Blaze

Blaze Stephen King...




Resenhas - Blaze


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Francisco 20/05/2021

A história de Blaze
Clayton Blaisdell Jr., conhecido por todos como "Blaze" é um criminoso mentalmente limitado em razão de seu pai, enquanto estava bêbado, o atirou de cima de uma escada duas vezes quando criança após ter sido pego comendo cereal na sala de estar. Alguns capítulos destinam-se a narrarem alguns acontecimentos da infância de Blaze após ser encaminhado para uma instituição análoga a um orfanato.

Após a morte de seu parceiro criminoso George Rackley durante um assalto a um armazén, Blaze decide levar adiante um plano que vinham planejando há algum tempo: o de sequestrar um bebê de um rico casal e pedir um resgate milionário. Entretanto, ao levar adiante tal crime, Blaze adquire tudo o que o bebê precisa antes de realizar o sequestro em lojas especializadas.

Ao realizar o sequestro, Blaze se vê apegado ao bebê e *. Com toda certeza essa história lembra "Ratos e Homens", de Steinbeck. Em Blaze, temos o amigo de George de capacidade intelectual reduzida, Lennie. No próprio George Rackley temos o homônimo do segundo personagem de Steinbeck, mais esperto que seu companheiro. Nessa obra de King, Blaze recebe conselhos do seu amigo George mesmo após ele ter morrido.

O texto e a narrativa não são difíceis de ler, mas ler Stephen King escrevendo Richard Bachman é bastante diferente de ler seus próprios livros. Pois os livros de Bachman são sempre bastante introspectivos. No entanto, é um livro interessante e vale a pena ser lido, pois recomendo por ter gostado bastante de toda a história.
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Bruno 28/05/2016

It's how we roll...
"Blaze reached for Joe with one large hand. Joe's own hand, searching for anything, met it. The tiny fingers wrapped around Blaze's thumb."

Quando criança, Clayton Blaisdell, Jr., ou simplesmente Blaze, foi espancado pelo pai alcoólatra até sofrer um sério trauma na cabeça que o deixou mentalmente limitado. Já adulto, Blaze é agora um golpista que decide tocar pra frente o ousado plano de seu falecido parceiro: sequestrar o bebê de um milionário. Durante a fuga, Blaze é assombrado por seu passado e pela sua consciência, na forma de seu falecido amigo. Porém, o inimaginável acontece e Blaze se vê apegado ao bebê. Apavorado e sem saber direito o que fazer, Blaze percebe que o FBI e o país inteiro estão à sua procura e do bebê.

Blaze é um livro que demorei muito para encarar. Sempre esperei que fosse traduzido, mas os anos se passaram e as chances foram ficando cada vez mais para trás. Mesmo o inglês não sendo uma barreira tão intransponível, nunca quis arriscar, mas um dia a espera acabou. Devorei Blaze em poucos dias e gostei muito da história.

O personagem, um gigante gentil, é sofrido e muitíssimo bem descrito por Bachman. Incrível a capacidade do autor de escrever uma história sem heróis, sem personagens glamurosos e completos. Ele usa como protagonista um personagem extremamente danificado, com problemas mentais e cheio de angústias de um passado maldito. E o faz com maestria. Os flashbacks são o ponto alto do livro (assim como o próprio King concorda na abertura do livro) e não sendo inúteis, amarram todos os pontos da trama.

Blaze se passa em um inverno rigoroso, e incrível a capacidade de um bom escritor de te transportar no meio de toda aquela neve, de todo aquele frio, junto com um personagem tão cheio de medo e anseios.

Blaze é um puro livro de Bachman, portanto, não esperem alívios. Um must have!
João 22/10/2019minha estante
?cone bilíngue kkk




Nazli.Dias 13/12/2023

Mediano
Um livro ok, longe de ser um dos trabalhos dignos de nota do King. Certamente não seria um livro que eu recomendaria para quem está iniciando a leitura das obras dele, mas para os antigos leitores é bom ver o autor arriscando algo diferente.
A estória alterna entre presente e passado, o que eu particularmente gostei muito para conhecer o Blaze. Desenvolvimento de personagens é uma coisa que o King sabe fazer! Um pouco previsível, mas emociona mesmo assim. Talvez tivesse funcionado melhor como um conto, parece ter se estendido demais. Não é um grande acerto, mas valeu a leitura.
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Dhiego Morais 12/07/2020

