 levou anos para passar....

Aqui em casa, "Ulysses" rodou de um cômodo para outro, frequentou minha cabeceira e, inacabado, acabou na minha estante, entregue a um sono profundo, livre de qualquer admoestação.

Ora ou outra, o dorminhoco vinha a pauta e eu, desanimada, adiava a leitura. O que me animou relê-lo, foi justamente essa edição, traduzida por Galindo, extenuadamente elogiada. Resolvi arriscar e hoje, dou por concluída minha peregrinação literária.

Eis um romance genial, porém, complexo, difícil vencer suas páginas com atenção e o devido entendimento. Traduzir Joyce não é uma tarefa fácil e conseguir capturar "sua imensa gama de cores, registros, estilos, recursos e efeitos? trata-se de uma homérica odisseia com o perdão do trocadilho. Porém, sou imensamente grata ao tradutor pelo percurso mais suave, menos pedregoso, que ele soube preparar.

Indico a leitura não só do livro, como também recomendo a dupla Joyce e Galindo.

Para finalizar, caso assuma o risco dessa aventura, fica meu apoio e desejo-lhe boa sorte!
Orochi Fábio 29/11/2019minha estante
Li a edição antiga: desejo ler esta!


Leila de Carvalho e Gonçalves 30/11/2019minha estante
Recomendo. Boa leitura!


Angelica75 14/05/2020minha estante
Depois de sua resenha e indicação dessa edição, estou tomando coragem!




Cristiane 10/12/2023

Ulysses
Eu venci a leitura de Ulysses!
O enredo é simples: um homem, Leopold Bloom sai de casa e evita de todas as maneiras retornar para não flagrar sua esposa cometendo adultério.
Outro homem, Dédalus não tem para onde ir porque não tem como pagar o aluguel.
Os dois homens têm problemas com seus pais, o pai de Bloom um judeu que se converteu, mudou de nome e se matou, o de Dédalus um irresponsável, bom vivant...
Bloom trabalha vendendo anúncios para um jornal, tenta se enturmar, é motivo de chacota até mesmo pelas crianças. Ninguém compreende (nem ele mesmo) porque sua esposa, a bela espanhola e cantora se casou com ele.
Dédalus é professor e também trabalha no jornal.
Os dois sofrem com a morte de um ente querido: Bloom lamenta a morte do seu filho, um bebê e Dédalus a morte da mãe, que no leito de morte pediu para ele se ajoelhar e rezar com ela. Pedido que ele negou.
A história se passa em único dia.
Marcado pelo fluxo de consciência, diversas formas narrativas (inclusive uma peça de teatro e uma entrevista), um último capítulo sem pontuação alguma, palavras e frases inteiras aglutinadas, sem vogais... Números e números... Frases engraçadas: " Faça chuva ou faça sol, peide sempre em si bemol.".
Para compreender este livro a gente precisa de um guia (e sinceramente, eu acredito que o próprio autor do guia viajou um pouco).
Porém eu venci está leitura.
E se a Virgínia Wolff não gostou, eu uma simples mortal posso não gostar também.
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Francisco240 30/06/2021

"Taxidermia literaria"; aplicada ao psicológico
Mano... esses foram os 121 dias mais longos do ano! Esse livro é difícil, divertido, complicado...????
O Joyce tem uma peculiaridade ao escrever, ele mistura as palavras, com por exemplo palavras que tem hífen acabam por perder ou mesmo mistura uma frase inteira como isso aqui: contransmagnifiquebraicabruntancialidade. Que lindo, né?
E não posso deixar a melhor passagem do livro de fora: T.N.C.! (TOMA NO ???)
O livro da mesma forma está banhado em um certo lirismo, que pode ir ao cômico em questão de duas frases.
Sem sombra de dúvida é um livro de grande renome de grande peso e que só pode fluir com uma releitura.
Marcinhow 30/06/2021minha estante
Tá de parabéns só por ter enfrentado pela primeira vez, já vejo os trinta anos se aproximando e ainda não desenvolvi coragem pra enfrentar esse calhamaço.


