No caminho de Swann / À sombra das moças em flor

No caminho de Swann / À sombra das moças em flor Marcel Proust




Resenhas - Em Busca do Tempo Perdido


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Paloma.Campina 09/11/2023

Um clássico e não sem motivos
Eu confesso que em alguns momentos fiquei entediada, mas a história é muito boa. Todas as lembranças do narrador são polvilhadas de eventos e situações reais, possuem uma carga de sentimentalismo coletivo e territorial, a medida que a personagem cresce e ganha um novo olhar, a história fica mais pesada, mais adulta mesmo.
Questionamentos reais e cotidianos são expressos através de palavras simples, para quem gosta de História, esse livro traz muitos elementos históricos e bem detalhados. Gosto do andar da história, mas sofri lendo-o, não com a trama (mas um pouco também), mas com a leitura em si, que em alguns pontos cansa bastante.
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Jose6 19/10/2023

Livro denso contado em primeira pessoa. Tece uma miríade de cenarios e avança lentamente perscrutando a mente dos personagens. Por vezes cansativo, por outras, eletrizante.
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Lalinha 25/07/2023

Comecei a ler esse livro em dezembro de 23, tive várias nuances nesse caminho, entre gostar muito e devorar 300 páginas no dia e não gostar nada e abandonar por semanas..
Mas o tanto que aprendi com esse livro não está escrito. Feliz por ter batido um recorde próprio.
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Italo139 02/06/2023

Ah q livro bom e n gostei de certas coisa e cenas mais o resto e otimo de ler e reler coisas ali n fazem sentido mais relevem.
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Marcos606 05/04/2023

O romance é a história da própria vida de Proust, contada como uma busca alegórica da verdade.

Em janeiro de 1909, Proust experimentou a involuntária lembrança de infância quando provou um biscoito (um pão assado duas vezes, que em seu romance se tornou uma madeleine) mergulhado em chá. Em julho, ele se aposentou do mundo para escrever seu romance, terminando o primeiro rascunho em setembro de 1912. O primeiro volume, Du côté de chez Swann (No caminho de Swann), foi recusado em várias ocasiões, mas finalmente foi publicado às custas do autor em novembro de 1913. Nessa época, Proust planejava apenas mais dois volumes.

Durante os anos de guerra, ele revisou o restante de seu romance, enriquecendo e aprofundando seu sentimento, textura e construção, aprimorando os elementos realistas e satíricos e triplicando sua extensão. Ao fazê-lo, ele o transformou em uma profunda realização da imaginação humana. Em junho de 1919, À l'ombre des jeunes filles en fleurs apareceu simultaneamente com uma reimpressão de Swann. Em dezembro de 1919, À l'ombre recebeu o Prêmio Goncourt, e Proust de repente se tornou mundialmente famoso. Mais duas parcelas apareceram em sua vida e tiveram o benefício de sua revisão final: Le Côté de Guermantes (1920) e Sodome et Gomorrhe (1921). As três últimas partes de À la recherche foram publicadas postumamente em um estágio avançado, mas não final, de revisão: La Prisonnière (1923), Albertine disparue (1925) e Le Temps retrouvé (1927). A primeira edição autorizada de toda a obra foi publicada em 1954.

O romance começa com as memórias do narrador de meia-idade sobre sua infância feliz. O narrador conta a história de sua vida, apresentando ao longo do caminho uma série de personagens memoráveis, entre eles Charles Swann, que forma uma tempestuosa aliança com a prostituta Odette; a filha deles, Gilberte Swann, por quem o jovem Marcel se apaixona; a aristocrática família Guermantes, incluindo o dissoluto Barão de Charlus e seu sobrinho Robert de Saint-Loup; e Albertine, a quem Marcel forma uma ligação apaixonada. O mundo de Marcel se expande para abranger tanto os cultos quanto os corruptos, e ele vê toda a gama de loucura e miséria humanas. Em seu ponto mais baixo, ele sente que o tempo está perdido; a beleza e o significado desapareceram de tudo o que ele sempre buscou e conquistou; e renuncia ao livro que sempre desejou escrever. Em uma recepção após a guerra, o narrador percebe, por meio de uma série de incidentes da memória inconsciente, que toda a beleza que experimentou no passado está eternamente viva. O tempo é recuperado e ele se põe a trabalhar, correndo contra a morte, para escrever o próprio romance que o leitor acaba de vivenciar. Em sua busca pelo tempo perdido, ele não inventou nada, mas alterou tudo, selecionando, fundindo e transmutando os fatos para que sua unidade subjacente e significado universal fossem revelados.
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Sassenach 15/02/2023

