Zé Pedro 15/07/2012
Uhtred de Bebbanburg
O grande problema destas obras literárias em que o escritor está vivo, as sequencias das séries estão sendo escritas e as estórias estão em aberto, é que os livros demoram demais a nos chegar, ainda mais quando é um autor estrangeiro, com o Bernard Cornwell.
A gente acaba esquecendo a estória, perde o fio da meada e tem que ler uma boa centena de páginas para reconhecer os personagens e as situações que os envolvem.
Mas, como sou apaixonado pelas crônicas saxônicas, a espera sempre vale a pena, já que, em minha opinião, dentre toda a vasta obra do autor, esta é a mais bem escrita e agradável de ler.
Aqui me deparo novamente com Uhtred de Bebbanburg, o guerreiro nortumbriano que serve ao rei Alfredo, e ao seu fiho Eduardo, suas andanças nos fins dos anos de 800 e início dos anos 900 d.c., contando, em primeira pessoa, suas aventuras como um dos baluartes da defesa do reino saxão contra os ataques dos dinamarqueses e dos próprios saxões que não concordavam com a realeza. É o início da tentativa de unir a então inimaginável Inglaterra. Esses dias e essas batalhas contras os invasores vikings, são fundamentais para a unificação do reino.
Uhtred é fundamental, então, para a união da Inglaterra, diz o autor. Um nortumbriano criado por dinamarqueses uniu a Inglaterra? Certamente mera liberdade literária...
Neste “Morte dos reis”, como o título já diz, há óbitos reais, tentativas de invasões dinamarquesas, lutas, paredes de escudos, romances, muitos padres conselheiros, e a promessa de que vem outras aventuras de Uhtred de Bebbanburg por aí, até que ele volte à sua terra natal, ao seu presente.
O jeito, então, é aguardar o próximo capítulo.
25/06/2012