Risíveis Amores

Risíveis Amores Milan Kundera




Resenhas - Risíveis Amores


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Fabio Shiva 02/12/2020

Magia Literária
Alguns escritores nos empolgam com suas histórias envolventes, que nos fazem esquecer por alguns momentos as agruras da insossa realidade. Outros escritores nos encantam ao dar vida a personagens fascinantes e irresistíveis, que se tornam inquilinos perpétuos nos santuários de nossos corações. Mas há também escritores de um tipo mais raro, que nos impressionam pela vastidão e profundidade de sua visão do mundo, demonstrando tamanho conhecimento da alma humana que mais parecem poderosos feiticeiros, que por meio de misteriosos sortilégios conseguem revelar a nós mesmos um pouco de nossas mais secretas intimidades.

Lembro nitidamente da primeira vez em que tomei consciência desse tipo tão especial e maravilhoso de Literatura: foi durante a leitura de “Os Irmãos Karamázov”, de Dostoiévski. Foi um impacto profundo e muito intrigante descobrir que aquele russo de outro século conhecia tão bem os meus podres e fraquezas! Depois percebi que Hermann Hesse praticava o mesmo tipo de magia literária, assim como o grande Tolstói.

Milan Kundera pertence à mesma “escola mágica”. As sete histórias de amor contadas em “Risíveis Amores” impressionam, sobretudo, pelo que revelam do fino entendimento do autor sobre as sutilezas, nuances e contradições das paixões humanas. Isso aliado a uma narrativa ágil e elegante, em tramas muito bem construídas que divertem ao mesmo tempo que fazem refletir. Como pano de fundo, um retrato da vida na Checoslováquia comunista da década de 1960. Um verdadeiro deleite literário!

“Atravessamos o presente de olhos vendados, mal podemos pressentir ou adivinhar aquilo que estamos vivendo. Só mais tarde, quando a venda é retirada e examinamos o passado, percebemos o que foi vivido, compreendendo o sentido do que se passou.”

“(...) é sempre o que acontece na vida: imaginamos representar um papel numa determinada peça e não percebemos que os cenários foram discretamente mudados, de modo que, sem saber, devemos atuar num outro espetáculo.”

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2020/12/risiveis-amores-milan-kundera.html




site: https://www.facebook.com/sincronicidio
Karina Paidosz 03/12/2020minha estante
Fiquei curiosa. Quero ler


Fabio Shiva 04/12/2020minha estante
Oi Karina! Depois comente o que achou, ok?


Karina Paidosz 04/12/2020minha estante
Sim, pode deixar!


Fabio Shiva 04/12/2020minha estante
Massa! :)


Larissa.Mendes 17/01/2021minha estante
Fabio, achei fantástica a sua resenha e, embora ainda não tenha lido esse livro do Kudera, tive a mesma sensação ao ler ?A insustentável leveza do ser?. Vc mencionou que percebeu que o Hesse e o Tolstoi possuem a mesma habilidade do Kudera em demonstrar conhecimento sobre a alma humana... Você poderia me indicar e dizer em quais livros mais sentiu isso? Ainda não li nada de nenhum desses dois autores mas gostaria muito de conhece-los e ter a oportunidade de me deparar com essa magia logo de cara, rs.


Fabio Shiva 18/01/2021minha estante
Oi Larissa, gratidão pelo comentário e por compartilhar essas reflexões! Quero muito ler "A insustentável leveza do ser", deve ser fenomenal! Quanto a Hesse e Tosltoi, recomendo começar por "Viagem ao Oriente" e "A Morte de Ivan Ilitch", respectivamente, são dois livros curtos mas que expressam lindamente a vastidão desses dois grandes autores. Acho que são boas introduções ao universo deles. Boas leituras!


Pati 30/11/2021minha estante
Que mimo a sua resenha. Com certeza irei ler o livro agora.


Joezer.Moreira 12/03/2022minha estante
Extremamente pertinente essa "categoria" em que você encaixa o Kundera. Pensei algo parecido enquanto lia este livro: como é possível alguém detalhar tanto a alma humana, com suas neuras, inseguranças, hipocrisias e idiossincrasias? Livro maravilhoso, excelente resenha.


Érika 07/08/2022minha estante
Maravilhoso o seu texto! Li esse livro há muitos anos e lembro de me sentir exatamente assim lendo Kundera!


Fabio Shiva 07/08/2022minha estante
Olá, Pati, Joezer e Érika! Gratidão pelos comentários e por essa energia boa! Viva Kundera!


leiturasda.emi 02/02/2023minha estante
Fiquei ainda mais animada pra ler! Encontrei num sebo e esse título me deixou curiosa, assim como aconteceu com "a insustentável leveza do ser".