"Tem-se dito que o silêncio é uma força; num sentido inteiramente diverso, é de fato uma força terrível à disposição dos que são amados. Ele aumenta a ansiedade de quem está esperando. Nada convida tanto a aproximar-se de uma criatura como aquilo que dela nos separa, e qual a barreira mais intransponível que o silêncio? Diz-se também que o silêncio é um suplício, capaz de tornar louco a quem a ele seja coagido nas prisões. Mas que suplicio - maior do que guardar silêncio - o de suportá-lo vindo de quem se ama! Além disso, mais cruel que as prisões, semelhante silêncio é a própria prisão. Um tabique imaterial, sem dúvida, mas impenetrável, essa camada interposta de atmosfera vazia, mas que os raios visuais do abandonado não podem atravessar."
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LP_Chaun 01/11/2022

Proust é você?
Antes de mais nada gostaria de salientar que o volume é bom, mas não chega nem perto dos dois primeiros.
As obras são cheias de lapsos e não possuem as descrições artísticas e poéticas características do autor.
Inacabada, mal editada e desrespeitosa não leria de novo parando em Sodoma e Gomorra.
Para ler Proust você deve ter paciência e estar em um estado de espírito contemplativo muito único, a história geral é curta a jornada que torna a situação memorável. Memória metamórfica onde se começa de um jeito e termina de outro. Li os dois primeiros volumes de Proust em um intervalo de 40 dias, o último volume levou quase um ano para concluir.
Recomendo apenas para quem deseja uma conclusão, se você não liga para isso, passe longe.
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dmassler 12/09/2022

ok, esse é ENORME, são 7 volumes
escritos entre 1913 e 1927, então
acredito que poucos aqui vão
chegar a ter contato

a vó do narrador morre, a sua
agonia é retratada como um lento
desfazer, tipo, ele tem um luto tão
pesado que como forma de defesa o
corpo optar por fingir que a velha
nunca existiu …loucura.

as suas memórias parecem ir se
evaporando dela, até nada restar e
ele esquecer de fato. E é assim q ele
vai lidar com os problemas

é realmente MUITO bom, pena q eu não consigo expressar tudo aqui pelo skoob.
Mas pra dar um gostinho do quão legal são as
analogias, em um certo ponto da história a
homossexualidade é o tema principal, e o
personagem começa a se envolver com mulheres
que todas são só tipo, um nome masculino
genérico com "a" no final
(Albert(a) Gilbert(a) André(a) ).. mostrando
como ele REALMENTE quer distância e arruma
desculpa pra todos os conflitos da vida dele.
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marcosm 04/12/2021

Em busca do tempo perdido
Nem consigo acreditar que finalmente acabei de ler este volume. Faz anos que comecei mas a leitura não me empolgou e fui deixando de lado até retomar faz uns dois anos. O Proust tem idéias fantásticas, diz coisas profundas e desenvolve muito bem suas 'teorias'. Mas é uma leitura densa e arrastada.
moraes_psi 19/12/2022minha estante
Mas pelo suas 4 estrelas, apesar disso, vc gostou muito de ter lido? Valeu a pena?




LP_Chaun 28/06/2021

2 em 1
Nesse volume que contempla 2 dos 7 livros que compõem a obra "Em busca do tempo perdido", temos "No caminho de Swann" e "A sombra das moças em flor".
Qualquer tipo de resumo com relação a historia seria spoiler já que não acontece muita coisa no geral, o importante na obra de Proust é sentir a lembrança do protagonista com toda a sua desconfiança sob a veracidade.
No primeiro momento pode parecer difícil e maçante, mas logo você se acostuma com as frases grandes e o tom lírico.
A tradução não tenho como julgar já que não leio Francês para comparar com o original, se entendi a história considero como boa. O único ponto negativo fica por conta da edição e revisão que não se atentou a diversos erros de gramática e palavras que em determinados momentos quebravam a narrativa.
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Jonatas.Pimentel 13/04/2021

Incrível
Uma das melhores coisas que já li na vida. Proust é fenomenal!

Muito ansioso pra ler os últimos volumes de "Em busca do tempo perdido".
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ricardo 31/12/2020

fui jovem e hoje sou velho e proust esteve sempre comigo depois que casualmente o encontrei num sebo. lembro que nesse primeiro volume (era o caminho de swan) eu ficava pelas ruas de lisboa procurando os trechos que multiplicassem as pessoas ou as ocultasse, normalmente pelo hábito ou pela ausência dele (como quando quem ofertava algo não era a menina amada (gilberte) mas aquela que brincava com ele (gilberte tb). daí foi um passo ver o quanto de eus havia em mim e também daí a necessitasse de encontrar algo que os unificasse — hoje consegui. a "verdadeira giIberte" no final das contas era uma que não existia, ou a que existia apenas em uma vida do espíirito, como ele chamrá um pouco antes da madeleine. foi muito importante entender essas dimensões de vida, essa dimensão em particular onde a ficção não se opoe à verdade, antes é uma sofisticada manifestação da verdade, a importância, enfim, dessa outra dimensão de vida, em que o olhar da cobiça já é a realidade do adultério
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rdszimiani 29/11/2020

É preciso considerar todo o conjunto do trabalho para ser justo com ele. Trata-se de uma obra de arte; o esforço de uma vida, literalmente.

