Jubiabá

Jubiabá Jorge Amado




Resenhas - Jubiabá


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Jeff_Rodrigo 12/03/2024

"Quando está escuro
E ninguém te ouve
Quando chega a noite
E você pode chorar

Há uma luz no túnel
Dos desesperados
Há um cais de porto
Pra quem precisa chegar

Eu estou na Lanterna dos Afogados
Eu estou te esperando
Vê se não vai demorar

(...)"


Sim, eu li esse livro por causa dessa música, pensando em sua origem. Me deparei com uma história incrível.
Igor 12/03/2024minha estante
Não sabia que essa música tinha expiração num livro, nossa! Acho que também vou ler. Entrou na minha lista. ?


Jeff_Rodrigo 12/03/2024minha estante
"Herbert Vianna logo ao chegar a um restaurante em Ipanema pede rapidamente ao garçom "Por favor, uma caneta e papel", pois no trajeto, andandando de moto, lhe veio a melodia e os primeiros versos da música Lanterna dos Afogados.


Ela foi inspirada de um capítulo do livro ?Jubiabá?, de Jorge Amado, que retrata o bar Cais do porto, na Bahia, onde as mulheres dos pescadores esperavam os seus maridos com lanternas, para ajudá-los a achar o caminho de volta do mar.


Em uma entrevista à revista Vinho Magazine, Herbert relata que a letra fala do cuidado que as mulheres têm com seus maridos, pescadores, guiando-os com a luz da lanterna na praia para saber o caminho de volta do mar, a assim não ficassem desorientados, como se fossem faróis. Pois, com os perigos no mar, alguns pescadores nem sempre voltam."


Fonte:

https://blocodofua.com.br/blog-do-fua/musica/de-onde-vem-a-lanterna-dos-afogados 


Ainda que sútil, é uma ótima inspiração.




V_______ 20/02/2024

Jubiabá
O quarto livro escrito por Jorge Amado é um romance de formação que apesar de carregar em seu título o nome de um dos personagens, Jubiabá, um pai de santo, é em Antônio Balduíno, o Baldo, que terá seu protagonista. É também um dos primeiros livros nacionais a trazer um negro como protagonista mesmo sendo escrito já na década 30.
Baldo é criado por sua tia no morro do Capa-Negro na Bahia, ainda criança adorava andar pela cidade, ouvir as histórias de Zé Camarão, conhecido vádio, frequentar a macumba de Jubiabá, andar atoa com os garotos do morro. Por percalços da vida nosso herói, que de herói não tem nada, Baldo vai parar nas ruas da cidade, mendigando e malandreando, e cresce assim ao meio dos rejeitados e esquecidos, até ser descoberto por um espanhol que o torna boxeur, mas uma velha desilusão amorosa o leva a outros destinos, vê a exploração a que são submetidos os trabalhadores fabris, os trabalhadores do campo, a miséria em que vive os circenses. Porém nem só de miséria viverá o homem, Baldo conquista muitas mulheres em seu caminho, frequenta festas e macumbas, porres e carnavais. Aos poucos Baldo começa a compreender e tomar consciência, vê que a escravidão acabou apenas no papel, que o pobre segue sendo escravo.
Em Jubiabá que podemos já vê mais lapidado o autor quê escreveria clássicos como Capitães da Areia, Gabriela, Cravo e Canela entre tantas outras obras. Inclusive para quem gostou de Capitães, Jubiabá é uma leitura certa, tenho a impressão que em Capitães Jorge Amado explora um pouco mais algumas coisas aqui apresentadas. Um livro que recomendo.
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Matheus656 18/02/2024

Jubiabá
Em resumo, ?Jubiabá? é repleto de oralidade, bom-humor, mistura e representatividade, sem perder a essência crítica, contestadora e revolucionária de sempre. Além disso, o aspecto panfletário e enviesado está mais contido em comparação com os romances anteriores de Jorge Amado. O escritor se propôs a contar a história de um homem que não é nem mau, nem bom: é humano. Antônio Balduíno é o reflexo do ambiente de marginalização e precariedade na qual ele cresceu. E, assim como os outros personagens principais de Jorge Amado, encontrou o motivo de viver na luta pela revolução do proletariado.
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Sara.Goncalves 04/02/2024

