O aprendizado da ortografia

O aprendizado da ortografia Artur Gomes de Morais (org.)




Resenhas - O aprendizado da ortografia


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Professora Fabiola 09/10/2014

Ortografia: construção
O livro o aprendizado da ortografia foi organizado por Artur Gomes de Morais, graduado em psicologia pela Universidade Federal de Pernambuco, com mestrado na mesma universidade e doutorado na Universidade de Barcelona.
A obra, que constitui-se de 136 páginas, organizadas em introdução e seis capítulos que foram elaborados por diversos escritores da área da educação, traz um debate sobre o ensino da ortografia na escola.
Para a elaboração do livro, que esclarece dúvidas de pais, professores e alunos, foram feitas pesquisas com crianças de diversas idades em escolas públicas e particulares, para que as teorias propostas fossem comprovadas.
Na introdução, escrita pelo próprio organizador do livro, nos é esclarecido o que é ortografia e alguns conceitos históricos, explicando que, na língua portuguesa, a ortografia começou a existir no século XX, diferentemente da espanhola e da francesa, nas quais iniciou-se já no século XIX.
Os aprendizes da ortografia tendem a ter comportamento reprodutivo, ou seja, reproduzem os sons e não a escrita, por isso o aprendizado da ortografia se torna multifacetado, com vários eixos.
Muitos costumam dizer que a ortografia é memorização, ao invés de dizer que é uma construção, pois a escrita correta aprendesse com o tempo.
Os capítulos que seguem foram escritos por diversas pessoas e, primeiramente, cita-se Ferreiro e Teberosky (1986) ao dizer que os erros das crianças são fatores cognitivos.
Nosso sistema de escrita é de base alfabética, em que letras representam unidades sonoras da palavra, por isso o português possui muitas regularidades contextuais.
A partir de estudos feitos com crianças, notou-se que a idade estipulada para a alfabetização é um ano antes na escola pública que na particular, antecipando um processo e isso pode vir a prejudicar os alunos mais tarde. Percebeu-se, também, que os alunos de escolas particulares tiveram um desempenho superior nos testes realizados.
Outra constatação dos estudos foi que as crianças escrevem como falam e que os professores estão discutindo mais sobre como lidar com os erros pois cada erro tem uma lógica.
A escola, como mediadora do conhecimento, deve favorecer a compreensão do princípio ortográfico, interagindo com os erros.
A questão eminente é: Por que as crianças passam onze anos na escola e, em muitos casos, não conseguem aprender ortografia? Talvez a escola e professores não estejam chegando ao suficiente para a aquisição desse conhecimento.
Conclui-se, assim, que a escola deve trabalhar a semântica, a estrutura e a história das palavras, segmentando-as e não somente ensinando as normas. É preciso, também, ter paciência, pois as crianças aprendem aos poucos.
Deve-se lembrar que a leitura é uma grande fonte para aprender a escrever bem, mas não é a única responsável por isso. Os professores devem revisar os seus conceitos sobre regras e deixar que as crianças descubram, por si mesmas, as regras.
Os testes realizados com as crianças tiveram pré e pós atividades que provaram que métodos diferenciados trazem efeitos positivos na aprendizagem.
O livro é indicado para todos os interessados no assunto, mas torna-se quase que essencial a leitura para professores pedagogos, pois é na infância que as crianças adquirem as habilidades a serem desenvolvidas em todos os anos de estudo.
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