Risíveis Amores

Risíveis Amores Milan Kundera




Resenhas - Risíveis Amores


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Ludmilla 13/01/2024

Achei a leitura um pouco arrastada, talvez pelo fato de que os contos sejam todos baseados na perspectiva masculina sobre ?o amor?. Querendo ou não, em tudo que leio atualmente, vejo o quanto as construções de gênero são fortes na cultura. A mulher, quase sempre, resumida ao seu aspecto físico. Por outro lado, sobre os homens, quase nada se menciona sobre a aparência deles.
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Tina Lilian Azevedo 23/05/2022

Merece o porão da história
Este livro está no projeto Volta ao Mundo em 50 livros da Tag como indicado da República Tcheca. Os contos retratam um país que não existe mais, a Tchecoslovaquia, e, uma sociedade que também já se extinguiu: o comunismo soviético. As histórias nos dão mostras de como a vida era controlada pelo Estado e pelos próprios cidadãos. Este panorama histórico é o ponto favorável da leitura. E só. A escrita é de um bom escritor mas o modo como ele desenrola as histórias é bizarro. Os personagens masculinos vão além da escrotice machista e, todos, têm sérios desvios de caráter. As mulheres retratadas existem apenas para respaldar condutas masculinas questionáveis. Além da objetivação sexual, as formas como são descritas é abjeta, comparando mulheres a animais e nominando-as como animais. O escritor desumaniza pessoas descritas como feias ou velhas. Além dos risíveis amores as condutas são imorais. No primeiro conto há relato de pedofilia. No início pensei que se tratasse de uma crítica social mas, avançando na leitura, concluí que as descrições devem ser de como o escritor via o mundo em 1960 a 1968, período que escreveu o livro e, antes de seu exílio na França, que se deu em 1975. Há matérias que afirmam que Kundera tenta de todas as formas esconder suas atitudes na juventude. Deduzo que há muito o que esconder. A Tag errou ao indicar um livro que merece o porão da história. Crenças e condutas que nós mulheres jamais voltaremos a aceitar. Foi meu primeiro livro do autor e dificilmente voltarei a lê-lo, embora tenha na estante sua obra prima. Jamais daria de presente. Terminei com nojo, muito nojo.
Debora 23/05/2022minha estante
Nossa, está fora da minha lista, com certeza! Que triste...


Alê | @alexandrejjr 23/05/2022minha estante
Penso completamente diferente. Justamente por ser um livro tão incômodo que ele deve ser lido. Para que se reflita sobre ele e sobre o autor e sobre o tempo em que foi escrito. Talvez tenha sido essa a avaliação da TAG.


Tina Lilian Azevedo 23/05/2022minha estante
Talvez você pense assim por não ser mulher e este não ser seu lugar de fala


Alê | @alexandrejjr 23/05/2022minha estante
Não existe lugar de fala na literatura, vale lembrar... mas não estou dizendo que o Kundera não é machista. Ele notoriamente é conhecido por essa característica, inclusive. A questão que eu levanto é: muitos livros envelhecem mal e justamente por isso eles devem ser lidos, para que se tenha uma visão crítica da obra. Por isso acho que foi essa a intenção do pessoal da TAG. Isso é a minha opinião, claro.


Giul 26/07/2023minha estante
Gente, lugar de fala todos sempre têm. Por favor, pesquisem sobre o que realmente é o conceito de lugar de fala.

Observações à parte, enquanto concordo que a visão machista dos personagens homens sobre as mulheres seja bem explícita nos contos, isso não descredita tão profundamente o livro assim. Os efeitos do desencontro da expectativa com a realidade, presentes nos contos, existem até hoje, e têm efeitos bem claros em muitos relacionamentos hoje!