Paloma 30/12/2013

O livro mais fácil do meu escritor favorito.
Passei a reparar em Milan Kundera quando li A Insustentável Leveza do Ser. Depois, passei para O Livro do Riso e do Esquecimento, que se tornou meu livro preferido de todos os tempos e de todos os autores.

Agora, lendo a terceira obra do escritor mais sincero que eu conheço, posso dizer que entendo bem sua personalidade. Quase como um amigo. E Milan Kundera é encantador. Ele expõe tudo o que pensa, sente, acha e observa sobre o amor, sobre as diversas formas que as mais diversas pessoas tem de amar. E mais: ele expõe o íntimo dos personagens. Ele escancara seus sentimentos e o motivo de suas atitudes, sem seu consentimento. Quando você percebe, está surpreso com o que acabou de ler.. porque é muito real. São aqueles sentimentos e sensações que você tem e que não conta para ninguém. E como ele pode conhecer tantas personalidades diferentes? Como ele pode se aprofundar tanto nas relações humanas em tão poucas páginas? E com descrições tão leves, tão fluidas, nada cansativas... e muito criativas.

Risíveis Amores mostra alguns contos que, ao meu ver, tratam dos desencontros amorosos. Infelizmente, ele pode ser machista em alguns momentos. Acho que ele é um mulherengo que se empresta um pouco a alguns personagens.. o que não deixa de ser algo interessante de se ler e conhecer.

Sou muito, muito fã.
RICARDO 12/07/2015minha estante
Muito boa sua resenha!


Edméia 26/02/2016minha estante
*Paloma, obrigada pela informaçào ! Vou colocar na minha Lista de Desejos na Livraria Saraiva, um ou mais livros deste autor ! (*Estou me familiarizando com os e-books !!! Estou curtindo !!! ).


Marcos.Azeredo 20/03/2020minha estante
Gosto muito deste escritor, li 3 livros dele.




emillyasmin 26/01/2024

"é triste a vida quando não se pode levar nada e ninguém a sério."
"Risíveis Amores", de Milan Kundera, apresenta uma coletânea com sete contos de amores absurdos, ridículos, engraçados e até problemáticos, tudo isso misturando uma narrativa existencialista e filosófica que é bem característica do autor.

De forma geral, o livro é bom. Por serem contos, obviamente alguns são melhores que outros, mas todos apresentam reflexões e pontos de vistas interessantes (ou absurdos) sobre as relações humanas.

Pra quem gosta desse tipo de escrita mais filosófica / existencial, típico do Kundera, vai achar a narrativa interessante.

Meu único problema com esse livro foi a forma como o autor retrata as mulheres. Na realidade, todas as histórias apresentam, majoritariamente, a perspectiva masculina, e as personagens femininas são sempre apresentadas unicamente como objeto de desejo (ou repulsa) do homem. Elas não tem lá muita personalidade ou pensamento, e quando tem, é sempre voltada à necessidade de ficar com o homem.

Isso sem falar nas construções masculinas. A maioria (se não todos) os personagens dos contos são absolutamente destestáveis, com péssimas atitudes com relação às mulheres, e às vezes isso representa o "lado feio" dos relacionamentos humanos e é interessante refletir sobre, de fato, mas em determinado ponto se torna meio cansativo.

No final do livro eu nem conseguia mais diferenciar um cara do outro, mesmo sendo contos diferentes, porque o Kundera tem uma fórmula pronta de "homem casado mulherengo que trai a mulher todo dia, mas continua com ela porque eles se amam de verdade, confia", que ele usa quase todas as vezes. Chega uma hora que enjoa.

Enfim, percebi que mais taquei o pau do que falei bem, mas é um bom livro, de verdade, tirando essas questões que provavelmente vão irritar e fazer algumas pessoas largarem a leitura (eu mesma quase fecho o livro em umas partes que o Dr. Havel fala, esse cara é insuportável).

Já tinha lido "A Insustentável Leveza do Ser" e, pra quem gostou desse, "Risíveis Amores" é uma boa opção. Apesar de não ser tão bom quanto o primeiro, mantêm a mesma premissa de reflexões filosóficas e existencialistas, assim como os homens machistas e as mulheres inúteis.

