O que deu para fazer em matéria de história de amor

O que deu para fazer em matéria de história de amor Elvira Vigna




Resenhas - O Que Deu Para Fazer Em Matéria de História de Amor


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Revista Macondo 13/06/2012

[Indicações] O que deu para fazer em matéria de história de amor – Elvira Vigna
(Postado, originalmente, em http://revistamacondo.wordpress.com/2012/06/13/indicacoes-o-que-deu-para-fazer-em-materia-de-historia-de-amor-elvira-vigna/)

"Aquele velho conselho de não julgar um livro pela capa – ou pelo título – nem sempre deve ter seguido à risca. Explico: assim que vi, entre os lançamentos de maio da Companhia das Letras, o romance de Elvira Vigna (autora até então desconhecida por mim), apostei várias de minhas fichas. Em nota publicada no Estadão, Vinícius Jatobá afirma que Elvira “é a melhor ficcionista brasileira viva que só um reduzido número de leitores ouviu falar”. E, aqui, faço novas apostas, na esperança de que com “O que deu para fazer em matéria de história de amor” a autora possa ter sua prosa reconhecida como uma das mais relevantes no cenário nacional."

(...) Continue lendo no blog da Revista!
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Renata (@renatac.arruda) 16/02/2016

Esse título inspirado pode ser considerado também um resumo do enredo do livro: uma história de amor, onde é justamente o amor que está em falta.

Com sua prosa não convencional, Elvira Vigna apresenta uma Narradora sem nome, que enxerga paralelos entre seu relacionamento com o marido e o dos pais deste, e busca reconstruir a história daqueles - da qual sabe os fatos, mas não como eles aconteceram - para entender alguma coisa sobre os rumos do seu.

A história, sem muita história, é contada de maneira seca e direta, reflexiva e sem nenhum sentimentalismo, e exige que o leitor ou leitora se adapte ao seu ritmo para que possa fluir. Eu aqui li no momento certo da minha vida, e adorei!

Prosa Espontânea: https://www.instagram.com/p/BAM0st3jU8W/
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Pat 19/12/2012

esperava mais
Não gosto de uma leitura truncada dessa maneira, é preciso acostumar-se com o ritmo de leitura, com o tempo a leitura vai ficando mais fácil, mas mesmo assim, não gostei desse ritmo. Ficou chato.
Rachel 28/06/2013minha estante
Pensei que preciso atingir um nível mais alto de maturidade literária pra que a leitura flua... achei truncado também!!




Adriana Scarpin 28/01/2016

Elvira Vigna é definitivamente maravilhosa. No início ocorria-me a lembrança de Marguerite Duras, com o desenrolar da narrativa via-se o modo todo seu presente na escrita. E que escrita! Não só pelo seu dom de colocar as melhores palavras nos melhores lugares, mas também pelo seu destrinchamento das relações amorosas. Coisa fina.
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Daniel 03/03/2018

As muitas formas de se contar uma história
Esse é o meu primeiro contato com a obra de Elvira Vigna, uma escritora que faleceu recentemente mas que continua viva como um dos grandes nomes da literatura brasileira contemporânea.
A narradora protagonista, cujo nome não sabemos, conta a história de um triângulo amoroso parte real/parte inventado, envolvendo um grupo de imigrantes alemães na década de 50, ao mesmo tempo em que procura um ponto (quase) final à sua relação com Roger, o (quase) amante com que mantém um (quase) relacionamento há muito anos. Sim, essa é uma história de contradições. A narradora manipula os fatos, tanto os de sua própria vida quanto os da vida dos outros, num recuso semelhante ao que Ian McEwan utiliza no romance Reparação. Semelhante, pois a obra de Vigna possui características bem particulares. Uma delas é suas escolhas linguísticas.

A escrita de Elvira Vigna é peculiar, com frase relativamente curtas, pausadas, poucos adjetivos e advérbios e muitas virgulas, demonstrando um trabalho interessante e no mínimo minucioso com a linguagem, o que produz um efeito inicial de estranhamento ao leitor e, conforme a leitura avança, de fluidez.

Apesar do título, a obra acaba sendo nem uma história de amor, nem de desamor, mas uma história de "tanto faz", de relacionamento líquidos que existem por que existem, sem qualquer sentimento envolvido. O aspecto duvidoso e as ações (e reações) pouco comuns das personagens parecem ter como objetivo incomodar o leitor, tira - lo do lugar comum e leva-lo a olhar a realidade por outros prismas.

A ambiguidade resultante dessa mistura de ironia, metaficção e escrita crua leva o leitor a um jogo de luz e sombras, do qual desde o início temos pleno conhecimento, e por isso acabamos nos deixando levar também como peças no tabuleiro.

