Filha, Mãe, Avó e Puta

Filha, Mãe, Avó e Puta Gabriela Leite




Resenhas - Filha, Mãe, Avó e Puta


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Felipe 06/03/2010

Nem todas se transformam em putas por falta opção
O livro não é bem escrito, as biografia de Gabriela justifica a leitura com folgas.
Não se trata de livro erótico, mas sim da história de uma mulher que assumiu a vida de puta, livremente. Ninguém a forçou. Ela teve curiosidade de saber como era e foi verificar. Lá dentro, batalhou. Rompeu mitos, defendeu a união das putas e o reconhecimento formal de uma das mais antigas profissões do mundo. Fundou a DASPU.
Gabriela toca numa "ferida" da sociedade, que sequer deveria ser "ferida". Ela combate muito bem a hipocrisia.
O histórico de Gabriela é bastante interessante e merece ser conhecido.
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Emilio 29/11/2009

Interessante
Sem papas na língua, o livro narra desde os primeiros dias como prostituta, até a militância pelos direitos das putas. E como toda boa puta, o que não falta para Gabriela são boas histórias, que ela conta sempre de maneira muito pessoal, o que deixa o livro bem leve de se ler, apesar do tema ser potencialmente pesado.

Mas não espere encontrar relatos picantes à la Bruna Surfistinha, com posições escabrosas e orgias memoráveis. Neste ponto, o livro é até bem comportadinho, especialmente no terço final, onde o foco é a militância e a luta pelos direitos das profissionais do sexo.

No fundo, Gabriela se desnuda em sua biografia. Mas o que aparece não é o instrumento de luxúria, mas sim, sua personalidade, e se você acreditar nisso, por que não, sua alma.

E apesar da autoria ser atribuída a Gabriela Leite, creio que uma boa parte do sucesso do livro em ser delicioso de se ler pode ser creditado a Marcia Zanelatto, que consta como quem tomou os depoimentos de Gabriela (e que possivelmente transcreveu de maneira fluida as histórias).

Mais em: http://estou-sem.blogspot.com/2009/10/livro-filha-mae-avo-e-puta.html
Monique 13/02/2016minha estante
Mas Gabriela falava mesmo desse modo fluido e tranquilo.. eu acho esquisita essa coisa de pensar que puta não pode escrever de modo gostoso e fluido rs, algo um tanto quanto tendencioso. Se Gabriela assina como autora, por que duvidar? Era uma mulher que se expressava bem, e com um trabalho incrível de ativismo, uma história interessante de vida. Enfim... procurando o link pra download do pdf, pra compartilhar com minha rede.




Dai 08/06/2021

"Puta não é vítima"
A autobiografia de uma mulher que abraçou um caminho marginalizado e dele extraiu propósito, prazer, amores, sustento, família e uma pulsão de mudança. Levou milhares de putas a se desprenderem do estigma social e se apropriarem do que são - putas, em toda sua humanidade. Aposentada "da vida", militou em defesa da categoria.

No livro temos acesso à uma São Paulo enredada na ditadura militar, passando por um intenso choque de gerações, que Gabriela deixará para trás assim como deixará as duas filhas, mãe e irmãs em busca de um recomeço...
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Eli Coelho 26/05/2013

Sem hipocrisia e um novo olhar sobre o preconceito.
Intimidade com o leitor: o estilo de prosa de Gabriela Leite. Como numa grande conversa ela nos narra sua infancia, adolescencia e descoberta da sexualidade nos idos e ricos anos 60, periodo de ditadura, movimentos feminista, sexuais, estudantis, etc. Enfim, tempos de ideologia.

O texto jamais é vulgar, apesar do tema e de segundo a autora seu orgulho em ser prostituta, puta mesmo e não o hipócrita "profissional do sexo".

Hipocrisia alias, é um dos acertos dessa narrativa (a falta dela). GL quebra tabus e mostra que é puta porque quer, porque sente prazer no oficio, não por falta de opção, histórico de abuso ou infância pobre.

Dividido em 10 capitulos, apenas nos dois ultimos trata de sua militancia politica e começo dos trabalhos sociais. No 10º fala muito pouco da DASPU (sua grife de roupa).

Claro que não podemos generalizar e dizer que ela representa o retrato da prostituta brasileira. Longe disso. Sua história só vem a ser um novo olhar em um mundo cercado de preconceitos.
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Leandro.Alves 06/06/2020

Achei a leitura bem interessante e instigante. Os capítulos são divididos a partir de suas experiências e o que aprendeu com cada uma, os 10 mandamentos da prostituição. Além disso é muito bom conhecer a experiência de uma pessoa que vive uma profissão tão marginalizada sem culpa, que pensa a classe de uma forma sistêmica e defende os seus. Há algumas opiniões e comentários que não eu concordo muito, mas "o que seria do amarelo se todo mundo amasse o azul" como diz minha mãe, né?! Se você espera ler algo erótico esse não é o livro.
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Na ;) 28/07/2009

Para Quebrar o Gelo
Para quem gosta de biografias Filha, Mãe, Avó e Puta é uma boa pedida.

