A descoberta do mundo

A descoberta do mundo Clarice Lispector




Resenhas - A Descoberta Do Mundo


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Cléia 07/08/2022

Diário de Leitura
Este livro me acompanhou durante fases deliciosas da minha vida. Foi muito bom dividí-las com ele, eu absorvi um pouco de Clarice em minha forma de enxergar a vida, de sentir o mundo e até de escrever. É com um pouco de dor que finalizo essa maravilhosa sequência de crônicas que tanto sonhei em ter em minhas mãos e que adiei ao máximo o momento da despedida. Foi minha própria Felicidade Clandestina. ??
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André Costa 08/02/2024

Uma aproximação com a autora
As crônicas de Clarice Lispector permitem criar uma aproximação com o universo subjetivo e intimista dessa autora enigmática. A crônica é um gênero leve, podendo ser considerada um gênero de leitura mais fácil. O processo da crônica é abordar o cotidiano. Nesse caso, temos revelações e novas perspectivas do dia a dia por meio do olhar atento e sensível da Clarice.

"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo"
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Luciana 15/01/2021

02/2021 - Releitura
Crônicas de Clarice Lispector ❤
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"Amanheci em cólera. Não, não, o mundo não me agrada. A maioria das pessoas estão mortas, e não sabem [...]. E o amor, em vez de dar, exige. E quem gosta de nós quer que sejamos alguma coisa de que eles precisam. Mentir dar remorso. E não mentir é um dom que o mundo não merece" (p. 37).
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"todo herói é um herói de si mesmo. Quem vence está-se vencendo" (p. 66).
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"Agora um pedido: não me corrija. [...] E se você me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar" (p. 74).
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"Só peço uma coisa: na hora de morrer eu queria ter uma pessoa amada por mim ao meu lado para me segurar a mão. Então não terei medo, e estarei acompanhada quando atravessar a grande passagem" (p. 102).
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"Da última vez que minha amiga me mandou rosas silvestres, quando estas estavam morrendo e ficando mais perfumadas ainda, eu disse para meus filhos:
- Era assim que eu queria morrer: perfumado de amor. Morta e exalando a alma viva" (p. 106).
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"Segunda-feira é um dia mais difícil porque é sempre a tentativa do começo de vida nova. Façamos cada domingo de noite um réveillon modesto, pois se meia-noite de domingo não é começo de Ano Novo, é começo de semana nova, o que significa fazer planos e fabricar sonhos" (p. 109).
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"[...] não sacrifique o dia de hoje pelo de amanhã. Se você se sente infeliz agora, tome alguma providência agora, pois só na sequência dos agoras é que você existe" (p. 160).
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"Pertencer não vem apenas de ser fraca e precisar unir-se a algo ou a alguém mais forte. Muitas vezes a vontade imensa de pertencer vem em mim de minha própria força - eu quero pertencer para que minha força não seja inútil e fortifique uma pessoa ou uma coisa" (p. 111).
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"Repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena" (p. 161).
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"Nenhum ser humano me deu jamais a sensação de ser tão totalmente amada como fui amada sem restrições por esse cão" (p. 334).
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"Ele disse: não chore que chorar enfraquece. Eu disse: mas às vezes é como a chuva de que se precisa quando tem estiagem demais e tudo fica muito seco" (p. 373).
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#livros #claricelispector #releitura

site: https://www.instagram.com/a.biblioteca.da.psicologa/
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Marcinhow 17/04/2022

Não me canso de ler e reler as crônicas de Clarice. Há sempre um tesouro, uma pérola entre esses seus escritos.
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bruno.faces 03/12/2022

Profundo
Clarisse molda as palavras como se fosse barro, é incrível, profundo, pesado e altamente relacionável.
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Antônio 12/07/2023

Clarice duvidava muito da sua própria capacidade de ser uma boa cronista. Se achava pessoal demais as vezes e, em outras, se cobrava para encontrar algo para dizer. Justamente a pessoa que podia escrever sobre qualquer coisa da forma mais linda?
É um livro sobre o cotidiano. Ler e reler um pouquinho dele dia após dia foi uma delícia.
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Evy 20/01/2011

Perfeita!
Este é o "Livro do Desassossego" da Clarice Lispector. Uma coletânea de textos maravilhosos que te faz descobrir mundos internos, refletir ações e ideías, modificar-se. Além de ver-se refletido em inúmeros sentimentos cotidianos tão bem relatados pela sensibilidade de Clarice. Com certeza, um dos meus favoritos dela, e o tipo de livro que não se pára de ler nunca. Me vejo sempre voltando às suas páginas e me embriagando de palavras e sentimentos.