Os melhores - e os piores - dias do autor transpostos para as páginas de um livro.

É a narrativa de alguém que sente, desde a juventude, uma ânsia, quase uma obrigação de deixar um legado para o mundo.

Numa obra que confunde autor e personagem, o narrador consegue imortalizar a sua própria vida, transcender seu próprio tempo.

Proust faz, ainda, diversas e profundas reflexões sobre o trabalho interno do artista, o processo de transformação dos sentimentos e experiências vividas e o produto disso: a arte.

Mesmo indiretamente, ao final, traz uma mensagem àqueles que possuem sensibilidade e inquietação de espírito semelhantes aos seus: cada um possui um momento próprio para realizar a sua obra de vida; o que pode ou não ser concluído, a depender da sorte de cada pessoa.

Trata-se de uma leitura por vezes árdua e arrastada, principalmente quando o autor reproduz detalhes da vida mundana francesa da época: o convívio com a nobreza decadente e seus aspirantes/arrivistas, assunto que permeia toda a obra - e que por vezes irrita, devido ao aspecto excessivamente fútil de alguns personagens.

Entretanto, isso não diminui a originalidade ou tira o brilho do trabalho, que deve ser assimilado aos poucos, com paciência, fazendo justiça a toda a paixão empregada nele.
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Sammy 23/10/2020

Para sentir o momento

Livro impressionante, não apenas por ser colossal.

Ele trata da passagem do tempo no plano subjetivo do personagem, também aborda como as limitações de nossa memória interferem na construção de nossas lembranças - temas principais da obra.

Acho que o grande trunfo da escrita de Proust é sua tentativa em captar o momento vivido em sua complexidade, buscando apreender toda a poesia existente nas coisas mais banais.
Não é uma tentativa vã por parte do escritor, pois ele consegue nos deixar embebidos pela realidade íntima e externa do personagem (resultado do tremendo esforço descritivo desse autor).





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Ebenézer 19/09/2020

Uma Aventura Literária
Não foi sem pouco esforço que conclui a leitura do primeiro livro No Caminho de Swann, de Proust. Mas eu li lendo, não como muitos andam por aí afirmando ter lido e, quando muito, leram apenas o resumo da obra e comentários sobre ela. Li palavra por palavra, parágrafo por parágrafo, e muitos deles retornando para conseguir apreender a ideia do autor.
Leitura densa, complexa, longa, exaustiva. Não considero, pois, uma leitura arrebatadora nem tampouco glamourosa. Todavia, esta é minha impressão do primeiro volume apenas.
Claro que há momentos e trechos que a leitura flui linearmente sem grandes esforços para o leitor, mas há muitos momentos de longo sofrimento, e haja fôlego, para não perder o fio da meada em que Proust envereda a sua narrativa dada a riqueza das minúcias e detalhes.
Findei a leitura apenas do primeiro livro. Outros seis me aguardam e, confesso, temo muito enfrentá-los. Valeu a pena o primeiro tomo? Valho-me de Fernando Pessoa para quem ?tudo vale a pena se a alma não é pequena?.
Não me arriscaria a dizer que vou reler No Caminho de Swann. Primeiro porque há muitas outras obras me aguardando para serem lidas e, também, por que sofreria duplamente? Mesmo assim, se não me comprometo com a releitura, a obra permanece à minha vista para visitas periódicas e episódicas.
A habilidade textual de Proust, a maestria com que descreve minuciosamente inúmeras passagens, a riqueza vocabular para exprimir seus pensamentos, e sobretudo, os circunlóquios narrativos para relatar reminiscências, tudo isso, e muito mais, tornam-se obstáculos para o leitor mediano se envolver e apreender claramente a narrativa, tanto mais em nossa época moderna em que a linguagem vem se reduzindo cada vez mais, e na qual textos considerados longos são sumariamente descartados.
Mesmo nesse contexto, e apesar de tudo, a obra de Proust ganha maior dimensão e reafirma seu status clássico, pois somente acolherá os verdadeiros amantes da Literatura, realizando-se aqui também o oráculo da Esfinge: ?Decifra-me ou devoro-te?.
Ler Proust é chique. Portanto, lerei, sim, toda a sua obra Em Busca do Tempo Perdido.
Quem sabe me apaixone por Proust e volte aqui para fazer novo comentário me retratando...
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