O conto "O jogo da carona" é evidência fortíssima disso, principalmente com a tendência recente desse movimento "redpill" (e outros parecidos). O conto aborda justamente a visão machista polarizante e puritana que classifica mulheres como puras/putas. E ao mesmo tempo a autodescoberta, libertação mental (e consequentes surpresa, espanto e horror!) de uma mulher, antes insegura sobre si mesma graças à própria cultura machista em que cresceu, e que agora descobre que ela é e pode ir muito além dos limites que lhe eram impostos. "Sou eu, sou eu, sou eu" é o que arremata essa descoberta: ela é mais. Uma conclusão agridoce, que ao mesmo tempo serve de tapa na cara do macho frustrado (desiludido), e de tentativa de conciliação desse "amor" que era baseado apenas nessa ilusão puritana.




paola-layber 09/12/2021

Risíveis amores é um mergulho no sentimentalismo da humanidade. As personagens são realistas, embora os impasses passados por eles sejam, como nas nossas próprias vidas, aumentados pelo ego.

A imperfeição humana é demonstrada de forma quase escancarada na narrativa, evidenciando o que há de mais honesto e vulgar no ser humano.

A escrita de Milan Kundera é muito particular, ao mesmo tempo em que narra muito bem os fatos e o que se passa no imaginário das personagens, também promove diversas reflexões sobre a vida e sobre as pessoas ao longo do livro. Indico muito a leitura.

(ansiosa para ler "A Insustentável Leveza do Ser", do mesmo autor).
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Karina 14/06/2020

quem gostou de "a insustentável leveza do ser", provavelmente vai gostar desse também. 7 contos fáceis e divertidos, sempre uma pegada filosófica e com algumas reflexões interessantes. Kundera sempre vale a pena.
Livia 18/10/2020minha estante
Nossa eu gostei de a insustentável leveza do ser mas achei esse infinitamente inferior, não gostei não :/




Maria 14/02/2022

Histórias leves e gostosas e ao mesmo tempo com um humor ácido e uma pitada de provocação. Em alguns momentos as histórias correm mais devagar e o livro fica um pouco monotono, mas não engane-se, logo retoma o ritmo.
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Craotchky 27/11/2015

Profundamente Humano
"Atravessamos o presente de olhos vendados, mal podemos pressentir ou adivinhar aquilo que estamos vivendo. Só mais tarde, quando a venda é retirada e examinamos o passado, percebemos o que foi vivido, compreendendo o sentido do que se passou."

Não tinha nenhuma expectativa com esse volume. Tal como é frequente acontecer em situações tais, não tinha muito a perder. Adianto que achei um livro regular, e que o que possui de diferente, ao menos para mim, é o tema. Não, não há romance, amor, sentimentos ou sexo, como talvez o título pode sugerir. Aqui encontram-se tragédias amorosas, imutáveis desencontros. Praticamente não há romantismo.

Incrível é que Kundera consegue, não sei bem explicar como, ser superficial e profundo simultaneamente. Sua linguagem é leve, descontraída, mesmo tratando de temas profundos das relações humanas. O livro fala essencialmente do lado humano, pessoal, íntimo; de nossas relações com os outros, e sobretudo, com nós mesmos.

Kundera aborda vários aspectos das relações pessoais. Como as pessoas veem de forma tão diferente às outras. Como uma leve mudança no ponto de vista pode afetar sua opinião sobre alguém que você julga conhecer bem. Como as pessoas se conhecem apenas superficialmente umas às outras e o quanto conhecem tão pouco de si mesmas.

O livro é composto de sete contos de leitura surpreendentemente rápida. As situações podem ser meio forçadas, mas não é esse o foco proposto. Um certo machismo é palpável, porém muito leve, nada agressivo, e talvez nem intencional. Foi uma daquelas leituras diferentes, que me proponho a fazer de vez em quando para expandir um pouco mais meus horizontes literários. Um bom livro; não tenho do que reclamar.
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Bruda 29/07/2023

Não foi um dos melhores que já li do Milan. Em alguns momentos me percebi não muito engajada com a história, mas mesmo assim, vale a leitura.
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Beto 21/09/2023

Essa foi minha primeira experiência com Milan Kundera e no geral foi muito positiva. Adorei o autor, sua escrita e singularidade. Pretendo pegar outros títulos em breve.