Blaze
Acredito que possamos comparar este ano de 2019 a uma comprida locomotiva, seguida por diversos e modestos vagões. Em alguns momentos, os trilhos parecem se desviar e todo o eixo treme, nos brindando com fases de medo e hesitação. Céus! Pela janela mal dá para ver o que está mais adiante! Então, o bom passageiro abre a mala, e vê aliviado o livro ao qual já dedicava seu tempo antes de embarcar nessa viagem de longos 12 meses e metas literárias variáveis. O expresso dá um aviso claro, aviso este que diz respeito à proximidade do fim da viagem. Ora, já passamos pela estação de Novembro, logo, a última estação beira a chegada. O bom passageiro e bom leitor assente e diz: é um belo momento para deixar tudo de lado e começar mais um livro! 2019 que lute!
Depois dessa belíssima metáfora da minha vida literária, bem, podemos retornar ao objetivo de nosso texto: vamos falar de Blaze, a minha leitura mais recente.
Blaze é o sétimo e último livro lançado por Richard Bachman, álter-ego de Stephen King, grande mestre da ficção de suspense e de terror. Talvez alguns leitores estranhem essa informação, ou simplesmente não recordem muito bem, então vou trazer uma rápida contextualização: Bachman é foi o pseudônimo de King por um curto período de tempo, tempo este que o permitiu lançar algumas obras bem interessantes. O pseudônimo nasceu do interesse de King em lançar mais de um ou dois livros por ano, sem, no entanto, sobrecarregar o mercado com o seu nome, lá pela década de 70 e 80. Extremamente produtivo (até hoje!), King lançou cinco títulos antes de ser descoberto: Fúria, A Longa Marcha, A Autoestrada, O Concorrente e A Maldição (ou A Maldição do Cigano). Infelizmente, Richard Bachman viria a padecer de “câncer do pseudônimo”. Entretanto, dois outros títulos foram lançados postumamente (após King ser descoberto): Os Justiceiros, que possui uma obra-irmã, Desespero (esta sim escrita como Stephen King) e Blaze.
Em Blaze, o leitor conhecerá a história de Clay Blaisdell Júnior, popularmente conhecido como Blaze. Nosso protagonista poderia ser alguém simples, talvez desinteressante ou pouco digno de nota, mas o que Bachman narra é alguém cuja imagem deverá marcar profundamente, primeiro por sua imagem única, e, finalmente em segundo, por sua história singular. Blaze é um gigante que ultrapassa os dois metros e, devido a um acidente de infância (o pai o pegou e o atirou pela escada), ele possui uma depressão na altura da testa, característica essa que o marca por onde passa.
“Por anos ele havia se identificado como um bobo, aceitando isso como apenas mais uma parte de sua vida, como a cavidade em sua testa. Ainda assim, algo continuava a trabalhar abaixo da superfície queimada. Trabalhava com o instinto mortal das coisas vivas – toupeiras, vermes, micróbios – abaixo da superfície de um campo queimado. Esta era a parte que lhe lembrava de tudo. Cada dor, cada crueldade, cada maltrato que o mundo lhe fizera.”
Blaze teve uma infância bastante complicada, vivendo pouquíssimo em um lar colapsado, desestruturado e indo em seguida para onde definitivamente passaria sua fase mais longa: o Lar Hetton, uma espécie de reformatório dedicado às crianças complicadas e abandonadas de nossa sociedade. A novela, Blaze, permite que o leitor conheça essa parte do passado de nosso elevado protagonista, contando com capítulos dedicados a uma parte da história de Clay marcada por desumanidade, ausência do amor da família, inocência e abusos de poder.
Clay é por si só uma figura atípica: embora sua altura e imagem sejam intimidantes, ele é capaz de entregar momentos de grande inocência, de compaixão e de simplicidade; trata-se, de maneira bem simples, de uma peça machucada de um quebra-cabeça tentando se encaixar. Se pensarmos melhor, poderemos nos lembrar de outro valoroso personagem de Stephen King, outro gigante, que se traduziu como diferente de tudo o que poderia representar: John Coffey, de À Espera de um Milagre.
Em contrapartida ao passado de Blaze, o leitor encontrará neste romance de ficção uma história sobre roubo e resgate, mais precisamente sobre como o destino rumou para um ambicioso plano de sequestro de um bebê, herdeiro de uma família abastada.
Embora Blaze aparente ser esse “gigante com um coração puro”, ele também não deve ser visto somente sob o prisma da inocência. A forma como Richard Bachman constrói a figura do protagonista, pigmentando-o de tons explicitamente cinzentos, observamos nascer um personagem complexo, bom e mau sob medida, como a natureza das relações humanas dita. E é isso, aliada a suas demais características que fazem de Blaze tão interessante, amável e odiável, nos aproximando de maneira empática a sua história de vida e ao seu final, que certamente traz o amargor à boca.
George é outro personagem digno de comentários. Se por um lado Blaze peca intelectualmente, inocente ou incapaz demais para criar e conduzir grandes planos, George é a figura que balanceia todo o jogo, um valoroso parceiro do gigante e responsável por levá-lo à criminalidade. Ainda que George tenha esse espectro deturpado de moralidade, ele é o único personagem que não abandona Blaze.
A sétima e última história de Stephen King escrevendo como Richard Bachman é diferente de tudo o que eu esperava, e, sobretudo, diferente das demais obras que eu já havia lido, escritas ou não sob esse pseudônimo. Se tomarmos como exemplo as obras Fúria, A Longa Marcha e A Maldição, nós encontraremos um Bachman que se sobressai à figura de King, escrevendo de maneira mais bruta, direta e violenta, e entregando finais abruptos, marcantes e muitas vezes pessimistas. Se analisarmos obras de Stephen King, tais como À Espera de um Milagre, Joyland ou IT, encontraremos histórias épicas e dramáticas, com personagens que se sobressaem ao cenário, cujas histórias brincam com a nossa maneira de lidar com diversos sentimentos. Porém, quando observamos de perto a conclusão de Blaze, notamos um caminho ímpar, que se aproveita de ambos os espectros de Stephen King e Richard Bachman, ao passo que entrega uma obra essencialmente triste, com pontos em que diverte e promove a estranheza.
Não espere ter conhecido completamente Richard Bachman antes de ter lido Blaze. Nem muito menos espere encontrar algo já conhecido. Embarcar nessa história é seguir por rumos inesperados e por uma estrada no mínimo reflexiva.

