Moulin Rouge

Moulin Rouge Pierre La Mure




Resenhas - Moulin Rouge


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Aline T.K.M. | @aline_tkm 16/02/2010

Moulin Rouge, amores doloridos e boemia latejante
Ao contrário do que muitos podem pensar de início, o livro Moulin Rouge não relata aquela linda história de amor entre Christian e Satine do filme de Baz Luhrmann, mas sim a trajetória do pintor francês pós-impressionista e litógrafo Henri-Marie-Raymonde de Toulouse-Lautrec-Monfa, ou apenas Henri de Toulouse-Lautrec; e devo dizer: é um livro que figura entre os meus favoritos.

Toulouse-Lautrec nasceu na nobreza francesa, mas foi a vida boêmia parisiense de fins do século XIX que ele adotou como sua (ou teria sido a boemia que o adotou?). Essa vida, inclusive, era o tema principal de suas pinturas; seu estilo mostrava linhas livres e cores intensas, transmitindo expressividade e movimento. Dançarinas como La Goulue e Jane Avril apareciam retratadas em seus cartazes para o cabaré Moulin Rouge, onde exercia papel de frequentador assíduo.

Contudo, a vida de Toulouse-Lautrec esteve longe da felicidade e glória, estas se mostrando apenas como leves e efêmeros (por vezes falsos) sopros em sua trajetória. Sua doença – que fez dele um homem adulto com pernas de menino –, o sabor amargo dos amores não correspondidos e o alcoolismo desempenharam importantes papeis em sua curta vida e conferem uma dose extra (e realmente emocionante) de drama na história. Outra característica que torna o livro ainda mais cativante são as interações – reais – entre Toulouse-Lautrec e nomes célebres como Vincent Van Gogh, entre outros.

Moulin Rouge é um livro para ser saboreado em todas e cada uma de suas palavras. Moulin Rouge é atrevido ao tocar-nos o fundo da alma. Moulin Rouge é um livro de amor, ainda que em sua mais triste faceta.

Curiosidades:
- Este livro deu origem a um filme de mesmo nome, Moulin Rouge (1952), dirigido por John Houston e ganhador de 2 estatuetas do Oscar.
- No filme Moulin Rouge de Baz Luhrmann (2001), Toulouse-Latrec aparece como um personagem secundário, envolvido e sofrendo com as tragédias do casal protagonista.


VISITE:
http://escrevendoloucamente.blogspot.com
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Nivia.Oliveira 31/07/2021

O livro é o romance sobre vida e obra de Toulouse-Lautrec, um pintor pós-impressionista, isto é , que veio depois da arte considerada ?degenerada? o impressionismo.

Sua biografia conta que ele foi rejeitado pela família por causa de uma deficiência nas pernas. Mas no livro, ele contou com o carinho incondicional da mãe.

No livro percebemos a inclinação para o desenho desde criança. Sentindo-se isolado e infeliz por causa do preconceito ele se autoexilou em Paris e foi morar em Montmartre, praticamente dentro do cabaré Moulin Rouge.

É delicioso passear por esse bairro boêmio! Há descrições dos momentos em que T-Lautrec retrata as prostitutas, as dançarinas de Cancan e os habitués de classe média em suas obras nas quais é possível perceber o quanto eram próximos e...voyeur! O autor nos mostra momentos de respeito entre os amigos, mas certos abusos nos relacionamentos amorosos.

Por lá passaram inúmeros famosos e artistas como Oscar Wilde, Sarah Bernardh, Victor Hugo, Van Gogh.?.

O período do livro é entre 1864 e 1901, plena Belle Époque, momento de prosperidade econômica da França concretizada pelas exposições universais (1889 e 1900) ? inauguração da Torre Eiffel.

O autor não explora a situação da classe operária francesa (sempre grevistas!) se limitando à situação das mulheres que só tinham como opções serem lavadeiras, dançarinas ou prostitutas e a penúria dos artistas pobres, até porque o protagonista T-Lautrec era burguês.

T-Lautrec entra num período de autodestruição com ao alcoolismo, que utiliza como justificativa para diminuir a dor das pernas. Sua produção cai e ele morre aos 36 anos com sífilis.

Eu que eu mais gostei foi o passeio pelos atrativos turísticos de Paris cujos comentários davam pistas da história da França ou da arte.
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Daniel.Cardiano 30/04/2020

Sobre o livro e minha relação com o mesmo
Maravilhoso retrato da sofrida vida do autor, retratando seus fantasmas e realidade do período com maestria. Adaptação pro cinema em 52, salvo engano, com atuação encantadora e digna de premiação.

