Primaveras

Primaveras Casimiro de Abreu




Resenhas - Primaveras


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Rodrigo 12/07/2011

Nostálgico
Livro que marcou muito a minha infância. Lembro-me de tê-lo achado em meio a tantos outros livros de meu avô. Era uma versão bem antiga e que me chamava atenção pela capa tão suave e leve. Poemas íntimos. Um livro que faz com que eu regresse ao "quartinho", lugar onde meus avós acumulavam as coisas. Um livro que transborda nostalgia para mim.
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Jaguatirica 11/08/2020

Ma minha terra tem palmeiras...
"As Primaveras" de Casimiro de Abreu é a coletânea de 70 poemas do autor reunidas por volta de 1957/59 e organizados neste livro por tema.
Já na introdução o próprio diz: "Todos aí acharão cantigas de criança, trovas de mancebo, e raríssimos lampejos de reflexão e de estudo: é o coração que se espraia sobre o eterno tema do amor e que soletra o seu poema misterioso ao luar melancólico das nossas noites." Ou seja, a princípio precisamos saber que não encontraremos nada tãooo bem executado assim pois se trata de ensaios que Casimiro achou por bem de juntar num livro. Saibamos também que ele só se tornou conhecido postumamente e, em vida, dizia ser autor secundário, longe das luzes e da atenção reservada aos autores de "calibre". Ainda assim é considerado um dos maiores portas do Romantismo brasileiro.

Sobre o livro.
A coletânea se divide em 3 partes. Cada qual com um tema central.
1. Saudades da infância e das belezas naturais da Pátria para a qual eu-lírico tanto almeja retornar (com o sentimento de bucolismo esta parte do livro é plenamente nostálgica. Ele fala do passado como se este fosse perfeito em tudo.)

"Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores. Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais!
[...]
Naqueles tempos ditosos Ia colher as pitangas, Trepava a tirar as mangas, Brincava à beira do mar; Rezava às Ave-Marias, Achava o céu sempre lindo, Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!"
.......

2. Na parte dois é principal o sentimento de amor platônico pela donzela virgem e intocável. Estas são pintadas de maneira idealizada pelo eu-lirico. São deusas dignas de sacrifício, musas estáticas em brilho, brancula e no aroma de flores; parece até que nem respiram de tão perfeitas e imaculadas que são. A virgindade é louvada e citada amplamente em cada poema.

"Simpatia ? é o sentimento
Que nasce num só momento
Sincero, no coração; São dois olhares acesos Bem juntos, unidos, presos Numa mágica atração.

Simpatia ? são dois galhos Banhados de bons orvalhos Nas mangueiras do jardim; Bem longo às vezes nascidos, Mas que se juntam crescidos E que se abraçam por fim."

"Se eu fosse amado!... Se um rosto virgem Doce vertigem
Me desse n?alma
Turbando a calma
Que me enlanguece!... Oh! se eu pudesse Hoje ? sequer ?
Fartar desejos
Nos longos beijos
Duma mulher!"
.........

3. O eu-lirico está pesaroso, não acredita que a natureza ou o passado possam suprir sua alma. Por vezes busca refúgio na religiosidade, e quando nota que nem isso o faz parar de desejar a morte a felicidade parece longe e inalcançável.

"Ri, criança, a vida é curta, O sonho dura um instante. Depois... o cipreste esguio Mostra a cova ao viandante!
A vida é triste? quem nega?
Nem vale a pena dizê-lo. Deus a parte entre seus dedos Qual um fio de cabelo!
Como o dia, a nossa vida
Na aurora é toda venturas, De tarde doce tristeza,
De noite? sombras escuras!
A velhice tem gemidos,
A dor das visões passadas
A mocidade? queixumes,
Só a infância tem risadas!
Ri, criança, a vida é curta, O sonho dura um instante. Depois... o cipreste esguio Mostra a cova ao viandante!"

O mundo é cruel ele sofre de inadequação. Tudo na terra é visto como vulgar, lascivo ou passageiro demais para valer a pena. O conceito platônico de "mundo inteligível" torna-se presente mais uma vez. O ideal é impossível de alcançar pelos meios físicos e naturais e parece que só a morte pode libertá-lo.

"O homem nasce, cresce, alegre e crente Entra no mundo com sorrir nos lábios, Traz os perfumes que lhe dera o berço, Veste-se belo desilusões douradas, Canta, suspira, crê, sente esperanças,
E um dia o vendaval do desengano Varre-lhe as flores do jardim da vida E nu das vestes que lhe dera o berço Treme de frio ao vento do infortúnio.
Depois? louco sublime? ele se engana, Tenta enganar-se p?ra curar as mágoas, Cria fantasmas na cabeça em fogo,
De novo atira o seu batel nas ondas, Trabalha, luta e se afadiga embalde
Até que a morte lhe desmancha os sonhos. Pobre insensato ? quer achar por força Pérola fina em lodaçal imundo!"

"Se a donzela cuspir nos teus amores
Chora perdida essa ilusão primeira...
Mas vive e sê feliz!,
Se a dor for grande não te vergues fraco, Oh! não escondas no sepulcro a fronte
Aos raios deste sol;
Não vás como Azevedo* ? o pobre gênio ? Embrulhar-te sem dó na flor dos anos
Da morte no lençol!
Vive e canta e ama esta natura,
A pátria, o céu azul, o mar sereno, A veiga que seduz;
E possa meu poeta essa existência
Ser um lindo vergel todo banhado
De aromas e de luz!"