"Eu disse uma vez que escrever é uma maldição. Não me lembro por que exatamente eu o disse, e com sinceridade. Hoje repito: é uma maldição, mas uma maldição que salva".

Fico muito feliz que ela tenha compartilhado conosco muito dessa maldição que realmente, salva! Leitura recomendada.
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Geane.Gouvea 08/08/2022

Desafio 12 livros em 12 meses - Clarice Lispector #livro5
? Minha experiência:

?Iniciei em maio, terminei em agosto, apreciando melhor o tempo.
?CLARICE, não requer ler por ler.
?LISPECTOR, se demora, se mergulha nas suas histórias, que se mistura a sua vida particular, e do que se ouviu falar, com seus contos e crônicas.. e entrevistas!
?Uma forte característica, que envolve o leitor, é o de trazer para perto, fazer parte dos seus escritos e imaginar diversos contrastes, seja das suas memórias, seja dos fatos que ela presencia, por exemplo, em uma corrida de táxi.

? Em resumo:

As crônicas de Clarice Lispector publicadas no Jornal do Brasil de 1967 a 1973 nos permitem compreender melhor a escritura desta que se consagrou como uma das maiores escritoras do Brasil. Se nos contos e romances o mistério de uma narrativa envolve o leitor num processo quase que iniciático, nas crônicas esse mistério vai aos poucos sendo desvendado, revelando o mundo pessoal e subjetivo da autora enigmática que viveu no Leme, próximo às areias e ao mar de Copacabana, que tanto apreciava.

? QUOTE de destaque:

"Um jornalista de Belo Horizonte disse-me que fizera uma constatação curiosa: certas pessoas achavam meus livros difíceis e no entanto achavam perfeitamente fácil entender-me no jornal, mesmo quando publico textos mais complicados. Há um texto meu sobre o estado de graça que, pelo próprio assunto, não seria tão comunicável e no entanto soube, para meu espanto, que foi parar até dentro de missal. Que coisa! Respondi ao jornalista que a compreensão do leitor depende muito de sua atitude na abordagem do texto, de sua predisposição, de sua isenção de ideias preconcebidas. E o leitor de jornal, habituado a ler sem dificuldade o jornal, está predisposto a entender tudo. E isto simplesmente porque ?jornal é para ser entendido?. Não há dúvida, porém, de que eu valorizo muito mais o que escrevo em livros do que o que escrevo para jornais ? isso sem, no entanto, deixar de escrever com gosto para o leitor de jornal e sem deixar de amá-lo."
Ramilson.Nasciment 08/08/2022minha estante
????




joaoggur 27/01/2022

Nova abordagem.
?Bom, mas, quanto a pensar como divertimento, a ausência de riscos o põe ao alcance de todos. Algum risco tem, é claro. Brinca-se e pode-se sair de coração pesado.?

?Não, não, o mundo não me agrada. A maioria das pessoas estão mortas e não sabem, ou estão vivas com charlatanismo. E o amor, em vez de dar, exige. E quem gosta de nós quer que sejamos alguma coisa de que eles precisam.?

?Eu disse a uma amiga:?A vida sempre superexigiu de mim. Ela disse:?Mas lembre-se de que você também superexige da vida. Sim.?

?E nasci para escrever. A palavra é meu domínio sobre o mundo. Eu tive desde a infância várias vocações que me chamavam ardentemente. Uma das vocações era escrever. E não sei por quê, foi esta que eu segui. Talvez porque para as outras vocações eu precisaria de um longo aprendizado, enquanto que para escrever o aprendizado é a própria vida se vivendo em nós e ao redor de nós.?

?A hora da sobrevivência é aquela em que a crueldade de quem é vítima é permitida, a crueldade e a revolta. E não compreender os outros é que é certo.?

?Estou com saudade de mim. Ando pouco recolhida, atendo demais ao telefone, escrevo depressa, vivo depressa. Onde está eu? Preciso fazer um retiro espiritual e encontrar-me enfim?enfim, mas que medo de mim mesma.?