Francisco240 01/07/2021minha estante
Hahahahahahahahahah


Francisco240 01/07/2021minha estante
Não tenha medo! Apenas enfrente ele é vc vai rir muito... kkkkkk




Cinara... 05/06/2020

"Caminhamos por nós mesmos, encontrando ladrões, fantasmas, gigantes, velhos, rapazes, esposas, viúvas , bonscunhados . Mas sempre encontrando a nós mesmos."

Minha nossa James Joyce, imagino você rindo muito dos seus leitores :O
Neste livro você encontra frases que faz você querer chorar de tão lindas e outras tipo :
"Com a mitra adornada e com báculo instalado em seu trono, viúvo de uma sé enviuvada, com omofórion ereto, retaguarda coagulada."

Ulysses, me fez rir, me emocionou, me deu ódio, foi uma bagunça na minha cabeça que só quem leu consegue entender, Ulysses te ataca de todos os lados...
Do nada você começa a ler sobre a troposfera e a estratosfera e depois segue a vida... hahaha ;)


Sentirei saudades do Bloom, e eu gosto sim do Stephen não tenho a mesma visão que a maioria tem dele :) Gostei de estar dentro da cabeça do Stephen !

Meu capítulo favorito foi o último o Penélope, o fluxo de consciência da Molly e o que mais odiei de bagunça foi o Gado ao sol.


Que ousadia Senhor Joyce, uma afronta! Hahaha
Patricia1180 09/02/2022minha estante
Eu chorei de ódio,raiva e alegria kkkkkk nós últimos capítulos eu só segui o baile kkkk


Cinara... 09/02/2022minha estante
Te entendo Pathy???




Etiene ~ @antologiapessoal 06/06/2020

Ulysses | James Joyce | Modernismo
Ulysses. Essa foi a primeira palavra que digitei para começar esse texto. Claro, é o título, não é mesmo? Então o cursor ficou piscando e me encarando por um bom tempo até que eu encontrasse do que mais falar. E encontrei tanto! Seja nas temáticas que aborda, seja na escrita inventiva do autor, ele não tem fundo. Ulysses é inesgotável! Antecipo: aqui você não encontrará descrição de cenas ou resumo da história. A impressão que me marcou de verdade é a impressão que quero deixar para vocês da obra: é um livro e precisa ser encarado dessa forma. Um objeto-livro que está aqui para ser usado. Mas acontece que, infelizmente, ele é apenas conhecido. Conhecido por muitos e lido por poucos.

Se sabe que James Joyce usou a Odisseia de Homero como uma espécie de molde para também a jornada de Leopold Bloom de volta para sua casa. Para mim foi absolutamente tranquilo avançar nas páginas estando livre desse pré-requisito - salvo uma pesquisa aqui e acolá, é claro. Se você quer ler a Odisseia antes, ótimo. Mas não a use como um impedimento. Ela não é. Seria também uma dolorosa e insuportável quebra de ritmo buscar um significado obscuro sobre as metáfora escritas, algumas até usadas pelo próprio autor como provocações aos leitores que buscarão por todas e cada uma delas. (?Querido leitor, dedique sua vida à minha obra, mas saiba que algumas coisas nessa vida simplesmente não possuem explicação lógica. Um abraço. JJ.?). E sabe de mais uma coisa? O autor levou sete anos para escrever esse livro e eu não poderia querer lê-lo em uma semana! No fim das contas demorei quatro meses. Estamos diante de um livro sobre um dia, mas que fica conosco a vida toda.

Seria, então, absurdo ouvir que um livro de mil páginas narra o tempo de somente um dia. No entanto, a saga dos personagens joyceanos é sobretudo mental. Afinal, quantos pensamentos passam por nossas cabeças ao longo de um único dia? Para onde viajamos? Com quem esbarramos? De quem nos despedimos? Sob essa perspectiva não me parece absurdo de modo algum que o escritor tenha tanto o que narrar durante um único dia.