Ótimo livro.
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Livia 18/10/2020

Vai do gosto, mas não é muito bom não.
Vi aqui muitas pessoas elogiando a sinceridade com que Kundera retrata seus personagens e os sentimentos deles. Mas sinceramente poderia ser sincero de outras formas. Esse livro é inteiramente composto do início ao fim de personagens que precisam urgentemente de terapia. Não senti vontade de rir nem sequer com um desses "amores", que de amores não tem nada e que não são vários amores, são todos o mesmo. O mesmo personagem incapaz de entender o envelhecimento, de respeitar os outros e a recusa dos outros. Basicamente um velho, ex garanhão que não aceita um "não" como resposta, o que leva a vários comportamentos no mínimo questionáveis. São contos rápidos de ler mas que não se aproximam nem 1cm da real profundidade e exploração da alma dos personagens que o autor alcançou com A insustentável leveza do ser. É um livro que conta várias histórias de personagens desprezíveis, não me agradou, se eu soubesse não leria pois não me acrescentou em nada.

site: http://instagram.com/clube.literatus
Tina Lilian Azevedo 23/05/2022minha estante
??????




Ana - @edicaodebolso 20/01/2021

Risíveis Amores
Risíveis Amores, uma coletânea de contos do Milan Kundera escrito em 1959 e só publicado em 1969.

Como o título sugere todos os contos têm como tema o amor e em suas mais diversas formas com um toque de erotismo, porém nada vulgar.

Embora seja um livro com um tema bem definido, me incomodou o fato de todos os contos mesmo com suas histórias totalmente diferentes, todos me despertaram o mesmo sentimento( sabe aquela sensação de mais do mesmo?); exceto os dois últimos que foram os mais cansativos... aff ?

Foi um boa leitura? Não!
Mas que não está de todo perdida uma vez que minha intenção era conhecer a escrita do autor, e olha mesmo não gostando dos contos, a escrita dele me cativou bastante, é repleta de frases de efeito e reflexivas.

Aí vc me pergunta: Mas Ana se você queria conhecer a escrita do Milan porque não investir em A insustentável leveza do ser, seu livro mais aclamado?

Recentemente descobri que A insustentável leveza do ser, um livro muito bem falado por aí, e acho que o mais famoso do autor, carrega em suas páginas vários spoilers , de Anna Karienina, um livro que pretendo ler ainda esse ano.
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Pandora 18/06/2010

Essa e outras resenhas em www.trocaletras.wordpress.com

Eu devorei esse livro! Li em 4 dias e fiquei muito surpresa com o autor. Esperava uma leitura densa e cansativa, mas fluiu muito bem. Não que Kundera seja simples, mas eu me identifiquei logo no primeiro momento com seu modo de escrever e mergulhei no livro.
Risíveis Amores é um livro composto por 7 contos, 7 histórias de “amor”, onde Kundera aborda diversos temas como a superficialidade dos relacionamentos, a hipocrisia dos que dizem amar, traições, mentiras, ciúmes, como nos apoiamos na imagem de nosso parceiro para promover a nossa própria imagem, entre outros.
O texto é ótimo, chocante. É muitíssimo interessante como conseguimos identificar no texto pessoas com as quais nos relacionamos (amorosamente ou não). Eu diria que é impossível terminar esse livro sem ter identificado uma figura conhecida entre os personagens (mesmo que a figura seja nós mesmos).
Imperdível! Estou ansiosa para ler outra obra de Kundera.

Edméia 26/02/2016minha estante
*Pandora, você me deixou mais curiosa ainda em relaçào a este livro !!! Obrigada !!!




cleaneitala 20/01/2021

Não recomendaria Risíveis Amores, especialmente para um primeiro contato com o autor. De fato, Milan desenvolve com uma escrita bem elaborada diversos aspectos desagradáveis das relações amorosas, mas me causou grande desconforto; e não o tipo de desconforto útil que leva à reflexão, um desconforto contraprodutivo que me fez querer que o livro acabasse logo. Principalmente a forma como as mulheres parecem existir nos contos apenas como meios para os fins de descoberta pessoal dos homens (descobertas risíveis) e serem objetos pelos quais eles se interessam com a mesma facilidade com que perdem tal interesse.
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natália rocha 05/03/2021

O que me chamou atenção nesse livro foi o título, ??Risíveis amores??, que remete diretamente ao estilo de escrita de Milan Kundera: o autor traz várias reflexões filosóficas ao mesmo tempo em que faz comentários engraçados, irônicos.

O livro é composto por sete contos que tem como tema central as sutilezas, os defeitos e as contradições das relações amorosas.

Contudo, um ponto que me incomodou ? e acho que não fui a única ? é que a aparição das mulheres nesse livro não são como protagonistas desses amores risíveis, mas sim um meio de descoberta pessoal para os homens - elas são o gatilho dessas reflexões.