Uma obra magnífica sobre a liquidez dos sentimentos e a fragilidade das relações humanas.
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Tina Melo 10/02/2020

É antiga a minha história com ?O que deu pra fazer em matéria de história de amor?, de Elvira Vigna, o segundo livro desta nova fase do desafio #24por6. É que não foi aquele match assim... de primeira.
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Comprei o livro quando ele foi lançado, lá em 2012. Conhecia pouco sobre a autora, mas quando vi o título, eu adorei e acabei comprando ?pela capa? rs.
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Já tinha iniciado a leitura algumas vezes, mas nunca passado da metade. No ano passado tentei encaixá-lo na lista de leituras, aí faltou tempo. Dessa vez, consegui incluí-lo aqui e engrenei. E foi uma experiência bem diferente das minhas outras tentativas... Acho que ainda não estava pronta pra Elvira Vigna, até agora!
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Uma história de amor do passado e uma do presente se intercalam na narrativa da protagonista, de quem também não sabemos o nome (assim como em ?Cartas para minha mãe?). Ela tenta entender o relacionamento que mantém há anos com Roger, a partir da trajetória de vida e relacionamentos dos pais e tios dele, que estão intimamente ligados.
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Elvira construiu uma trama em que questões pesadas e importantes se revelam de forma sútil em meio ao ordinário da vida cotidiana. Não é uma história de amor simples, com os comportamentos esperados, mas sim feita de pessoas longe de idealizações com muitas falhas, desejos e angústias.
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?Papéis, decisões, lavar a louça, comprar água potável. Não fossem coisas a fazer, ninguém conseguiria chegar até a noite?, reflete a protagonista, dando um pouco do tom dos personagens que habitam a obra.
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Giselle 29/12/2021

(@intrinseco1.blog)
Pensei em vários adjetivos para tentar falar de Elvira Vigna e sua obra, mas cheguei à conclusão de que não é possível, porque a sua escrita não é definível. Este livro, em específico, era um dos que queria ler há muito tempo, mas preferi me calçar de outros para chegar até ele, porque se eu não o fizesse, talvez não iria entedê-lo em sua completude. Não posso dizer também que fiz isso, mas com certeza pude compreendê-lo melhor.
O que deu para fazer em matéria de história de amor, fala sobre a relação falida de dois casais perpetuadas ao longo das gerações familiares e a partir da escrita do íntimo e do feminino esmiúça os motivos de seus fracassos.
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gabi_tosi 13/10/2012

O Que Deu Para Fazer Em Matéria de História de Amor
Elvira Vigna é escritora e desenhista. Seu último livro “Nada a Dizer”, lançado em 2010, ganhou o prêmio de ficção da Academia Brasileira de Letras. Em “O Que Deu Para Fazer em Matéria de História de Amor”, a narradora entrelaça os fatos de sua vida ao passado de Arno e Rose, já mortos, e busca um sentido para sua vida com Roger, suas escolhas, suas realidades.

Através de uma narrativa não linear, somos levados a contemplar em um mesmo capítulo, episódios do passado misturados com o presente, ou achamos que o é. No começo, é um pouco difícil se acostumar com o excesso de pontos-finais separando cada sentença. A narrativa parece um pouco confusa e difícil de acompanhar, porém, uma vez começada e passada a dificuldade inicial, o texto começa a fluir com elegância, mostrando-se inteligente e perspicaz. O livro todo tem um tom que lembra o realismo, com doses de sarcasmo, humor negro e é, às vezes, vazio e triste.

A protagonista não é uma heroína. É uma mulher de verdade com incertezas, que erra e que tem muita personalidade. Seus questionamentos põem em cheque o que é válido, o que é essencial e sua busca pelo amor também nos leva a refletir sobre o que é realmente importante.

“Continuam (continuamos) apregoando o que há a oferecer. A dificuldade é que não nos parece mais tão essencial, o entendimento. Não precisamos mais tanto, do sentido. Vivemos muito bem sem eles, com nossos conjuntos de agora a mudar a cada instante.”

A narradora tem com Roger um relacionamento de décadas. Eles se encontram e se separam várias vezes, em momentos diferentes da vida. São sócios de uma galeria de arte. Ela tem que arrumar um apartamento - que pertenceu a Arno e Rose - para venda. Arno que era um artista adepto do concretismo esconde uma peça neste apartamento, uma peça que esclarecerá, ou não, suas vidas. O apartamento fica no Guarujá, cenário de boa parte da trama, um Guarujá chuvoso de agosto, quase sem vida. Quase.