Ao longo da minha leitura, ouvi repetidas vezes dizerem que seria um livro difícil, até mesmo impossível de ser concluído. Mas, escutem, ele foi escrito sobre o irlandês para o irlandês, sobre nós para nós! Óbvio que necessita de dedicação e de atenção. É uma obra experimental em suas formas linguísticas, o autor cria palavras, escreve os sons, quer trazer a língua falada pro texto escrito e é genial em sua tarefa. A ambientação da obra é extremamente difícil, especialmente por estarmos acostumados, enquanto leitores, que um escritor entregue cenas esmiuçadas em vários detalhes. Mas aqui você precisará de coragem para avançar na cena e só depois se encontrar nela. Para perceber onde e com quem estava eu precisei seguir em frente.

O modo moderno de encarar as relações emocionais, de encarar a nós mesmos e nossos questionamentos, é veloz e efêmero, é mastigado e compartimentalizado. É assim. E, talvez, muitos de nós não estejamos dispostos a dedicar tempo a livros como este porque, em primeiro lugar, não somos capazes de dedicar tempo nem mesmo para compreender o nós. Ulysses trata das falsas relações sociais que acontecem no trabalho; de amores fora do casamento; trata da paternidade de forma muito ramificada através de Bloom e Dedalus, individualmente e entre os dois; escacara o leque de desejos sexuais que, pasmem!, as mulheres possuem - na contramão do que historicamente foram ensinadas a sentir e ser dentro da sociedade. Então, se digo que não entendi Ulysses arrisco, lamentavelmente, não ter entendido nada também sobre mim e meu mundo.

Não foi o melhor livro que já li, mas foi um dos livros que, definitivamente, mudou a minha vida. Amadurecer enquanto leitora nesse processo foi a maior recompensa de Ulysses. Foi cansativo, houve muitas páginas confusas e que precisaram (e precisam!) de releitura, mas apenas agora, depois de semanas finalizado, consigo me sentir na exclusiva e confortável posição de quem o leu.

.

"Ulysses te dá de volta exatamente o esforço que você deposita nele." - Declan Kibers.
Andreas Chamorro 19/06/2020minha estante
Que texto!


Etiene ~ @antologiapessoal 19/06/2020minha estante
resultado de: Que livro!




Didi 08/09/2011

A história é simples até demais. O modo como o livro foi escrito, não - e é aí que mora toda a magia e genialidade da obra.

Talvez a maior dificuldade que a maioria encontrou no livro foi a diversidade técnica utilizada por Joyce (vide o roteiro), uma vez que um capítulo é escrito/contado usando uma técnica totalmente diferente do anterior e do próximo. Fluxo de consciência, neologismos, referências das mais diversas, frases e palavras em outros idiomas e extenso vocabulário ficam em segundo plano. É um livro recheado de literatura, quase uma aula.

É um desses livros que eu leria novamente e novamente e novamente, que tomaria nuances diferentes a cada nova leitura. Abriu minha mente duma forma que eu não esperava - ah sim, sofri, senti e vivi o livro também...
Janaina 15/07/2017minha estante
Penso como você. Estou quase na metade do livro e estou encantada com a genialidade da obra.




