Resenhas - A Vida Secreta das Princesas Árabes

Drielly 12/04/2021

E se as princesas não vivessem como imaginávamos?
O livro é excelente para olharmos outra cultura e compreendermos até que ponto o ser humano é capaz de chegar quando se enxerga como um ser superior aos demais.
Várias falas de nossa cultura estão presentes de forma mais intensa e perigosa na vida das mulheres árabes.
Algo que chama a atenção (entre tantos momentos) é quando a princesa associa à guerra a possibilidade de libertação das mulheres, pode até parecer estranho à princípio, mas faz sentido historicamente.
A personagem principal é uma guerreira!
Recomendo ?????

Juliana 08/11/2021

Gostei da história, mas a edição está horrível!
Eu gostei da história, embora não tenha gostado muito da forma da narrativa e a edição do livro que eu li estar muito mal feita. O texto está mal escrito e até os nomes das personagens são trocados por diversas vezes!

Rayssa Fernanda 19/08/2015

A leitura não é fácil. Não pela escrita da autora, mas pela dureza dos relatos. O que pode despertar também grande interesse pela coragem da relatora das histórias em expô-las ao mundo.
Nos momentos em que não há em cada frase retratado um ambiente opressor, é como o instante de um suspiro livre antes de próximas agressões. Não amenizadas quanto se tratam de mulheres de linhagem real. A Arábia Saudita do século XX compõe o obscuro cenário de um Estado vinculado ao islamismo na política e cultura, com o acentuado machismo que prejudica a todas as mulheres, e homens mal informados.
Casamentos forçados, ausência de registro das mulheres, ritos considerados comuns como a circuncisão feminina, aprovada mesmo pelas mães das flageladas, castigos cruéis como apedrejamentos e afogamento, entre outros abusos físicos, psicológicos, e por que não, espirituais. A riqueza material, como consta-se nos luxos diários de jóias, ornamentações e decorações, grandes festas, viagens, compras e moradias se tornam um mero detalhe à margem do caráter de ideias pré-estabelecidas, profundamente enraizadas contra o sexo feminino. O desenrolar de uma guerra vizinha traz o choque cultural da presença de mulheres em diferentes condições das sauditas, as refugiadas kwaitianas e soldadas americanas, o que desencadeou um grande choque e muita resistência cultural mesmo pelo lado feminino da Arábia. O que evidencia mais ainda a restrição de informações, controlada pelos representantes saudistas de forma a submeter as mulheres, mas também as frágeis reações internas, como inveja e insegurança das mesmas em relação aos contrastes que as estrangeiras proporcionariam.
Só é importante também a colocação de que não se trata de um menosprezo geral a um país. Todas as nações tem suas mazelas históricas, afinal. Mas não se caminha ao pleno desenvolvimento ignorando as áreas em que precisa-se de alterações para condições justas de vida a toda a população.
Coloca-se em questionamento não só o ocorrido nessa região específica, como tudo o que é considerado correto para um grupo de pessoas e traz corrosivas consequências para a humanidade. E Sultana através de suas ideias revolucionárias, por aqueles que se sensibilizaram com as palavras contidas na obra, nunca esquecida em suas mentes.

Elaine.Spiteri 14/11/2020

Me deixou triste saber que as mulheres da Arabia Saudita sofrem e continuam sofrendo nas maos de homens. Mas acredito que um dia acabara td isso, elas viveram em condicoes melhores.

