Psicologia das Massas e Análise do Eu

Psicologia das Massas e Análise do Eu Sigmund Freud




Resenhas - Psicologia das Massas e a Análise do Eu


48 encontrados | exibindo 46 a 48
1 | 2 | 3 | 4


Paulo Silas 11/01/2016

O que determina a coesão da massa de pessoas? Há uma estrutura (pré) definida nos agrupamentos? Há uma lógica dedutível na manutenção da reunião organizada (explícita ou implicitamente) de pessoas? Há algum liame entre a psicologia do eu e a psicologia das massas?
São tais as indagações que Freud busca investigar nesta singela obra, almejando alcançar o modo de funcionamento de grandes grupos que se mantém ligados por determinada razão.

O autor retoma algumas posições de obras anteriores a fim de incutir a análise do tema proposto. Por exemplo, quando traça um pequeno panorama diferenciador sobre a identificação do eu com o objeto e a substituição do ideal do eu pelo objeto, há a exposição originária (proposta) realizada em "Totem e Tabu" - quando os irmãos matam o pai e assumem o seu lugar (mito do pai da horda primordial). Tal diferenciação pode ser observada em duas grandes massas artificiais que são estudadas na obra: a igreja (Cristo é amado como ideal e o cristão se sente ligado aos demais membros da religião por identificação, além de também se identificar com Cristo e amar os seus irmãos tal qual Cristo os amou) e o exército (o soldado toma o comandante como ideal enquanto se identifica com os seus iguais).
Freud também discorre, retomando as origens totêmicas, que "o mito é o passo com que o indivíduo sai da psicologia das massas", quando demonstra ser "possível indicar o ponto no desenvolvimento psíquico da humanidade em que se efetuou, também para os indivíduos, o avanço da psicologia de massas à psicologia individual".
O autor ainda lamenta, quando expõe a questão da sugestão e libido nas modificações profundas sofridas na atividade psíquica do indivíduo devido à influência da massa, a leitura crítica que foi feita sobre suas exposições da libido (algo como um pansexualismo exacerbado), a qual em realidade é uma expressão da teoria da afetividade, conforme o próprio explica, salientando ainda que esta seria a "energia, considerada como grandeza quantitativa [...], daqueles impulsos que têm a ver com tudo o que podemos reunir na categoria "amor"" (o parental, o próprio, o fraternal, o sexual...). Assim, as diversas categorias de amor acabam tendo em comum a mesma base primordial: a pulsão/impulso da libido.

É um livro curto que expõe as observações dos fatores primordiais que demonstram como correlatas a psicologia individual e a psicologia das massas. A psique do indivíduo em sua estrutura funcional possui um vínculo com a coletiva. Observando aquela é possível chegar à conclusões desta. Conceitos psicanalíticos como enamoramento, hipnose, sugestão, idealização, identificação, substituição e libido são aqui utilizados pelo autor no intuito de esmiuçar a psicologia dos povos e compreender os motivos que levam a multidão a se submeter a um líder.
Recomendo!
comentários(0)comente



Bruna 01/06/2014

Psicologia individual tbm é de grupo por que o individuo vai além da relação narcísica, é um ser social
Comportamento, pensamento e sentimento são diferentes no individuo isolado e em grupo. Em grupo, características individuais se apagam para aparecer caracteristicas das identificações pessoais conscientes e inconscientes. Tudo o que não é semelhante é deixado de lado, acontece uma cegueira.
Multidão – massa sem organização
Grupo primitivo – Se comporta como massa (é organizada), tendência mais destrutiva, não precisa de numero enorme. Sugestionabilidade é quando novas características são conduzidas a um grau de exaltação, se tornam irresistíveis, sem uma reflexão consciente e tem ação recíproca. A sugestionabilidade é derivada so instinto gregário. Faz com que a personalidade consciente saia (diminuição do ego) e entre a inconsciente(em comum). Reduz a capacidade intelectual do indivíduo e exalta sua emoção, o superego enfraquece, noção de justiça muda, tem sentimencto de:
onipotência, não tem mais crítica, não tem liberdade individual, é crédulo, pensa por imagens, a incerteza não existe, tem consciência da própria força, intolerante (idéia de aniquilação do outro grupo – ansiedade persec. E depress / meio de comunicação – projeção.) e obediente, fundo de medo do outro diferente, buscam a verdade, dominaods pela palavra, primitivos, procuram um chefe, vão a tras do que não existe, sentimento de força, não aceitam divergência. Neste ponto acontece o contágio (imitação, resultado da sugestão e reforço), sacrificam o interesse pessoal pelo coletivo.
Grupo artificial – Organizados e duradouros. Há também grupos direcionados a fins éticos, para isso ele tem que ter formalidade, posições fixas. Precisa de uma força externa/ coação para se manter coeso, o desligamento é desestimulado.Permanece e ingressa-se nele sem ser perguntado. Há uma ilusão de que há um cabeça/pai e o grupo se liga por laços libidinais que fazem alusão a uma família. Quando há um perigo/medo/perda do cabeça, os laços simplesmente se relaxam e cada um por si, ele se desintegra.
Grupo com ou sem lider – poderm ter identificação, criar vinculo com idéias (positiva ou negativa)

Qual é a força que mantém os grupos? É o algo novo de Freud. Eros, libido. Desejo de construir. O amor é um fator civilizante. O grupo vai do egoísmo para o altruísmo. A identificação leva ao amor e a coesão. Quanto maior a libido maior a coesão.
O contrário – impulsos hostis e anti-sociais dissolvem o grupo.

comentários(0)comente



Flavia Sena 23/09/2012

Diria que o livro tem uma linguagem bastante específica, que somada com a leitura pelo computador, não fez com que eu me concentrasse. Apesar disso possui teorias interessantes (consegui pegar algumas pelo caminho) que podem ser úteis pra pessoas que estudam o tema.
comentários(0)comente



48 encontrados | exibindo 46 a 48
1 | 2 | 3 | 4