Luciano Luíz 01/08/2014
ANNE RICE é a autora dos clássicos ENTREVISTA COM O VAMPIRO, O VAMPIRO LESTAT, A RAINHA DOS CONDENADOS e mais uma penca de livros da chamada, CRÔNICAS VAMPIRESCAS, além de outras tantas criaturas, como lobisomens, anjos, e até Jesus Cristo.
No entanto, na década de 1980, ela usando de um pseudônimo, lançou uma trilogia pornográfica (as editoras chamam de erótica, mas em verdade é pornografia). O livro não tem palavras fortes (que chamamos comumente de palavrões. Porém a descrição das cenas mostra com facilidade que é algo puramente pornográfico. E por isso, nessa resenha eu destaquei o que seriam os palavrões dessa trilogia...).
Eu vi alguns comentários de leitoras que disseram que chegaram a página 40 ou mesmo 90 do primeiro livro e depois desistiram.
Mas por quê?!
OS DESEJOS DA BELA ADORMECIDA 1983)
A escritora resolveu fazer a sua versão do clássico da Bela Adormecida. Ela obviamente está dormindo, linda, loura com seu imaculado vestido... Aí o príncipe aparece, fode com ela de tudo quanto é jeito. E só depois de gozar e tirar o cabaço da Bela, lhe dá o beijo que a faz despertar. Depois disso, ela descobre que por ter sido salva da maldição deve ser uma escrava sexual no reino vizinho. Deve andar sempre nua, de quatro, com os braços atrás do pescoço, comer em tigelas como um animal e ficar a vontade para ser usada por qualquer pessoa.
No caminho, ela é humilhada, no castelo é humilhada, participa de jogos humilhantes, etc. e tal.
O livro, para quem nunca leu algo similar, é forte, violento,
e claro, pornografia pura. O enredo nada tem de interessante, aqui o que conta, são as posições sexuais...
Bela conhece o príncipe Alex, outro escravo, e com ele resolve se enturmar...
Curiosamente, apenas príncipes e princesas passam por isso. Então deve ter muitos no universo desse livro. Pois do que tem de gente
sendo massacrada com atos de sexo impressiona.
As palavras mais pesadas do livro são: pênis, ânus, vagina, sexo, desejo...
A PUNIÇÃO DA BELA (1984)
Os rituais de selvageria sexual continuam na vila próxima ao castelo. Ali os escravos são alugados para os aldeões que tem condições de arcar as despesas.
Em leilões eles são humilhados ainda mais do que no castelo.
Servem como todo tipo de mercadoria.
Inclusive como cavalos, puxando carroças e arados no campo.
Ficam expostos do lado de fora das casas do comércio, com falos enterrados em suas cavidas íntimas do mesmo jeito que também fazem no castelo.
A vila é um lugar onde os príncipes e princesas adquirem uma certa... disciplina.
São fodidos de todas as formas...
Esse segundo livro é narrado em terceira pessoa para Bela e primeira pessoa para outro personagem (Tristan)... O volume um é em terceira...
As palavras mais fortes aqui são: boceta (aparece só uma vez), pau e cu (que aparecem só umas duas vezes)...
A LIBERTAÇÃO DA BELA (1985)
Aqui conhecemos o cara que deu a ideia de escravização sexual a rainha. Os escravos não podem ser feridos de maneira que corram risco de vida. O que vale é o prazer da carne.
No palácio do sultão, Bela continua sua narrativa em terceira pessoa.
Mais uma vez outro personagem é em primeira (Laurent).
Bem bacana isso.
Aqui o livro que já estava meio enjoado de tanta foda, tem algumas novidades, como os escravos tendo domínio.
Aí depois acontece outras reviravoltas e o enredo tem altos e baixos.
Se bem que enredo mesmo aqui, quase não existe. Quando algum personagem fala se sua história, é igual a todos os outros...
Chega a ser idiota...
Palavras mais fortes: as de sempre e agora tem tesão e transar...
Em resumo, essa trilogia é pornografia.
Só tem sexo e muita, mas muita humilhação que vai fazer leitores sem qualquer conhecimento desse tipo de livro ficarem com ódio de muitos personagens e pena extrema de Bela e seus amigos.
Tem sexo gay (o que mais acontece), hétero (em segundo lugar) e lésbico (o que menos tem).
Portanto, se você for preconceituoso ou preconceituosa, fique distante dessa trilogia...
O que é engraçado, é que nenhuma mulher engravida, ninguém pega doença sexual (já que todo mundo trepa com todo mundo) e claro, tem mais príncipes e princesas do que plebeus...
Os livros são bacanas, divertidos, e depois vão perdendo o sabor. Não por tentar procurar alguma estória ali, mas pelo fato de que as cenas de sexo quase não mudam mais.
Porém, assim mesmo é uma leitura diferente.
Assusta no início quem nunca leu nada disso.
Mas se os leitores e leitoras sobreviverem, é bem provável que vão até o final do volume 3.
Nota: 10 (pelo sexo gratuito e a humilhação)
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