*Álvares de Azevedo e sua morte prematura.
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Renan Caíque 20/04/2021

As Primaveras
“As Primaveras” é um livro de poemas publicado em 1859 pelo poeta carioca ultrarromântico Casimiro de Abreu, falecido de tuberculose, um ano depois, com apenas 21 anos, sendo o único livro de poemas do autor. Normalmente os versos são de linguagem simples, ritmos fáceis, rimas pobres, pleonasmos em excesso e um lirismo ingênuo e adolescente.
Em sua obra mais importante, Casimiro de Abreu cantou as saudades da infância pura, da irmã, da mãe e da terra natal, exaltando a natureza e a pátria; lamentou a brevidade da vida, com um pessimismo típico do mal do século e as desilusões ocasionadas sobretudo por uma visão idealizada da mulher e do amor. Seu livro é uma coletânea de poemas em sua maioria melancólicos e sentimentais, com um estilo característico da Segunda Geração Romântica, que o fez se tornar um dos poetas mais populares da Literatura Brasileira.


site: https://www.instagram.com/renan_tempest/
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Guilherme 21/01/2022

Uma leitura muito prazerosa, especialmente quando se lê em voz alta ao som de Cartola. Um livro de poesias que tem como base a saudade, amor e o Brasil. Gostei muito - especialmente o poema Clara.
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Bruna3731 10/03/2021

Meu amor pela poesia foi despertado ainda na adolescência por este autor incrível. Neste livro pude conhecer mais da sua escrita e reviver A Valsa, meu poema preferido da vida. Casimiro de Abreu é uma das maiores influências na minha escrita poética.
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Fê Baylon 14/06/2009

meu livro favorito.
Amo demais essas poesias de Casimiro.
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Lucas.Miguel 26/08/2018

Esse livro reúne os melhores poemas do melhor poeta de todos os tempos. A forte musicalidade, a simplicidade e a espontaneidade na forma aliados a histórias de seus antigos amores e sua adoração e saudade da sua juventude são colocados em forma simples e ritmados, com MÉTRICA, o que foi esquecido e está sendo esquecida por vários séculos por autores brasileiros.
Detalhe, ele escreve a Canção do Exílio e sua versão é muito melhor comparada a Gonçalves Dias
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Rafaella.Gondim 24/02/2020

Último livro do Casemiro de Abreu antes de morrer, esses poemas refletem bem as duas primeiras fases do romantismo brasileiro. A primeira parte foi escrita em Portugal e é cheia de nacionalismo. Nas outras partes, os temas passam a ser românticos e mais trágicos. O poemas vão ficando progressivamente melhores ao longo do livro.
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Anderson 07/01/2022

Alguns dos melhores poemas são os que falam da finitude da vida. Nos tocam por sabermos que era em tom premonitório que o poeta os devia compor.
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Fernando.Camargo 13/05/2020

Primeiro contato com o autor
No começo as poesias não me prenderam tanto(talvez pela falta de intimidade com este tipo de escrita), mas ao longo do livro fui sendo cativado cada vez mais e mais pelos belos versos de Casimirimo de Abreu.

No final foi uma leitura muito agradável.
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JoiceCoutinho 12/01/2022

É uma leitura bastante nostálgica, pois contém poesias que a gente aprende na escola. Tem uma linguagem simples e delicada.
"Quem dera
Que sintas
As dores
De amores
Que louco
Senti!
Quem dera
Que sintas!
? Não negues
Não mintas...
? Eu vi!..."
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Simone Pagliari 19/12/2021

As primaveras
Com linguagem simples, o livro agrupa todos os poemas veiculados por Casimiro de Abreu, os quais giram em torno de três temas básicos: o lirismo amoroso, a nostalgia (da infância e da pátria) e a tristeza da vida. As Primaveras, dividido em cinco partes, reforça o sentimentalismo exacerbado, a idealização da figura feminina, o egocentrismo e os devaneios juvenis, características fundamentadas pela escola ultrarromântica e pelo herói byroniano, personagem estilizado pelo escritor e barão Lord Byron.
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Pedro Medeiros 19/04/2024

Suave, lírico, profundo
A obra é dividida em 4 livros, sendo o primeiro dedicado ao amor a Deus e a Pátria, o segundo aos amores e as paixões, o terceiro, como uma extensão do segundo, mas com mais tendência as dores que ao amor. No final, o autor expõe suas dores e sofrimentos, que antecederam o leito de morte. O livro teve diversos que me tocaram, principalmente o ?Horas Tristes?, que abre o Livro Negro.
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Lilian 06/02/2019

Recomendo a todos os amantes de poesia
Neste livro, temos poesias incríveis como Meus oito anos (um dos poemas mais conhecido deste poeta), Segredos, o meu favorito, e A Valsa que é de uma musicalidade vertiginosa (ao ler me sinto rodopiando em um turbilhão de sentimentos em meio a uma valsa ligeira).

site: https://www.instagram.com/ebookcontumelia/
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