Paulo 20/12/2023

James Joyce, Deus Por Um Dia
No livro, O Desprezo, de Alberto Moravia, ele chega a conclusão que as viagens de Ulisses não tinham como finalidade o retorno para a casa e sim a fuga dela.
E é isso que acontece com esse Ulysses Bloom aqui também, um dia fora de casa e evitando voltar. Uma aventura de um dia, pelos mares de seus pensamentos.
Mas sinceramente, não gostei!
Bloom é humilhado por tudo e por todos. Um monte de palavras juntas, enxurrada de fluxo de pensamentos, tanta referência chata... me dei dois meses, li com calma, mas nem assim se tornou menos chato. É igual a ir naquelas exposições de arte em que o artista gruda uma banana com fita adesiva na parede e tem gente que fica olhando e vendo mil significados naquilo.
E para fazer um combo com esse falso conceito, essa edição só finge ser de luxo, pois a lombada desgrudou toda e esses desenhos, mesmo que originais, uma criança de 4 anos faz melhor.
Aquele segundo capítulo é quase um Beau Tem Medo, chato ao extremo!
Fiquei com três partes na memória, e para deixar como uma boa lembrança são as que vou preservar. Que são logo a que ele é apresentado, ele na praia fantasiando com a menina manca e o final que a esposa toma conta das linhas.
Como foi ser Deus por um dia na vida de todos os dublinenses e ter tido acesso a todos os pensamentos e conversas e encontros, hein James Joyce?
No entanto, convenhamos que Arroza de Castela é realmente uma piada engraçada!
Vitor Butrago 18/02/2024minha estante
Arroz de costela seria melhor.




Matheus 25/08/2023

Venci Ulysses!
Ulysses é conhecido por não ser um livro fácil de ser lido, e de fato, é difícil. Diria que é realmente um dos livros mais difíceis que já li. Eu afirmaria que a escrita de Joyce não é complexa, mas sim elegante. Durante toda a obra, diálogos complexos são desenvolvidos, principalmente sobre Shakespeare. Foi uma experiência que valeu muito a pena; confesso que compreendi um terço do livro, ficaram muitas lacunas ainda, mas certamente as preencherei com uma futura releitura. Ulysses não é o tipo de livro que deve apenas ser lido, mas sim degustado. Então... Sr. James Joyce, até breve.

Publicado em 1922 a história se passa ao longo de um único dia, 16 de junho de 1904, na cidade de Dublin, Irlanda. A trama acompanha as jornadas de Leopold Bloom, Stephen Dedalus e Molly Bloom, fazendo paralelos com a jornada de Ulisses na Odisseia de Homero.

A complexidade da obra se manifesta em vários aspectos, incluindo sua estrutura narrativa não convencional, o uso inovador de diferentes estilos literários e linguagens, bem como suas inúmeras referências culturais e literárias. Joyce explora a mente humana de forma profunda, apresentando uma variedade de pensamentos, emoções e experiências dos personagens, muitas vezes por meio de fluxos de consciência.

A narrativa de "Ulysses" é rica em simbolismo, e o título da obra faz referência direta à Odisseia de Homero. Cada capítulo do livro se relaciona com um episódio específico da Odisseia, e Joyce utiliza essa estrutura para explorar temas como identidade, busca de significado, mortalidade, sexualidade e a relação entre o indivíduo e a sociedade.

A obra também é conhecida por sua linguagem complexa e experimental, incluindo neologismos, paródias e trocadilhos, o que a torna uma leitura desafiadora. No entanto, essa complexidade também é parte integrante da experiência da leitura, uma vez que a exploração das possibilidades da linguagem é uma das características marcantes de "Ulysses".

Em resumo, "Ulysses" é uma obra que transcende os limites convencionais da literatura, desafiando os leitores a se envolverem com sua rica tapeçaria de temas, estilos e referências. Sua importância na literatura modernista e sua capacidade de provocar reflexões profundas garantem seu lugar como uma das obras literárias mais influentes e discutidas do século XX.
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Bruno Cordeiro 19/10/2021