Gabriela Leite revela sua vida em uma linguagem tranqüila e simples, prendendo sua leitura e mostrando um outro lado (muito diferente) sobre a questão "prostituta". Descreve os problemas familiares, políticos, desejos e como nasceu a sua grife Daspu.

Simplesmente vale a pena a leitura.
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Luis Netto 28/10/2010

Filha, Mãe, Avó e Puta
O livro, obra de Gabriela Leite, retrata a vida de uma mulher que quando cursava filosofia em uma das faculdades mais prestigiadas do Brasil, a USP, também trabalhava como secretária para conseguir sustentar sua família. Vendo que o salário não era suficiente resolveu se prostituir, montou um bordel, deixou que fizessem de tudo com seu corpo, mas sempre rezou para que sua filha não seguisse a mesma direção, situação que não ocorreu, sua filha tornou-se uma mulher decente, casou-se, e teve uma filha. O livro mostra que apesar daquela filha, mãe e avó ter se perdido no lado da prostituição, seu principal intuito era ajudar a família.
Monique 13/02/2016minha estante
Percebo que não leste o livro, ou ao menos não até o final .. as filhas de Gabriela são anteriores a seu casamento com Flávio Lenz, e são três, se não me falha a memória. Uma delas teve uma filha, sim, que está trabalhando num documentário sobre a vida da avó. Gabriela trabalhava como secretária mas não para sustentar a família, com a qual já não morava. A grana era curta mas principalmente o que ela coloca no livro é seu fascínio pela boemia, e isso foi de fato o que a levou para o trabalho sexual. Gabriela jamais, jamais montou um bordel e jamais rezou para que as filhas não se prostituíssem, não há nenhum relato neste sentido no livro. Abra mão de seu preconceito e preguiça, Luisinho, e leia o livro até o final. Tenho certeza de que vais adorar, e abrir mão desse teu ponto de vista preconceituoso em relação ao trabalho sexual, e em relação à grande ativista que foi Gabriela Leite. Abraços.


Julia 29/06/2016minha estante
Uma mulher batalhadora dessa não é uma mulher decente? O que é uma mulher decente? O que é uma mulher pra você?


Aline 05/08/2016minha estante
Luisinho, de onde você tirou essa resenha? O livro não tem nada a ver com o que você escreveu, nem no conteúdo e muito menos no aspecto "moralista-cristão-sexista" que você tentou inserir. Aliás, GL se autodenomina puta e boemia. E de onde vc tirou essa história de decência? GL foi uma ativista justamente contra esses rótulos de decoro e contra a vitimização das trabalhadoras do sexo. Péssima resenha. Péssima, péssima, péssima.




Aline 05/11/2013

Faltou um "Tchan"
A biografia em si é bem interessante, só que a escrita não ajudou muito. Faltou um pouquinho de estilo para tornar a leitura mais marcante. Faltou um tchan.
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Lúcia Ramos 13/10/2014

Não há, para mim, uma maneira de dar menos de cinco estrelas para este livro de Gabriela Leite. Não há como deixar de admirar e valorizar com toda a alma essa mulher forte, determinada, dotada de uma clareza de pensamento invejável, guerreira e disposta a transformar de maneira tão positiva não só o grupo social a que escolheu pertencer, mas toda a sociedade. Gabriela derrubou os preconceitos que eu, tristemente, ainda guardava, e me ensinou a admirar sua figura forte e, acima de qualquer outra coisa, humana. É uma pena que, há exatamente um ano, ela tenha deixado órfãs toda uma classe de mulheres marginalizadas e toda uma série de projetos incríveis e ousados que, espero, ainda irão crescer e se fortalecer cada vez mais. Uma pena. Porque seria incrível cogitar a possibilidade de conhecê-la, de tomar com ela algumas cervejas em algum de seus bares preferidos do rio, de conversar por horas e, quem sabe, receber algumas dicas de como viver a vida da maneira tão plena, apaixonada, guerreira, corajosa, terna e bonita como ela a viveu.
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daianaapaulo 05/01/2016

Maravilhoso
Um livro que surpreende toda a sociedade, mostrando que ser puta não é apenas por falta de opção e muitas vezes uma escolha.
Sabe aquele tipo de livro que você começa a ler e não quer mais parar? E se começar a ler em um final de semana, você termina no mesmo dia, porque sim é surpreendente. O livro trata-se de uma autobiografia de Gabriela Leite, prostituta que escolheu ter essa profissão sem nenhum preconceito, nenhum problema de aceitação. Militante inteligentíssima, organizadora da grife DASPU e da ONG DAVIDA, Gabriela Leite foi por muito tempo puta (como gostava de ser chamada) e conta neste livro sua experiencia nessa profissão.

A prostituição é um tema de muito interesse e curiosidade, e quando encontramos alguém que consegue falar disso abertamente, não podemos simplesmente ignorar.

