Aline 10/10/2021
100 páginas de ???
Longe da divisão clássica e origem histórica dos termos 'Direita' e 'Esquerda', Rothbard apresenta aqui uma visão completamente distinta e inovadora. Inclusive, penso eu, é necessário conhecer - ao menos superficialmente - a visão clássica destes termos, bem como o cenário histórico em que o livro foi escrito (EUA da década de 60), para compreendê-lo.
Compreender como Rothbard, um dos principais expoentes do libertarianismo, inseriu a corrente ideológica no espectro da esquerda ? (e, acredite, quando se compreende o livro... tudo faz sentido!)
Mais do que definir cada um destes espectros, o livro mostra como é perigoso inserir algo (uma política pública, algo como o New Deal) em um dos lados. Pode-se descobrir que há fortes elementos do outro lado no programa. Enfim, nada é tão "preto no branco". Assim, há dificuldade em situar mesmo o liberalismo em um dos lados... há que diga que o enfraquecimento do liberalismo radical originou, de certa forma, o socialismo. E tudo isso foi tratado pelo autor através de uma profunda imersão na História, inclusive na relevância do liberalismo na derrocada do ancient règime.
Por fim, segue a mensagem final de positiva esperança para a liberdade:
"Aquilo que os marxistas chamariam de "condições objetivas" para o triunfo da liberdade existe, portanto, por toda parte no mundo, e mais do que em qualquer época passada, pois, em toda parte, o povo optou por padrões de vida mais elevados e pela promessa da liberdade, e em toda parte os vários regimes de estatismo e coletivismo não têm como alcançar essas metas. O que falta, portanto, são apenas as "condições subjetivas" para a vitória, isto é, um corpo cada vez maior de libertários esclarecidos, que difundem entre os povos do mundo a mensagem de que a liberdade e o mercado totalmente livre oferecem a saída para seus problemas e crises."
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