site: https://skullgeek.com.br/resenhas/resenha-blaze-de-stephen-king-escrevendo-como-richard-bachman/
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Campos 14/06/2021

Adorei
O livro me lembra muito o conto que deu origem ao filme Um sonho de liberdade, não pela trama, mas pelo ambiente que foi construído, também senti um pouco de "A espera de um Milagre" na trama. Com certeza um dos meus favoritos do King
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Patricia.Cunha 10/12/2023

Bom, para ler sem expectativa
Blaze é classificado como novela, mas eu acho ele muito grande para isso, mas tudo bem. É uma história bem introspectiva, trata-se mais sobre a vida de um personagem do que acontecimentos variados.
Com mais de 2 metros de altura, Blaze, devido a maus tratos e agressão do próprio pai acaba batendo a cabeça, ficando em coma. Ao retornar ele nunca mais foi o menos, seu desenvolvimento cognitivo parou. O personagem já adulto anda com seu amigo George, eles funcionam como uma duplinnha que sai por aí aplicando golpes. Logo no início do livro, George morre e Blazer se vê sozinho em um plano de sequestro de um bebezinho. Ela leva todo o plano a diante e cuida do bebê, conforme acontece uma implacável perseguição só FBI. Blaze vai desenvolver carinho pelo bebê.
Não tem como não lembrar na inocência imatura e tamanho físico imponente de John Coffe de Um sonho de liberdade...
Talvez você se emocione com a história de Blazer!