Eu pensei em escrever uma daquelas minhas resenhas com observações e detalhes e referências do jeito que eu costumo fazer, mas se tratando de Ulysses... não.
Não, pq eu até poderia fazer algo bom mas já ta cheio de resenha boa e no fundo eu seria só mais um, talvez eu fizesse bem mas de que importa? A obra fala por si e conversa com vc, leitor, não com quem vai ler sua resenha.
É curioso que, eu que gosto tanto de fazer resenhas não vá escrever uma sobre o maior desafio que já tive como leitor, mas se pensar bem faz sentido, eu deixo de lado o que é conveniente e parto logo pro que quero de verdade, apenas ser alguém que quer escrever algo que se destaque no meio da multidão.
E aqui estou eu, falando mais sobre mim do que sobre o livro, mas talvez a intenção seja essa, o leitor e seu livro; quando perguntado sobre ele, o livro, diz o que sente, sem convenções ou modismos. Apenas o que se sente lendo, escrevendo, compondo, desenhando, ouvindo música, essa é a magia da arte, e hoje eu to assim. Talvez amanhã ou depois eu escreva outra resenha, mas por hoje eu não poderia escrever uma resenha técnica, não com Ulysses.
lela 19/10/2021minha estante
eu estou simplesmente sem palavras, eu vou ler esse livro com toda certeza.




Mariinaisabel 04/11/2022

Adeus
Ulysse foi O livro de 2022 para mim e foi o elo de ligação em cada decisão que tomei e aos acontecimentos de cada etapa.
Mês a mês eu encarei Ulysses, dizendo para mim mesmo que  era só mais um livro, mas absolutamente, não.
Por vezes vi só um amontoado de palavras e frases sem sentido perdidas nas páginas até perceber que eram  simples pensamentos.
Pensamentos sobre cada micro momento do dia 16 de junho de 1904.
Os anseios, temores, amores, luto, fracasso, dúvida de cada personagem,  senti como se fossem os meus próprios.
Se eu devesse resumir em uma palavra essa leitura, seria experiência. Foi válida e grandiosa, mas foi isso. Não nos veremos mais Ulysses. Adeus.
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Milena.Saleh 28/06/2022

Um livro incomum
O livro trata de Bloom e Dedalus, alternadamente narradores, e sua peregrinação por Dublin no dia 16/06/1904. Ocorrem de cenas comuns do cotidiano até alucinações bizarras e episódios sexuais inusitados nesse meio tempo. Há muitos pensamentos que intercalam com a maioria da narrativa. E há passagens em forma de poema.
Ulysses não é um livro a ser lido por diversão. É para os determinados. Não se entende o livro 100%; no meu caso, arriscaria 50. Mas nem tudo precisa ter explicação; há mistério em quase tudo. Há fluxos de pensamento abundantes que interrompem a história, que não é reposta depois. Há eventos que dão dicas de revelações que chegam só depois de 500 outras páginas. Nem tudo, ou quase nada, é o que parece. Alguns personagens nos inspiram amor e ódio. E tudo isso em somente um dia dentro da história.
Algumas recomendações aos aspirantes à leitura: leiam ilíada e odisseia antes, nem que uma versão resumida, para entender o rumo da peregrinação de Bloom; tenham algum conhecimento da obra de Shakespeare para entender as múltiplas referências; usem algum guia de Ulysses (existem vários no mercado), caso desejem compreensão completa e minuciosa de referências escondidas.
Para aqueles que, como eu, têm um objetivo com a leitura, nem que seja para conhecer um clássico, boa sorte; tentem não desistir na passagem da praia, que é onde todos desistem; e muita paciência.
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Moises Celestino 13/08/2020

Revisão deste clássico...
Concordo integralmente que "Ulysses", como entretenimento literário é mesmo difícil de compreender e de ser lido até o fim. Confesso que já pensei também em abandonar a leitura, mas decidi ir até o final da mesma. Trata-se de paródia de altíssima complexidade, meticulosa e meramente figurativa. O autor simplesmente elaborou uma obra desafiadora adaptando a Odisseia de Homero, condensando a viagem aventurosa de Odisseu pelo mundo helênico no regresso da Guerra de Troia à ilha de que era rei, Ítaca, e onde havia ficado a sua esposa, a rainha Penélope. Cheguei à seguinte conclusão de que James Joyce criou um livro revolucionário no estilo e na concepção. Mas, só quero deixar bem claro aos amigos e amigas do Skoob que (ainda não leram o romance na íntegra) este "Ulysses", na minha modesta opinião, não é um livro adequado para quem queira iniciar na literatura.
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