?Não se deve voltar sempre ao passado. Já dedicamos muito do nosso tempo a ele!?
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Ravel 30/04/2022

Acho que peguei o livro errado pra começar a ler o Kundera.

Apesar de ter gostado de dois contos, achei o resto meio chato e sem nexo algum. Talvez porque eu sou novo e não tenha entendido os conto que não gostei. Quem sabe com um pouco mas de maturidade eu venha a gosta do livro completo.
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GH 30/11/2014

Digno de riso...

Primeiro livro que leio do autor, que é famoso por sua obra ''A Insustentável Leveza do Ser'' (que ainda pretendo ler, inclusive), e não me decepcionei. Alias, achei uma grata surpresa.

São 7 contos sobre relacionamentos amorosos, mostrando suas superficialidades, mentiras, hipocrisias e tudo mais. Apesar de simples, é bem original, criativo e muito bem escrito.
O conto dois e o último foram os que eu mais gostei.

Daora desse livro é que com certeza você á amigo ou conhece alguém parecido com algum personagem da história, isso se ele não for você mesmo...
Raphael 11/08/2015minha estante
Milan Kundera simples?




Thati Ferrari 23/10/2009

Milan Kundera não se cansa de ser o melhor.

É incrível como a cada livro que leio ele consegue me envolver mais e mais. Declaradamente " A Insustentável Leveza do Ser" é meu livro preferido, mas Risíveis Amores me encantou tanto que o outro quase perdeu o seu posto.
Estava a algum tempo querendo lê-lo, mas ele me caiu nas mãos de um forma tão sublime que percebi que este era o momento de deixar mais uma vez este Tcheco adentrar a minha vida .
Risíveis Amores é constituído de sete histórias de amor extremamente originais, onde é trabalhado a falta de comunicação dos seres.
" O equívoco, seja ele de situações ou de sentimentos, é o que torna rísiveis os amores ...", diz o texto na contra-capa. Kundera nos leva através dos personagens à situações do dia-a-dia onde eles poderiam ser nós, onde involuntariamente você se identifica com alguma atitude ou pensamento contido no personagem.
Percebemos como é tão difícil se relacionar quando um simples diálogo não existe, quando nos equivocamos achando uma coisa que na realidade é outra.
Nem sempre expressamos o que realmente sentimos, esse medo do ridículo ou da situação pitoresca nos traz o envolvimento errado, uma ilusão perante aos fatos, uma utopia.
Ele desconstroi isso e nos convida a dar um basta na solidão humana e se abrir para atitudes mais palpáveis.
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Paulo Sousa 07/08/2021

Leitura 17/2021

Risíveis amores [1969]
Orig. Sm??né lásky
Milan Kundera (Rep. Tcheca, 1929-)
Cia das Letras, 2012, 264p
Trad. Teresa Bulhões C. Fonseca
_____________________________
?Atravessamos o presente de olhos vendados, mal podemos pressentir ou adivinhar aquilo que estamos vivendo. Só mais tarde, quando a venda é retirada e examinamos o passado, percebemos o que foi vivido, compreendendo o sentido do que se passou? (Posição Kindle 350/12%).
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?É sempre o que acontece na vida: imaginamos representar um papel numa determinada peça e não percebemos que os cenários foram discretamente mudados, de modo que, sem saber, devemos atuar num outro espetáculo? (Posição Kindle 2761/93%).
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Na pequena coletânea de contos ?Risíveis amores?, o escritor tcheco Milan Kundera aborda situações inusitadas e até ridículas relacionadas à arte do amor. São, em conjunto, como uma espécie de estudo de costumes, análise das relações pessoais e amorosas principalmente, que detalham os mecanismos que levam amantes e amados a assumirem papéis e comportamentos baseados na conveniência da ocasião e no interesse escondido sob grossas camadas de boas intenções.
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Como o próprio título sugere, alguns dos sete contos que formam o volume não só fazem o leitor cair no riso como também levam à percepção de como são ridículos ? e até odiosas, às vezes ? as motivações que movem os personagens de Kundera: homens e mulheres acostumados a ludibriar para convencer, a encarar personalidades díspares para ?venderem seu peixe? e, enfim, consolidarem os almejados intentos.
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Isso porque, não é propriamente o amor o que se busca, nas histórias; há uma maior preocupação em dominar, em chantagear, em enlaçar o outro em amarras emocionais que beiram a insanidade cega ou ao bullying exacerbado (intensifiquei este comportamento de propósito, já que é odioso sua mera prática).
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Se em ?A insustentável leveza do ser?, obra mais lida e conhecida de Kundera, que sempre que posso, releio, se trata de um romance complexo, recheado de aforismos filosóficos, em ?Risíveis amores? impressiona pela linguagem simples, direta, dinâmica e sem qualquer rebuscamento. Como que o autor quisesse desembaraçar os já complexos meandros da relação amorosa e expô-la ao olhar do leitor, sem enfeites nem camadas coloridas, convidando-o a contemplar a vileza disfarçada de amor e refletir sobre ?os desejos e intenções do coração?.
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O resultado não poderia ser mais satisfatório! O leitor tem em mãos um verdadeiro manual do amor risível, aquele movido por sentimentos equivocados, egoístas, vis e contraditórios. É um primor da literatura, aliás, Kundera é inequivocamente um autor essencial! Vale!
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Alysson.Henrique 20/11/2022