Esse livro é ainda mais especial pra mim, pois meu falecido avô paterno, o qual sequer conheci, deixou uma linda dedicatória à minha avó na contra capa.
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Maris 22/01/2010

Para artistas como eu este é um livro de terror. Fala de arte e fracasso, arte e loucura, arte e falta de reconhecimento (em vida pelo menos), arte e preconceito, arte e promiscuidade, arte e exclusão social... E sobre como essas relações existem desde muito tempo, talvez desde sempre... Tudo isso através da vida real de Henri de Toulousse-Lautrec, um jovem feio, barbudo e com pernas atrofiadas, nascido de uma família nobre e rica, mas com a terrível maldição de gostar de desenhar e desenhar bem.

Não vou contar os detalhes porque são eles que constroem este livro, já que a bibliografia geral de Henri pode ser lida em qualquer lugar, mas posso antecipar que o submundo parisiense do fim do século XIX é pintado de maneira espetacular neste livro, com direito a interações, que de fato aconteceram, entre Henri e figuras como Oscar Wilde e Vincent Van Gogh.

Há também a parte amorosa da história, mas creio que seja um pouco triste demais para ser demasiadamente comentada, e se eu especificar o quão triste ela é posso acabar estragando esperanças de quem porventura ler este livro. Só digo que matei minha fome de amores não correspondidos, raríssimos em todas as atuais formas de ficção - de livros a filmes - mas extremamente frequentes na vida real... E gosto de realismo.
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marfigueira 13/04/2011

Visão real da Paris da virada do século.
Se você quer ter a visão real do que foi a Paris da virada do século XIX para o século XX, e como era a vivência desse período, esse é um ótimo livro. Se você está em busca daquela visão tosca do filme do mesmo nome, esse não é o seu livro.
Ele conta o agitado mundo do pintor Toulouse Lautrec, que é muito mais do que aquela caricatura mostrada no filme.
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Quaseromancista 15/01/2012

é um livro que conta a história do célebre artista Toulouse-Lautrec, desde a infância mimada em Albi, passando pela adolescência e fase adulta em Montmartre e no Moulin Rouge até o dia de sua morte nos braços da mãe.
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Robertaaaa 06/03/2014

Descobrindo Toulouse e o Cancan
Confesso que há uns dois anos atrás eu não fazia a mínima ideia de quem fosse. Claro que eu já tinha algum conhecimento do pós-impressionismo, porém, nunca havia tido contato com nenhum material que pudesse me transportar para o final do século XIX e início do século XX. Em um belo dia, visitando um sebo da cidade, me deparei com uma raridade sem limites o livro: Moulin Rouge, a princípio eu pensei que fosse encontrar toda aquela fantasia, amor e uma mocinha que morre no final como acontece no filme e ousei levar para casa, porém, a diversão foi absolutamente surpreendente. Esquecendo todo o glamour que permeia nessas telas hoje em dia você vivencia o submundo dos vícios, pobreza e prostituição que circundavam aquela época onde um novo ritmo de dança estava começando a surgir o famoso: Cancan. A obra artística de Toulouse é basicamente a busca pelos movimentos e, através da dança e bailarinas que tanto o fascinava, transportava cores e posições inusitadas para suas telas e cartazes conseguindo chocar a população francesa da época, mas, ao mesmo tempo, abrindo espaço para uma intensa divulgação do Cancan conseguindo, inclusive, projetar determinadas dançarinas ao estrelato dos teatros. Com toda essa alegria que o rodeava havia também a tristeza com a qual sua vida foi envolta, pois, devido a uma distrofia nos membros inferiores seus relacionamentos não foram bem sucedidos, já que, sua baixa estatura provocava aversão nas mulheres, esse paradoxo também é abordado no livro, o que nos faz refletir que inclusive nos grandes artistas consagrados hoje, o preconceito existia no passado. Sua obra a princípio foi considerada vil e repudiada, porém, como começou a elevar o Cancan vários grupos da alta sociedade que cultuavam a arte na época passaram a requisitar sua presença em rodas o que, talvez, levou a Toulouse adotar um estilo excêntrico ao se vestir que, de certo modo, compunha todo o seu vazio e a perseguição pelo material e fútil que existia em sua época.

Escrito em: 09/12/2011
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