?Há pessoas que têm vergonha de viver: são os tímidos, entre os quais me incluo. Desculpem, por exemplo, estar tomando lugar no espaço. Desculpem eu ser eu. Quero ficar só! grita a alma do tímido, que só se liberta na solidão.?, esse é MUITO eu.
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Carla.Parreira 04/11/2023

A descoberta do mundo (Clarice Lispector)
Melhores trechos: "...Tudo o que escrevo está ligado, pelo menos dentro de mim, à realidade em que vivemos. É possível que este meu lado ainda se fortifique mais algum dia... O senhor já foi estudante e sabe que nem sempre os alunos que tiraram as melhores notas terminam sendo os melhores profissionais, os mais capacitados para resolver na vida real os grandes problemas que existem... O estado de graça é apenas uma pequena abertura para uma terra que é uma espécie de calmo paraíso, mas não é a entrada nele, nem dá o direito de se comer dos frutos de seus pomares. Sai-se do estado de graça com o rosto liso, os olhos abertos e pensativos e, embora não se tenha sorrido, é como se o corpo todo viesse de um sorriso suave. E sai-se melhor criatura do que se entrou. Experimentou-se alguma coisa que parece redimir a condição humana, embora ao mesmo tempo fiquem acentuados os estreitos limites dessa condição. E exatamente porque depois da graça a condição humana se revela na sua pobreza implorante, aprende-se a amar mais, a perdoar mais, a esperar mais. Passa-se a ter uma espécie de confiança no sofrimento e em seus caminhos tantas vezes intoleráveis. Há dias que são tão áridos e desérticos que eu daria anos de minha vida em troca de uns minutos de graça... O contato com o outro ser através da palavra escrita é uma glória. Se me fosse tirada a palavra pela qual tanto luto, eu teria que dançar ou pintar. Alguma forma de comunicação com o mundo eu daria um jeito de ter. E escrever é um divinizador do ser humano... As pessoas que falam de minha inteligência estão na verdade confundindo inteligência com o que chamarei agora de sensibilidade inteligente. Esta, sim, várias vezes tive e tenho... Não sacrifique o dia de hoje pelo de amanhã. Se você se sente infeliz agora, tome alguma providência agora, pois só na sequência dos agoras é que você existe. Cada um de nós, aliás, fazendo um exame de consciência, lembra-se pelo menos de vários agoras que foram perdidos e que não voltarão mais. Há momentos na vida que o arrepemdimento de não ter tido ou não ter sido ou não ter resolvido ou não ter aceito, há momentos na vida em que o arrependimento é profundo como uma dor profunda..."
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Michelle 16/09/2011

Definitivamente escrever é despir-se para o outro. É um desnudar a alma, num processo que é compreendido quando se lê Clarice Lispector. Sua escrita flui e atinge lugares efêmeros nos recônditos da alma. É assim comigo... Sinto como que não apenas ela escrevesse para mim, mas me inscrevesse nas (entre)linhas de seus escritos. Meus sentimentos: medos, amores, decepções, angústias, desejos, prazes... tudo é disposto de maneira que nem eu mesma sei expressar. Me reconheço em seus textos e por isso me identifico com seu jeito introspectivo.
Uma pena não ter nascido na TUA época, Clarice, e poder dizer, de algum modo, que sou melhor depois de conhecer teu jeito de escrever: uma aprendizagem de amor.
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joolivis 08/10/2023

Clarice por clarice
"A vida me fez de vez em quando pertencer, como se fosse para me dar a medida do que eu perco não pertencendo. E então eu soube: pertencer é viver."

As crônicas publicadas no Jornal Brasil são quase uma viagem pela pessoa de Clarice: elas são pessoais e abarcam tudo, da rotina à reflexões filosóficas poderosas.

Entramos na rotina, nas relações, nas questões familiares, na infância, nas viagens, nas conversas. E, de certo modo, isso é mágico. Conhecer umas das maiores lendas da literatura brasileira de maneira íntima.

Crônica não é exatamente um tipo de leitura que sou habituado e, devo dizer, por mais que a escrita de Clarice seja divina, certos pontos, rotineiros e ordinários, foram-me um pouco arrastados.

Porém, isso não tira a qualidade da obra. continua sendo um livro sensacional!
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_Ane_ 27/03/2021

As crônicas de Clarice Lispector são sempre muito boas. Um ou outro texto torna a leitura um pouco arrastada, mas no geral, a visão de mundo de Clarice é além-mundo. Uma mulher adiantada do seu tempo. Tenho ela uma grande admiração.
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underlou 27/11/2020

Devaneios crônicos
Essa coletânea reúne textos incríveis como Persona ou Se Eu Fosse Eu; mas nem todos os devaneios lispectorianos, que se convencionou chamar de crônicas, se saem bem-sucedidos e a própria Clarice atesta isso com suas palavras em alguns textos. Ainda assim, que se mordam os amantes de rótulos, Clarice sempre bárbara.
Teco3 27/11/2020minha estante
A indireta para o Safo




Luanna.Vieira 07/08/2020

FANTÁSTICO, demorei tanto pra ler por não querer acaba-lo. mas acabou, é um livro que muda nosso interior, e nos faz amar a vida, a língua portuguesa e o território nacional. Uma verdadeira descoberta do mundo.
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