Meu conto favorito foi ??Ninguém vai rir??, achei divertido a situação em que o personagem principal vai se envolvendo sem querer, num emaranhado de mentiras cada vez mais difícil de ver-se livre.

Além disso, no livro também há contos que falam sobre um casal de namorados que fingem não se conhecerem até de fato perceberem que são dois estranhos; um plantão médico cheio de reflexões e performances que quase acaba tragicamente por conta do sentimento de rejeição; o reencontro de amantes após muitos anos; e sobre um homem cético que começa a frequentar a igreja e a fingir que crê em Deus somente para conquistar uma garota.

Acho que um ponto comum entre os contos é que os personagens se colocam em situações que sabem que vão ser desconfortáveis, ou apenas descobrem isso quando já estão nela inseridos, que de algum modo, servem como aprendizado ou, no mínimo, como uma reflexão sobre a vida ? o que me parece bem condizente com o estilo do autor.

É um livro legal, apesar dos homens egocêntricos; eu gostei de ler e entrar em contato de novo com a escrita de Milan Kundera ? só li ??A insustentável leveza do ser?? alguns anos atrás e pretendo reler em breve, acho que é o tipo de livro que uma leitura não basta para absorver tudo.
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caio.cidrini 19/03/2022

Subjetividade, amor e humor
Depois de ler os 7 contos de Risíveis Amores fica fácil compreender porque Kundera ocupa uma cadeira no panteão dos grandes autores da humanidade. Foi meu primeiro contato com a obra dele e só posso afirmar que estou ansioso para ler A insustentável leveza do ser e outras narrativas do escritor checo-francês.

Ele consegue através de um texto muito cativante tecer reflexões profundas sobre nós, sujeitos humanos, com as subjetividades, ambiguidades e complexidades que carregamos. Todos os contos tratam do amor de alguma forma com um desenvolvimento repleto de tensões que são ao mesmo tempo cômicas e graves entre os personagens.

Gosto também da ambientação de uma República Checa soviética e da contextualização histórica que Kundera, um checo exilado, consegue fazer de sua terra Natal. A leitura é simples, humorada e capaz de fazer o leitor pensar sobre si mesmo.
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RICARDO 31/07/2015

O eu absoluto
Uma obra essencial para os fãs de Milan Kundera, que embora não tenha a profundidade d´A insustentável leveza do ser - até mesmo por não ser essa a proposta do livro - Risíveis Amores não foge ao estilo "existencialista" do autor.
No decorrer dos contos o leitor reflete sobre uma visão dos relacionamentos que de tão óbvia parece oculta ao senso comum romântico. Kundera tem o talento de esmiuçar as mesquinhezas e os dilemas que se escondem em cada pessoa, bem como a hipocrisia que teima em ocultar o que temos de mais humano.
Ao demonstrar relacionamentos pouco convencionais, seja pela diferença de idade ou por desejos sexuais que se firmam não no corpo do outro mas na própria vontade, na própria imaginação, o autor quebra alguns paradigmas e demonstra que um relacionamento pode ir muito além dos binômios tradicionais como beleza/feiura, amor/aversão.
Em especial gostei de "O jogo da carona". O conto faz um retrato do paradoxo da situação da mulher em uma sociedade machista, talvez essa não tenha sido a intenção do autor, mas ao colocar a personagem em uma condição ambivalente de "mulher certa, mulher pra casar" e "mulher desejada" ao mesmo tempo, fica claro como o homem, por mais que se aparente progressista, começa a desvalorizar a companheira ao mesmo tempo em que a deseja sexualmente, o que ocorre de certa forma em "Eduardo e Deus".
Digo que talvez essa intenção de evidenciar o machismo não tenha sido objetiva por ter achado a obra em geral bem machista, mesma impressão que tive em " A insustentável leveza do ser". O autor é apenas um autor e quanto mais honesta sua obra, mais interessante ela se torna, porém, é preciso ressaltar a ótica preponderantemente masculina e enviesada na qual a mulher é apenas parte de algo mais complexo (uma personagem no grande teatro que é a vida de cada homem).
Outra crítica é a frivolidade de alguns personagens, sendo o individualismo uma constante. A preocupação com a estética e o olhar do outro é quase excessiva. Os homens bem sucedidos e espirituosos seduzem mulheres jovens e cheias de vida, as mulheres mais velhas aparecem ora como ridículas, ora como a imagem de um passado de beleza frente a um sujeito que fracassou e que apenas procura nelas o resgate de seu tempo áureo.
A obra não deixa de ser um retrato interessante de uma sociedade vigiada, Kundera cultua o profissional liberal, os médicos, os artistas e também os professores, refletindo a necessidade da liberdade para ser feliz, para construir e debater ideias e até mesmo para amar, mesmo sendo esse amor, no mais das vezes, machista e individualista.
Recomendo o livro, afinal ler é sempre melhor que não ler. O posfácio é bem interessante e possibilita um crescimento do leitor em relação a análise literária. Se você não é fã de obras como O Estrangeiro e acredita que o ser humano está no mundo para ser maior que suas mesquinharias e vaidades, é possível que se sinta incomodado ao ler, mas nem que seja para criticar ou ter um processo de catarse como tive em "O Jogo da carona", vale a pena a leitura.
Mila 10/05/2016minha estante
Ricardo, excelente resenha. Compactuo com o que você pesou sobre o possível machismo do Kundera e o convicto machismo de seus personagens. Além de individualista, todos os protagonistas são sarcásticos, manipuladores e egoístas. Todos me soaram iguais de certa forma.