“Não é mais uma questão de tesão, nós dois. Ou só de tesão. Talvez nunca tenha sido. Gosto dele, acho, não sei mais. Conheço fatos sobre ele, não ele. Faço histórias em que ele possa caber, todas um pouco falsas, como são as histórias. Não sei quem ele é. Acho que, enquanto não souber e precisar portanto fazer histórias, fico com ele. Quando não houver mais nada a adivinhar, tirar, vou embora. Talvez nunca vá. Talvez eu me engane. E nunca acabem, as histórias.”

Adicione à história a Segunda Guerra Mundial, Alemães que tentam se encaixar em um país tão diferente e mais uma porção de personagens que ligam os fios da trama e teremos o produto final de Elvira Vigna, um romance instigante.
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fsamanta (@sam_leitora) 30/10/2015

Bela escrita, mas... história sem graça. Uma pessoa remoendo um relacionamento - tem coisa mais banal? Pelo menos acrescentou algo de novo, uma nova perspectiva? Não.
Jessy 17/05/2019minha estante
Estou lendo a história ainda, e concordo.




VG 30/12/2016

“Histórias são recebidas, hoje, sempre com um meio ouvido. Todos meio ouvintes que, mal se iniciam na narrativa, já pensam em outra coisa. Claro, vontade, sim, eles têm, de umas pequenas férias da vida lá deles. Umas pequenas férias de si mesmo, quem não quer? Mas entram (entramos) sem acreditar muito em nada. Tentam (tentamos) uma meia entrada com nossa atenção a meio pau em uma seminarrativa sobre o quê, mesmo? Ah, sim, vidas alheias que talvez sejam as nossas. Fazem isso (fazemos) para tentar recuperar, à distância, e sem grandes esforços, a vida. A nossa. Mas sem acreditar muito que vá de fato funcionar. Eu sei. É igual para mim.”


Conheci a escritora e desenhista Elvira Vigna de um modo nada poético. Uma listinha de autores nacionais, fornecida por Carola Saavedra em um curso que fiz. A listinha era grande, mas bati o olho no título Deixei Ele Lá e Vim e algo se moveu em mim. Além de nacional, o livro era escrito por uma mulher, outro ponto positivo. Assim, tentando diversificar minhas leituras, comprei. A leitura do Deixei ele lá e vim foi seguida por um ímpeto consumista. Comprei vários livros dá autora. Praticamente todos, exceto os voltados para literatura infantil. E todos foram lidos rapidamente. Exceto um. O que deu para fazer em matéria de história de amor foi o que ficou para trás.
Acabo de terminar a leitura desse livro, que mistura duas histórias de quase amor, ou duas histórias de amor. A da Arno e Rose, dois judeus alemães cujas famílias vieram para o Brasil durante o nazismo, e Roger, filho dos dois, com a narradora da história. Como os demais livros da autora, este também não contém nada do sentimentalismo, como próprio título parece indicar. Não se trata de uma história de amor convencional. Aliás, nada neste livro é convencional, inclusive a escrita de Elvira, uma prosa seca, bonita, cheia de pequenas preciosidades.
A narradora nos conta, preenchendo as lacunas e inventando detalhes, a história de Arno e Rose, que é também uma história de estrangeiros, de pessoas que não se encaixam em lugar algum. Arno e Rose, sozinhos juntos, juntos sozinhos. Arno se torna um artista moderno, que jamais alcança grande sucesso, e que morre pouco depois de sua esposa, Rose. Roger, seu filho, cuida dá galeria que herda de seu pai, juntamente com a narradora
A arte, portanto, está no centro dessas histórias. Mais ainda, pois cabe à narradora procurar uma última peça de Arno para uma exposição comemorativa de seu aniversário. Assim, a narradora parte para Guarujá, onde o artista e sua mulher moraram pelos seus últimos anos. Cercada pelos restos de coisas do casal ela é ainda mais invadida por essa história que inventa: a história de Arno e Rose que, de algum modo, é paralela à sua história com Roger.
A narração entrelaça as vidas dos dois casais, procurando entender e clarear uma por meio do que se sabe ou imagina sobre a outra. O sentido de ambas as histórias, no entanto, não está dado desde o princípio: podem ser histórias de amor ou, pelo contrário, histórias de indiferença. Adultério, expatriamento, solidão, as dificuldades dos relacionamentos são todos temas que estão presentes no livro, tratados de modos acurados, sutis e ao mesmo tempo cortantes.

site: https://movimentosliterais.wordpress.com/2016/12/30/o-que-deu-para-fazer-em-materia-de-historia-de-amor/
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Mih 26/01/2023

Vivendo no passado
Uma pessoa narrando fatos de sua convivência com outras pessoas, todas já mortas.
A Elvira tem um jeito bem peculiar e culto de escrita, é um estilo bem diferente do que o mercado tem em massa. É bom!
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