Resenhas - Manuel Bandeira

Josi 13/02/2024

"? Quero a delícia de poder sentir as coisas mais simples."

Esta antologia, lançada em 1961, traz uma seleção de poemas feita pelo próprio autor, que passeia por toda sua obra e nos dá um belo panorama da versatilidade de sua arte poética, em que encontramos desde poemas em que estão presentes recursos mais tradicionais, até os versos livres que o fizeram tão notável entre os modernistas.

Os temas também são variados: cotidiano, lembranças da infância e retratos da cultura popular brasileira se mesclam a romance, sensualidade, humor, fé, e por aí vai...

Particularmente, meus favoritos são aqueles em que, com muita delicadeza, o autor nos traz um pouco de sua nostalgia e/ou cultua as coisas simples e belas da vida e da natureza.

Mesmo não sendo uma grande leitora de poesia, Manuel Bandeira está entre aqueles poetas que considero impossível não gostar e que me tocam profundamente ??

Isabel 20/01/2024

Excelente
Através do olhar de Bandeira é possível fazer uma viagem ao Recife de época, do qual ele detalhadamente trata em vários trechos. Leitura gostosa demais. Também adorei perceber como a visão dele da vida muda ao longo dos anos e isso se expressa em seus poemas.

livia_ss 01/12/2023

Incrível!
Li um dos livros do Bandeira há alguns anos e nunca me esqueci. Acho simplesmente impressionante a métrica, a sonoridade de seus poemas. É uma coisa linda, muito linda. Pra mim, é um dos maiores poetas brasileiros, sem sombra de dúvidas.

Vinícius Tyrone 09/07/2023

Manuel me surpreendeu
Não sou muito fã e familiarizado com poesias. Estou justamente tentando mudar isso. E Manuel bandeira me surpreendeu muito. Seus poemas são ótimos e de todos os tipos. Sua escrita é simples e profunda. Melancólico e brasileiro acima de tudo. Ótima antologia de poemas.

J. Silva 23/03/2023

Antologia Poética
Organizada pelo próprio autor em 1961, "Antologia poética" traz notáveis poemas publicados ao longo da carreira e nos mais variados livros. Extraímos dessa obra basilar poemas que tratam do cotidiano, da vida e da morte, da infância e vida do autor e ao final, traduções de poesia e prosa de autores consagrados.

O contato com uma antologia proporciona conhecer o estilo do autor, sua evolução e as influências que guiaram seus textos. Por isso, que quando se fala em Manuel Bandeira é mergulhar na poesia modernista brasileira, que era marcada pela liberdade de criação, versos livres, aproximação entre a fala e a escrita, além de elementos regionalistas.

Ao longo da leitura, revivi as aulas de literatura do ensino médio e conheci outros textos, que me eram desconhecidos e que me impactaram profundamente. Ao final, com os poemas traduzidos, tive a oportunidade de conhecer os sonetos de Elizabeth Barrett Browning e ter despertado o interesse em conhecer mais a obra dessa poetisa.

?????

O último poema
Assim eu queria o meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

?????

Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei

Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive

E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d?água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada

Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcaloide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar

E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
? Lá sou amigo do rei ?
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.

Julhaodobem 25/03/2022

Um livro Poético
Este foi o meu primeiro livro de Manuel Bandeira que li em vida, um poeta da geração de 22, um professor de literatura e uma figura brasileira na arte em geral e paulista.


O livro foi um ótimo escape da vida conturbada da modernidade tecnológica e depressiva que a cada dia engole mais jovens como eu, mas tenho algo que poucos da minha idade tem, fome de leitura. Graças essa fome incansável que não acaba dentro de mim, esse monstro quer literatura a toda hora, seria um vicio?, talvez. Mas pelo menos é em ler, não é drogas, sexo ou votar 17.

Este livro me fez perceber a complexidade da poesia por meio da simplicidade moderna na escrita de versos filosoficos sobre o amor, a vida e a politica brasileira antigamente. Isso é lindo e agora sempre que ver algo sobre Manuel Bandeira me lembrarei, há, ja li algo dele.

Marcelo Nunes 30/01/2022

Uma ótima coletânea
Nessa obra, temos um compilados de vários poemas do Manuel Bandeira. É possível ver diferentes formas de escrita do autor. Uma pena não ter algumas notas de rodapé para enriquecer a leitura.

Nato.Reis 09/09/2021

O último poema
"Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação"

Debi 18/03/2021

Esse livro fugiu totalmente dos que eu estou acostumada a ler

Descobri que poesia me faz chorar !!

Guacira.GonAalves 12/03/2019

Mais um excelente livro de poesias de Manuel Bandeira!

M. 11/10/2018

[...].
Infelizmente, por alguns problemas culturais, a dificuldade de possuir Cultura neste país, torna-se cada vez mais difícil comprar livros, com este não foi diferente.

Tive a agradável oportunidade de poder passar meus dedos entre as parcas páginas desta antologia de M. Bandeira que ainda não sou capaz de classificar.

Ainda repito, Poesia é coisa que não se esgota.

Raquel.Santos 17/02/2018

A Antologia poetica contem todos os poemas feitos de Bandeira em um unico livro. Seus poemas sao vários. Tem poemas do cotidiano, autobiográfico, da infancia, de amor. De tudo um pouco. Tem algumas traducoes. Ele é de uma grandeza incrível. É inventivo, pois aprendeu muito bem a escrever em diversas formas líricas, o que lhe deu maior notoriedade em seus versos. Além disso, tem uma criticidade aguçadissima.
As cinzas das horas... é um livro de poemas de transiçao.

Felipe.Oliveira 30/07/2017

Dominado pelas palavras.
Manuel demonstra um domínio incrível das palavras, nessa pequena antologia, já provei da sua genialidade, dando-lhe nome entre os clássicos da poesia. No entanto, não se é pego em muitas das suas poesias o sentido mais profundo, é necessário estudo e conhecimento para se desvendar todos os seus segredos e definitivamente esse tipo de poesia não me satisfaz por completo. Reconheço o seu valor e como em poemas simples ele nos diz muito no entanto nos maiores e complexos a subjetividade do coração não é tomada e portanto afasta a conexão idealizada de inicio.

Lari 12/06/2015

Poemas
É um livro que junta em si muitos poemas do autor Manuel Bandeira, os poemas são divididos por alguns temas. São poemas ótimos que abordam sentimentos, situações e pensamentos.