Do sino da igreja vêm as batidas das nove horas.
Do sino da igreja vêm as batidas das nove horas, e apesar da miséria, da fome extrema, dos poucos resquícios que restaram de fé,
o povo levanta-se e dança como se a pobreza fosse extinguida em dado momento.
Escuta-se somente um baticum, um movimentar de pés
o cheiro doce do fumo,
o corpo com corpo que encontra-se e logo se vai.
Às gargalhadas está um homem negro, forte, bom de violão, artista de circo, fazedor de sambas, boxeur
nem parece que sofre,
o que para ele fora destinado uma vida desgraçada,
não contenta-se com a ousadia do branco,
levanta, luta, bate, faz greve
impõe-se.
Ele não quer ver mais os seus morrendo em becos sórdidos,
tirando a própria vida porque o futuro é o mesmo: a morte gradual, definhando de fome, de maleita, de precariedade, insalubridade,
quem olhará por nós, pobres desgraçados?
injustiçados pelos brancos,
escravizados até que se chegue a
essência d'alma encarcerada.
Pisoteados e mortos,
nós, homens, que temos o
Sol tapado com a peneira,
que dançamos,  sobrevivemos e gargalhamos
e amamos mulheres moças feito dos Reis, Rosenda Rosedá, que amamos Lindinalva
Que perdemos o olho da piedade
por tanto ódio no coração,
trazido forçosamente.
Quem olhará por nós, pobres desgraçados?
with Z 11/02/2024minha estante
Caralhos! Sim! Seu texto tem alma! E muita personalidade! Eu amei mt, sério, mt bom mesmo! Eu li umas 5 vzs, parabéns ^-^


with Z 11/02/2024minha estante
Eu sabia que vc tb era feita da matéria das letras!


Sara.Goncalves 12/02/2024minha estante
muito obrigada, amigo, dessa forma fico sem saber como agradecer, muito obrigada mesmo:))




Livrística 21/01/2024

?Ele agora sabe por que luta.?
Meu primeiro Jorge Amado e a primeira leitura do ano de 2024, este livro me encantou em vários momentos mas também me decepcionou um pouco no final.
Se levarmos em conta que este é apenas o quarto romance escrito pelo autor , que ainda estava na casa de seus vinte e poucos anos , sem dúvida este se torna um livro espetacular. Mas, conseguimos perceber (mais para o final do livro) que o texto de Jorge Amado ainda precisava ser aprimorado em alguns aspectos.
Ainda assim, recomendo muitíssimo a leitura e estou muito feliz por ter conhecido mais um importante autor que aborda com assertividade o tema da desigualdade e da luta de classes.
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Antonio.Brito 08/01/2024

A síntese do pobre homem brasileiro
É um dos livros menos conhecidos do Amado, mas aqui sua escrita toma a forma que a gente conhece em sua melhor fase.
Bem, o que eu posso falar de Antonio Balduino, Baldo para os mais chegados.
Esse órfão negro vive uma epopeia que faria inveja a Homero e retrata com fidelidade os desafios dos descamisados, pretos e pardos, desafavorecidos. Passa uma trajetória que contempla a miseria em sua forma mais pura. A miseria material, espiritual, mental, e, acima de tudo, a moral. Tema que permeia toda a obra, visto que Baldo, mesmo sendo um homem sem nenhuma instrução e conhecimento de conceitos mais intelectualizados de ética e moral, entra em
fluxos de consciência à lá Freud, fazendo um paralelo entre a sua força descomunal e a sua índole pura e por vezes infantil.
Acho que mesmo não sendo tão celebrada, é uma obra divertida,universal e necessária por tratar de temas que serão eternos e fundamentais.
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Yago 26/12/2023

Balduíno o dono da cidade
É muito lindo o jeito como Jorge amado contrapõe as nuances mais tristes da realidade da vida brasileira de uma maneira tão poética, tão certeira; em alguns momentos se está nas alturas e de repente "pafiti" toma uma dose de realidade doída aos olhos e ao coração, sério, faz os olhos encherem de lágrimas... Pra quem gosta de uma aventura sobre garotos de rua e suas histórias este livro te agradará aos olhos. Mas te digo que prepare teu coração pois ele vai tomar muita porrada.
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Rond 24/12/2023

O ABC de Baldo
"Jubiabá", escrito na década de 30, quarto livro na carreira de Jorge Amado, é uma obra vibrante que destaca o autor como um mestre da narrativa, imergindo os leitores na vida e nos costumes dos negros baianos da época.

Eu penso que o título "Jubiabá" parece deslocado, considerando que o personagem homônimo, embora forte e respeitado, não ocupa um papel central na narrativa.