Quando decidiu virar prostituta, no início dos anos 70, aos 22 anos, Gabriela estudava Filosofia na USP, curso para o qual havia passado em segundo lugar. Ex-aluna dos melhores colégios paulistanos, leitora de Machado de Assis, Sérgio Buarque de Holanda e Gilberto Freyre, tinha um emprego de secretária e morava com a mãe. tinha um emprego de secretária e morava com a mãe. Em “Filha Mãe Avó e Puta”, Gabriela conta, com franqueza, riqueza de detalhes e muita coragem, sua surpreendente trajetória.

Para desperta mais seu interesse sobre a leitura, segue um trecho do livro que me chamou muita a atenção e principalmente me prendeu pelo resto do livro.

"... Adoro os homens. Gosto de estar com eles, e não conheço homem feio. Todos são bonitos: cada um com seu cheiro característico, seu andar, seu modo de olhar. Alimentam um amor imenso pela mãe e pelo próprio corpo. Magros ou gordos, todos têm um belo corpo, mesmo quando são barrigudinhos. Às vezes me pergunto como eles fazem para andar: será que o pau no meio das pernas não atrapalha? Essa pergunta eu (ainda) não tive coragem de fazer.
Outra coisa que adoro é falar o que penso. Sem papas na língua. Quem ler este livro vai perceber isso. Aprendi uma porção de coisas nessa temporada na Terra. Uma delas é a importância de se ter uma opinião, de reclamar quando não se está gostando de algo. Demorei muito para adquirir esse direito e, por isso mesmo, não abro mão dele. Passei um pedaço da minha vida lutando por ele. Estou gastando um outro bom naco tentando convencer minhas colegas prostitutas de que esse direito também é delas...."


Sexualidade feminina especialmente é um tema que ainda gera muita polêmica, a sociedade ainda não aceita a mulher como um ser humano que tem desejos sexuais e vontades próprias. Infelizmente ainda temos aquela visão de castidade feminil e a voluptuosidade masculina, porém os tempos são outros e precisamos banir esse machismos que vem no guiando durante seculos. As mulheres gostam sim de sexo, gostam sim de se masturbar e de realizar suas fantasia e nem sempre elas precisam ser putas, literalmente falando, para concentrar essas vontades. Não precisamos coibir nossas fantasias.

site: www.vidaaposdezoito.com
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Lala 21/05/2014

A autobiografia de Gabriela vai além da história de uma mulher que decidiu ser prostituta. Ela funciona também como um relato histórico das áreas marginalizadas pelas elites de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, mas especialmente das duas primeiras cidades. No entanto, o livro falha ao relatar a vida de ativista de Gabriela e ela dá por garantido que o leitor já conhece em detalhes certos momentos do seu ativismo. Da DASPU, por exemplo, ela fala pouquíssimo e apenas menciona o processo que recebeu da Daslu, sem explicar exatamente como tudo se desenrolou. Ela também não desenvolve certas observações que dão pano para manga para muita discussão e insight sobre a vida das prostitutas. Por exemplo, em um determinado momento ela fala que uma prostituta vendeu sua casa que construiu com o dinheiro da prostituição porque ela (a casa) estava cheia de malícia. Gabriela poderia ter expandido esta observação.

Em todo caso, não é um livro ruim. Não há nada de especial na escrita dela, mas ela não escreve mal. Além do mais, Gabriela é de uma honestidade brutal, não se pretende heroína das prostitutas e nem quis se mostrar que sempre foi uma mulher “prafrentex”. Ela reconhece suas falhas, seus preconceitos e isso é importante em uma autobiografia. O livro é importante porque humaniza a figura das prostitutas que não são nem vítimas e nem demônios, mas mulheres que namoram, se divertem, vão às compras com as amigas, tiram férias e trabalham duro porque, como Gabriela diz, que a vida fácil não é tão fácil assim.
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Deéh 12/03/2022

Um livro deverás interessante
?Eu morava na zona havia vinte anos. Abri mão da vida comum e mergulhei de cabeça naquele mundo. Primeiro, São Paulo. Depois, Belo Horizonte. Agora, Rio. A cultura da boêmia da zona estava entranhada em mim.?(Gabriela Leite)

O livro Filha, mãe, avó e puta, nós revela a história de Gabriela Leite, prostituta que iniciou diversos movimentos para dar uma melhor condição a vida das prostitutas do Brasil.

Como ela mesma disse, ser prostituta foi escolha dela, e a profissão á fazia Feliz.

É muito interessante ver a vida das prostitutas por outra visão.

Não concordo com muitas das visões da autora, porém respeito suas escolhas e à parabenizo pela garra e força.
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Luana.Cris 21/06/2020

Razoável biografia
Gostei bastante da história, mas a história foi muito superficial ao contar a história da personagem enquanto prostituta. Poderia ter se aprofundado um pouco mais. Achei muito superficial. Poderia ter mais páginas. É um livro curto.
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Pipoco 01/02/2021

Definitivamente, eu esperava muito mais do livro. A parte da "militância" e lutas em prol das prostitutas ficou para o final e foi descrita de maneira breve e rasteira. Uma pena.
Decepcionantes foram algumas passagens nas quais lemos trechos que demonstram falas racistas naturalizadas, tais como "era uma negra muito bonita" e outras de cunho gordofóbico, tais como "eu estava gorda, me sentindo muito feia".
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