Li este livro em sequência ao a Insustentável Leveza do Ser, que havia me fascinado pelo modo como Kundera trazia personagens que representavam questões que representam muito mais do que o personagem em si - a solidão, a busca pela companhia, o medo da proximidade.
Vim para este livro buscando algo semelhante e acredito ter conseguido encontrá-lo, apesar de uma diferença marcante nos personagens. Em Risíveis Amores, os protagonistas são homens que, em geral, tem comportamentos extremamente desagradáveis e que destoam do que você esperaria de um protagonista que você teria que, supostamente, desenvolver uma empatia. Mas acredito que essa característica de trazer personagens ambíguos traz junto consigo uma liberdade maior para questionar e criticar alguns pontos estabelecidos - é muito trabalhado no livro como em muitos relacionamentos se relaciona com a fantasia, não com a pessoa em si, por exemplo, bem como as hipocrisias vinculadas ao que é esperado dos gêneros nos relacionamentos. A obra acaba assim por, muito além de trazer risíveis amores, mostrar o quão risíveis são os amantes - que, acreditando estarem cercados da razão, se afundam no ilógico.
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Jefferson Vianna 13/08/2019

Não se recupera o que se deixou escapar...
Fico impressionado com a leveza e o modo com que Kundera constrói os seus personagens. A naturalidade para lidar com os sentimentos e os fatos através de sua escrita. “Risíveis amores” é um livro de contos, escrito em terceira pessoa, alternando entre o narrador e os personagens. Os sete contos têm como temática as relações amorosas, a escrita é leve e fluída. Kundera possui a facilidade de narrar a vida, convidando-nos a refletir a respeito de assuntos do cotidiano através de uma visão filosófica e ao mesmo tempo romântica. O autor apresenta-nos diversas histórias, situações inusitadas, engraçadas e emocionantes, instigando a nossa imaginação e fazendo-nos refletir sobre as relações humanas, sobre a idealização do amor, sobre as decepções que nós estamos submetidos a vivenciar no campo amoroso e sobre a superficialidade para a qual nós estamos caminhando. Trata-se de um livro maravilhoso, muito bem escrito e que é capaz de nos “bagunçar” por inteiro, afinal, o autor coloca-nos diante do espelho, desnudando os sentimentos, por mais camuflados que eles pareçam estar. É impossível sair ileso e/ou ser o mesmo após ler Kundera. Leitura recomendada.


Quotes do livro: “A desconfiança vive perto da felicidade...”, “Não se recupera o que se deixou escapar...” e “Se eu não pensasse que vivo para alguma coisa maior do que minha própria vida, sem dúvida seria incapaz de viver.”
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Thaís Aguiar 12/04/2020

O conto "O jogo da Carona" valeu pelo livro inteiro.
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