Ps: durante todo o livro George fala na mente de Blazer, indicando a ele, o que deve fazer ou não. Nós s não sabemos nunca se ele tinha o dom de ouvir os mortos ou se era fruto de seus problemas mentais.
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Yuka 21/10/2022

A história de Blaze é complicada, porque ao mesmo tempo em que ele sofreu na juventude, na vida adulta ele faz os outros sofrerem...
Blaze, foi espancado pelo pai quando criança e por essa razão, ele tem uma marca distinta em sua testa, ela é um pouco funda, além de seu tamanho descomunal o tornando assim, alguém difícil de esquecer. Blaze passou anos no Lar Hetton, onde fez seu primeiro amigo John Cheltzman, onde em troca de proteção ( por parte de Blaze ) e tarefas feitas ( aritmética feito por John), os dois acabaram se tornando amigos. Tiveram grandes aventuras também. 
Blaze uma vez foi levado para uma família, mas não deu muito certo, eles só queriam se aproveitar de seu tamanho para que fizesse trabalho pesado da Fazenda. E uma outra vez, quando foi trabalhar em uma fazenda de Mirtilo, quase teve sorte por lá, mas essa não seria a história de vida dele, teria que ser recheada de tragédias né. 
Clayton Blaisdell Jr, ou Blaze como era conhecido, desde cedo entrou para o mundo do crime sempre em companhia de algum mal elemento, até que conheceu George, o que viria a se tornar o seu segundo melhor amigo. George também era um bandido mas via em Blaze além de um ótimo parceiro de crimes, alguém em quem podia confiar. Mas George se foi antes de conseguirem o último golpe de suas vidas que os tornaria ricos. Sozinho, Blaze então decidiu tentar o sequestro e passou alguns dias em posse do bebê Joe e acabou se apegando à ele, uma vez que o pequeno se tornou sua única companhia. 
Nós sabemos que uma família estava sofrendo a perda do bebê, nós sabemos que a polícia tinha que fazer seu trabalho, nós sabemos que Blaze por mais que tivesse suas dificuldades ainda assim cometia crimes e sabia que estava fazendo algo errado, mas por que diante de tudo isso, ainda nos sentimos tristes por Blaze? Talvez seja porque King tenha enfatizado sua triste vida desde jovem? Talvez porque Blaze tenha sido retratado de algum modo não como um cara mau? Quero dizer, dependendo do ponto de vista hahaha 
Não vou dizer que é diferente da escrita costumeira de King porque temos aí histórias como Conta Comigo ou A espera de um milagre que nada tinha de terror sobrenatural mas ainda assim são histórias de tirar o fôlego. Incrivelmente em nenhum momento tive raiva de Blaze, no fim, apenas senti tristeza por ele...
Acho que o único momento crítico para mim, foi quando a situação de Blaze estava tensa e King pulava para lembranças da juventude dele hahaha 
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Paloma.Rocha 26/12/2023

Muito bom
A história acompanha Blaze, um bandido pé de chinelo de mais de dois metros de altura que sofre de deficiência mental devido a ferimentos infligidos por seu próprio pai durante a infância. Blaze decide dar um ?último golpe? e por em prática o plano de seu falecido parceiro, George, de sequestrar o bebê de uma rica família da região. Mesmo contra os conselhos de ?George? que na vdd é uma voz em sua cabeça, Blaze sequestra a criança e passa a ser implacavelmente caçado pelo FBI. Ao mesmo tempo em que vai ficando cada vez mais afeiçoado ao Bebê em sua cabana, o bandido vai relembrando sua vida desde sua sofrida infância com o pai abusivo, até a situação em que se encontra.

Recomendo ??
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Eduardo 09/09/2019

Ratos e Homens
Este é um livro esquecido pelas editoras brasileiras. Gostei bastante da história. Gostos das histórias de Richard Bachman. Esta me lembrou um pouco o livro Of Mice and Men do John Steinbeck. Tem um retardado, o Clayton, e o esperto da dupla, George (Talvez uma homenagem ao George de Steinbeck). Pena ainda não ser traduzido para o Brasil. Excelente história.
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Milene Wi 01/10/2021

Blaze
Eu gostei muito do livro. Impossível não se envolver com a história de Blaze, conhecer sua infância trágica e ter consciência do perigo iminente de sua instabilidade mental. Stephen King, usando o pseudônimo Richard Bachman, conduz o leitor com perícia por cada página.
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Wander.Santos 03/01/2023

Gostei muito mais dos flashbacks do que da história principal? achei um conto que foi alargado demais! Fora que no final eu queria sentir aquele gosto agridoce na boca (comum nos livros do RB) mas não rolou? dito isso, ainda é um bom livro heheh
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