RICARDO 05/11/2018minha estante
Obrigado Camila, não me recordo bem do livro mas tive essa impressão também


Livia 18/10/2020minha estante
Nossa, obrigada pelo comentário, só estou vendo resenhas super positivas aqui e ficando chocada que ninguém ficou incomodado com as proporções das coisas nesses contos. Claro que tem ironia e "sinceridade", representação crua das mesquinharias e tal mas chega num limite que não da kkkk muito péssima a representação e o tratamento de todas as mulheres nesse livro.




Paulo.Netto 28/10/2020

Naturalização de um machismo extremo
O livro é composto de contos que tratam de relações (ditas) amorosas extremamente problemáticas, vistas principalmente sob a ótica de personagens masculinas extremamente machistas e manipuladoras. O autor não faz as devidas críticas a esses problemas básicos e naturaliza a objetificação intensa das personagens femininas e o caráter manipulador e predatório das personagens masculinas. As poucas reflexões existenciais que se salvam no livro não valem o esforço de atravessar o resto do texto.
Tina Lilian Azevedo 23/05/2022minha estante
??????




Edu 06/08/2023

Homens risíveis
O livro é dividido em 7 contos que exploram o lado torpe das relações, sejam de amizade ou amorosas. Personagens mesquinhos, egoístas e fúteis colocam-se em situações embaraçosas.

Risivel no dicionário pode significar: 1) que desperta o riso. 2) ridículo; irrisório; digno de escárnio. Todas essas sensações se aplicam ao livro.

São histórias curiosas que você não consegue largar até terminar. É livro para ser devorado em um fim de semana ou até mesmo num só dia.

Os personagens com maior desvio de caráter escancaram uma masculinidade frágil e tons misóginos, o que pode ser encarado como uma crítica ou um reforço (a depender do leitor).
Rodrigo1001 06/08/2023minha estante
Que bela resenha! Sem spoilers, sucinta, estrutura e convidativa.




Lucas Ferreira 10/12/2009

O amor é para rir?
Kudera, ao que parece, levou oito anos para escrever todos esses contos. Como havia dito no meu histórico de leitura, este é um Kundera em plena forma. A maneira como descreve o envolvimento amoroso das pessoas é a mesma em que coloca, num certo tom jocoso, a situação de se estar vivo. Todo mundo se leva a sério e todo mundo passa por bobo, por causa disso, ninguém está acima de ninguém nesse ponto. Afinal de contas, melhor rir do amor do que sofrer dele.

Vale notar que o personagem homólogo do "Dr.Havel, 10 anos depois" é muito parecido com o Tomas da "Insustentável...": médico, conquistador, proprietário de um divã e que só se entrega mesmo (e ainda com certas ressalvas) a uma mulher... Kundera já planejava esse personagem há algum tempo.

Vale a pena a leitura? Sempre.
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AntonioGuil 14/09/2021

não curti a forma que o autor escreve personagens mulheres... a personalidade de todas é basicamente ser sensual provocante enquanto os caras fazem uns monólogos a troco de nada

em breve mais comentários...
lusi.com 14/09/2021minha estante
atenta




nadia 22/01/2021

Sete histórias divertidas sobre amor, sexo e, principalmente, as consequencias da falta de comunicação. O ponto mais forte de Milan neste livro é sua capacidade de construir contos sobre situações que não imaginamos, ou que não esperávamos que merecessem um conto, além de focar na consciência de cada personagem e como estes estão interpretando as situações. Mas, sendo bem sincera, mesmo que bem escrito, acaba sendo maçante em vários momentos, principalmente no quanto se estende falando sobre mulheres. Bem ok.
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