Ca Agulhari @literario_universo 05/03/2019

Cruel, doloroso, REPUGNANTE.
A Arábia Saudita descrita nas páginas desse livro é uma sociedade opressora, extremamente religiosa, cruel com as mulheres que não têm voz alguma ou direitos. Não podem mostrar o rosto e o corpo, não podem desobedecer seus pais, irmãos, maridos ou tios. Suas palavras não têm validade se qualquer homem as contestar. A mulher não é vista como ser humano dotado de sentimentos mas sim de uma criatura que existe para gerar descendentes aos homens ou lhes proporcionar prazer. Quando nascem homens, a felicidade é imediata. Quando nascem mulheres, nem sempre. Elas são obrigadas a verem seus maridos comprando mulheres para satisfação sexual, tendo mais de uma esposa e nada podem fazer porque os homens é que mandam. O livro é cheio de histórias de assassinatos, opressão, flagelos, castigos como o "quarto da mulher", onde a mesma, como castigo, pode ficar presa por um tempo ou então até morrer! Abuso sexual, abuso psicológico, afogamentos, decapitações, apedrejamento e outros castigos são comuns às mulheres dessa sociedade. O livro me deixou tão impactada com as descrições de Sultana, que mesmo sendo de linhagem real não estava imune aos costumes da Arábia Saudita, que até sonhei com ele. Fiquei muito perturbada e triste com tudo que li, com tantas descrições. A vida na Arábia Saudita de certa forma não é uma vida de privações materiais. Há saúde, moradia e alimentos em abundância, a riqueza e as jóias nas famílias mais abastadas é de chocar, mas em contrapartida o atraso moral é de cortar o coração. Na Arábia Saudita, que segue o Islamismo, tudo gira em torno do Alcorão e dos supostos ensinamentos que Deus ou Alá revelou à Maomé há centenas de anos atrás e nas interpretações que os homens fazem de tais ensinamentos, que invariavelmente colocam os homens como donos de tudo, inclusive das mulheres. É impossível não detestar tais homens, tal sociedade. Prepare seu estômago porque esse livro é repugnante, real e muito triste.

Resenha originalmente postada no Instagram @literario_universo

Suelen196 17/12/2023

Impressionante
Ouvi como audiobook e me surpreendeu demais esses relatos. Memórias doloridas de mulheres subjugadas, tratadas como nada além de objetos para satisfazer homens.
Coisas simples que nós ocidentais achamos banais como mostrar o rosto ou poder escolher como vai viver sua vida, pra elas são objetos de cobiça.
Bem diz que só dá valor quem não tem! Nunca em meu pensamento mais aleatório iria me colocar na posição que me coloquei ouvindo esses relatos!
O bom de ler livros de outras culturas é que vemos quão diferente o ser humano pode ser.
Agora eu quero o livro mais pelo amor de Deus 516,00 na Amazon, tá de brincadeira ?
Eu amo ler biografia, autobiografia ou livro de memórias, digamos que vem se tornando meu gênero de conforto. Gosto de saber da vida da pessoa, oque ela pensa, sua vida íntima. Aquela que ninguém que não tenha convivido jamais iria saber se não tivesse esse livro sobre aquela pessoa.
Não gosto de ler aquelas famosas, confesso não me chamar muito atenção, gosto de pessoas que são anônimas à fama.
Aquelas que assim como eu levaram a vida reservadas e sendo meio que parecidas comigo.

Anna na biblioteca 10/01/2017

Opressão, dor e desesperança na vida da mulher saudita.
Neste livro conhecemos a vida da Princesa Sultana, filha caçula de uma família nobre da Arábia Saudita. Desde sua infância até a vida adulta, vamos acompanhando o peso crescente, do que é ser mulher, nesta sociedade, onde ser nobre não alivia a imposição das rígidas regras .

Sociedade onde a mulher é invisível, sem poder de voz ou escolha, um objeto para acordos matrimoniais forçados, e para gerar filhos homens, inclusive aos olhos do próprio pai.

Parte das vítimas continuam a perpetuar os costumes nocivos e a própria violência, pois a mulher é tão submissa e passiva nesta cultura, que mesmo as mães que sofrem com os costumes, não lutam para abolir os atos cruéis na vida de suas filhas.

Jean Sasson fez diversas entrevistas com a princesa para compor este livro. Mesmo muito temerosa, Sultana desnuda com detalhes o que viu e viveu em sua cultura, como um alerta, sobre os horrores a que são submetidas. A escrita da autora é objetiva e ágil, mas o conteúdo do livro é difícil, por vezes revoltante, e em algumas cenas senti repulsa pelo impacto das revelações.

Eu adoro livros que revelam a vivência em outras culturas e apesar do enredo trazer informações absurdas para nós ocidentais, a história nos leva a refletir, repensar o papel da mulher, neste contexto opressivo, sufocante e cruel. Na diferença de gêneros e imposição religiosa, que influencia duramente as leis e hábitos, que aprisiona destinos e tortura as mentes que ainda ousam sonhar! Recomendo muito esta leitura!

site: http://arvoredoscontos.blogspot.com.br/2016/08/resenha-vida-secreta-das-princesas.html

Gabi Ruggin 28/08/2019

Impressionante como as culturas regionais são diferentes. O tanto que os julgamos e o tanto que somos julgadas é assustador. Uma cultura que rebaixa e humilha as mulheres, aquela cultura machista que te faz agradecer por viver onde vive. Muito triste.