Gostei muito da desenvoltura narrativa impressa na história, principalmente na construção do núcleo envolto da personagem Lindinalva, uma figura constante no pano de fundo, que ocupa um lugar de destaque no imaginário de Baldo, o protagonista negro da história. Seu trágico destino não apenas molda profundamente a jornada de Baldo, mas também reflete a sagacidade do grande Amado em desnudar a elite branca, com seus vícios, soberba, rodeada de puxa-sacos e falência moral na sociedade da sua época.

Contudo, é notável que, apesar da riqueza de detalhes e narrativas paralelas, algumas histórias secundárias podem parecer exaustivas e menos contributivas para o enredo principal. Estas múltiplas camadas, embora enriquecedoras, às vezes desviam a atenção da trama central.
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Juliane4 02/12/2023

O romance trata sobre temas como identidade, racismo, cultura afro-brasileira e a luta pela liberdade.
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blun_nanda 29/11/2023

Jorge Amado e seus livros
Não é meu primeiro livro do Jorge Amado e claramente não será o último. Amo o autor e amo a Bahia que ele mostra.
Ainda curiosa pela escolha do nome do livro, já que é um abc do Antônio Balduino. Obviamente entendo o quão relevante é o Pai Jubiabá no livro, mas fico extremamente curiosa pela escolha do nome, porque Jorge Amado escolheu o nome.
Dou 3 estrelas porque sendo sincera procrastinei um pouco a leitura e acredito que isso tenha me deixado menos interessada na história, mas o quanto é cativante toda ela é indispensável.
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Perla.Campos 16/11/2023

Neste livro Jorge Amado consegue demonstrar como o homem pode ser dono do seu destino. Exemplo disso é Antônio Balduino, que viveu a vida que tinha para viver como bem quis, e em parte feliz.
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Carol.Negreiros 15/10/2023

Maravilhoso!
Que livro maravilhoso! Estou tentando pensar em outra palavra, mas não consigo. Fiquei maravilhada com a escrita de Jorge Amado (esse é o primeiro livro que leio dele) e ainda mais depois de saber que essa obra prima foi escrita quando ele ainda estava na casa dos vinte e poucos anos de idade.
O livro, apesar de ter o nome "Jubiabá", tem como personagem central Antônio Balduíno, um homem negro, nascido na Bahia, que teve uma história de vida muita sofrida, e que descobre na malandragem e nos ensinamentos de Jubiabá, um pai de santo muito respeitado no Morro do Capa Negro, onde Baldo (como era mais conhecido) morava. Mas nas tantas voltas que o mundo deu, já prestes a desistir da própria vida, ele redescobre o sentido de viver ao decidir brigar pelo direito de sua classe (de estivador) e de tantos outros trabalhadores tão massacrados nessa briga tão desigual entre empregador e empregado: "(...) ele fez greve e aprendeu a amar a todos os mulatos, todos os negros, todos os brancos, que na terra, no bojo dos navios sobre o mar, são escravos que estão rebentando as cadeias."
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Manu 12/10/2023

Uma história sobre a cultura e resistência negra da Bahia
Essa obra já inicia com enredo mais voltado para o que mais tarde se tornou Capitães da Areia, relatando as vivências do personagem principal, Antônio Balduíno, em meio a cultura afro-brasileira e ao descaso do Estado sobre a população negra da Bahia. Aqui já vemos um Amado mais politizado, o qual desde a obra anterior, Suor, começa a inserir a luta proletária no seu enredo.
E sobre o título ser Jubiabá, nome do pai de santo que é parte da criação e formação de Balduíno, acredito que seja pela influência do ancião para o protagonista.
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uzelotto 07/10/2023

O Homem é ação. Esse é um livro essencial se Jorge Amado. Para entender todo o conjunto de sua obra, a sabedoria popular proposta pelo mestre Amado é de uma sensibilidade ?teosófica?. Eu acredito nas palavras de Jorge e acredito que sua literatura deve se inserir na vida dos leitores!
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MARI 11/08/2023

Um tanto decepcionante
Já havia lido jorge amado anteriormente e sou uma admiradora do mesmo, entretanto "jubiabá'" não muito me agradou. primeiramente tópicos ligados à sexualização muito grande fizeram da minha leitura desconfortável e massiva. o final foi repentino e um vira-casaca ocorreu nas últimas 30 páginas, sem grandes construções. existem pontos interessantes, como sempre jorge amado tem descrições interessantes, ambientação incrível e um estilo próprio marcante...ao final, não gostei tanto...acontece.
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